quarta-feira, 13 de novembro de 2013

MAPUTO: Carta aberta a Armando Guebuza de Carlos Nuno é um bala que lhe saiu da culatra

CARTA ABERTA A ARMANDO GUEBUZA DE CARLOS NUNO É UMA BALA QUE LHE SAIU PELA CULATRA
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
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Carta aberta a Guebuza de Carlos Nuno é uma bala que lhe saiu pela culatra


Este artigo é uma resposta à Carta aberta ao Presidente de Moçambique de Carlos Nuno Castel-Branco que pode ser lida aqui no portal.

Por Gustavo Mavie

´´Raptos são uma ocorrência comum em várias partes do mundo hoje, e algumas cidades e países são frequentemente descritos como “Capitais do Sequestro do Mundo´´. A partir de 2007, esse título pertence ao México, possivelmente com 100.000 raptados em cada ano. Em 2004, era aColombia que detinha este título. Apesar de que as estatísticas são mais difíceis de encontrar, há dados que sugerem que um total mundial de 12,500 a 25,500 raptados em cada ano, com 100.000 para o México´´, in Enciclopedia Wiklipedia.

Quando li, na segunda-feira da semana passada, a carta aberta ao Presidente Armando Guebuza da lavra de Carlos Nuno Castelo Branco, que publicou na Net e em alguns jornais moçambicanos, exigindo ao estadista moçambicano que se demita, porque na sua óptica, governa mal o nosso País como, pior que isso, porque entende que não consegue conter os raptos que assolam algumas cidades moçambicanas, lembrei-me da tese que diz que há pessoas que são como os ratos, que mesmo que vivam uma eternidade numa biblioteca, nunca chegam a saber o conteúdo dos livros que lá estão.

O que me trouxe à memória este caso dos ratos, é porque não percebo como é que um académico como se assume Carlos Nuno Castelo Branco, que estudou em Londres e que é uma das cidades que é uma verdadeira escola natural de sapiência, não se apercebeu que crimes como raptos, de que culpa agora totalmente o Presidente Guebuza, ocorrem em quase todos os países ou pelo menos certas outras cidades mundiais, e que não são de per si prova de má governação de quem quer que seja.

O que mais me surpreendeu, é culpá-lo também por ter, finalmente, ordenado, só a partir de Outubro último, ao exercito moçambicano, para que passasse já da defensiva em que vinha estando, para a ofensiva, em resposta aos repetidos ataques que a Renamo vinha fazendo desde Abril último contra civis, polícias e militares, sem que antes tivesse sido atacada pelo Governo. Não percebo como acusar Guebuza, por ter dado essa luz verde às tropas moçambicanas para contra-atacarem, de modo a frustrar a estratégia da Renamo que era impedir com esses ataques a realização das eleições municipais marcadas para 20 deste mês, e cuja campanha já está em curso agora. Posso admitir que esta estratégia renamista não seja percebida pelo cidadão comum, mas já não pode ser para um académico como o é Castelo Branco.

Mesmo académicos de renome, como o também conceituado jornalista Joseph Hanlon, fizeram já uma leitura realística desprovida de motivações políticas, e concluíram que a culpa de toda esta tensão e escaramuças em que vivemos agora é da exclusiva responsabilidade da Renamo, e não do Governo como a imputa a Guebuza. Hanlon distribuiu, via Net, a 27 do mês passado, um artigo em que comprova com factos irrefutáveis, que foi a Renamo que começou por fazer discursos belicistas desde Fevereiro deste ano.

Ele mostra que depois desses discursos inflamatórios, começou depois a atacar, melhor, a matar civis, polícias e militares, sem que nunca antes tivesse sido alvo de nenhum ataque do governo, e que este só foi forçado a retaliar a partir de Outubro, ou seja, sete meses depois da Renamo ter estado a atacar e matar civis, policias e soldados!


Um desses ataques da Renamo foi contra o Paiol de Savane em Abril último, em Sofala, em que matou a sangue frio, seis dos soldados que o guarneciam. Dois dias depois, a mesma Renamo atacou um camião tanque e um machimbombo em Muxungwé, que resultou na morte de três pessoas. Tudo isto, meses antes que o Governo tivesse feito aquele assaltado e subsequente tomada de Santungira a 21 de Outubro último.

Como vê, Carlos Nuno Castelo-Branco, atribuir culpas a Guebuza pela reactivação da guerra em Moçambique, é uma acusação a todas as luzes injusta. Mesmo que esta acusação seja feita pela maioria dos moçambicanos, como o diz sem que nos diga como é que chegou a essa conclusão, não é por isso que será justa.


A História diz nos que há vezes em que as maiorias apoiaram causas erradas ou pessoas eivadas de maldade ou mesmo incendiários. Hitler foi eleito pela maioria dos alemães, e o errático Kumba Yalá, da Guiné Bissau, foi também catapultado ao poder pela maioria dos guinenses, mas Hitler acabou arrastando os seus compatriotas para a guerra que moveu contra todo o mundo. Ele foi tão mau para os alemães como para o resto da humanidade que o melhor era nunca ter nascido.

A sua formação académica o obriga a ler correctamente os factos e a ajudar os outros que não foram muito para além da aprendizagem escolástica, de modo que sejam capazes de compreender também os fenómenos político-sociais e militares. É o que fez Hanlon nesse seu artigo com o título ´´History Matters´´, ou seja, ´´A Historia Conta´´.


Ele vinca que para se perceber a tensão e as escaramuças que agora ocorrem, há que se recuar no tempo, para se ver como tudo foi acontecendo até se chegar onde chegou. Já Cícero dizia que para se compreender o presente, há que se ter em conta o passado. A História da Renamo já explica o que está a fazer de novo agora.

Mesmo o académico sul-africano, Andre Thomashausen, que já foi um apoiante da Renamo, disse, quarta-feira da semana passada à televisão moçambicana TIM, que o problema é da Renamo, que não conseguiu passar de movimento rebelde para partido político, e que isso faz com que os moçambicanos tenham medo sempre que ouvem falar dela.

Eu próprio, escrevi um artigo com base na análise de Hanlon, que o Notícias publicou no sábado último dia 02 que caso o não leu o aconselho a lê-lo retroactivamente, com o título ´´Inimigo do Inimigo Amigo É´´, em que deixo claro que os que condenam Guebuza pelo reinício da guerra em Moçambique, só o podem fazer por uma de duas razões: ou ignoram o que a Renamo foi dizendo, e os ataques que vinha fazendo sem nunca ter sido atacado antes, ou o culpam porque não gostam do Guebuza por qualquer das razões.


Este deve ser, certamente, o caso de Castelo-Branco, porque deixa bem claro que o odeia simplesmente, e isso está claramente estampado nesta sua missiva que de tão má é capaz de vir a constar no livro de recordes Guiness Book como uma das piores cartas. Esta sua carta foi uma bala que lhe saiu pela culatra.

Não há péssimo julgamento do que condenar alguém por crimes que nunca cometeu. Se quer ser justo e bom para nós seus compatriotas, condena a Renamo que foi quem começou de novo com os tiros, e não Guebuza que só está a combater estes criminosos que são os alguns dos homens da Renamo que até atacam centros de saúde para matar pessoas que estão a tentar evitar a morte.

Há, na sua carta, uma clara evidência de que não tem em que de facto acusar Guebuza, daí que até o acusa de ser culpado mesmo pelos raptos que afectam Maputo, Beira e, de algum modo, Nampula, quando mesmo países munidos de meios sofisticados de vigilância das suas cidades, como os EUA, que têm câmaras que filmam até formigas, registam também raptos.


Mesmo a nossa vizinha África do Sul que, tal como os EUA que tem a famosa FBI, tem polícias especializadas só para este tipo de crimes, é também vítima deste mesmo mal e é um dos 10 países que mais raptos regista em todo o mundo. Estes 10 países são agora encabeçados pelo México, onde, como dissemos já, regista-se 100.000 raptos por ano, ao invés do nosso, que até agora registou um máximo de 50 raptados.

O México é seguido por ordem decrescente, pelo Iraque, Índia, a própria África do África, o Brasil, Paquistão, Equador, Venezuela, Colômbia e, finalmente o Bangladesh. Muitos destes países têm estado neste TOP 10, desde 1999, e que neste ano a lista era encabeçada pela Colômbia, e pela mesma ordem decrescente, seguiam o México, o Brasil, as Filipinas, a Venezuela, o Ecuador, a Rússia, a Nigéria, a Índia e, finalmente, a África do Sul que agora passou deste 10.o lugar para 0 4.o.


Ora, será que todos estes países são governados por Guebuza? Ou está a aplicar a falsa tese que diz que o mesmo pode não ser o mesmo, como quando se dizia no outro tempo aqui em Moçambique que quando um preto corria era um ladrão, e quando era um branco a fazer o mesmo, é um atleta.

É importante destacar que no caso do Brasil, já esteve neste lista quando era liderado pelo Presidente pro-povo, melhor, pro-pobres, Lula da Silva, mas que nem com isso ele conseguiu combater totalmente todos os raptores, e até hoje muitos dos magnatas brasileiros só viajam mais de helicópteros para não serem raptados.


Mesmo Portugal, que agora se oferece para nos ajudar a combater os raptores, é também vítima de raptos, e o último ocorreu este fim-de-semana contra um médico. O que o Carlos Nuno devia fazer, é apelar aos outros compatriotas a adoptarem medidas anti rapto, como se faz noutros países. No Brasil, por exemplo, os magnatas até já andam mais de helicópteros que de carros. Outra das medidas é usarmos mais dinheiro digital e não vivo nos pagamentos como ainda é comum entre nós.

Mesmo as escaramuças que ocorrem um pouco pelo centro do Pais e em algumas províncias do Norte, são da exclusiva culpa da Renamo, que foi quem começou a atacar civis, polícias e militares. Ou querias que Guebuza ordenasse as tropas a se deixarem matar. Porque não condena a Renamo por ter sido quem começou com os ataques. Surpreende-me esta sua falta de coerência.


Ou será porque quando a Renamo atacava estava em sintonia com os seus interesses, já que Balzac diz que os interesses se sobrepõem aos sentimentos. Deve condenar a Renamo porque está a voltar a matar civis como o fazia durante a guerra dos 16 anos que moveu até 1992, e de que Castelo-Branco conhece muito bem, porque na altura era um oficial do exército moçambicano. A menos que sofra de amnésia para se ter esquecido dos seus massacres.

O senhor Carlos Nuno Castelo-Branco e todos os que comungam da mesma visão, como Alice Mabota, deviam saber que se há quem sabe por experiência própria, o quão custou esta paz que agora a Renamo quer voltar a quebrar, certamente que Guebuza é um deles.


Isto porque foi ele que chefiou, durante dois anos e meio, a Delegação do então Governo do Presidente Chissano, que a negociou em Roma com a da Renamo, e que tinha como chefe, Raul Domingo, que mais tarde viria a ser expulso da mesma Renamo por Dhlakama.

No lugar de fazer uma análise académica fria, e apontar quem de facto é culpado, deixou-se levar por motivações políticas, e chegar a conclusões politizadas e, logo, erradas ou de má-fé. Para tentar dar uma veracidade aparente, cita alguns dos palavrões que foram proferidos contra Guebuza por algumas das pessoas que estavam na manifestação contra os raptos em Maputo, e as escaramuças provocadas pela Renamo, como algo que prova que todo o povo é anti-Guebuza.

Quanto aos que gritaram fora,fora,fora Guebuza, na verdadade tentaram, com isso, ´´raptar´´ aquela manifestação contra os raptos, para servir os seus interesses inconfessos, como bem o disse no dia seguinte, o analista político, Esausto Mahanjane, à Radio portuguesa RDP.


É que se assumirmos que os raptos são prova de má governação de Guebuza, como o tenta fazer crer, então os que ocorrem noutros países, incluindo nos EUA e no México, em que neste caso chegam a 100.000 por ano neste momento, então os seus respectivos presidentes são maus e deviam se demitir, incluindo Obama.
O governo tolerou muitos dos ataques antes de retaliar

Na verdade, foi pela repetição desses ataques, que forçaram Guebuza a ordenar o exército a retaliar, porque estava sendo dizimado pelos homens armados de Dhlakama, que confundia com o que chamou de piriquitos. Mesmo assim, o exército optou pela defensiva temperada com apelos de Guebuza para que não mais fizesse ataques, mas perante a persistência da Renamo, teve de enveredar pela presente ofensiva, que acabou na tomada de Santungira, onde vivia o seu líder, Afonso Dhlakama. Se quer ter mais detalhes sobre os antecedentes, leia o artigo de Hanlon ou mesmo esse meu que publiquei na edição do Notícias de 02 deste mês.

Fonte: http://www.mozmaniacos.com/2013/11/carta-aberta-guebuza-de-carlos-nuno-e-uma-bala-que-lhe-saiu-pela-culatra.html#ixzz2kYyluilb

FLORIDA/USA: Dissolvamos o fundo soberano de imediato

 DISSOLVAMOS O FUNDO SOBERANO DE IMEDIATO!

Por: Prof. Ngola Kiluange
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa

O facto de José Filomeno "Zenú" dos Santos ser filho do Presidente da República desqualifica-lhe automaticamente o “mérito moral” de se candidatar a qualquer cargo financiado por fundos públicos.

Uma coisa é possuir habilidades em gerir avultadas somas de dinheiro e outra é ter, visivelmente ,vantagens competitivas, em relação aos demais candidatos nacionais para concursos de funções estatais.

Até porque …por norma ética, jurídica e moral ,Zenú está interdito não só de concorrer a cargos governamentais durante o mandato do Presidente, mas também corre o risco de ser acusado beneficiário da política de favoritismo e nepotismo practicada pelo seu próprio pai.

Na verdade, se vivêssemos numa República cívica de direitos democráticos, . José Filomeno "Zenú" dos Santos seria proibido de exercer cargos públicos e teria sua liberdade restringida por envolvimento em acções obscuras, ilícitas e ilegais dentro e fora do país.

A sua participação em licitações ilícitas forçaram as autoridades suíças congelar em Março de 2009 várias contas bancárias angolanas e parceiros, depois de ter sido confirmado que a “Fundação Inovação para África” no país servia de lavandaria de dinheiro angolano, onde os participantes eram o próprio Zenú, Sro. Walter Fust,etc...

Tanto na Alemanha como na Suíça, o filho do Presidente da República, em companhia de Jean-Claude de Morais Bastos e Ernst Welteke, envolveu-se em branqueamento de capitais através da Afrikanische Innovations Stiftung,Suíça Quantum AGBanco e Quantum Angola SA, de acordo com a Pitigrili.com

Zenú foi lançado no nosso carnaval político como possível substituto do pai, começando por exercer o cargo de director-adjunto da AAA, empresa subsidiária da Sonangol e envolvendo-se em negócios ilícitos de todas as índoles no interior e exterior de Angola.

Mas, o mais perigoso foi a sua ida para Hong Kong, onde teria "alegedamente" participado, durante seis meses alternados, num curso intensivo de gestão estratégica de negócios, que o permitiu posteriormente assumir o cargo de Director executivo da China Sonangol International Holdings, Ltd, em conjunto com Manuel Domingos Vicente, Xu Jinghua (Sam Pa),Veronica Yuen Kwan, Wang Xiangfei e Lo Fong Hung.

… E é curioso perguntar aqui até que ponto Zenú e Manuel Vicente estão comprometidos com o assassinato do Eng. António Belarmino Brito [inspector de projectos, quadro superior da Sonangol] no edifício novo da petrolífera estatal angolana.

Tal Pai Tal Filho …

A ligação de José Filomeno dos Santos com a The 88 queensway group periga gravemente a transparência de toda nossa política econômica e monetária ...a titulo de exemplo … não se duvida que Manuel Vicente, Zenú e seu próprio pai beneficiem grandemente com a presença de companhias pertencentes `a Queensway Group operante em Angola, tais como China Sonangol Internacional, Guangxi Hydroelectric Construction Bureau, Sinopec, etc., e como conseguiram entrar no nosso mercado de negócios?...

Resta-nos também saber as percentagem expressas em valores monetários dos nossos investimentos nas seguintes empresas: China Sonangol Finance International Ltd.,China Sonangol Gas International Ltd.,China Sonangol International Ltd.,China Sonangol International Holding Ltd.

China Sonangol Natural Resources International Ltd., China Sonangol International Investment Ltd., China Sonangol Natural Resources International Ltd.,Sonangol Sinopec International Ltd, China Endiama International Limited, China sonangol singapore, China sonangol shanghai petroleum co ltd, China sonangol wall street, china sonangol international airlines, Endiama China International Holding Ltd,etc.

É inadmissível, inaceitável e intolerável que Xu Jinghua [ ex-colega de estudo de José Eduardo dos Santos numa das antigas academias militares da ex-URSS] outrora mercenário e traficante de armas durante a nossa guerra civil venha mensalmente `a Luanda buscar bolsas de diamantes avaliadas em mais de 45 milhões de dólares … enquanto que , as vidas dos activistas do PROTECTORADO LUNDA TCHOKWE – Domingos Manuel Muatoyo, Alberto Cabaza, Luís Muacassange, Germano Chipalacana, Adelino Augusto, João Daniel Mutunda, Zola Rocha Lunga Umue, Tomaica Passa André, Ferraz Xaluquele e Serafim Oliveira Mutombo Paulo – são sacrificadas arbitrariamente pelos caprichos do Sr. Presidente da da República e seus comparsas mais directos!!!

E ainda temos o descaramento nos chamarmos de civilizados...decompondo selvaticamente os corpos de os activistas Isaías Cassule e Alves Kamulingue???? BASTARDS!


Contudo, a nomeação de José Filomeno "Zenú" dos Santos, como responsável do Fundo Soberano de Angola, posiciona-lhe automaticamente na segunda hierarquia máxima do governo, depois de seu pai. Zenú tem a seu dispor cinco mil milhões de dólares do nosso erário público...e naturalmente que isso constitui não só uma ameaça `a nossa dignidade racional, mas também um desvio colossal das éticas nas nossas instituições económico-financeiras ,judiciárias , etc...

Cometemos um erro infantil em permitirmos Eduardo dos Santos açambarcar-nos o tesouro nacional ...crucificaremos e amaldiçoaremos ainda mais o futuro das gerações vindouras , se acreditarmos nas promesas ardilosas de José Filomeno "Zenú" dos Santos.

Toda sociedade cívica e civilizada daria um destino merecedor tanto ao Sr. Presidente da República e ao seu próprio filho. E o que esperamos nós?

LUANDA: PGA anuncia prisões de envolvidos no rapto e na morte de Kamulingue e Cassule

PGR anuncia prisões de envolvidos no rapto e na morte de Kamulingue e Cassule

Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
PGR anuncia prisões de envolvidos no rapto e na morte de Kamulingue e Cassule
A Procuradoria Geral da República (PGR) de Angola anunciou hoje terem sido efetuadas quatro detenções relacionadas com o rapto e provável homícidio de dois ex-militares (Cassule e Kamulingue) que procuravam organizar uma manifestação anti-governamental.
A mãe de Alves Kamolingue, Noémia da Silva, reagiu ao comunicado da PGR pedindo que lhes apresentem os ossos do seu filho assim como os assassinos para saberem as razões do assassinato.
"Eu quero os ossos do meu filho e queremos ver os assassinos para lhes perguntar qual é o mal que eles fizeram, roubaram ou fizeram o que? Se nos disseram que há democracia, democracia afinal é para começarem a matar?”, questionou Noémia da Silva ao ser informada pela Voz da América do comunicado da PGR.
No comunicado, a PGR revela que um "expediente investigativo, visando a localização dos desaparecidos", foi aberto em outubro de 2012, por determinação do ministro do Interior, Angelo Veiga Tavares, à Direção Nacional de Investigação Criminal (DNIC).
A investigação  evoluiu para um perocesso-crime "face aos primeiros indícios da possibilidade de rapto".
As "evidências de rapto" tornaram-se "mais claras" a 31 de outubro passado, tendo a DNIC remetido o processo ao Ministério Público, que assumiu então a direção da investigação do caso.
A PGR revela ainda que na passada sexta-feira, 8, "ficou praticamente demonstrado que os dois cidadãos teriam sido raptados nos dias 27 e 29 de maio de 2012", mas ainda ficam por esclarecer o seu paradeiro, não "descartando a hipótese de terem sido vítimas de homicídio".

Voanews

terça-feira, 12 de novembro de 2013

MUNIQUE: Campanha Internacional Exige Fim da Perseguição a Ativistas Angolanos

Campanha Internacional Exige Fim da Perseguição a Activistas Angolanos
A Transparency International (TI) juntou-se à Transparência e Integridade, Associação Cívica (TIAC), o seu parceiro em Portugal, e a Rafael Marques de Morais, vencedor do Integrity Award 2013 da TI, para exigir ao governo angolano para por fim à perseguição a ativistas da sociedade civil.
 
No seu discurso de aceitação do Integrity Award durante a cerimónia em Berlim, a 8 de novembro, Rafael Marques, jornalista angolano, fez um apelo para que seja dado espaço à sociedade civil para poder funcionar sem ser alvo de perseguições.
 
O jornalista dedicou o prémio a Manuel Chivonde Nito Alves, um ativista de 17 anos que tinha sido libertado da prisão nesse dia, após ter sido detido por tentar imprimir t-shirts criticando o presidente de Angola, o segundo líder africano há mais tempo no poder. As acusações contra Nito Alves não foram, no entanto, retiradas.
 
A Transparência Internacional e a sua rede de mais de 100 membros trabalham em todo o mundo para combater a corrupção e criar um espaço seguro para a sociedade civil se manifestar contra a corrupção sem perseguições ou medo de represálias.
 
Angola ocupa o 101o lugar em 109 no fundo da tabela do Enabling Environment índex, do CIVICUS, um estudo que avalia a abertura e a segurança dos países para o ativismo da sociedade civil.
 
Transparency International (TI) é a organização da sociedade civil líder no combate global contra a corrupção. Através de mais de 90 capítulos nacionais espalhados pelo mundo, e de um secretariado internacional em Berlim, Alemanha, a TI procura sensibilizar os cidadãos para os efeitos destrutivos da corrupção e trabalha com parceiros no setor público, privado e na sociedade civil para desenvolver e implementar medidas eficazes para enfrentar o problema.
 
Transparência e Integridade, Associação Cívica (TIAC), o ponto de contacto nacional da Transparency International, é uma associação sem fins lucrativos que tem como finalidade geral promover a legalidade democrática e a boa governação, combatendo a corrupção e fomentando os valores da transparência, integridade e responsabilidade na opinião pública, nos cidadãos e nas instituições e empresas públicas e privadas, nomeadamente através da realização de campanhas públicas, projetos de investigação, ações de formação e da cooperação com outras organizações governamentais e não- governamentais.

NAMPULA: Renamo ataca de novo

Moçambique: Renamo ataca de novo

O assalto causou ferimentos ao empresário António Manuel proprietário de uma quinta e de uma escola de condução.
Refugiados começam a chegar a Nampula por causa da instabilidade na região
Refugiados começam a chegar a Nampula por causa da instabilidade na região
TAMANHO DAS LETRAS 
Faizal Ibramugy
Divulgação: Radz Balumuka
Planalto De Malanje Rio Capôpa
Um suposto guerrilheiro alvejado mortalmente no distrito de Gorongosa, no centro do país e um assalto a uma quinta por homens armados da Renamo, na comunidade de Locone, 35 quilómetros da capital provincial de Nampula, são os últimos incidentes armados em Moçambique.
A troca de tiros que originou a morte do suposto guerrilheiro da Renamo ocorreu por volta das 05h00 de ontem, no posto administrativo de Nhamazi, distrito de Gorongosa, em Sofala. A vítima fazia parte de um grupo de homens armados que tentaram, sem sucesso, assaltar o posto policial de Nhamazi  e o posto administrativo.

Já no norte, mais concretamente em Nampula, o assalto registado nas primeiras horas de hoje causou ferimentos ao empresário António Manuel, proprietário de uma quinta e de uma escola de condução na cidade de Nampula. No ataque foram incendiadas uma viatura, um tractor agrícola, uma motorizada, assim como a residência e armazém.

Segundo soubemos, por volta das três horas da manhã, 18 homens, alguns fardados e outros à paisana, chegaram à quinta do empresário, munidos de três armas de fogo e catanas, tendo invadido a sua residência. Seguidamente, segundo Black Arcido, guarda da quinta, os mesmos introduziram-se no seu interior, onde amarraram no proprietário começando a espancá-lo. Outro grupo, tratava de queimar bens e outros de saqueavam produtos alimentares.

Depois desta operação que durou poucos minutos, os homens armados da Renamo, deslocaram-se cerca de 500 metros até a um pequeno quiosque, pertencente ao mesmo proprietário. Aqui, segundo soubemos, incendiaram o armazém principal, tendo-se apoderado de quantidades não especificada de bebida.

Nessa altura, o empresário continuava amarado e a sangrar na quinta sem apoio de ninguém, uma vez que os seus trabalhadores fugiram e um foi alegadamente sequestrado. Por volta das 8 horas, a polícia tomou conhecimento do incidente, tendo de imediato feito deslocar um contingente policia, que de seguida tratou de evacuar a vítima para o centro de saúde de Rapale, onde recebeu os primeiros socorros médicos.

Farida Domingos Amisse, Técnica de urgência no Centro de Saúde de Rapale, contou-nos que o paciente foi recebido em estado inconsciente, devido a gravidade das lesões contraídas, principalmente na parte da cabeça. Depois da assistência, o empresário foi evacuado para o Hospital Central de Nampula, onde se encontra internado.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

LUANDA: Rafael Marques acusa países estrangeiros de apoiar a internacionalização da corrupção em Angola

Rafael Marques acusa países estrangeiros de apoiar a internacionalização da corrupção em Angola

Fonte: VOA
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
11/11/2013
Rafael Marques fazendo declarações à VOA (14 Nov 2011)Rafael Marques fazendo declarações à VOA (14 Nov 2011)
TAMANHO DAS LETRAS 
O activista angolano Rafael Marques critica a comunidade internacional por apoiar a internacionalização da corrupção realizada no seu país. 

"A corrupção em Angola está institucionalizada e é protagonizada aos olhos de todos por pessoas próximas ao presidente José Eduardo dos Santos, que não justificam de onde provêm as suas riquezas", acusa Rafael Marques em entrevista à Voz da América.

Por isso, aquele activista considera ser importante que organizações como a Transparência Internacional e outras se preocupem com o que acontece em Angola.

Segundo Marques, a corrupção realiza-se através da cooperação internacional protagonizada pelos dirigentes do regime que são os principais empresários do país e do apoio diplomático de que goza o Presidente da República como factor de legitimidade e moeda de troca para permitir a entrada no país de empresas estrangeiras.

O activista aponta o dedo ao Reino Unido, França e China que têm aberto o caminha à internacionalização da corrupção, levando para fora dinheiro do povo angolano.

Rafael Marques recebeu em Berlim na passada sexta-feira, 8, o prémio Integridade da organização não governamental de luta contra a corrupção Transparência Internacional.

LUANDA: Unita convida Eduardo dos Santos a renunciar o poder levianamente ganho atravez de fraude eleitoral

UNITA convida Eduardo dos Santos a renunciar

Divulgação: Planalto De malanje Rio Capôpa
UNITA convida Eduardo dos Santos a renunciarA União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA, maior partido da oposição) considera que o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, "perdeu a legitimidade para continuar a governar" e convida-o a renunciar ao cargo.
A avaliação preenche uma das três resoluções aprovadas no domingo na reunião da Comissão Política do partido, órgão mais importante entre congressos.
Nesta resolução, a UNITA considera que "o regime instalado e chefiado" por José Eduardo dos Santos "viola impunemente" os direitos fundamentais dos cidadãos, "sequestra" os tribunais e a comunicação social e "defrauda os processos eleitorais para subverter a democracia e a legitimidade constitucional para o exercício do poder político".
Além daquelas considerações, a UNITA acusa ainda José Eduardo dos Santos de ter transformado o Estado numa "oligarquia corruptora, que desvia os recursos públicos para acumular fortunas ilícitas no país e no estrangeiro".
Por considerar não existirem "condições políticas nem legitimidade moral" para José Eduardo dos Santos continuar a governar Angola, "no interesse da paz, da estabilidade da nação e de uma transição pacífica e inclusiva para a construção de uma nova república", a UNITA convida o chefe de Estado a renunciar ao cargo, em mensagem ao parlamento e com conhecimento ao Tribunal Constitucional (TC).
As restantes duas resoluções aprovadas dizem respeito ao recente acórdão do TC, assinado por seis dos 11 juízes que integram aquele órgão e que não reconhece ao parlamento poderes de fiscalização do executivo nem de dirigir interpelações aos membros do Governo, e à atual situação dos direitos humanos em Angola.
Relativamente ao TC, a UNITA diz que os seis juízes "erraram" quando decidiram que os membros do executivo devem estar isentos da fiscalização do povo, "nos moldes constitucionalmente definidos pelos seus únicos representantes, os deputados à Assembleia Nacional".
Face àquela decisão, a UNITA conclui que o TC coloca os membros do Governo "acima da lei, agride o republicanismo, subverte a democracia, ignora a doutrina e não realiza a justiça".
A UNITA classifica ainda o acórdão como "inconstitucional" e considera que os seis juízes "tomaram uma decisão política, e não jurídica, em consonância com os objetivos do executivo de sequestrar a república e subverter a democracia para cristalizar o autoritarismo".
Na terceira resolução, sobre a prisão do menor Nito Alves e a situação dos direitos humanos no país, a UNITA anuncia a realização de manifestações, em Angola e no estrangeiro, para exigir que o processo em que o menor é arguido seja "imediatamente arquivado".
Nito Alves foi libertado na sexta-feira após mais de um mês e meio de detenção por alegado ultraje ao Presidente José Eduardo dos Santos, ficando a aguardar a marcação do julgamento, e obrigado ao termo de identidade e residência.
LUSA