quarta-feira, 2 de outubro de 2013

LUANDA: Relógio Politico da Semana Por Raul Diniz

RELÓGIO POLITICO DA SEMANA

 ENFASTIAMENTO GENERALIZADO EM FOCO
Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com

Essa semana finada foi de arrepios diversos derivados de desencontros e desencantos. Tudo se diz e nada se faz para que a ordem democrática seja reposta segundo o que fora sufragado nas eleições passadas de 31 de Agosto de 2013.
POLICIA NACIONAL ESQUIZOFRÊNICA REAGE SEM PENDOR DEMOCRÁTICO, SEM SABER COMO AFASTAR RESPEITAVELMENTE DA RUA, REAGEM COM DESPROPORCIONAL VIOLÊNCIA PARA DISPERSAR PACÍFICOS CIDADÃOS DAS RUAS QUE SE PREPARAVAM PARA MANIFESTAR-SE.
Semana finda assistiu-se concerto de batucada sem classe alguma, onde se dançou um pouco de tudo. Não vou sequer referir-me ao discurso desprovido de verdade e realismo feito pelo senhor bispo porta voz da CEAST, que de novo nada trousse, Aliás, sobre a igreja bajuladora e prisioneira de JES e do seu regime já falei demasiado a semana que findou.
VAMOS NESSA ENTÃO
No seguimento da inigualável batucada sinfônica, vimos acontecer ao vivo e a cores um esquisito frenesim despropositado, completado por um total descontrole da policia nacional, que sem razão alguma aparente desferiu contra pacíficos cidadãos, que se preparavam para manifestar-se contra o nepotismo desenfreado que grassa nas hostes do regime de José Eduardo dos Santos. A policia nacional, que como afirmei, encontrava-se de facto na altura totalmente desorientada do seu verdadeiro objeto social que é o de proteger o cidadão, ela irresponsavelmente aventurou-se com elevado índice de desumanização acabando por envolver-se numa ação musculada contra os jovens manifestantes negando-lhes do direito de manifestar-se.  A policia nos últimos tempos tem estado equivocada e tremendamente desassisadamente deslocada de seus deveres e valores essenciais. Vai daí carregou com elevada fúria contra cidadãos que apenas tentavam organizar-se para se manifestarem pacificamente contra a permanência do presidente da republica do pai banana, como, aliás, ficou provado.
TODA SOCIEDADE ESTA ATÉ AGORA ATÔNITA
 Toda sociedade politica, cívica e cível democrático do país ficou estarrecida com a desenvoltura tresloucada Da ditadura regimental, que ao adotar a violência como exígua aliada para banir todos os adversários seus das ruas prestou um péssimo serviço ao país e aos cidadãos! Uma vez mais o governo sustentado pelo MPLA/JES subverteu a dinâmica dos valores democráticos que sustentam qualquer sistema democrático representativo. Esse distanciamento ético entre o regime e o país politico ativo define com exatidão a inexistência de valores democráticos de que o país tanto necessita! Temos que levar esse regime a começar a entender que os valores democráticos não deveriam nunca ser colocados em causa, por outro lado, os políticos da situação devem e/ou têm mesmo de começar imediatamente a respeitar a lei e a atípica constituição que foi por eles criada e publicada.
A LUTA DO MPLA/JES É APENAS UMA PELEJA DO PODER PELO PODER
A situação vivida essa semana, feriu de sobremaneira a imagem do regime já de si catastrófico, decante e corruto ao extremo. A dinâmica utilizada com grande aparato dos órgãos de repressão em nada ajudou a limpar a imagem de usurpador, que o regime goza em todas as dimensões da nação ora dividida. O medo do regime e do seu superior mandatário soberano em viver democraticamente no nosso próprio país, demonstrou-nos a todos que existe um declive deveras elevado de insegurança da parte dos mentores ideológicos do sistema totalitarista, e esse medo proporcionou que a manutenção da segurança fugisse completamente do controlo das autoridades que tudo tem feito em termos de violência gratuita e subtração dos direitos dos cidadãos para tentar neutralizar a luta do povo cansado do regime e saturado com a presença de JES e da sua família que insistentemente, buscam permanecer a todo custo no centro do poder máximo do país politico e financeiro, destruindo desse modo à alma pura da nossa angolanidade ancestral. O povo esta imparável, quer ser livre para tomar um outro rumo sem JES. O povo tem sido impassível ao rejeitar o regime repressor do presidente JES e de seus pupilos, porque está havido de liberdade, e esse manifesto sentimento do povo não tem sido respeitado e nem tem recebido a reciprocidade benigna da parte do regime que o agride furiosamente com toda a letalidade bélica possível. Essa evidencia do tirano acaba por afetar de irreversivelmente a imagem já de si bastante denegrida do regime e do seu mentor.
A LIGAÇÃO INDESMENTÍVEL DA POLICIA NACIONAL COM A MELÍCIA DE BENTO ANALFABETO KANGAMBA DOS SANTOS!
O resultado das quezilas ocorridas na capital entre a policia despreparada de JES e a agregação das milícias do seu sobrinho o sinistro Bento Analfabeto Kangamba dos Santos, saíram perdulários em mais essa peleja politica onde o regime tentou fazer vender a imagem de tudo não passar de uma refrega da sua guarda pretoriana e alguns arruaceiros, debalde. Todo aparato policial envolvido na tentativa de neutralizar a juventude revolucionária dos seus intentos, terminou por transformar um problema domestico em um alargado caso de dimensões internacionais! Foi a policia e o tribunal arbitral da legalidade repressiva do regime que ajudou a promover internacionalmente essa peleja do povo juvenil em luta, agora o povo violentado nas suas entranhas, surrado dantescamente e corridos das ruas, hoje é escutado com proximidade por outros povos que se solidarizam com a luta que levam a cabo contra a ditadura JESEANA. Também sabemos agora que, essa odisseia aterrorizante terminou por ajudar a sancionar o regime internacionalmente, como se verificou na magna reunião das ONU, onde o regime sequer fora recebido por nenhuma autoridade importante do clube do ocidente! O regime na sua incólume cegueira deduziu, que todos angolanos e a comunidade internacional estariam mancomunados com os desmandos do Presidente da fome e da miséria dos angolanos, debalde novamente. Os desavindos com o agressivo e desestruturado regime do messiânico de JES, que somados são na maioria absoluta dos cidadãos no país, com total certeza vamos continuar a lutar com fé em Deus até derrotar totalmente a infame ditadura governativa!
JORNAL DE ANGOLAÉ O NOSSO PRAVDA
Do nosso Pravda, o oficioso jornal do regime chegou a inesperadamente noticia da parte do debilitado jornaleiro, o senhor José Ribeiro, feito às pressas jornalista e diretor do JA pelo partido dos camaradas, que dá como certa a informação manipulada e mentirosa de que os jovens revolucionários, aqueles a quem o iluminado presidente das riquezas pertencente ao povo angolano os tratou publicamente de frustrados! Sim, esses mesmo, porem dessa vez foram acusados pelo desprestigiante agente promocional da mentira estatizada, que os meninos filhos do nosso povo teriam feito a manifestação do dia 19 de Setembro apenas e só para abafar a festa JESEANA, sito campeonato mundial de hóquei em patins! E essa hein camaradas! Ora, vejamos a segmentação dessa profana noticia e saberemos todos como opera o estado mafioso angolano criado a imagem de JES. Não se consegue entender qual a razão que liga uma manifestação, que apenas serviria para reivindicar junto dos maestros da governabilidade a reabilitação imediata dos seus direitos completamente dilacerados nesses terríficos 34 longos anos consecutivos, com o campeonato mundial de hóquei em patins promovido apenas para limpar a face do regime e do seu timoneiro! É preciso que a sociedade não embarque nessas jogadas politicas orquestradas pelo regime, que tudo faz para tentar validar as suas praticas repressivas extremamente violentas e até mesmo letais para justificar o caráter maligno do regime déspota! Temos todos de aprimorar melhor o conhecimento das características dos nossos mais novos cidadãos para conhecer melhor a juventude que temos, e com exatidão apoiar responsavelmente a sua luta com elevado espirito altruísta e, com honestidade publicamente manifestar o nosso total empenho em ama-la.
AFINAL QUAL FOI DE FACTO A RAZÃO DE REALIZAR UM MILIONÁRIO CAMPEONATO DE HÓQUEI EM PATINS NO PAÍS DA FOME E DA MISÉRIA ESPIRITUAL, ONDE SEQUER EXISTE A TRADIÇÃO DESSE DESPORTO?
 Afinal o que tem haver um campeonato do qual só JES e o seu regime acreditaram no seu êxito? Entende-se agora que essa manifestação mafiosa de insensatez da parte do diretor do jornal de Angola prova duas coisas: Em primeiro lugar fica agora claro, que todo esse frenesim em torno dos manifestantes tinha como finalidade cala-los para que o tal campeonato decorresse sem tremedais, para que proporcionasse a difícil tarefa de limpar internacionalmente a imagem enferrujada do líder do regime corrupto e despótico, que vive os seus últimos momentos de vida ativa! Em segundo lugar, percebesse agora que o regime não pretende inovar a sua forma de fazer politica, o regime continua arisca e prepotente. O que importa mesmo a JES e o seu regime, é que o presidente vitalício da fome em Angola, concretize o seu maior intento, trata-se de dar cumprimento da sua agenda privada de fazer-se substituir no poder pelos seus delfins favoritos, que são o seu sobrinho Manuelito Domingos Vicente e o rapazito seu filho Filomeno dos Santos Zenú nos cargos maiores da superestrutura do estado na futura legislação, que, aliás, ainda não foi sequer sufragada, mas, já existem vencedores como acontece sempre onde JES coloca a mão surripiador de votos!
A FRAUDE PARA 2017 JÁ ESTA EM AÇÃO
Note-se que a certeza de uma vitória esta clara na ótica de JES e seus pares, mesmo estando JES e o MPLA completamente queimado POLITICAMENTE, o soba maior do MPLA/JES já definira o resultado futuro das próximas eleições! Agora a pergunta que não aceita calar-se é: Será que vai dar certo pela quarta vez JES falcatruar os resultados eleitorais? Por outro lado, será que dessa vez o glorioso vai engolir o sapo de aceitar pacificamente esse anticorpo chamado Zenú no interior do MPLA, que doa noite para a madrugada o seu pai prepotente o travestira de dirigente superior do MPLA? Esses senhores afinal representam o quê e quem no interior do nosso glorioso? Sinceramente não consigo compreender essa insofismável teimosa de JES em impor sua família como militantes na superestrutura do partido e do governo?
O CASO MFUCA MUZEMBA SÓ SE TORNOU ASSUNTO PORQUE O UNITA ANDA A UMA SÓ VELOCIDADE E AINDA NÃO CONSEGUIU TER UMA AGENDA POLITICA INDEPENDENTE DA DO REGIME E DO SEU PRIMAZ, O SOBERANO GATUNO JES.
O estado angolano é amoral, disso não existem duvidas nenhumas, porém existem ainda aqueles contrassensos que nos levam até a duvidar que a essência da verdade seja benigna! É sim verdade que no nosso país prevalece à imoralidade social e a blasfêmia politica como as bases em que o regime decidiu assentar a sua base regimental. Não existe mais a dialética desenvolvimentista nem a moralização do estado social, a mentira e a enganação, a miséria e a desgraça decidiram andar de mãos dadas. É o regime em erupção caindo do ápice para a profundidade no abismo! A dicotomia existente entre o conformismo de natureza humana e o macula existencial do pensamento medieval e no nada da fazer tornaram-se apanágio de subtração da retração abismal de desenvolvimento social sustentado! Tudo ou quase tudo permissivo e que seja improprio para consumo social não esta vedado porem nem tudo nos realiza, estamos perdidos no oceano do desespero e da litigância fatalista.  Tudo isso apenas para dizer que o circunstancialismo do caso Mfuca Muzemba só se tornou num caso Porque a UNITA ainda não decidiu andar em todas as velocidades e mudar a direção do seu modus operandi e deixar de ser seguidista ou servir de bombeiro para apagar apenas os fogos atados pelo regime de JES.
A UNITA PRECISA URGENTE DE TRAÇAR OUTRO CAMINHO, DANDOLHE OUTRO DIRECIONAMENTO!
A UNITA precisa e tem de ter uma agenda politica própria, e tem de despertar urgente do sono do tempo. Todos sabem da competência dos quadros da UNITA, mas percebe-se igualmente uma certa inercia que se sobrepõe em redor dos seus quadros políticos por não terem uma direção nem uma agenda independente da de JES, que marque o compasso para levar a sociedade desesperada a uma nova realidade politica. A não acontecer isso, a moralização dos seus militantes vai do lixo de hoje para a podridão do amanhã! Existe um cansaço imergente em toda militância nos partidos da oposição, essa realidade leva a pessoa humana enquanto politico mal direcionado a cometer erros factuais, em delével essa situação fere sim a imagem dos partidos opositores ao regime principalmente a UNITA. O regime sabe disso porque ele mesmo encontra-se completamente desestruturado, apodrecido e sem direção, restando-lhe apenas atrelar-se a UNITA como a única maneira de parar o seu ímpeto oposicionista que a olhos nus é diversificado e cada vez mais crescente a sua aceitação junto da sociedade ativa angolana. Desse modo restam ao partido da situação atirar toda oposição enlaçando alguns membros desprevenidos da oposição acorrentados desesperadamente as suas muitas corrupções. O fraco desenvolvimento na realização dos projetos sufragados nas eleições fraudulentas passadas leva a um desesperado desconforto o partido dos camaradas causado pelos parcos avanços alcançados na realização das suas politicas publicas exclusivistas, o que fazem desesperadamente.
O DISCURSO MANIPULADOR DE JES, QUE SAIR A RUA EM APOIO DO POVO DESESPERADO É UM ATO DE GUERRA INVIABILIZA A OPOSIÇÃO DE TER UMA AGENDA CORAJOSA PRÓPRIA.
 E sua quadrilha atrelarem-se aos partidos da oposição, impedindo-os através de chantagens emocionais para, que as oposições não alinhem com a vontade de todo povo sair para a rua e fazer politica popular junto do povo. O verdugo JES tem vindo sistematicamente a distrair as oposições com o fantasma do discurso aleivosos, totalmente esgotado e sem nexo de que apoiar o povo nas ruas é um ato de guerra letal ao invés de ser considerado um ato de bravura e de coragem. Assim sendo, o regime inviabiliza a UNITA de ter uma agenda própria que seja a de estar corajosamente ao lado povo e conduzir a sociedade rumo à liberdade que tanto aguardamos venha acontecer em breve. Os partidos da oposição com acento parlamentar estão impossibilitados se libertarem da sua linha pragmática da agenda politica corajosa imposta por JES e pelo seu partido envelhecido por si governado a mais de 34 anos. A UNITA tem de ser igualmente corajosa e sair da mesmice de sempre, que só ao governo beneficia com inutilidade politica seguidista da atual matriz politica paralisante seguida pela direção de Isaías Samakuva. Também aprendi enquanto cristão, que aos espíritos imundos não se doutrina expulsam-se simplesmente como nos ensina o nosso mestre Cristo Jesus ressuscitado. Com isso quero dizer que Mfuca Muzemba não tem nem pode pagar pelos erros da sua direção partidária, mas também não deve do mesmo modo permanecer no partido que ele vendeu ao Bento “Analfabeto” Kangamba dos Santos, ele tem que ser despejado para as fileiras do MPLA/JES como habitual acumulador de lixo saído das fileiras da UNITA e dos demais partidos da oposição surrupiados a troco de benesses. Por favor, mandem o Mfuca Muzemba para o lixo, ele que vá muzembar La para as bandas do inferno paradisíaco do tirano JES.
E ESSA NOVA INVESTIDA DA UGP HEIN; COMO VAI FICAR ENTÃO? A UGP PARA QUEM NÃO SABE, É UMA HABITUAL CLIENTE EM TENTATIVAS DE ASSASSINATOS CONTRA A VIDA DO NOSSO WILLIAN TONET.
Para fechar a semana com chave d’ouro, apresento em discurso direto a flagrante façanha planeada pela UGP e posta em ação quarta feira passada. O jornalista, advogado, o politico e professor universitário Willian Tonet teria sido alvo de mais um atentado contra a sua vida aqui no morro bento, quando saia da faculdade onde leciona. Os autores do atentado pertencem à quadrilha de Manuel Helder Vieira Dias, Kopelipa, e faziam-se transportar numa viatura em serviço pertencente à Unidade de Guarda Presidencial, fica evidente que o autor moral desse atentado é vizinho do gabinete presidencial, lá na cidade alta. A famigerada UGP que vem a muito usurpando o lugar da Policia Nacional a única entidade constitucionalmente criada para assegurar o policiamento em toda extensão do território angolano! Não se conhece na UGP a natureza jurídica institucional, e nem constitucionalmente esta habilitada a constituir-se em guardião da segurança do estado nem socialmente fora criada para perseguir, prender e matar o pacato cidadão nacional como tem sido pratica constante desse exercito privado do medroso presidente da republica popular do MPLA/JES! Que o digam os familiares dos malogrados camaradas ativistas Isaías Cassule e Kamulingue raptados pela UGP e até hoje desaparecidos milagrosamente da face da terra! Com esses sistemáticos atentados da UGT e os demais organismos criados a imagem do regime ditatorial tem vindo a fortalecer a decisão do povo em encontrar novos mecanismos de luta, para combater sabiamente contra essas organizações criminosas disfarçadas de defensoras dos direitos do povo que hoje são nenhumas.
O REGIME ESTÁ MESMO PERDIDO, ESPERASSE UMA UNIÃO DE TODOS PARA MOSTRAR TODO NOSSO CONSTRANGIMENTO CONTRA MANIA DO REGIME QUE TENDE EM MOSTRAR QUE SÃO DONOS DAS NOSSAS ALMAS!
O que não podemos continuar a consentir é que essas forças retrógradas, vagabundas e medíocres que nada de novo trazem para democratização do nosso país continuem a dilacerar a angolanidade das nossas almas! Na verdade esses organismos nada possuem de modernidade para moralização do estado social. Elas não podem continuar com as suas tristemente praticas assassinas, temos de dar um basta a toda essa panóplia de contornos duvidosos para sairmos da inercia repulsivos de atitudes indecentes, para assim reivindicarmos a natureza do direito viável para juntos construirmos um estado onde impere o respeito pela coisa publica e o amor e o respeito entre governantes e o governado povo soberano seja um facto, temos mesmo de sair com toda nossa força para as ruas de toda angola e em particular nas ruas de Luanda, pois essas ruas são todas elas também nossas elas não são apenas pertencentes à militância do MPLA/JES que tudo podem e conseguem numa terra que todos nascemos com os mesmo direitos! Ou será que falo aqui alguma discrepante mentira? Não podemos ser coniventes com essa tipicidade de arbitrariedades praticadas pelo senhorzinho JES, o nosso amado latifundiário! Por estranho que pareça, o regime quer assassinar a nossa alma angolense e assim disseminar todo seu fel contra o povo, que compõe o tecido populacional de toda cidadania autóctone Nacional.
Raul Diniz



LUANDA: Uma campanha a favor da libertação do menor Nito Alves detido pelo regime de José Eduardo dos Santos foi lançada pelo ativista Rafael Marques e pelos advogados David Mendes e Salvador Freire dos Santos da associação Mãos Livres.

Campanha para a Libertação de Nito Alves
por Maka Angola - 27 de Setembro, 2013
Nito Alves, de 17 anos, está preso desde o dia 12 de Setembro sem acusação, acesso a advogado ou direito a visitas. O menor tem sido mantido em prisão solitária.
 
Exigimos a sua libertação imediata e incondicional e apelamos a todos para que se juntem à campanha para a libertação de Nito Alves.
 
Assine aqui a petição, dirigida ao presidente da República José Eduardo do Santos, exigindo a liberdade imediata de Nito Alves.

 
 
A 12 de Setembro, a Polícia Nacional deteve, numa gráfica na zona da Estalagem, em Viana, o jovem Manuel Chivonde Nito Alves, de 17 anos.
 
Inicialmente, a Polícia Nacional alegou ter detido o jovem em flagrante delito por este ter supostamente encomendado a impressão de 20 camisolas na referida gráfica.
 
A posteriori, o responsável da gráfica, conhecido apenas como Lavoisier, foi reconhecido como sendo um oficial operativo da Direcção Provincial de Investigação Criminal (DPIC).
 
O Sr. Lavoisier, segundo as últimas informações, agiu como agente provocador ao ter ordenado a impressão das camisolas, cuja encomenda já havia sido cancelada, como armadilha para detenção de Nito Alves.
 
O jovem foi inicialmente acusado de ter cometido o crime de difamação contra o presidente da República por alegadamente ter solicitado a inscrição de palavras atentórias contra a honra e o bom nome de José Eduardo dos Santos.
 
Duas semanas depois da detenção, praticamente em regime de incomunicabilidade e em cela solitária, a Procuradoria-Geral da República não esclarece o caso nem acusa formalmente Nito Alves.
 
Até à presente data, nem sequer foi comunicado aos advogados de defesa do que vem acusado o jovem. As autoridades policiais têm impedido o contacto dos advogados com o detido, em desrespeito à Constituição, nomeadamente no que diz respeito ao direito dos detidos e presos de serem informados sobre as razões de detenção e dos seus direitos, incluindo o de informar e consultar o seu advogado antes de prestar quaisquer declarações (Const. 63º, c, e).
 
A Procuradoria-Geral da República não permitiu a presença dos advogados nos interrogatórios, nem o contacto com o detido. Até ao momento, as autoridades impedem o contacto dos familiares com o jovem, para saberem do seu estado de saúde.
 
Por essa razão, em solidariedade ao menor Nito Alves, exigimos a sua libertação imediata e incondicional.
 
Presidente da República, José Eduardo dos Santos, liberte o menor Nito Alves!!!
 
Subscrevem:
 
Rafael Marques de Morais, jornalista
David Mendes, advogado
Salvador Freire dos Santos, advogado
 

As assinaturas recolhidas, quer online quer através de postos públicos, serão remetidas ao presidente da República, José Eduardo dos Santos, o ofendido.

domingo, 29 de setembro de 2013

LUANDA: Mentira Euro Enganosa - Por Raul Diniz

MENTIRA EURO ENGANOSA

Fonte: club-k.net
Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
29/09/2013
Aconteceu de tudo um pouco nessa semana finda, começando pela agressividade descabida de um governo inerte sem estrutura para assumir a administração de topo, um regime que nem sabe como estabelecer um dialogo aberto e franco com a sociedade descontente pelos seus constantes atropelos a lei e a constituição, e pelos variadíssimos disparates praticados por aqueles que deviriam honrar com prestigio, a condução dos destinos da nossa angolanidade, hoje definitivamente soterrada na profundeza do abismo, motivado pela forma leviana como tratam irresponsavelmente a gestão da coisa publica nacional.
A IGNOMINIA DE JOSÉ MANUEL DURÃO BARROSO, PRESIDENTE DA COMISSÃO DA UNIÃO EUROPEIA!
 Mas triste mesmo foi lermos noticias vindas da União Europeia divulgadas pelo porte parole do presidente da comissão da União Europeia Dr. Durão barroso compadre de JES e padrinho de casamento da sua filha Tchizé dos Santos. Seria melhor que Durão barroso fica-se calado do que vir tentar atirar areia para os olhos de toda sociedade politica, cívica e civil em luta pela retirada tardia do regime de José Eduardo dos Santos seu amigo. Sinceramente, onde foi que o Expert em politica angolana Dr Durão Barroso foi buscar essas ultrajantes ideias disformes, quando afirma existir no país do pai banana legitimidade processual do ponto de vista legal! Não pretendo litigar a legalidade institucional do senhor Durão Barroso por mentir a respeito da legalidade do poder judiciário angolano. Apenas estou indignado com a maneira insurgente como Durão Barroso veio em defesa mais cruel e despótico ditador dos tempos de modernidade politica democrática. Entendo por saber, que o senhor presidente da comissão europeia, sempre esteve ao lado do mais cruel dos ditadores do nosso tempo em toda sua existência de politico ativo, sem nunca se importar com o sofrimento do nosso povo. 

NÓS NÃO PROCURAMOS LEGITIMIDADE POLITICA EXTERNA PARA CONHECERMOS OS NOSSOS DIREITOS E POR ELES LUTARMOS!
Sobretudo queremos informar ao Presidente da comissão europeia que em Angola nós não estamos à procura da legitimidade afirmativa externa para lutarmos contra a tirania de uma ditadura das mais cruéis e ferozes do universo politico atual. Saiba o senhor Barroso que assim como aconteceu em Portugal quando se tratou no passado recente, a ditadura salazarista ao instaurar processos contra os opositores do regime neocolonial fascista não existiam processos legalmente instaurados contra os autores da luta antifascista, aqui em Angola passa-se o mesmo, senhor Dr Zé Manuel deve saber que, nessa luta fratricida travada contra o ditador e contra a ditadura, nós os democratas temos apenas uma finalidade que é a de derrubar essa maléfica ditadura do tipo feudal mais retrógrado! Onde anda ou a quantas anda o raciocínio com base no conhecimento da ciência do direito constitucional e institucional democrático do presidente da UE, que não entendeu ainda a legitimidade do povo ver-se livre de um regime que apenas a Europa do senhor Durão Barroso não avaliza?
EM QUE PLANETA POLITICO VIVE O PRESIDENTE DA COMISSÃO EUROPEIA?
Em que planeta politico habita o presidente da comissão europeia?  Por onde anda o sentido estadista critico e a verdade analítica do senhor presidente da comissão da maior região geográfica democrática do universo humano?  Será que o direito a vida e a liberdade democrática se tornou apanágio apenas dos países que compõem o território da União Europeia?  Quero lembrar ao presidente da comissão europeia que não existe demérito algum nos propósitos da luta que travamos em Angola contra a vil ditadura instituída na terra de nossos ancestrais autóctones, e também lembro ao ilustre amigo Zé Manuel, que em Angola nós não estamos em luta mortal contra o reino da gatunagem e do nepotismo institucionalizado para nos divertirmos, por outro lado quero que saiba que nós cá na terra da exploração humana e do peculato institucionalizado não somos assassinados dia após dias de brincadeirinha, é tudo verdadeiro, aqui somos torturados e assassinados de verdade senhor Durão Barroso! Nós somos perseguidos, somos presos arbitrariamente, somos torturados, assassinados sistematicamente pelo regime a mando do ditador.  Aqui tudo é a sério e ninguém deseja isso para a família e amigos do senhor Durão Barroso.
APELO AO BOM SENSO DO Dr DURÃO BARROSO PARA NÃO INCENTIVAR O CONTINUO ASSASSINATO DOS PACÍFICOS CIDADÃOS ANGOLANOS!
 Apelo ao Zé Manuel, que não fortaleça mais o regime do seu amigo e compadre JES e não queira que Angola continue sendo o país do pai banana! Aquilo que no entendimento democrático do senhor Durão Barroso não serve para Portugal e tão pouco para a União Europeia como regime politico, não queira o senhor Presidente da UE desejar para Angola. Um homem da estatura e dimensão politica do preside a união democrática como a UE, não pode ter linguagens dúbias, uma para UE e outra para a União Africana, democracia é democracia em qualquer continente, seja o continente europeu, africano, asiático ou americano, pois o sistema com que se regem as democracias independe dos dogmas de cada estado, por serem os mesmos. Não vale apenas passear-se pela mentira politica, e quer concorde ou não comigo, reafirmo que em Angola não existe regime democrático nenhum nem próximo disso, e o senhor Durão Barroso sabe bem que é verdade.
APENAS NÃO OFUSQUE A VERDADE POLITICA ANGOLANA
Não tenha a pretensão de tentar ofuscar a verdade politica apenas para confundir os angolanos, pois não é de bom tom e torna-se ultrajante receber da mais alta entidade politica da UE uma mentira tão deslavada e delatora de contornos assustadoramente malignos. Quando os porta vozes do senhor Durão Barroso a mais alta entidade da EU e o da ministra dos negócios estrangeiros da EU vêm a publico afirmar que foram instalados processos legais aos destemidos jovens presos e torturados pela ditadura apenas porque desejavam manifestar-se, para reivindicar junto da ditadura os seus inalienáveis direitos de cidadania subtraídos, torna-se no mínimo ridículo!
O MAGISTRADO EQUIVOCADO DURÃO BARROSO, MESTRE EM “ANGOLANISMO” JESEANO!
Todos quantos assistiram a carga desnecessária desferida pela policia do regime contra indefesos jovens que sequer haviam começado a manifestar-se entraram em colapso coletivo aterrorizados pelo que vivenciávamos daí estar-se irritado com o douto magistrado Durão Barroso mestre em “angolanismo JESEANO” por vir indignamente aventar a hipotética existência de legalidade processual nos tribunais de um regime tão vil e reconhecidamente ditatorial, isso é ridículo, é obra!  Não queira o português Zé Manuel destilar a fúria do fel assassino politico partidário do seu passado existencial, que marcaram a sua passagem pelo MRPP para cima do povo sofrido de Angola! Definitivamente amigo Zé, o senhor não quer olhar de frente a realidade angolana com olhos de ver, portanto não queira de maneira alguma transferir para angola o que Portugal jamais aceitaria que de Angola fosse exportado para Portugal, mesmo porque, os nossos irmãos portugueses não merecem de jeito nenhum, que uma sinistra figura da estirpe de José Eduardo dos Santos se tornasse presidente das parcas riquezas do Portugal democrático de hoje.
NOSSOS IRMÃOS PORTUGUESES JAMAIS QUERERIAM PARA PORTUGAL UM BANDIDO COMO JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS COMO PRESIDENTE E MUITO MENOS ACEITARIAM SER CONIVENTE COM UM REGIME TÃO DESPÓTICO E RETROGRADO COMO O DE ANGOLA.
Não existe em Portugal alguém em sã consciência, que afirme existir em Angola, um regime legitimamente democrático. Por esse motivo valido senhor o Dr Durão Barroso, não tente atirar areia para os olhos do sábio universo dos países democráticos com as usas insufláveis afirmações, de que existe uma justiça aceitavelmente isenta equidistante do poder politico e que seja democrática, pois isso nem o diabo acreditariam em tamanha insensatez tão aleivosamente enganosa. Mesmo sendo o diabo o detentor do monopólio da mentira, não assinaria por baixo essa pressagiosa desinformação, pois nem o próprio diabo não estaria em condições de confirmar existência de tal poder judiciário livre e independente em Angola, e já la vão 34 anos de tirania de constantes tramoias! O importante mesmo é o Senhor Dr Durão Barrosa utilizar com sabia mestria a palavra certa no momento certo, e, declare publicamente, que o povo vivencia em Angola um regime autocrático onde impera a mentira como padrão, o nepotismo como a marca maior do regime, a corrupção emblemática, e o peculato como medida para o enriquecimento ilícito, que, aliás, grassa de sobremaneira como fonte de águas turvas. Em suma trata-se de um regime de orientação governativa medieval, onde se destacam as praticas doutrinais anômalas como a violência gratuita, o feiticismo, a magia negra, o fatalismo medíocre da desgraça coletiva e da sobrecarga das politicas publicas errantes misturadas ao nepotismo desenfreado e a devastadora soberba, essas são a verdadeira essência do regime esgotado, que perdido, sem eira nem beira sem principio, apenas e com fim marcado para morrer. Eduardo dos Santos, sua família e seus confrades internos e internacionais decidiram rumar contra a maré, consagraram os desígnios da sua existência como poder totalitarista inviável aos demônios.
ESPERAMOS TODOS DO PRESIDENTE DA COMISSÃO EUROPEIA TOTAL ISENÇÃO E DISTANCIAMENTO NA AVALIAÇÃO QUANTO AO DIREITO DO POVO LUTAR CONTRA O REGIME SEGREGACIONISTA E IRRESPONSÁVEL DE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS.
 Esperamos nós militantes democratas, que o pensamento antidemocrático ora apresentado pelo senhor Dr Zé Manuel sobre Angola seja definitivamente lançados para degredo assim como desejamos todos, que a justiça expansionista e decrépita instalada pelo regime segregacionista, para tentar subverter a vontade democrática do povo angolense seja ambas lançados para o abismal mar do esquecimento. Gostaria muito saber que mais tem o ex-premiê Tuga para dizer acerca da repressão do dia 19 de Setembro, pois se de facto tiver algo de importante para dizer aos angolanos desesperados como eu, que seja dita com verdadeira independência, e com expressiva lisura, e, que sejam igualmente chamados os bois pelo nome e/ou se cale o senhor Durão Barroso para sempre, e entenderemos que em defesa do seu familiar Eduardo dos Santos, então saberemos, que uma vez mais o politico JMDB, atirou o povo angolano para o matadouro num gesto sacrificial deliberado. Nós democratas angolanos estamos declaradamente em guerra politica contra ditador e contra o seu regime, por isso aguardamos esperançados que venham a existir mudanças substanciais na comissão europeia com a saída do senhor Durão Barroso da presidência da comissão. Talvez outros ventos menos maliciosos venham soprar naquela organização internacional europeia para Gaudio dos povos oprimidos de África e do mundo oprimido em geral. Quanto ao regime angolano, todos sabem que se trata de um sistema maléfico, decadente, cleptomaníaco e antidemocrático com contornos deveras alarmantes de nepotismo , o que alias, é apanágio de JES e do seu desqualificável partido déspota, o MPLA/JES.
LEMBRANÇAS DO PASSADO PARA O ZÉ MANUEL
Apenas quero lembrar ao amigo Barroso, que a situação angolana é terrível, o que se passa em Angola é muito pior daquilo que se passou no Portugal de antes 25 de Abril. O Dr Durão Barroso não pode descurar a verdadeira origem que legitimou a queda do regime colonial fascista português, não se devem esquecer os paradigmas da revolução dos cravos e os seus declives como o insurgente caso FP 25 de Abril que como ato condenável de autentico terrorismo de estado, tive o apoio explicito do ditador angolano, amigo especial do Dr Durão Barroso. Na Angola de hoje não é diferente, os angolanos querem um estado de direito e democrático, por isso lutamos contra a máquina que nos impede sermos livres. Nós angolanos Acreditamos, que o politico Durão Barroso os portugueses e todo angolano que esteve envolvido na luta contra o regime neocolonial fascista em território do então Portugal continental, lutamos com afinco lado a lado com o povo português e com abnegado espirito de sacrifício nos batemos com empenho dentro e fora na cidade universitária num invulgar gesto antifascista, e com elevado sentimento de altruísmo cabal, contribuímos para que os portugueses se tornassem livres do regime de Oliveira Salazar, Américo Thomas e Marcelo Caetano, lembro que foi a justeza dos nossos ideais que nos levaram a lutar sem medo, o que provocou o derrube do sistema politico e administrativo da época. Em Angola caro Zé Manuel, não vai ser diferente, quer queira ou não o senhor e o seu amigo e compadre ditador, esse regime déspota vai mesmo ter que ser jogado para o lixo, onde é o seu lugar.

Raul Diniz

terça-feira, 24 de setembro de 2013

LUANDA: Ajudem os jovens revolucionários a sair da prisão. Apenas eles não desejam a continuidade do ditador ladrão no poder em Angola.

Apelo Urgente de Solidariedade
por Maka Angola -
Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
24 de Setembro, 2013
A Associação Mãos Livres e o Maka Angola realizam, a partir de hoje, uma campanha de angariamento de fundos em prol do direito à manifestação.
 
São necessários um milhão e 520,000 kwanzas (US $15,400) para o pagamento da caução dos jovens manifestantes detidos, pela primeira vez, a 19 de Setembro por terem tentado protestar, de forma pacífica, contra as injustiças sociais em Angola.
 
Em sessão de julgamento sumário, no dia seguinte, o Tribunal das Ingombotas, conhecido como o Tribunal de Polícia, libertou-os sob termo de identidade e residência. A audiência foi interrompida e a nova sessão marcada para 23 de Setembro.
 
Os jovens gozaram de liberdade condicional por menos de meia hora. Foram novamente detidos, a cerca de 300 metros do tribunal, quando concediam entrevistas ao director do Maka Angola, Rafael Marques de Morais.
 
Inconformados com a decisão judicial, o comando da Polícia de Intervenção Rápida encarregou 45 agentes seus, fortemente armados, que cercaram e procederam à detenção e tortura dos recém libertados e dos jornalistas com quem estavam, incluindo Alexandre Solombe e Coque Mukuta.
 
Novamente presentes a juízo, a 23 de Setembro, os jovens re-encarcerados, foram libertados sob caução porque a acusação não pode apresentar factos incriminatórios.
 
Dada a condição económica dos jovens e a grande injustiça de que estão a ser alvo, a Associação Mãos Livres e o Maka Angola solicitam a sua contribuição necessária para o pagamento dos (US $15.400,00) essenciais para garantir a liberdade dos jovens.
 
Contamos com a sua solidariedade.
 
 
Contacte:
 
Salvador Freire dos Santos
Presidente da Associação Mãos Livres
Tel: 925 811 728
E-mail: salvafreire@gmail.com
Conta bancária Associação Mãos Livres
116554596 31 BFA
 
Rafael Marques de Morais
Director do Maka Angola
Tel: 912 331034
E-mail: rafael@makaangola.org

ESTRASBURGO: A Euro-Deputada portuguesa a Socialista Ana Gomes Instou o compadre do ditador angolano, presidente da comissão da União Europeia José Manuel Durão Barroso a parar o seu amigo José Eduardo dos Santos a parar com as perseguições, prisões arbitrarias e torturas exercidas contra o povo pacifico e contra jornalistas angolanos. Euro Deputada Socialista

Ana Gomes Pressiona Durão Barroso sobre Angola
por Maka Angola 
Divulgação: www.palanaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
 23 de Setembro, 2013
Ana Gomes enviou hoje uma carta ao Presidente Barroso e à Alta Representante da UE para a Política Externa, Catherine Ashton, sobre a violenta detenção do jornalista angolano Rafael Marques e de outros dois jornalistas que entrevistavam manifestantes recém-libertados em Luanda, no passado dia 20 de Setembro.

Os três jornalistas, assim como os sete manifestantes e um empresário que filmava o ocorrido, foram detidos por agentes da polícia de intervenção rápida e levados para uma unidade central da polícia, onde sofreram várias agressões e maus-tratos. Foram obrigados a deitar-se no chão, enquanto um oficial e outros agentes caminharam por cima deles com as botas, os coletes e o equipamento pesado vestidos, saltando-lhes em cima e pontapeando-os. Mais de quatro horas depois, os três jornalistas e o empresário foram transferidos para as instalações da polícia de investigação criminal e libertados sem qualquer acusação. O equipamento fotográfico foi-lhes devolvido com as lentes destruídas. Segundo a “Human Rights Watch”, os sete manifestantes continuam detidos, apesar do mandado de libertação emitido pelo tribunal, e poderão ter de responder em julgamento apesar de não terem sido acusados.

Na carta a Barroso e a Ashton, Ana Gomes qualifica como “inaceitável” este comportamento das autoridades angolanas, face às obrigações e compromissos de Angola enquanto Estado-parte do Acordo de Cotonou (ACP-UE) e do Acordo de Parceria “Caminho Conjunto UE – Angola”. A eurodeputada socialista insta, por isso, a UE a exigir às autoridades angolanas que ponham termo às detenções arbitrárias e à agressão contra manifestantes pacíficos e jornalistas.

“Tem sido dito ao Parlamento Europeu que a cooperação entre a UE e Angola investe na promoção do Estado de direito. É necessário que se faça uma avaliação desta cooperação e dos seus resultados, tendo em atenção as constantes violações de direitos humanos, os abusos de poder, a impunidade e a corrupção reinante em Angola, que os eventos da semana passada tristemente exemplificam”, sublinhou Ana Gomes.

LUANDA: O repugnante estado de ditadura que insiste em permanecer na nossa terra, colocou o contestatário, e menor de idade incomunicável numa cela solitária .

Menor Confinado em Cela Solitária
por Maka Angola
Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
23 de Setembro, 2013
Manuel Chivonde Baptista Nito Alves, de 17 anos, detido a 12 de Setembro passado, continua a ser mantido em regime de detenção solitária e sem direito a banho, por alegada difamação ao presidente da República, José Eduardo dos Santos.

Desde a sua detenção, em Viana, a Polícia Nacional não tem permitido aos advogados da Associação Mãos Livres o contacto com o jovem, para prestação de patrocínio jurídico. Nito Alves está detido na Cela 11 da Direcção Provincial de Investigação Criminal (DPIC), no Distrito do Rangel, em Luanda.

Segundo o advogado Afonso Mbinda, “inicialmente a acusação que pendia contra o Nito Alves era de crime de calúnia e difamação contra o presidente da República, sob o processo 65/13-VN”.

“O caso transitou para a DPIC onde passou a ser identificado sob o processo nº 9848/13 O.P. e julgámos que o procedimento seguinte seria por via de julgamento sumário de polícia correcional”, disse Afonso Mbinda.

De acordo com o advogado, o Ministério Público tinha oito dias, dentro do processo de polícia correcional, para encaminhar o detido a julgamento sumário ou ao Tribunal de Menores.

“Ao não terem cumprido com essa tramitação, o Ministério Público não tem como sustentar a acusação”, explicou o representante da Associação Mãos Livres.

Afonso Mbinda revelou também a conversa que teve com o procurador junto da DPIC, Carlos Santos, sobre o seu cliente.

“O procurador disse-me que o Ministério Público precisava de mais 10 dias para aprofundar as investigações, dada a gravidade dos factos que lhe são imputados””, explicou.

De acordo com o advogado, “o procurador informou que não podia dizer, nessa altura, sobre a acusação que pendia contra Nito Alves. Disse apenas que havia indícios de crime contra a segurança de Estado”.

Em comunicado de imprensa, datado de 18 de Setembro, a Associação Mãos Livres condenou a acção da detenção de Nito Alves sem mandado de captura.

A Associação Mãos Livres considerou que o comportamento da Procuradoria-Geral da República, no tratamento do caso do Nito Alves, “viola o estabelecido no artigo 63º da Constituição que impõe o dever de informar aos presos, no momento da sua detenção, as razões e o crime cometido”.

Por sua vez, o pai de Nito Alves, Fernando Baptista, um veterano da Polícia Nacional, lamentou a indisponibilidade da DPIC em prestar qualquer informação oficial à família sobre o detido. “Então, o meu filho não tem direito a nada, nem sequer a falar com o seu advogado? Não sei o que pensar ou dizer”, desabafou o pai.

O Ardil da Segurança

Maka Angola teve acesso à cópia do papel manuscrito, para a impressão de 20 t-shirts com os seguintes dizeres na parte frontal: “Zé-Dú/ fora/ Nojento/ Ditador”. No verso da t-shirt solicitava-se a seguinte inscrição: “Povo angolano/ quando a guerra/ é necessária e urgente em Angola/para mudarmos o governo ditador”. As inscrições no verso, são uma corruptela do título de um artigo e de um livro de Domingos da Cruz, Quando a Guerra é Necessária e Urgente.

O manuscrito não tem qualquer assinatura ou logótipo.

Maka Angola realizou uma investigação junto de pessoas próximas dos meandros da detenção. Após ter sido reportada, à polícia e serviços de segurança, a intenção de se imprimirem as referidas camisolas, o responsável da gráfica, conhecido como Lavoisier, cancelou a produção.

“Os agentes da segurança deram ordens ao Lavoisier para imprimir as camisolas. Ele cumpriu. Depois telefonou ao Nito Alves para ir buscar a encomenda, conforme lhe instruíram. E assim o detiveram [Nito Alves]”, explicou a fonte.

Nito Alves fazia-se acompanhar de um jovem, Feliciano Adão Nunes, de 18 anos. Maka Angolaapurou junto de familiares e amigos que este jovem foi mandado em liberdade pelos responsáveis da captura de Nito Alves “com ameaças de morte caso revelasse a alguém sobre o modo como o seu companheiro foi capturado”.

“Agora o Feliciano tem estado a viver com medo de ser eliminado e anda fugido”, acrescentou Raúl Mandela, amigo dos dois jovens.

Um outro advogado, Luís Nascimento, esclareceu que para haver crime de difamação tem de haver publicidade. “Como se pode deter alguém por ter manifestado, em privado, a intenção de supostamente difamar?”, questionou.

Difamação e Propaganda na TPA

No entanto, através dos serviços de propaganda da Televisão Pública de Angola (TPA), publicitou-se o verso da camisola mandada imprimir pelas próprias autoridades. A parte frontal, que chama o presidente José Eduardo dos Santos “Zé Dú” de ditador, foi omitida.

A TPA cingiu-se ao discurso segundo a qual o menor de idade estaria a incitar à guerra no país.

A 6 de Setembro passado, o juiz Salomão Filipe, do Tribunal Provincial de Luanda, absolveu o jornalista Domingos da Cruz, autor da expressão original usada no verso da camisola, que havia sido acusado de instigação à desobediência colectiva.

No seu despacho de pronúncia, o juiz considerou a acusação improcedente por não haver, na legislação vigente, a tipificação do crime de que era acusado o réu.

A 8 de Agosto de 2009, Domingos da Cruz publicou um texto de opinião, no semanário Folha 8, intitulado Quando a Guerra É Necessária e Urgente. A seguir publicou um livro com o mesmo título. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusou-o de ter perturbado a ordem pública e de ter incitado o povo à guerra, com a publicação do referido texto.

No seu texto, Domingos da Cruz opinou sobre os métodos de governação do presidente José Eduardo dos Santos a quem reputou de autoritário, corrupto e insensível ao sofrimento do povo.

Nito Alves permanece encarcerado numa cela solitária, sem direito a intervalos no pátio. Como parte da rotina de abusos, Maka Angola apurou que alguns agentes têm passado pela cela do jovem, apenas para o ameaçarem de morte.

Aos 17 anos, segundo a lógica do regime do presidente José Eduardo dos Santos, Nito Alves abalou a estabilidade do poder com a intenção de imprimir umas camisolas.

Quem tem medo de uma “revolução” das camisolas?
ProvaContraNito 735x1024 Menor Confinado em Cela Solitária
Documento de prova contra Nito Alves.

LUANDA: Nova vaga repressiva da ditadura de José Eduardo dos Santos contra dissidentes pacíficos, que apenas não querem mais ao ditador na presidência de Angola

HRW: Angola – Nova Repressão de Dissidentes Pacíficos
por Maka Angola 
Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
 23 de Setembro, 2013
O governo angolano deve pôr imediatamente termo às detenções arbitrárias e à agressão contra manifestantes pacíficos e jornalistas, anunciou hoje a Human Rights Watch.Todos aqueles que foram detidos pelo exercício do direito de reunião e de expressão devem ser libertados ou acusados de forma credível sem demora.
Em 19 de Setembro de 2013, a polícia deteve 22 manifestantes perto da Praça da Independência de Luanda que procuravam manifestar-se e distribuir panfletos que clamavam por justiça social.Dois manifestantes soltos no mesmo dia foram citados nos meios de comunicação locais, alegando ter sido espancados e vítimas de outros maus-tratos enquanto estiveram detidos. Em 20 de Setembro, três jornalistas que tentaram entrevistar alguns manifestantes recém-libertados foram também eles detidos, ameaçados e agredidos pela polícia.
“A detenção e agressão de manifestantes pacíficos e jornalistas não passa de uma tentativa opressiva para tentar silenciar indivíduos que têm todo o direito a expressar os seus pontos de vista,” declarou Leslie Lefkow, directora-adjunta de África da Human Rights Watch. “O governo angolano deve voltar rapidamente atrás, libertar os indivíduos detidos indevidamente e investigar os agentes da polícia responsáveis.”
Um grupo de jovens conhecido como Movimento Revolucionário disse que informou formalmente as autoridades do protesto planeado para 19 de Setembro com a devida antecedência, em conformidade com a lei. A manifestação procurava chamar a atenção para a corrupção, justiça social, violência policial contra vendedores ambulantes, despejos forçados e o desaparecimento forçado de dois organizadores de uma manifestação em 2012. No dia 18 de Setembro, um porta-voz da polícia avisou publicamente que o protesto seria reprimido pelas autoridades. Testemunhas em Luanda disseram que, no dia seguinte, havia um enorme dispositivo policial montado, que incluía helicópteros, polícia militar e brigadas caninas.
Dez dos 22 manifestantes detidos em 19 de Setembro foram libertados sem nenhuma acusação no mesmo dia.Outros oito fora libertados por ordem do tribunal em 20 de Setembro, juntamente com um membro do partido da oposição Bloco Democrático que também tinha sido detido.A polícia de intervenção rápida deteve três jornalistas – Rafael Marques, um destacado defensor dos direitos humanos, que fundou o blogue anticorrupção Maka Angola, Alexandre Neto, presidente do Southern Africa Media Institute em Angola, e Coque Mukuta, correspondente da Voz da América – quando entrevistavam os oito manifestantes libertados.
Os jornalistas contaram à Human Rights Watch que estavam a realizar as entrevistas na rua, a aproximadamente 300 m de distância do tribunal, quando cerca de 40 agentes da polícia de intervenção rápida, fortemente armados, chegaram em cinco carros com sirenes, entre os quais havia dois veículos blindados.Os agentes detiveram os três jornalistas, sete dos manifestantes recém-libertados e um empresário que havia filmado o incidente a partir um edifício próximo do local.Foram todos levados para uma unidade central da polícia de intervenção rápida.
Os jornalistas e o empresário disseram à Human Rights Watch que as agressões começaram assim que chegaram à unidade da polícia. Disseram que um oficial ordenou aos 11 detidos que se deitassem numa carrinha da polícia de cara no chão.
“Não havia espaço para todos no chão,” disse Neto à Human Rights Watch.“Tivemos de nos deitar uns em cima dos outros.Um de nós tinha asma e teve dificuldade em respirar.De seguida, um oficial e outros agentes caminharam por cima de nós com as botas, os coletes e o equipamento pesado vestidos, saltaram-nos em cima e pontapearam-nos.”
Os jornalistas disseram que os agentes da polícia ameaçaram matá-los, gritando “Vocês dão-nos muito trabalho. Merecem levar um tiro. Vão morrer hoje.” Marques queixou-se de ter sido agredido no pescoço com um objecto não-identificado e que ainda sente dores.Foi-lhe pedido que retirasse os óculos no início. A cena foi filmada por uma agente da polícia.
Os maus-tratos infligidos aos jornalistas foram claramente uma tentativa de intimidar os meios de comunicação social, afirmou a Human Rights Watch.
“Eles sabiam exactamente quem nós éramos,” Marques revelou à Human Rights Watch.“Os agentes da polícia tomaram nota dos nossos nomes diversas vezes.”
Mais de quatro horas depois, os três jornalistas e o empresário foram transferidos para as instalações da polícia de investigação criminal e libertados sem qualquer acusação.Devolveram-lhes o equipamento fotográfico com as lentes destruídas. Os setes manifestantes continuam detidos, apesar do mandado de soltura emitida pelo tribunal, e poderão ter de responder em julgamento apesar de não terem sido acusados.
Um dos organizadores da manifestação de 19 de Setembro, Manuel Chivonde Nito Alves, de 17 anos, fora detido em 12 de Setembro por ter distribuído camisolas que chamavam ao presidente de longa data José Eduardo dos Santos um “ditador nojento”. Nito Alves continua detido e ainda não foi acusado de nenhum crime.
“O tratamento violento a que estes jornalistas e manifestantes foram sujeitos, em flagrante desrespeito de uma ordem do tribunal, revela um desprezo deliberado pelo Estado de Direito,” denunciou Lefkow. “O governo angolano tem de levar a tribunal todos os agentes da polícia responsáveis por estes abusos e mostrar aos angolanos que a polícia não está acima da lei.”
Contextualização
Desde 2011, inspirado pelos levantamentos populares no Médio Oriente, um pequeno movimento pacífico de grupos de activistas angolanos tem procurado manifestar-se contra a corrupção, as restrições impostas à liberdade de expressão e a outros direitos, e o aumento das desigualdades na nação angolana rica em petróleo. Agentes da polícia e de segurança têm repetidamente interrompido manifestações pacíficas organizadas por diferentes grupos, incluindo jovens e veteranos de guerra.A polícia usa regularmente força desnecessária ou excessiva e detém manifestantes de forma arbitrária.
Os meios de comunicação do estado encenaram uma campanha em que chamaram aos protestos antigovernamentais uma tentativa de “incitar à guerra”.Num país pela primeira vez em paz na última década, estas campanhas lançaram o medo entre a população.
Jornalistas e outros observadores que procuraram documentar as manifestações e as respectivas respostas do governo têm sido regularmente assediados, detidos e, por vezes, vítimas de maus-tratos.