segunda-feira, 5 de setembro de 2016

LUANDA: Tropas Sob Comando do General Wala detém e tortura jornalistas

Tropas do General Wala detém e torturam jornalistas

Fonte: JN
05
Seis horas de pânico e tortura no Zango das demolições
As demolições no Zango continuam sob o olhar das autoridades que justificam as acções com a reposição da legalidade e acusam as populações de terem invadido reserva fundiária do Estado, atribuída à Zona Económica Especial (ZEE).

Até ao momento, contabilizam-se mais de sete mil residências demolidas, de acordo com coordenadores das comissões de moradores das zonas afectadas, que estimam em 10 mil o total de famílias que poderão ver demolidas as suas residências, nos zangos 1, 2, 3 e 4.

Foi a pensar na situação das famílias que perderam as suas moradias que o Novo Jornal decidiu regressar ao Zango, na terça-feira, dia 30, para in loco reportar a realidade vivida pelas populações. Sem tecto e dispersas, muitas famílias ficaram desestruturadas e foram abrigadas por familiares e amigos, revelaram os responsáveis das comissões de moradores, que pouco ou nada conseguem fazer.

O regresso ao Zango tinha sido combinado, um dia antes, entre o Novo Jornal e o presidente da comissão de moradores, Oliveira Cassegunda, do bairro Nguimbe, no Zango 1. Tudo foi acertado com a fonte à margem de um encontro de auscultação que o coordenador da SOS HABITAT, Rafael de Morais, manteve com representantes da Região Militar de Luanda, na Assembleia Nacional, onde também estiveram representantes dos moradores.

O Novo Jornal combinou o encontro para as 9h00, junto ao supermercado Max. À hora marcada, lá estava o NJ para o início de mais uma reportagem à volta das demolições. Face à demora daquele que seria o guia de um périplo pelos bairros para localizar as vítimas das demolições, decidimos ir ao encontro de Oliveira Cassegunda, que fazia a marcha a pé. Minutos depois, apanhámo-lo a meio do caminho, de acordo com as orientações que nos foi dando por telefone.

Cassegunda subiu na viatura do Novo Jornal. Logo a seguir, o seu telefone tocou. Era a mulher que, aflita, pedia que regressasse com urgência a casa para resolver um problema, sem especificar o que se tratava. Decidimos acompanhar Cassegunda à sua casa, passando por zonas isoladas e com poucas residências. De repente, deparámo-nos com uma barreira policial, com dois efectivos que vigiavam a entrada. Sem impedimento, passámos pelo controlo e, de seguida, apercebemo-nos que estávamos numa zona em demolição controlada por militares que, apressadamente, nos mandaram parar.

“Não fiquem com medo. Aqui todos me conhecem. Sou o coordenador do Cap do partido MPLA e da Comissão de moradores”, garantiu Cassegunda.

Os militares pediram-nos para sair da viatura, revistaram-na e encontraram no seu interior vários meios de trabalho, entre eles, o passe de identificação, a câmara fotográfica, blocos de apontamentos, para além de cartões multicaixa e 20 mil kwanzas.
Zona proibida a jornalistas
Foi nesta ocasião, por volta das 10h00, que começaram os maus-tratos psicológicos e físicos. Enfrentámos, durante seis horas, várias ameaças por parte dos militares. “Vocês não sabem que é proibida a entrada de jornalistas, até o provedor de justiça foi barrado. A única pessoa que está a circular aqui e de helicóptero é o marido da Isabel”, afirmou um soldado, confirmando informações de populares, que, em reportagem anterior, disseram ter visto Sindika Dokolo, esposo da filha do Presidente da República, Isabel dos Santos.

“Vamos levar estes gajos à base e lá serão punidos. Vão ser levados a julgamento, tal como tem acontecido aos outros. Aqui estamos a dar sumiço às pessoas. Umas são julgadas sumariamente e não se conhecem os destinos. Vocês estão lixados”, atirou outro soldado.

Minutos depois, registou-se um momento de silêncio entre os soldados. Uns, com compaixão, apelavam à nossa soltura, enquanto outros, furiosos com a nossa presença, desejavam dar-nos uma “surra”.

“Estes gajos merecem apanhar. Ainda por cima, entraram aqui com o coordenador do bairro. Ele é um traidor, que membro do MPLA faz isso? Não sabe que os chefes é que estão a mandar destruir as casas? Vamos agora também partir a casa dele”, sugeriu um dos militares. Foi nesta altura que nos apercebemos que a máquina demolidora já estava na casa de Cassegunda, daí a chamada urgente efectuada pela sua esposa.

De seguida, mandaram-nos subir para a viatura. Eramos quatro. O jornalista, o repórter de imagem, o motorista e o coordenador do bairro. Obrigaram-nos a deitar debaixo dos bancos do patrulheiro militar e transportaram-nos como se fossemos meliantes. Enquanto decidiam o que fazer, andaram às voltas connosco. Debaixo de um sol abrasador e com armas apontadas a nós. Durante as voltas pelo bairro, vimos e ouvimos casas a serem demolidas, militares a destratar e saquear dinheiro e bens de populares, principalmente aos motoqueiros.

Os militares regozijavam-se com o sucesso das operações. Brindavam o êxito com cerveja e contavam entre eles cenas de namoro com as mulheres aflitas no terreno. “Estou a namorar com aquela gaja, meu. Vou travar para que o cúbico (casa) dela não seja ainda destruído”, disse um soldado, apoiado por colegas seus, que também diziam ter as suas concubinas.

Sentença sumária
No terreno, os militares ainda tentaram negociar connosco para não sermos levados até à base, onde supostamente seríamos punidos (surrados e levados a tribunal, segundo as ameaças).

O negócio que nos propunham era darmos 10 mil Kwanzas pela nossa soltura e mais 50 mil kwanzas para travar temporariamente a demolição da casa do coordenador Cassegunda. Mas a proposta resultou em fracasso, fruto de um desentendimento entre os soldados.

Nesta mesma ocasião, o comandante das operações despejou a sua fúria na equipa do NJ, batendo, por duas vezes seguidas, violentamente, nos ombros do escriba, com uma maceta de madeira. A terceira maceta tinha como destino o repórter de imagem, mas escorregou e partiu-se ao bater na carroçaria da viatura militar. “Agora, vamos levá-los aos chefes para serem punidos e partam já a casa do coordenador”, ordenou o chefe da missão. Ordem cumprida por volta das 16h00.

De seguida, fomos levados ao chefe do posto, que ordenou que retirássemos os cintos e os atacadores dos sapatos. Um dos militares fez o registo da nossa detenção, anotando nomes, função e números telefónicos. Apresentaram ao chefe do quartel os nossos equipamentos apreendidos, que nos foram devolvidos posteriormente, à excepção do gravador e dos 20 mil kwanzas, que ficaram na posse do chefe da operação militar no terreno.

“O gravador já não vamos entregar e o dinheiro é para as tropas”, determinou o militar, na presença do seu superior hierárquico.

O chefe do posto ainda tentou insinuar, com ameaças, negociatas para que fossemos soltos, mas sem sucesso. Minutos depois, chegou o comandante da unidade, um tenente-coronel, que, após ter recebido explicações da nossa detenção, ordenou de imediato a nossa soltura. “Vão para casa, mas não escrevam nada”, determinou.

O chefe do posto, à revelia do seu chefe, ainda deu ordens para que apanhássemos alguns focos de lixo ali espalhados. “Vocês até têm sorte. Os da Gazeta arrumaram blocos. Vão e não escrevam nada. Se não vamos vos caçar”, ameaçou o chefe do posto, devolvendo a nossa liberdade, seis horas depois.

Militares sem salário há três anos

Durante o tempo em que estivemos detidos, apurámos, em conversa com alguns militares, que muitos dos que estão ali destacados não recebem salário há mais de três anos. Referem um total de três mil efectivos que não vêem os seus ordenados, desde a data da sua incorporação.

“Meus, aqui também, só estamos a cumprir ordens. O cabrito come onde está amarrado. Um soldado ganha 23 mil kwanzas e, ainda assim, não recebemos o nosso salário, há três anos. Somos muitos destacados nestas missões. Uns estão no Benfica, outros no Ramiro, Bengo e noutras partes. Por isso, se têm godo (dinheiro) falam e vos soltamos já”, desabafou um soldado, dando-nos a conhecer factos que nos fazem perceber a fúria que os militares despejam sob as vítimas das demolições. Nem polícias são respeitados. Para os militares no terreno, “todos são inimigos”.


As demolições no Zango decorrem há mais de um ano, mas o grito de socorro das populações fez-se ouvir intensamente no mês passado, após o assassinato do adolescente Rufino António, vítima de disparos dos militares. A ninguém é permitida a entrada no Zango, nem mesmo as autoridades municipais. Até o provedor de justiça foi barrado.

domingo, 4 de setembro de 2016

LUANDA: Boatos Verdades e Vontades, Que Venham Elas

Boatos Verdades E Vontades Que Venham Elas

Fonte: Planalto de Malanje Rio Capopa/Raul Diniz

Ouve-se pelos corredores da fofoca que estaria em curso a cooptação do antigo vice ministro do interior, Armindo do Espirito Santo, para desta vez ocupar o lugar de ministro da referida pasta governamental
.
Sábado 03/09/2016

Sejam boatos ou não, essas informações extra oficiais, viriam alimentar vontades explicitas de alguns mangas de alpacas que a todo custo pretendam dirimir veneno sobre tal pretensão. Porem, caso essa informação esteja na esteira da sua consumação para complementar uma eventual fase enovadora do modus governativo, acredito que seria bem aceite essa inserção do general amigo e camarada Armindo "Mindo" Espirito Santo.

No contexto de melhorias seria igualmente receptiva a reinserção de outro general o meu amigo e competente Ekuiki, forjado na luta pela defesa ensino da doutrina dos direitos e deveres do policia e de como servir a população.

Essa dupla acredito traria grandes alegrias para a sociedade civil e acredito que não provocaria desarmonia alguma, nem desânimos e/ou contrariedades no interior do ministério do interior nem da policia por eles fazerem parte integrante dessa instituição central do regime. Para alguém como eu que aguarda anos a fio por uma oportunidade para elogiar o presidente ditador da republica,

Essa hipotética vinda do Mindo Espirito Santo para ministro do interior traria de faco um balsamo para a cabeça do presidente da república, que especialmente  precisa necessita urgente de um balão de oxigênio, que permita justificar a sua permanência como presidente republica, que aliás, o sistema politico defendido pelo PR está de todo comprometido e completamente descredibilizado.

Aguardemos o desenrolar dos próximos passos do presidente do regime.


sábado, 3 de setembro de 2016

LUANDA: Útima Hora-O Revolucionário Luaty Beirão e Amigos foram Raptados hoje de Manhã Pela Policia de José Eduardo dos Santos


Última Hora: Luaty Beirão e amigos raptados pela Polícia



Luanda - Informações de última hora dão conta que Rosa Conde, Laurinda Gouveia, Graciano Brinco, Divac Freire, Luaty Beirão e mais activistas que se deslocaram essa manhã à Comarca de Viana, em visita ao preso Francisco Gomes Mapanda “Dago Nível”, foram brutalmente torturados e estão nessa altura a ser levados para local incerto num carro da Polícia Nacional.

Fonte: Central Angola

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

LUANDA: Os Abusos Do Consul Da Primeira-Dama No Rio de Janeiro

OS ABUSOS DO CÔNSUL DA PRIMEIRA-DAMA NO RIO

O cônsul-geral Rosário de Ceita (Foto da Câmara dos Deputados).
O cônsul-geral de Angola no Rio de Janeiro, Rosário Gustavo Ferreira de Ceita, de 53 anos, faz questão de recordar repetidamente aos seus funcionários, conforme denúncias destes, que é “primo da Palucha [a primeira-dama, Ana Paula dos Santos] e que, por esse facto, goza de impunidade para agir como bem entende. Essa impunidade serve nomeadamente para sustentar a sua poligamia, já que se reflecte na atribuição de apartamentos e salários consulares às suas três mulheres e três filhos, que não são, evidentemente, funcionários do Estado angolano.
Reiteradas vezes, nas reuniões com os funcionários do consulado, Rosário de Ceita recorre à agressividade e aos palavrões, usando a sua relação familiar com a primeira-dama como garantia de impunidade para os seus actos excessivos. De acordo com fontes consulares, o representante da família presidencial tem especial predilecção pelos órgãos genitais masculinos, insistindo que “nenhum homem” os tenha “no lugar” e seja “capaz de me tirar daqui [do consulado]”.
Carmina Dorel Ebo, de 27 anos, é cidadã angolana há muito residente no Brasil. Considerada a “esposa oficial”, aufere 6 520 reais por mês. Desempenha a função de secretária do esposo. O cônsul tem, além dela, um secretário nomeado pelo Ministério das Relações Exteriores, Herculano Gonçalves, a quem é atribuído um salário mensal de US $4 200 e a quem cabe, inclusivamente, representar o cônsul em várias actividades oficiais. Foi com Carmina Dorel Ebo que o cônsul viajou para Luanda a fim de participar nas celebrações, a 28 de Agosto, do aniversário do parente, o presidente José Eduardo dos Santos.
Para além do salário, conforme consultas efectuadas por este portal, Angola suporta ainda a renda mensal do apartamento arrendado por Carmina Dorel no luxuoso bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, situado na Rua Bolivar, número 45. O valor mensal deste arrendamento é superior ao salário de Carmina Dorel. Acresce ainda, a estas despesas, o pagamento de várias outras despesas, nomeadamente de viagens de avião em classe executiva. Apesar de beneficiar de tantas regalias pela sua função de secretária, os demais funcionários consulares acusam-na de incapacidade para redigir sem erros ortográficos e sintácticos uma simples correspondência, facto ignorado pelo cônsul, que se limita a assinar por baixo.
Entretanto, o próprio cônsul Rosário de Ceita, em funções há dois anos, aufere um salário mensal de US $7 600 e tem residência oficial no igualmente luxuoso bairro de Ipanema, em Rio de Janeiro, vivendo num apartamento que custa ao Estado 30 mil reais por mês (US $10 mil). Ao todo, Rosário de Ceita tem quatro apartamentos à sua disposição no Brasil, pagos com fundos dos contribuintes angolanos.
Maka Angola contactou quer o cônsul quer o consulado, por via electrónica, mas não obteve sucesso quando procurou registar a versão do diplomata em questão. Tão logo Rosário de Ceita se digne responder, este portal publicará a sua declaração e conceder-lhe-á o devido espaço.
Por sua vez, a brasileira Denise Amparo, designada como a “primeira-dama”, dispõe de um apartamento, também situado em Copacabana, na mesma Rua Bolivar, adquirido pelo próprio cônsul e entretanto alugado ao consulado. Foi neste apartamento que Rosário de Ceita alojou o músico Dom Caetano (e ainda a sua esposa e a sua filha) durante quinze dias, como convidado para animar a comunidade angolana durante os Jogos Olímpicos. Só no Rio de Janeiro Dom Caetano e outros colegas seus, como a Banda Maravilha e Legalize, notaram que tinham sido convidados para actuar nas Favelas da Maré e do Ramos.
O cônsul-geral Rosário de Ceita e
O cônsul-geral Rosário de Ceita e Sara Conceição.
A angolana Sara Conceição, terceira concubina do cônsul Rosário de Ceita, também representa avultadas despesas para o consulado. Vive num apartamento alugado na Rua Duvivier, número 46, na mesma zona de Copacabana que as suas rivais Denise Amparo e Carmina Dorel. Estima-se que o valor mensal do aluguer seja seis vezes superior ao do seu salário consular, que consiste em 1000 reais por mês.
No consulado, Sara Conceição já passou pelo gabinete do “amado” Rosário de Ceita, onde se desentendeu com Carmina Dorel, tendo então sido transferida para o Espaço Cultural. Quando Ceita nomeou Carmina Dorel para dirigir o referido espaço, de forma a evitar conflitos, transferiu Sara Conceição para a administração.
Em relação aos filhos, que não trabalham no consulado, Rosário de Ceita confere-lhes salários diferentes, de acordo com a sua lógica paternal ou como simples expediente para parecer que têm categorias diferentes de “funcionários fantasmas”: Lukeni de Ceita aufere mensalmente 2 520 reais, e Tárcio de Ceita recebe 1 520 reais, enquanto a filha Denise de Ceita tem um salário de 1 220 reais.
A brasileira Deborah Amparo, filha de Denise Amparo e enteada do cônsul Rosário de Ceita, trabalha na recolha de dados biométricos e na recepção e encaminhamento de passaportes. Uma segunda brasileira também tem a mesma responsabilidade, garantindo desse modo que nenhum angolano, excepto o cônsul, tenha conhecimento das tramitações de vistos, conforme apurou Maka Angola junto do consulado.
Todas estas despesas ilícitas com a família do cônsul Rosário de Ceita contrastam com a carência de material básico gastável no consulado, a qual é justificada com a crise económica e a necessidade de contenção de gastos. Este portal sabe, de resto, que o consulado tem rendas de água, de luz, de condomínio e de corretores imobiliários em atraso.
Por outro lado, o consulado dispõe de cerca de 70 funcionários, entre os quais 15 diplomatas, 26 naturais do Brasil com carteira assinada e um sem número de “fantasmas”. Entre locais, colaboradores e estagiários, o governo gasta oficialmente, com o consulado do Rio de Janeiro, mais de US $55 mil mensais. Ao todo, estima-se que o consulado consome anualmente mais de três milhões de dólares.
Maka Angola sabe que existem no consulado duas administrações paralelas. A oficial, que responde ao Ministério das Relações Exteriores, e a particular, que é do desígnio exclusivo do primo da primeira-dama, com folha de salários e despesas não declaradas e cuja origem dos fundos se desconhece.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

LUANDA: José Eduardo dos Santos Arrasou o País e Arrastou consigo o MPLA para o Abismo

JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS ARRASOU O PAÍS E ARRASTOU CONSIGO O MPLA PARA O ABISMO
Ao contrario de Lopo do Nascimento que se subordinou agachado as vontades de JES, Ambrósio Lukoki saiu do comité central batendo a porta e apontando o dedo acusadoramente a José Eduardo dos Santos de estar a ofuscar a vitalidade democrática do partido MPLA.

Planalto de Malanje Rio Capopa/Raul Diniz


“Não podemos estabelecer regras como as dos antigos partidos comunistas”. A “fidelidade partidária não pode estar acima de tudo, principalmente acima dos valores políticos básicos”, é perigoso obrigar o cidadão a andar a reboque contra a sua vontade, e pior ainda é obriga-lo apoiar José Eduardo dos Santos nessa sua odisseia rumo ao nada.

A contra corrente da maioria, JES deseja a todo custo forçar a militância do “M” a colar-se e resignar-se as suas inexpugnáveis decisões de obrigar os militantes a render-lhe forçada homenagem descabida goram a independência do militante enquanto cidadão escolher punir ou apoiar o candidato menos popular no país.   
São diversas e imemoráveis as acusações denunciadas com relevo que demonstram o real perigo que representa a permanência continua de José Eduardo dos Santos na presidência do MPLA e do país.
Não se trata apenas da impopularidade de que goza o presidente da república, existem polos obscurecidos na gestão de 37 anos de JES das quais, as piores centram-se principalmente da invulgar demência cleptocracia corrupção e nepotismo de que padece o Pro seu regime e todo seu entourage. JES para manter-se imune deve e/ou precisa resolver com urgência todos esses dentre outros problemas para seu próprio bem, e da sua prole.
JES além de trair a confiança do povo, e de colocar de cócoras humilhado o país, ainda se arrojou em querer dar aulas de civilidade democrática perante a comunidade internacional séria, debalde.
 Está provado que JES confunde o que é seu com aquilo que é de todos, ele pensa que Angola é propriedade privada sua e de sua família.
 Vastas vezes foram denunciadas as politicas públicas pestilentas pestilências impostas ao povo por JES, isso demonstra com exatidão que JES precisa de um tempo de abstinência politica, e também de reservar-se a um isolamento voluntario sem que seja forçado a fazê-lo. Um dos motivos centra-se com a inexata lisura e inconsistência inadmissível como administrado a coisa pública.
Os dados demonstram taxativamente o quanto o MPLA afundou o país, e o pior, é que tudo foi feito ao arrepio da lei e da constituição. JES arrasou o país e arrastou o povo a realizar uma viagem forçada rumo a um abismo obscuro de promiscua insanidade politica endêmica.
Não é pecado mortal nem aqui nem na China criticar a governação mal sucedida e também não é desmerecedor fazer críticas acentuadas contra a intolerância e o autoritarismo do regime.
A militância do MPLA tem que ter disposição de contribuir pela mudança de rumo do partido MPLA e retira-lo do erro comunista do passado recente, mas ainda defendido por JES, não poderá passar jamais pelo improducente aniquilamento das liberdades democráticas, nem mesmo poderá prevalecer o rito maniqueísta inebriante da intolerável desfaçatez de uma inexpressiva manifestação de unidade de pensamento e de ação única.
Infelizmente JES pensa que governar é surripiar o erário publico em desfavor do povo favorecendo a sua prole. Outro problema de relevo centra-se na incapacidade do PR discernir com inteligência o momento de retirar-se da cena politica e expor-se a uma verdadeira abstinência de vomito para reavaliar conscientemente como sozinho afundou e arrastou toda sociedade para os extremos da miséria espiritual e econômica.
É sabido que faltou a JES conselhos sérios, vindo de pessoas sérias e honestas, capazes de demovê-lo a não cometer os tantos erros de palmatoria nesses quase 38 anos de desgoverno.
 Não existem no MPLA conselheiros inteligentes com sabedoria necessária, livres de compromissos bajuladores, que sejam francos, e com pensamento livre e independente como deve ser qualquer conselheiro íntegro, criativos como deve ser um verdadeiro defensor do estado de direito democrático, do desenvolvimentismo econômico sustentado, e do crescimento social cônscio e pacificado.
Fica claro que a tentativa de transformar a mentira em verdade no congresso onde é idolatrado como um chefe autocéfalo é obra e não colhe mais.
A vitaliciedade de JES na presidência do MPLA e da república causa um generalizado incomodo não apenas a militância do partido no poder, mas igualmente a toda sociedade que não aguenta mais ouvi-lo. Ambrósio Lukoki um homem sério e histórico do MPLA, apontou o autoritarismo repressivo e sanguinário do regime comandado há 37 anos por JES como o grande caudilho, que o candidato único a sua própria sucessão uma das mais difíceis de ser superada futuramente pela militância inocente que cegamente segue o presidente.
Tem que se reavaliar com senso critico responsável a saúde politica do MPLA, e ajuda-lo a reverter o descalabro em que JES mergulhou o partido.
 Afinal qual o preço sacrificial o MPLA quer aceitar pagar para sanear as debilidades que enegrece de sobremaneira o regime, sem deixar de estudar e terminar com o abuso do poder e o nepotismo exercido pelo Presidente do MPLA que ajuda a inviabilizar o crescimento viável do partido.    
 Das pessoas caducas, teleguiadas, mentirosos, cobardes e fracos o tempo não os perdoara, nem mesmo deles a história se lembrará. As recentes declarações feitas pelo meu amigo mais velho Ambrósio Lukoki dão clara cobertura as declarações que tenho enunciado sobre a imagem nojenta rasgada de sujo do presidente vitalício do MPLA e da republica.
Agora já todos sabem que o MPLA JES seus seguidores e amigos corruptos estão preparados para tudo exceto numa coisa, eles estão preparados para perseguir, assassinar burlar, corromper e matar para manter o controle sobre o cidadão, mas felizmente apesar do perigo que essa situação possa acalentar o velhaco JES e seus acólitos não estão preparados para as manifestações de rua, eles ficam furiosos quando não conseguem manter o povo como se fossem dispensáveis peças obsoletas sem valor nenhum.
Chega um dia que não dá mais para esconder a cabeça debaixo da areia como faz o Avestruz quando se sente em perigo, esse é momento que todos quantos amem angola e o seu povo deve ajudar o país a sair do ostracismo em que a direção do MPLA colocou o país e o seu povo.
No discurso feito pelo presidente do MPLA no ato do congresso realizado a preceito não para fortalecer o MPLA, mas para enaltecer o nome e a pessoa do presidente que levou o país a falência moral econômica e financeira.
Ouvir as declarações infelizes do candidato que concorre sozinho a sua reeleição, onde dizia ““não precisar dos empresários falsos, que vivem de negociatas com estrangeiros, e até a custa do roubo da riqueza do estado” é de risos gritantes.


LUANDA: Ditador Fica Nós Queremos Fervorosamente Ser Amordaçados e Acorrentados a Sua Majestosa Vontade Hibrida.

DITADOR FICA

Dos Santos.99.6 M
“Camarada presidente continua a conduzir os destinos do país, o povo pede”, diz o slogan da campanha presidencial discretamente iniciada há dias. A colocação de outdoors em locais-chave de Luanda é um dos primeiros passos de uma estratégia que visa preparar a opinião pública nacional e internacional para a manutenção de José Eduardo dos Santos no poder.
Muitos cidadãos nutriam a vaga esperança ou ilusão de que José Eduardo dos Santos teria honra e dignidade suficientes para cumprir com a sua palavra, segundo a qual se retiraria voluntária e pacificamente da vida política em 2018, após concluir 39 anos no poder. Mas o presidente não tem palavra de honra, muito menos sensibilidade para reconhecer a ruína em que o país se encontra nem o grande mal que a sua incompetência causa aos angolanos. Não, o presidente prefere prosseguir com os seus actos nefários, mantendo-se obcecado em permanecer, já em desespero, na eterna cadeira presidencial.
Entre os principais patrocinadores da campanha anunciados nos cartazes, encontra-se a filha do próprio ditador, a deputada e membro do Comité Central do MPLA Tchizé dos Santos, que participa com o seu Tea Club. A outra instituição que dá a cara é a Mira Sambila, dirigida pelo presidente do Banco de Poupança e Crédito (BPC), António Paixão Júnior, um banco do Estado e um dos grandes veículos das práticas neo-patrimonialistas do presidente.
O cartaz destaca os 99,6 por cento dos votos a favor de José Eduardo dos Santos na sua recente reeleição para presidente do MPLA, onde concorreu contra si próprio e mais ninguém. O candidato teve o controlo absoluto sobre todo o processo, não fossem surgir fantasmas a disputar-lhe votos. No entanto, o cartaz passa a ideia de um processo democrático de escolha, quando afinal estamos a falar de um valor de 99,6 por cento numa eleição com candidato único – digna da Coreia do Norte. Tudo menos democracia, portanto. Quando muito, poderão falar de uma ditadura de consenso, mas de democracia não. Pois senão como explicar que o MPLA, com supostamente oito milhões de militantes, apenas disponha de um único indivíduo iluminado e com vontade para ser presidente?
O cartaz que aqui se vê, aveludado por uma linguagem que remete para a possibilidade de escolha, passa a ideia de que o processo eleitoral unipessoal do MPLA equivale ao processo das eleições gerais em Angola.
A propaganda, em si, revela o carácter antidemocrático do regime, apesar da sua subtileza. O povo não pediu que José Eduardo dos Santos se mantivesse no poder. A única ocasião em que teve a possibilidade de votar em eleições presidenciais directas, de escolher o seu candidato presidencial, em 1992, o povo angolano não permitiu que JES ganhasse à primeira volta. A guerra eliminou a segunda volta das presidenciais. Por isso, o ditador, precavido, só voltou a anunciar eleições depois de fixar uma Constituição atípica, que impede o presidente de ser eleito directamente pelo povo ou pelo parlamento. JES despreza e tem medo do povo. Roubou-lhe o direito de escolher o seu presidente.
Do ponto de vista semiótico, o cartaz ressuscita a ideologia totalitária dos anos 70, segundo a qual “O MPLA é o povo e o povo é o MPLA”. Todavia, é preciso reconhecer a capacidade do MPLA e de José Eduardo dos Santos em se apoderarem de discursos e instituições da democracia, para os subverter, ajustando-os aos seus desígnios maniqueístas. Este cartaz é o símbolo acabado dessas práticas de subversão.
O povo pede emprego, o povo pede saúde, o povo pede educação, o povo pede transparência, o povo justiça, o povo pede liberdade, o povo pede democracia, o povo pede a saída de José Eduardo dos Santos.
Se a filha do ditador e outros mensageiros do seu pai podem falar em nome do povo, então os filhos do povo têm mais legitimidade e todo o dever de o representar:
— Dos Santos, vai-te embora – o povo pede.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

LUANDA: Vice Almirante Chicaia Ameaça Jornalista e Camponesa Maka Angola

VICE-ALMIRANTE CHICAIA AMEAÇA JORNALISTA E CAMPONESA

Helena Teka no terreno onde perdeu tudo, incluindo os filhos.
“Tem cuidado! Tem muito cuidado”, foi com estas palavras que o vice-almirante Pedro Chicaia, conselheiro do comandante da Marinha de Guerra de Angola, procurou intimidar-me.
O telefonema teve lugar no passado domingo, às 21h27, na sequência da investigação que tenho vindo a realizar acerca da expropriação do terreno da camponesa Helena Teka. Pedro Chicaia é um dos alvos da investigação, uma vez que é um dos ocupantes das terras de Helena.
Em ocasião anterior, o oficial da Marinha já me tinha apresentado a sua versão dos factos, referindo-se então a Helena Teka como “bandida”, e defendendo a sua suposta idoneidade pelo facto de ser um “grande soldado”. Nunca, em momento algum da sua argumentação, conseguiu explicar de que modo adquiriu o terreno, nem apresentar ou identificar quaisquer documentos que lhe garantam a posse da parcela que ocupa.
Agora, no referido telefonema, perguntei respeitosamente ao vice-almirante se estava a ameaçar-me. Respondeu que não, mas que eu devia ter muito cuidado. “Porquê?”, questionei. “Cuidado com essa mulher aí [Helena Teka]. Pode estragar a sua vida. Nos queixou no governador [de Luanda, general Higino Carneiro]. Ela agora está a ser procurada. Nós pensamos que ela estava no Congo, mas afinal está aqui. Sabemos onde está”, respondeu o oficial.
Mantendo o mesmo tom respeitoso, perguntei-lhe por que razão deveria eu ignorar a versão de Helena Teka. A resposta de Pedro Chicaia, sem nexo e sem respeito algum, foi a seguinte: “Cuidado para não se sujar, porque essa mulher já sujou muito. Ela gosta de entregar as suas mamas aos outros homens, por causa dos terrenos. Já estragou a vida do brigadeiro Afonso. Ela tentou corromper-me, mas eu sou casado e forte. Essa mulher é feiticeira.”
Nas ocasiões em que entrevistei Helena Teka, por diversas vezes ela me detalhou o modo como o vice-almirante Pedro Chicaia alegadamente a tem perseguido, assediando-a sexualmente e ameaçando-a de morte. Por não ter como as comprovar, procurei sempre ignorar essas revelações. Mas, perante a recorrência do tema, e depois de muito ouvir falar do brigadeiro Afonso, único oficial que tentou ajudá-la aparentemente de forma genuína, acabei por perguntar a Helena como os conhecera e qual era a relação que mantinha com o brigadeiro. Um tal jovem “Cobra”, identificado como sendo da Polícia Militar, apresentou-se como indivíduo que detinha contactos no exército, os quais poderiam ajudar Helena Teka, em troca de uma pequena parcela do terreno cobiçado. Foi o “Cobra” quem lhe apresentou o vice-almirante Chicaia, que, por sua vez, se fez acompanhar do brigadeiro Afonso. Este último, aparentemente, ao saber da tragédia de Helena Teka, preferiu ajudá-la em vez de a explorar.
Helena Teka assegurou-me repetidas vezes que não havia qualquer relação íntima entre si e o brigadeiro Afonso.
As autoridades assassinaram os dois filhos de Helena Teka (Hélio Sebastião Gomes, de sete anos, e Cátia Sebastião Gomes, de três anos), demolindo a sua casa enquanto eles lá dormiam. As autoridades assassinaram também o seu irmão Baptista João, quando este reagiu à demolição. O outro, José Samuel, levou um tiro na perna. Expulsaram-na do seu terreno. Como é possível que, depois de todo este martírio, Helena ainda seja acusada de se “oferecer” aos militares?
Segundo me explicou, Helena tem denunciado pessoalmente a perseguição de que tem sido alvo pelo vice-almirante Chicaia, tanto no Comando da Marinha de Guerra de Angola, como junto do comandante da Região Militar de Luanda, general Simão Carlitos “Wala”.
A única resposta directa que até agora recebeu, em Maio passado, foi de um coronel [nome propositadamente omitido pelo Maka Angola]. “O coronel disse-me, como conselho, que eu deveria deixar o vice-almirante Chicaia provar-me, pelo menos uma vez. Eu lhe disse que não sou molho, para provarem se tenho sal ou não.”
Só depois de receber o telefonema do vice-almirante Pedro Chicaia percebi plenamente a gravidade das ameaças de que Helena Teka tem sido alvo e o perigo que ela actualmente corre.
“Por último, ele [vice-almirante] veio dizer-me directamente que eu devia ficar com ele. Eu disse-lhe que mil vezes preferia meter-me com um preso condenado a 40 anos do que com esses matadores. Depois de eu perder tudo, qual é a vontade que eu tenho em ter marido ou amante? Para quê?”, interroga-se Helena Teka.
“Chamou-me de burra. Ofereceu-me 60 mil kwanzas e eu recusei. Disse-lhe que prefiro alimentar-me de farinha musseque, que eu preparo e vendo para o meu sustento”, recorda a cidadã.
Como é possível que haja generais das Forças Armadas Angolanas com tamanha insensibilidade e com total ausência de sentido ético e moral, tratando deste modo insultuoso e criminoso os cidadãos que juram defender? Como é possível que um vice-almirante – um general – seja boçal ao ponto de julgar que uma camponesa é presa fácil para os seus instintos predatórios, não se coibindo da mais rasteira aproximação?
Entretanto, alguns dos oficiais envolvidos neste caso, nomeadamente o famigerado vice-almirante Pedro Chicaia, constroem tranquilamente os seus imóveis no terreno violentamente roubado a Helena Teka.
Não contentes, e para cúmulo da crueldade e do desplante, Helena Teka será processada criminalmente por burla e difamação (de acordo com a conclusão do encontro entre os oficiais generais envolvidos e o advogado do ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República). Eventualmente, eu também serei processado por ter investigado o caso e por ter ouvido as enormidades da boca do vice-almirante Pedro Chicaia. Ou, como ele disse, posso estragar a minha vida, palavras que facilmente interpreto como uma ameaça à minha integridade física.
Helena Teka é uma mulher com dignidade e coragem. Apesar de todo o poderio militar e político que se abate sobre ela, não se verga e continua a clamar por justiça. Gostaria de poder fazer mais pela justiça que ela merece.
A impunidade tem os dias contados em Angola, e os dirigentes serão julgados pelo povo.