VERDADES SILENCIADAS
=Edição Planalto De Malange Rio Capôpa=
Fica difícil aceitar com normalidade que a nossa genuína
angolanidade seja apenas uma ilusão vulgar, por saber-se que estamos subjugados
a uma macabra realidade politica nacional a nós imposta por um frustrado MPLA
tutelado por um tão vil ditador.
A atual situação politica de Angola possui uma falsa
caricatura ostensiva de democracia pautada em ações que buscam mascarar a dura
realidade do distanciamento verificado entre governo/JES e o povo, sob uma
áurea de fingimento, pois buscam demonstrar levianamente a qualquer custo uma
intimidade de cuidados inexistentes. O povo é refreado na totalidade sob uma
democracia falseada e baseada em princípios que buscam uma operacionalidade
indecente de total dilapidação das riquezas angolanas onde o fingimento torna-se
uma pratica politica constante do único dirigente responsável (JES) que busca
de todas as maneiras vender uma democracia só entendida por ele mesmo e pelos
seus pares no parlamento do nada faz. O desrespeito e o fingimento se perdem
dentro de uma democracia farsante onde os princípios da verdade são
inusitadamente postergados, e a mentira é guardada dentro de uma válvula de
escape onde o regime navega ostensivamente num totalitarismo absurdo, com as
ações levianas da governabilidade infausta praticada por um ditador inescrupuloso,
que, quando se trata de dilapidar o erário público nacional; ele fá-lo
sofregamente a contento, como se de um ato desesperado irreversivelmente
obrigatório se tratasse.
Senão vejamos;
Assistimos aparvalhados JES, um ditador sob uma falsa
democracia massacrar e subjugar o povo para que este o aceite no comando de um
regime composto por políticos inexpressivos de vontades dúbias e asquerosas,
que possuem apenas a capacidade de serem marionetes movidas ao estalar de seus
dedos.
Vemos igualmente um sistema politico pautado na mentira de
um falso crescimento, ostentando dados forjados numa demonstração expressamente
mascarada de paz e civilidade dentre o povo, quando afinal o subjuga não lhe
permitindo nenhuma manifestação alusiva a qualquer reivindicação publica de
suas necessidades básicas. Contra todas as expectativas, JES o enigmático
ditador farsante num gesto desesperado, construiu uma gigantesca máquina
administrativa com inusitados nomes que o servem apenas para ostentarem títulos
como os de ministros, secretários de estado e deputados para se assentam nas
cadeiras ministeriais e parlamentares com o único objetivo de obedecer as expressivas
e descaradas vontades de seu tão vil patrão dirigente (JES). Um ditador que
freneticamente busca a todos os níveis, meios e recursos para cabrestear uma
oposição morna nos seus princípios e dogmas, não merece qualquer respeito nem
admiração da parte do povo que não o suporta mais nem as suas filhas (os) e
demais familiares. Por outro lado, acompanhamos esta mesma oposição sendo
cozida a fogo manso, perdendo sua identidade opositora para lentamente
miscigenar-se ao regime instalado na república que o partido do pai banana
instalou no território angolano para seu exclusivo proveito.
RECONHECIMENTO
Reconheço com elevado espirito altruísta o valor individual
de cada um dos lideres que compõem a direção dos partidos das oposições ao
regime do ditador José Eduardo Dos Santos. Conheço-os a todos e sou amigo da
maioria deles, posso afirmar que a minha trajetória se mescla a história
recente desses políticos de craveira no contexto da luta de libertação
nacionalista, que, ainda travamos, na defesa dos nossos inalienáveis princípios defendendo o direito a liberdade do povo sem voz, pois estamos ligados pelo mesmo sonho
de liberdade e prosperidade nessa Angola desigual completamente elitizada. Não posso
de forma alguma escamotear os feitos de muitos camaradas e amigo democratas ilustres como os senhores Isaías Samakuva,
Abel Chivukuvuku e o Wiliam Tonet, nutro grande estima e respeito ao Justino
Pinto de Andrade pai dos meus sobrinhos, de igual modo renda homenagem ao
grande e destemido Vicente Pinto de Andrade, desejo uma brilhante caminhada
politica ao valente guerreiro André Mendes de Carvalho para mim apenas o Miau,
filho do destemido ti Mendes de Carvalho e também pai do meu irmão (N'gumbiri)
man Pacas Mendes de Carvalho, Para não falar nos grandiosos guardiões da
verdade democrática e verdadeiros humanistas que foram os mais velhos, pessoas
integras de elevada sabedoria e conhecedores do verdadeiro patriotismo do povo
em luta, os doutores Joaquim Pinto de Andrade e o médico cardiologista Eduardo
Santos já falecidos dos quais colhi e bebi ensinamentos que me conduzem até
hoje nos trilhos da luta politica e democrática com travo com humildade e
tenacidade na defesa dos princípios em que acredito e me guindo. A esses mais
velhos o meu póstumo agradecimento.
Ainda não consegui agradecer os feitos do mais velho Mendes
de Carvalho (UANHENGA XITO) por me haver visitado na enfermaria prisão do hospital
militar numa altura difícil da nossa conturbada história politica angolana. Esse
homem de princípios invulgares teve a ousadia de descumprir a ordem obrigatória
que orientava a todos os altos dirigentes de então, a não se aproximarem dos
membros que se opunham ao regime do poder popular instalado com o nome miserável
de republica popular de Angola sobre a égide do poeta assassino Agostinho Neto,
ao qual eu pertenci na altura dos tumultuosos tempos apelidados de fraccionismo.
Nós os combatentes da luta armada antigos
membros das FAPLA e da política partidária acusados de fazermos parte do que se
convencionou (AGOSTINIANAMENTE “referência ao Dr. Agostinho Neto”) chamar de
intentona golpista (golpe de estado inventado) de 27 de maio de 1977. O Kota
surpreendeu a todos que na altura se encontravam na enfermaria prisão do
hospital militar de Luanda! O mais velho Mendes de Carvalho teve a ousada
coragem de colocar a amizade e a família na frente dos seus medos e da sua
enérgica militância no temeroso partido repressor o MPLA PT (PARTIDO DO
TRABALHO) de outrora que, ainda assim, em nada se comparava a arrogância e
prepotência do atual MPLA/JES dos nossos dias. Só para dizer que pelo facto de termos
recebido a visita de tão ilustre dirigente, ajudou de sobremaneira que ficasse
inviabilizado o meu eventual fuzilamento e do meu camarada Licas, antigo
presidente da Federação de Futebol de Angola (FAF) que, na altura encontrava-se
igualmente internado comigo na enfermaria prisão do Hospital Militar de Luanda
onde fui levado a partir da casa da reclusão onde me encontrava preso ferido
enfermo.
É O COLETIVO DAS OPOSIÇÕES QUE VAI DE MAL A PIOR
Não pretendo fulanizar nem enfatizar o pensamento politico
nem a coragem de cada uma das pessoas lideres dos partidos políticos da
oposição. Também não pretendo pessoalmente denegrir a hombridade e sinceridade dos deputados ao serviço dos partidos da oposição que representam no parlamento JESSEANO do
nada, desejava sim é que apenas representassem o povo que juraram defender!
O que aqui está errado a meu ver, não é somente o conteúdo inexpressivo dos inúmeros discursos das oposições e, muito menos esta em causa, o eventual
recebimento de proventos financeiros que obrigatoriamente deveria ser responsabilidade do governo da republica. O que aqui está mal e bastante
errado mesmo, é a inexistência de um colégio unificado das oposições, que lhes permita seguramente lutar a uma só velocidade protegendo-se uns aos outros de sucumbirem nas armadilhas rigorosamente bem orquestradas com desmesuradas com festanças palacianas regadas de bons vinhos e deliciosos manjares que o
regime lhes prepara constantemente como tropeço. Acredito que as oposições estruturalmente
vão de mal a pior nas suas realizações, também vai mal á maneira subserviente
como elas estão silenciadas nos seus medos medievais impossibilitadas de desenharem um modelo único de luta politica que pela sua originalidade e transparência produza mais e melhores frutos na luta que travamos contra o regime repressor de José Eduardo Dos Santos. A oposição não pode conviver com Deus e com o diabo nem permanecer amordaçadas de mãos estendidas para buscar ínfimos favores financeiros para os seus partidos Por outro lado observamos alguns partidos pagarem os favores recebidos com exuberantes
discursos galanteadores com intensões explicita de massagear o ego do ditador. A muito aprendi que o que é nosso não se mendiga a ninguém para possuirmos. Ora, se alguém rouba o que é de todos, o que temos de fazer de
imediato, é reagir para fazer sentir a nossa reativa pressão ao infrator. Nesse
caso, cabe aos nossos líderes à responsabilidade de refutar tal pratica
dilatórias do prevaricador, e nunca recaíra aos liderados qualquer responsabilidade de liderança.
As lideranças oposicionistas têm de ser mais contundente para
responder a altura aos ataques o regime contra o povo. Temos de ser contundentes na nossa resposta e nos ataques que como oposição fazemos contra a ditadura, despejando contra ela a mesma tonalidade de força com
que a ditadura vitupera o povo e o agride repressivamente com toda força, tremendamente
descomunal por ser demasiado violenta. Só uma oposição inteligente e ou sabia pode entender com exatidão a
estrema rapidez necessária de reagir em conformidade para decididamente arrancar
o que é de todos das mãos sujas do tirano ditador caduco.
Pois, tem sido com
terror e força desmedida que o ditador nos manda maltratar desnecessariamente
subjugando-nos maliciosamente aos seus caprichos e regulamentos frustrantes. JES coarctou
direitos de usufruirmos de uma imprensa livre, independente, democrática e
abrangente retirando-nos o direito a liberdade de ir e vir! Pessoalmente não
aceito esse tipo de deslealdade contumaz da parte de JES, torna-se degradante o modo como ele trama o povo nacionalista autóctone bantu! Ou
não tem sido assim que o velho maluco enraivecido ditador nos tem tratando ao
longo do seu longo consolado de 33 anos meus camaradas? Estarei eu errado? Por acaso falei alguma
irregular palavra mentirosa aqui meus maninhos?
Não acham os meus amigos e companheiros que chegou na hora de darmos um
basta nessa contenda e mandarmos parar com os horripilantes abusos praticados
pelo ditador? Essa infame situação de mendigarmos o que é nosso tem que ser
frenada imediatamente, eu acho.
PEÇO AS OPOSIÇÕES QUE DEIXEM DE BRINCAR TANTO ASSIM COM A
MENTIRA
Reitero o meu
veemente e indefectível apoio patriótico e amigo as oposições. No entanto
suplicando-lhes que, caso não estejam talhados para protagonizar irrepreensivelmente as mudanças que o país e o povo necessitam urgentemente, então companheiros eximam-se dessa nobre responsabilidade agora e
já, e parem representar com gestos demagógicos, dando a entender ao desarmado povo que tudo vai bem, que nada esta a acontecer de grave para a vinda do pacato povo. Deixem de fingir
silenciosamente com com jogadas escorregadias e mentiras a mistura, e, definitivamente entreguem-se cordialmente nas mãos do ditador maldito como já o fizeram N’Zau Puna, Paulo
Tchipilica, Tony da Costa Fernandes, Jorge Chicote, o Geraldo Sachipengo Nunda
e o Black Power dentre outros cotados cidadãos nacionais, e o sirvam humilhantemente
o ditador se é de vossa vontade que assim seja. Hoje assistimos esses papagaios alvitrarem ser o ditador um home de bem que ao contrario de roubar e ordenar a delapidação total do erário publico, ela ajunta e distribui com equidade as riquezas produzidas no país da mãe joana que ele levianamente administra. Esses senhores (sitiados) pelo regime de JES declaram o seu amor publicamente ao ditador e a seus sicários, não se coibindo até mesmo de matar e
ou mandar assassinar os seus iguais em favor do ditador raivoso (JES). Mas, por
favor camaradas de luta, deixem-se de sinuosos joguinhos e tornem-se mais convincentes, sejam gentis
e verdadeiros exemplos para com a ilustríssima e paciente sociedade civil e
politica da nossa terra, que vos observam a distancia. Parem de fingimentos
gratuitos, e procurem outros mecanismos e meios mais abrangentes no estilo de se comunicarem com o sofrido povo, marquem positivamente a vossa passagem na cena politica nacional com cunho modernizador e façam a diferença no palco atuante da nossa praça politica doméstica. Não estigmatizem mais o povo fingindo que em
Angola tudo vai bem e que a democracia esta de saúde e recomenda-se.
RECOMENDAÇÕES E MENÇÃO DE GRATIDÃO
Aos amados líderes das oposições pede-se maior engajamento
no processo de luta contra a ditadura e contra o seu mentor. Comecem em
primeiro lugar por chamar sem medo os bois pelos nomes. Temos a certeza que em
Angola não existe de facto um estado de direito e democrático, então pergunta-se, que especie regime
politico Angola tem? Se existe no poder pessoas que nos mandam agredir, pessoas
que nos roubaram deliberadamente o nossos direitos constitucionais e sobretudo a liberdade de sermos felizes, e
consequentemente temos um partido que nos governo com violência extrema
gratuita, digam-me os senhores presidentes dos partidos das oposições, qual é o
nome que se dá a um regime desse tipo? Um regime que ainda por cima é fraudador
de eleições, mentiroso, enganador e que, assassina indiscriminadamente o seu
povo, e o priva de liberdades várias deixando-o morrer de fome, enquanto os
filhos da ditadura se desdobram freneticamente na arte de delapidar
sofregamente as riquezas pertença de todos nós, sem nada nos darem em troca.
Digam-me camarada, que nome se dá ao timoneiro que gerencia um regime com essa tipicidade
tão cheia de iniquidades doentias?
A oposição tem de marcar pontos, hoje existem grandes desconfianças da parte do povo em relação as oposições, essas desconfianças precisam urgentemente ser quebradas, pois causam um certo desconforto nas relações entre ambos. Daí a necessidade premente das oposições saírem para a praça
publica, e com civilidade criativa apresentar um novo estilo de fazer politica partidária, para convencer e chamar atenção do regime. Essa necessária nova navegação das oposições decididamente os levara a novos rumos, demonstrará similitudes em simultânea de um elevado crescimento de maturidade e mestria na arte de fazer politica com seriedade, em defesa dos interesses do povo deveras desiludido.
Necessário se faz derrubar urgentemente esse caricato regime aterrador.
O ainda presidente do regime angolano não tem
credito nem goza de prestigio algum em países onde as democracias representativas
imperam. JES é conhecido, apontado e chamado vergonhosamente em surdina de
ditador corrupto e de gatuno caduco! Disso já ninguém duvida tanto na comunidade
democrática nacional como na internacional. Ele chega a causar enorme desconforto a estadista do mundo inteiro caso se vejam eventualmente obrigados a recebê-lo nos seus palácios, só
assim se percebe que apenas alguns países da CEDEAO e da SADCC ainda lhe rendem
reservada vassalagem.
As democracias plenas do nosso universo politico contemporâneo,
apesar de fazerem negócios com o regime angolano, elas descartam qualquer visibilidade dos seus mais altos mandatários posarem ao lado de JES em possíveis encontros de estado nos seus países perante
o seu publico.
Só mesmo o atual governo reacionário e miserável de Portugal se
agacha humilhantemente perante á pequinês do nosso ditador de estimação.
Apesar
de ainda fazer parte do saudoso “M”, eu não me revejo nessa direção a dezenas de anos nem por ela me sinto minimamente representado.
Vendo as coisas por esse prisma, resta-me continuar com responsabilidade acrescida de fazer oposição consciente contra ao ditador e contra tudo o que ele
representa. Sou de facto um aguerrido e inveterado anti EDUARDISMO, milito
intransigentemente contra a sua ditadura e por esse motivo tenho sempre me
colocado lado a lado com as oposições credíveis na luta pela democracia representativa
na nossa terra angolana. Honestamente sempre reafirmei e reafirmo o meu sincero
engajamento na luta pela total democraticidade do nosso país, que sofre de uma
psicose endêmica de retardamento moral. Acredito que não estou feliz como modus
operandi praticados pelos partidos da oposição, mas por outro lado fico
sim grato por existir essa oposição nacional que estamos com ela, pois é muito
melhor que exista essa do que não termos oposição nenhuma!
Raul Diniz