segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

INTERNACIONAL - O GRUPO DOS 20 MAIS RICOS DO MUNDO QUER REVER E COMBATER SUBORNO INTERNACIONAL



Grupo quer rever leis e combater suborno internacional

O G-20 defende ainda a revisão de leis de combate à corrupção e o cerco ao suborno transnacional. O assunto é novo...

O G-20 defende ainda a revisão de leis de combate à corrupção e o cerco ao suborno transnacional. O assunto é novo no Brasil, mas está entre as metas da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla), organização formada por entidades de prevenção e repressão ao crime organizado.
O crescimento da atuação de empresas brasileiras, como empreiteiras, em território internacional preocupa autoridades, especialmente em países do continente africano e com elevados índices de corrupção.
As propostas do G-20 não têm força de lei, ou seja, os países não são obrigados a segui-las, mas servem de parâmetro e de indicativo do que se está fazendo no âmbito internacional para combater a corrupção. A criminalização do suborno transnacional está prevista na Convenção da Organização dos Estados Americanos (OEA), onde os países se comprometeram a proibir e punir o oferecimento de benefício de qualquer natureza em troca da realização ou da omissão de ato de funcionário público no exercício de suas funções. Contudo, autoridades brasileiras relatam dificuldades na investigação desses crimes e a falta de cooperação internacional entre os países subdesenvolvidos. Não há registro de condenações nem mesmo de expulsões de servidores públicos que receberam propina de empresas internacionais. Também estão sendo implantadas medidas para avaliar a independência dos funcionários públicos nos países e a proteção dos chamados "denunciantes de boa-fé", sejam eles do setor privado ou do público. O Brasil não tem legislação que trate do assunto, segundo o relatório de monitoramento do G-20.
O governo trabalha para cumprir outra meta estipulada pelo grupo: a responsabilização de pessoas jurídicas. Desde 2010, tramita no Congresso projeto de lei (6.826) que pune empresas por atos de corrupção. / A.R.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

ANGOLA-LUANDA O SINCRONISMO CÍNICO DA MENTIRA POLITICA, E A INVERSÃO DOS VALORES ÉTICOS Fonte planaltodemalangeriocapopa.blogspot.com


O SINCRONISMO CÍNICO DA MENTIRA POLITICA, E A INVERSÃO DOS VALORES ÉTICOS.

Essa semana que findou foi surpreendente e farta em noticias para os angolanos de todas as matrizes politicas e sociais. O facto é que escorregaram para o publico noticias que deliciaram e preencheram de sobremaneira o imaginário do nosso adormecido mundo politico nacional. Saíram a publico noticias gizadas de incúrias com realce nos pontos de vista defendidos pelas pessoas implicadas na produção de tais declarações explosivas. As entidades promotoras desses pronunciamentos considerados como citações bombásticas, não se ativeram em cuidar com cautela a maneira como ventilavam em publico os seus pronunciamentos, que em abono da verdade, em nada ajudaram a dissipar junta da sociedade crítica as discrepantes polêmicas integralizadas nos seus ininteligíveis discursos, que por um lado se tornaram promíscuos e por outro estavam repletas de monstruosas iniquidades várias.
Essas pessoas, na sua vã tentativa de buscar consensos junto da sociedade civil e politica, incorreram numa serie de variantes incongruências que os levaram a resvalar impiedosamente para a fronteira obscura do nada. Essa intenção saiu-lhes furada; uma vez que os sensores dos alarmes daqueles que controlam a audiência publica, denotaram incisivas incoerências que oscilavam dentro da dinâmica dos discursos produzidos, que os levaram a demarcar-se completamente das teses defendidas por essas interpostas entidades, pois, elas, não terem recebido o merecido respaldo da parte do publico. Porem, outras declarações ora produzidas, obtiveram uma sustentável aceitação publica da parte da sociedade crítica embrionária por terem obtido alguma notoriedade na audiência publica nacional.
 Essas declarações obviamente tiveram níveis de audiências interessantes, chegaram mesmo a entupir os sensíveis sensores de medição da audiência publica fornecidos pelo ibope concentrado na listagem das estatísticas da nossa  opinião publica nacional, que, infelizmente ainda deixa muito a desejar, pois caminha a passos largos para um estado degradante de falência irreversível.
Neste texto não abordarei evidentemente todos os casos de grande importância ocorridos essa semana que findou, mas, fica a promessa de que tratarei oportunamente do remanescente dos factos em pauta numa outra ocasião.
Assistimos essa semana a uma invulgar decisão tomadas em plenário pelo Tribunal Constitucional (TC) que foge ao curso habitual do consenso único manipulado pela constância do presidente do referido órgão. Tivemos também o sínico pronunciamento da presidente do núcleo JESSEANO do investimento privado Dra. Maria Luíza Perdigão Abrantes, que confusamente tentou ludibriar sem êxito a quem atentamente seguia o seu pronunciamento desastrado que diga-se em abono da verdade, feriu susceptibilidades várias junto da sociedade critica nacional e de parte dos empresários angolanos que a escutaram atentamente. Sobre essa questão falaremos em outro artigo, retifico desde já o nome garboso utilizado para qualificar a economia que se deseja crescente como lhe chamou a Dra. Maria Luiza, de angolanização da economia e por coerência unilateralmente modifico-a e passo a chama-la de estrangeirização da economia angolana.
Obtivemos ainda essa semana um pronunciamento do dirigente e deputado da UNITA General Numa Camalata e o pronunciamento do PGR relacionado com o seu eventual envolvimento no crime de desvio de fundos transferidos para as suas contas no exterior do país.
É evidente que toda sociedade angolana esta atenta a tudo o que se passa no centro da sociedade cleptomaníaco MPLISTA e segue de perto todos os inimagináveis devaneios da família que (des) governa o país ininterruptamente a mais de 33 anos. Os escribas da nossa portentosa Angola escrevinharam tudo para que ficasse tudo muito bem registado e documentado para a posteridade.
A grande novidade mesmo, vem dos Estados Unidos da América onde o filho do ditador José Eduardo Dos Santos, Filomeno Dos Santos Zenú em entrevista a CNN deu inicio a campanha de divulgação da propaganda do governo de seu pai presidente. Ao apresentar-se como dealer do Fundo Soberano De Angola, ficou claro que de facto, o fundo soberano fora criado por seu pai para si mesmo. O mote foi dado, e a forma como Zenú se apresentou publicamente na frente das câmeras do canal de televisão da CNN, deu provas mais que suficientes, que comprovam de facto que ele é o homem forte no manuseamento dos cinco bilhões de dólares do fundo soberaníssimo da família JES.
É ele Zenú quem põe e dispõe do fundo soberano angolano, que, de angolano só tem mesmo é o nome, pois, o fundo financeiro de facto saí de Angola, mas vai direitinho para o fundo do baú familiar de JES, previamente estruturado e dinamizado pelo pai JES, para ser gerido pelo seu filho Zenú e pela meia irmã deste, a nossa russa descendente e ladra bilionária por enquanto ainda angolana!
Esse rapaz falou tudo o que sabe e nada disse, pois, falta-lhe o experiente background, senão vejamos, porque um jovem que se gaba frente às câmeras de televisão, de ser o mais bem preparado tecnicamente em Angola fica tão inseguro frente as câmeras da televisão. Zenú é um menino sem experiência nenhuma e tudo que possa ser forçado a fazer é sempre um enorme risco para o país por ele ser demasiado inseguro, sem dinâmica, e com um enorme déficit de profissionalismo denunciado pelo seu mal estar denunciado na entrevista que assistimos através da CNN.   Mas, como não há contrariedades sem um senão; pois acontece sempre o inesperável nessas andanças. Nos estúdios da CNN nos Estados Unidos Zenú cometeu uma estrondosa gafe politica que não só desfavoreceu a ele mesmo pela falta de altruísmo e pela falta inegável de patriotismo nacionalista, e também pela falta de elegância para com os seus colegas bisneiros.  Zeno praticamente faliu intelectualmente. O jornalista americano mesmo sendo muito bem pago pelo canal de televisão no decurso da entrevista voltou-se para o entrevistado Zenú e rasteirou o petiz com uma pergunta pertinente. Na verdade acompanhando toda panóplia transcorrida nessa entrevista, acabei por reconhecer que o verdadeiro vice-presidente da republica é o Filomeno Dos Santos. Mas regressemos ao que interessa; o jornalista entrevistador americano não conseguiu calar-se; e colocou ao entrevistado uma pergunta claramente intencional, interrogando Zenú se, por ser filho do presidente da republica não seria mais coerente ser outro angolano a dirigir o fundo soberano angolano? Zenú bastante mal resolvido, incoerente e sem dinâmica intelectual e com uma gritante falta de frieza necessária para defender-se de eventuais situações de risco dentro da politica ativa, como acabou por acontecer nos estúdios da CNN, respondeu temerosamente da seguinte maneira: Pasmem-se os politiqueiros ao serviço de JES, e pasmem-se igualmente os quadros angolanos esforçados, pois foi dolorida a falha gritante da performance vergonhosamente mal digerida por todos quantos assistiram essa triste e vergonhosa entrevista de Zenú o filho do dono de Angola.
Filomeno dos Santos respondeu a pergunta que lhe fora feita em canal livre, rede mundialmente aberta, afirmando peremptoriamente sem vacilar, que, em Angola não existe outro quadro mais capaz do que ele para dirigir o fundo soberano. Na verdade a resposta com tradução correta foi a seguinte: Em Angola ele é o único com condições de conduzir os destinos do fundo soberano de Angola! E esta hein? Agora estamos claros com relação a quem de facto esta entregue os destinos do fundo soberano de Angola? Quem tinha duvidas a respeito agora não precisa mais tê-las, pois é o próprio Zenú quem o afirmou a partir dos Estados Unidos.
Porém é preciso ficar-se atento às jogadas rasteiras de mestre do dono do país do pai banana. Para mim JES quer a todo custo (GABONIZAR) a nossa terra, impondo-nos a sua família como destinatários do poder vitalício em Angola como esta a passar-se na republica do Gabão! Para nós que já o conhecemos de ginjeira, JES não mais poderá enganar-nos, pois a munição que a sua arma engatilhar para disparar, transforma-se sempre num tiro retardado, pois, basta o presidente JES sacudir-se para logo conhecer-se a verdadeira motivação que o levou a mexer-se, por isso as suas intenções  estão sempre a descoberto.
José Eduardo Dos Santos não chamou seu filho para brincar de politico, ele (JES) nunca brinca quando se predispõe a fazer alguma coisa que se relacione com a sua própria sucessão e ou com a segurança do seu futuro e com a segurança e o futuro de suas filhas e de seus filhos, esposa, ex-mulheres, e ex-namoradas mães de seus filhos e restante família. JES enviou seu filho Zenú para os Estados Unidos sim, mas, não o enviou para que ele estudasse em qualquer universidade americana não, ele esta nos Estados Unidos para estudar e aprender sim, mas, agora da sua própria cartilha. JES não para de aperfeiçoar e afinar seu filho para que ele venha em breve a consagrar-se no exercício da alta politica continuada. Ele preparou um complô nacional e internacional para demonstrar que seu filho Zenú esta preparado para dirigir a maquina externa do politica agressiva do comercio internacional dentro do aparelho de estado governativo, JES quer que acreditemos nele e no seu rapaz Zenú.
O fundo soberano de Angola é apenas um meio diversionista, não é no fundo soberano que por traz da tática politica a seguir pelo mestre, JES esta  atento aos perigos que possa eventualmente vir a correr juntamente com sua família. A estratégia que JES determinou para que o seu filho aprendiz de feiticeiro entrasse para a politica governativa é muito mais vasta. JES pensou e verificou que já arrumou muitos problemas para ele mesmo dentro do aparelho politico do seu partido ao levar Manuel Vicente para seu  vice-presidente. A questão esta centrada na inexperiência governativa de MV, este nunca fez parte do grosso  de nenhum dos governos gerenciados por JES, e essa situação gerou grandes controvérsias no interior do partido de JES já de si bastante dilacerado.
Para Zenú esta preparado um outro filme, muito mais bem estruturado pelo pai. Zenú não vai permanecer por muito mais tempo como administrador do fundo soberano de Angola. O fundo soberano serviu apenas para dar o mote, o primeiro passo para entrada definitivamente de Zenú na politica ativa governativa do país. Esta assim aberta à entrada de Zenú futuramente para a politica visível como o futuro Ministro das Relações Exteriores, com transito emergente como candidato fiduciário escolhido pelo ancião seu pai para a cadeira de vice-presidente da republica tendo como candidato a cadeira de presidente da republica para o pleito eleitoral marcado para 2018, o lacaio ladrão credenciado Manuel Domingos Vicente.
Fica claro, que a todo o momento Zenú estreara na alta politica governamental como o mais jovem ministro das relações exteriores. Vistas as coisas desse ponto de vista, é crescente a avaliação e a determinação de JES e do seu entourage como decidiram afinar as baterias nessa frente da diplomacia comercial agressiva, e, nesse jogo dos fortes, fica de fora o vendilhão de templos o ministro bonacheirão Jorge Chicote. É verdade que o atual ministro muito em breve deixara a sua cadeira para o filho de seu patrão, pois Jorge Chicote infelizmente para ele não tem vez nesse plano armadilhado pela casa de segurança militar. Chicote terá de ir chicotear por outras bandas, talvez para uma qualquer importante embaixada pertença do reino do pai banana. Não tenhamos duvidas, a porta a ser utilizada para JES projetar seu filho Zenú, e faze-lo entrar no governo esta bastante bem definida, ela vai ser a da diplomacia. O rapazito Zenú vai aparecer como o futuro novo Ministro das Relações exteriores de um governo velho e apodrecido comandado pelo seu não menos velho pai escarnecedor.
Raul Diniz                              

ANGOLA-LUANDA - O ATIVISTA DOS DIREITOS HUMANOS RAFAEL MARQUES ENDEREÇOU UMA CARTA AO PRESIDENTE DA REPUBLICA A RECLAMAR DA RETRAÇÃO INVESTIGATIVA DA PARTE DO PROCURADOR GERAL DA REPUBLICA ACERCA DA PARALISAÇÃO DAS INVESTIGAÇÕES DOS ASSASSINATOS OCORRIDOS NAS LUNDAS.


O defensor dos direitos humanos Rafael Marques endereçou, a 15 de Fevereiro passado, uma carta ao Presidente da República, José Eduardo dos Santos, denunciando a denegação de justiça por parte da Procuradoria-Geral da República em investigar os casos de assassinatos e tortura nas zonas diamantíferas das Lundas.
Nove generais encontram-se entre os denunciados como os autores morais de centenas de crimes de tortura e homicídio. Os generais são accionistas da Sociedade Mineira do Cuango e da empresa privada de segurança Teleservice.
O general Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente, lidera o grupo de oficiais generais. Do grupo constam o inspector-geral do Estado-Maior General das FAA, Carlos Alberto Hendrick Vaal da Silva; o chefe da Direcção Principal de Preparação de Tropas e Ensino das FAA , Adriano Makevela Mackenzie; o governador de Benguela, Armando da Cruz Neto; o deputado do MPLA, António dos Santos França “Ndalu”; bem como os generais inactivos João Baptista de Matos, Luís Pereira Faceira; António Pereira Faceira, António Emílio Faceira e Paulo Pfluger Barreto Lara.
A petição, dirigida a José Eduardo dos Santos, na qualidade de mais alto magistrado da Nação, apela à investigação imparcial dos casos denunciados, e lembra que os casos de crime de homicídio, à luz da legislação angolana, nunca se encerram, “ficando sempre pendente de investigação ou a aguardar melhor prova.”
Os casos denunciados fazem parte do livro Diamantes de Sangue: Tortura e Corrupção em Angola, de Rafael Marques, publicado em Portugal, em 2011. Dois meses após o seu lançamento, o autor apresentou, em Novembro de 2011, uma queixa-crime contra os generais.
A Procuradoria-Geral da República arquivou o caso após uma investigação preliminar, em que ouviu apenas quatro vítimas e testemunhas, das dezenas que deveria ter ouvido.
Recentemente, o Ministério Público português arquivou um processo de difamação e injúria contra Rafael Marques e a editora do livro, Tinta da China, interposto pelos referidos generais. As autoridades portuguesas consideraram que a publicação da obra se encontra protegida pelos direitos de liberdade de expressão e informação.
A carta entregue a José Eduardo dos Santos a semana passada é apenas a última de várias tentativas para levar as autoridades angolanas a investigar as graves violações de direitos humanos nas Lundas. A 9 de Janeiro, uma delegação de altas autoridades tradicionais das Lundas deslocou-se a Luanda,para entregar uma petição ao Procurador-Geral da República, General João Maria Moreira de Sousa, denunciando a violação sistemática dos direitos humanos nas suas comunidades e apelando à reabertura do inquérito preliminar.
De forma extraordinária, o gabinete do Procurador-Geral recorreu a uma falsa notícia, publicada no semanário O Continente, para emitir um comunicado contra Rafael Marques e publicamente revelar que não reabriria o inquérito, apesar da diligência dos sobas.
“Quando a Procuradoria-Geral da República, um órgão com a função de zelar pela legalidade usa um ardil tão baixo, como o de uma falsa notícia, para se pronunciar através da comunicação social do Estado, bem podemos aferir a falta de responsabilidade e sensatez de quem a dirige. É simplesmente ridículo”, disse Rafael Marques.
Pode ler aqui a carta enviada ao Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
 

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

LUANDA - ÚLTIMA HOMENAGEM PÓSTUMA AO JORNALISTA, EMPRESÁRIO E AMIGO JOÃO VIEIRA DIAS VAN-DUNEM - Por Raul Diniz


HOMENAGEM AO JOÃO VIEIRA DIAS VAN-DUNEM PELO SEU PASSAMENTO FÍSICO
Ninguém me apresentou João Van-Dunem, conheci-o aquando da sua chegada a casa da reclusão vindo de Cuba com mais dois cambas então estudantes em Cuba.
João van-Dunem encontrou-me já preso e fez morada na minha cela onde estava igualmente o Amadeu das Neves o grande (Dedé).
Convivemos cerca de um ano e meio na casa da Reclusão e separamo-nos aquando da minha transferência para a cadeia da contra inteligência na policia militar La para as bandas do ex-R I-20, para ficar a disposição da Comissão Militar de Inquérito chefiada na altura pelos então  primeiro tenente  Carmelino e pelo segundo tenente  Cristiano hoje presidente do Supremo tribunal de Justiça.
Voltei a encontrar o JVD em Lisboa e mais tarde em Londres na casa do Abdul Zobaida um moçambicano amigo de Angola ligado ao desporto e mais tarde encontrei-o com um amigo meu Antônio de Figueiredo jornalista da BBC e do The Guardian Inglês.
Com o JVD os meus encontros eram marcados sempre pela despedida, porem sempre foram os nossos encontros regados de boa disposição bom papo e a alegria de estarmos vivos e esperançosos de um melhor futuro para os angolanos numa Angola livre.
Nos últimos anos perdi o contato com JVD,  mas, acredito que nele não se alteraram os ideais que defendíamos e que nos levaram a cadeia.
De JVD tenho as melhores recordações passadas na cadeia, e recordo-me com alegria as muitas conversas mantidas sem tabus na cela C do corredor 1 mantidos abertamente sem tabus.
Amigo JVD, conversaremos novamente no nosso próximo encontro na terra do porvir! Sim, nos encontraremos La, porquanto sou igualmente um passageiro com hora marcada para partir um dia destes de um ano qualquer para eternidade, a passagem já esta garantida, pois, sou também um humilde mortal, e como tal, terei de viajar futuramente para a terra do nosso grande Deus.
Companheiro JVD acredita que, o país por quem lutamos, um dia deixara de ser apenas um sonho.
Dorme em Paz camarada meu e que o Senhor Jesus te receba e cuide de ti lá na glória.
Raul Diniz

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

ESTADOS UNIDOS DA AMERICA - MICHEL OBAMA, A LINDA E MARAVILHOSA ESPOSA DO PRESIDENTE AMERICANO BARACK HUSSEIN OBAMA É NOTICIA NO MUNDO INTEIRO. VEJAM COMO INTELIGENTEMENTE BRINCA COM O SEU NOVO VISUAL EXCELENTE DE FRANJA. AÍ PORQUE NÃO NASCEU EM ANGOLA ESSA ILUSTRE MULHER MARAVILHOSA QUE É MICHEL OBAMA.


Michelle Obama brinca sobre franja e diz que é sua "crise de meia-idade"

19/02/20
Mostrando o bom humor habitual, Michelle Obama brincou sobre o seu novo corte de cabelo com franja.
Em entrevista para o talk show de Rachael Ray, ela disse que "a franja é minha crise de meia-idade" e completou dizendo que optou por mudar o visual porque não podia comprar um carro esportivo ou pular de bungee jump.
O programa irá ao ar na quarta-feira (20) nos Estados Unidos.
A primeira-dama completou 49 anos em janeiro e na ocasião apareceu com o novo corte de cabelo gerando muitos comentários.
O estilista Karl Lagerfeld, que apesar de ser fã da primeira-dama, declarou que ela estava parecendo uma apresentadora de telejornal.
O marido, o presidente Barack Obama, aprovou. "Antes de mais nada, amo Michelle Obama. E, a respeito do fato mais significativo do fim de semana, adoro a franja dela", declarou o presidente na época da mudança.
Molly Riley - 21.jan.13/AFP
Michelle Obama com visual adotado em janeiro
Michelle Obama com visual adotado em janeiro

ANGOLA - A FAMÍLIA DO ENGENHEIRO ANTÔNIO BRITO MORTO ASSASSINADO DENTRO DA SEDE DA EMPRESA NACIONAL DE PETRÓLEOS SONANGOL, CONTINUA SEM RECEBER O APOIO NECESSÁRIO E OBRIGATÓRIO QUE A FAMÍLIA DO ENGENHEIRO ASSASSINADO MERECE POR DIREITO. ASSIM VAI A REPUBLICA DO PAI BANANA, CRESCER MAIS EM INCONSCIÊNCIA POLITICA E ECONÔMICA E FINANCEIRAMENTE, PARA NEGAR MAIS AO DESPROVIDO POVO.


Sonangol continua a recusar apoio a família de engenheiro

Funcionário morreu na sede da companha há quase um ano
Engº António Brito, da Sonangol, que morreu em circunstâncias misteriosas, na sede da empresa, em Fevereiro de 2012 (foto cortesia da Família)
Engº António Brito, da Sonangol, que morreu em circunstâncias misteriosas, na sede da empresa, em Fevereiro de 2012 (foto cortesia da FamTAMANHO DAS LETRAS
 
A viúva de um engenheiro que morreu na sede da Sonangol há um ano atrás diz que a companhia petrolífera continua a recusar apoiar a família.

Agora o pretexto é que Carolina Calei não era casada com o Engenheiro António Berlarmino Brito necessitando por isso de um atestado de “união de facto”

Segundo Calei,  nem mesmo o último encontro com representantes da empresa  serviu para alguma coisa, porque segundo a direcção da Sonangol mesmo o apoio para as crianças está condicionado ao reconhecimento de união de facto por não terem sido casados antes da sua morte.

Um pedido de certificado de "união de facto" está emperrado na burocracia juridica de Luanda sem sinais de avanço

Para a viúva o mais complicado nesta altura é que nem a casa que o engenheiro teria pago em vida  no condomínio Cajueiro lhes foi  até agora entregue.

O casal tem vários filhos e Carolina Calei lembrou a Voz da América que isso está a causar grandes dificuldades á família.

Calei lembrou que no próximo dia 22 se assinala o primeiro aniversario da morte do seu companheiro.

Carolina Caeli acusou a Sonangol de para além de ser alegadamente responsável pela sua morte continuar agora a prejudicar a sua família.

O engenheiro foi encontrado morto no seu escritório na sede da companhia.
A procuradoria abriu um processo mas a família diz continuar a não ter acesso ao mesmo.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

ANGOLA - CORRUPÇÃO OU CLEPTOCRACIA (ESTADO CORRUPTO)? --(I) Fonte planaltodemalangeriocapopa.blogspot.com


ANGOLA -- CORRUPÇÃO OU CLEPTOCRACIA ( ESTADO CORRUPTO ) ? -- ( I )

Estado corrupto, estado mafioso, estado criminoso, cleptocracia são algumas das designações que têm sido atribuídas ao estado angolano, por várias organizações, politólogos, analistas e outros homens de opinião respeitada. Os dados mais elaborados e fundamentados têm sido apresentados em vários blogues, relatórios, revistas, jornais, por várias entidades e personalidades onde se destaca o jornalista e ativista cívico Rafael Marques.

Sobre esta questão, muita matéria tem sido publicada, com exibição de dados, que deveriam merecer a refutação categórica dos acusados e a investigação pelo Ministério Público de Angola. Esta seria uma forma civilizada de defender o bom nome dos acusados e do Estado Angolano.

O poder judicial angolano não o faz, e os acusados não pretendem defender qualquer reputação. Sentem-se confortáveis no lugar onde estão colocados pela opinião pública e organizações internacionais.
Sentem-se temporariamente confortáveis porque detêm em seu poder, não só, a capacidade de movimentar biliões, como são capazes de negociar segmentos importantes da riqueza nacional para se verem protegidos da denúncia internacional e eventual criminalização.

Entretanto, eles têm a consciência clara, de que, esta capacidade é temporária. Daí a necessidade de prepararem minuciosamente todo o plano de negócios, chamando para os seus serviços, altos peritos em fraude. Todo o comportamento político, legislativo e de gestão do MPLA, do seu presidente e governo, está voltado para a continuidade, expansão e proteção da corrupção, assim como para garantir, no futuro, a sua manutenção.

Mas, os dados estão lançados e são conhecidos. É este, o calcanhar de Aquiles, que parece, não lhes permite dormir sono tranquilo.

O tempo que vivemos hoje, é o tempo do estado de direito e democrático. Este estado inscreve, nos seus fundamentos, a necessidade de lutar contra a corrupção de forma persistente, continuada e eficaz por ser um dos flagelos que o destrói. Mesmo quando nos limitamos ao estado de direito, sem a exigência do democrático, a corrupção continua a ser para este, um perigoso flagelo.

Ninguém tem dúvida que nas sociedades de ontem, de hoje e futuras, houve e haverá, sempre, a tendência maléfica de certos cidadãos em apropriar-se da riqueza criada por todos em proveito próprio ou de grupos. A corrupção, sendo o resultado do egoísmo exacerbado do homem estruturado em sociedade, alimenta-se do ilícito, do assalto sub-reptício ou descarado, direto ou indireto, da riqueza produzida pela sociedade, desrespeitando as suas normas, leis e fundamentos.

A corrupção, como qualquer outra prática lesiva do estado, não tem convivência pacífica com um estado de direito. Este é, em última instancia, o seu principal adversário e, por isso, o alvo mais importante a ser atacado.

A mais alta corrupção, aquela que constrói fortunas milionárias, tem de sobreviver com um grande enredo que infiltra, com profundidade, vários segmentos do estado e/ou sectores importantes da economia e finanças dos países. Durante o seu surgimento ou no decurso da sua evolução, acabam em ligações mais complexas com redes de enriquecimento ilícito a nível internacional.

Estas ligações constituem autênticas redes de poder paralelo cujo objetivo é o enriquecimento vertiginoso e o controlo de enormes fortunas transnacionais capazes de controlar e subverter ou ludibriar o estado de direito dos vários países.

No seu ataque ao estado de direito, a cereja em cima do bolo, é o momento em que estes grupos de poder paralelo deixam de ser paralelos para ser o verdadeiro poder de estado.

Nestas circunstâncias não se pode continuar a falar em corrupção na sua conceção clássica, onde o essencial da natureza do estado de direito está conservado e é possível a luta contra os fenómenos mais ou menos poderosos de corrupção.

O que se passa, nestas situações, é que há uma conversão completa da máquina de estado em antro e casa forte da corrupção. Esta diferença, entre corrupção estruturada em poder de estado (estado de ladrões) e corrupção num estado de direito é, muito bem conhecida por políticos, intelectuais, empresários, e outros.

Entretanto, alguns destes homens, supostamente de boa reputação, não se escusam em branquear estes regimes criminosos justificando a corrupção, como sendo, um fenómeno transversal a todos os países e estados. Num estado de direito, a corrupção, quando conhecida ou denunciada é motivo de processos judiciais, mesmo que nem sempre conclusivos e eficazes, devido ao poder dos criminosos. Num estado corrupto, denunciar a alta corrupção é crime, a tentativa de investigação é considerado um golpe de estado.

É o caso concreto de Angola. Alguns políticos, intelectuais, homens de ciência, técnicos, gestores e bancários/banqueiros, devido a interesses não confessados, tentam explicar a corrupção que escorre em todos os poros da governação do nosso País, como sendo um fenómeno igual ao que se passa em todo o mundo. Não é verdade. Em Angola, a corrupção não assume a sua forma clássica, é uma prática que se estruturou em poder de estado, e que delapida brutalmente o País, sob a impunidade e proteção de um poder judicial moldado nos laboratórios da corrupção. O estado e a corrupção são exatamente 2 faces de uma mesma moeda.

O discurso tendente a lavagem da verdadeira estrutura da corrupção no nosso País é, não só, assumido por algumas “figuras” da política e dos negócios de países e organizações estrangeiros, interessadas neste estado de coisas, mas também, pelos mais altos dirigentes do governo e do partido que o detêm, o MPLA. É frequente ouvirmos proferirem a ideia de que a corrupção não existe só em Angola.

Esta constatação é verdadeira, mas em Angola, não temos só corrupção, temos um estado corrupto, o que é diferente. O que na verdade eles querem dizer, é que, estado corrupto e mafioso não existe só em Angola. Se reconhecessem publicamente, esta verdade, estariam a condenar a sua própria condição de governantes e responsáveis de um estado, à condição de criminosos que controlam o estado.

A Alta Corrupção ataca os denunciadores

Depois de um primeiro vendaval, criado pelo regime, que levou a condenação de Rafael Marques por um poder judicial arregimentado e criado no caldo da corrupção, a postura que o regime vem adotando é a de tentar silenciar ao máximo o que tem sido escrito. Quando podem, retiram as publicações do mercado por aquisição fraudulenta, pouco ortodoxa, o que revela malícia e intenção deliberada de obstrução da informação. É a forma normal de agir da corrupção quando possuidora de enorme manobra financeira e redes transnacionais de apoio.

Os seus últimos ensaios têm sido a abertura de processos-crime, contra jornalistas, ativistas cívicos, editoras, personalidades incómodas, em tribunais de países como Portugal, que se transformou na maior plataforma de circulação de dinheiros angolanos de origem não esclarecida.

Estes ensaios não têm conseguido encontrar qualquer resolução a seu favor, porque, apesar da poderosa capacidade financeira que têm em Portugal, a máquina judicial de países daquele País, tem uma história, uma ética e um nome a defender.

Como um dos parceiros do poder de estado, o poder judicial português, não parece, até ao momento, disponível a servir de instrumento de defessa de interesses políticos ou financeiros perversos.

Por isso, não é crível que este procedimento, tenha continuidade por parte dos angolanos acusados de corruptos e criminosos. Os seus intentos não têm sido coroados de êxito, pelo contrário, são submetidos ao vexame de verem, na melhor das hipóteses, as suas queixas consideradas sem fundamento ou matéria criminal.
Paulo Mulemba (Analista politico)