segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

LUANDA / VIANA: Nito Alves Perseguido a Tiro

Nito Alves Perseguido a Tiro
Fonte: Maka Angola 
Divulgação: Planalto de malanje Rio Capôpa
30 de Dezembro, 2013
Durante a acção policial de repressão do motim da cadeia de Viana, ocorrido esta manhã, forças policiais perseguiram, a tiro, um grupo de jovens do Movimento Revolucionário, incluindo Nito Alves, de 17 anos (na foto, à esquerda, com Emiliano Catumbela, à direita, no funeral do malogrado Manuel Ganga).

“Chegámos à Comarca por volta das 8h30. Pouco depois entrei em directo na Rádio Despertar e comecei a narrar sobre os tumultos na cadeia”, disse Nito Alves. “Isso não agradou à polícia”, lamentou o jovem.

De acordo com o seu depoimento, com o aumento da pressão policial, Nito Alves, Emiliano Catumbela, Alemão “Monstro Imortal” e três jornalistas afastaram-se para junto da passagem de nível, a vários metros do lado oposto da Comarca.

Os agentes de segurança detectaram a presença do jovem activista Nito Alves, recentemente libertado da cadeia de Viana.  “Um dos agentes gritou: ‘O grupo do Nito está aqui!’ Perseguiram-nos a tiro”, explicou Emiliano Catumbela.

Segundo depoimento de Emiliano Catumbela, o seu grupo, separou-se dos jornalistas com quem estavam, no local, e puseram-se em fuga pelo bairro.

“Havia um helicóptero a dar as nossas coordenadas do ar e a polícia só deixou de disparar quando entrámos numa rua com muitas crianças. Ali desaparecemos”, disse Catumbela, de 23 anos, que esteve detido em Maio passado por ter participado de uma manifestação anti-governamental.

O jornalista da Rádio Despertar, Francisco Paulo, corroborou a narração de Emiliano Catumbela e explicou que foi sujeito à revista por agentes da Polícia Nacional, assim como os seus colegas Bravo Ventura, da Rádio Ecclésia, e Sedrick Carvalho, do Novo Jornal. “A ordem partiu do chefe das operações do Comando Provincial de Luanda, que conheço apenas por Chefe Pito”, explicou o jornalista.

“Como a polícia corria atrás de nós, a fazer disparos, os moradores por onde passámos, pensaram inicialmente que éramos meliantes. Foi complicado”, desabafou Nito Alves. O jovem foi detido a 12 de Setembro passado, acusado de difamar o presidente da República, José Eduardo dos Santos, por ter imprimido vinte camisolas com inscrições que apodavam o Chefe de Estado de “ditador nojento”. O jovem encontra-se em liberdade, desde o mês passado, sob termo de identidade e residência e sujeito a apresentar-se quinzenalmente numa esquadra policial.

No seu discurso de fim de ano, a 27 de Dezembro, o presidente disse à nação que não é cultura do seu governo a “cultura da morte” ou do “assassinato por razões políticas”.

Nito Alves poderia ter sido morto na acção policial, de perseguição com tiros de balas reais.

LISBOA: Tensão militar em Moçambique pode afectar investimentos

Tensão militar em Moçambique pode afectar investimentos
Fonte: LUSA/SOL
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
30.12.2013
28 de Outubro, 2013
O clima de tensão militar que se vive em Moçambique "pode ameaçar os investimentos de gás e carvão", alertou hoje a consultora Oilprice, numa análise do departamento editorial enviada aos clientes e a que a Lusa teve acesso."Os investidores devem estar alerta sobre o crescente fôlego da insurgência militar que pode ameaçar os investimentos em carvão e gás em Moçambique", lê-se na nota enviada aos clientes da consultora britânica Oilprice.com.
Para os analistas, o clima de tensão militar crescente entre a Frelimo e a Renamo surge num momento em que empresas como a "Anadarlo, a Eni e a Sasol estão a apostar forte num projecto de gás natural na costa de Moçambique".
Lembrando que a Anadarko vai, no final deste ano, ter investido cerca de 3 mil milhões de dólares para desenvolver as suas descobertas em Moçambique, os analistas da Oilprice.com explicam aos investidores que "a Renamo oficialmente renunciou ao acordo de paz a 21 de Outubro, em resposta a um ataque das forças de segurança ao quartel-general em Sathunjira".
Os megaprojectos de exploração de gás e carvão valem 07 por cento dos 1,7 mil milhões de euros das receitas que o Estado moçambicano arrecadou no primeiro semestre deste ano, disse o ministro das Finanças, Manuel Chang, em Agosto, acrescentando que o valor representa um aumento nominal de 38,6% face ao valor dos primeiros seis meses de 2012.
As descobertas de gás e carvão deverão tornar Moçambique no maior exportador destes minérios em África, e as autoridades prevêem que, nos próximos 30 anos, sejam exportados mais de 100 milhões de toneladas anuais, o que deverá render ao Estado moçambicano cerca de 15 mil milhões de euros.
Lusa/SOL

MAPUTO: Violência continua em Moçambique, dialogo nem pensar por enquanto por vontade da ditadura implantada no poder pela Frelimo.

Violência continua em Moçambique, diálogo não

Enquanto isso, a Renamo indica nomes de mediadores internacionais para as negociações, uma proposta que o executivo de Armando Guebuza continua a recusar.
TAMANHO DAS LETRAS 
Fonte: VOA-Alvaro Ludgero Andrade
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
Os confrontos registaram-se perto da vila de Tambarara, tendo uma pessoa perdido a vida nos arredores da Gorongosa, onde foi morto um comerciante local, que teve os seus bens saqueados.

Em Nhatsapa e Tazoronda, outras duas pessoas morreram atingidas por projécteis.

Em declarações à agência portuguesa Lusa, um morador disse que “os ataques foram intensos na quinta e sexta-feira, e no sábado de manhã já na vila de Gorongosa demoraram quase três horas.

As investidas intensificaram-se desde que o exército tomou de assalto e a base de Sadjundjira, onde vivia há um ano o líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Afonso Dhlakama.

A guarda presidencial da Renamo viria a recuperar ao exército a base nos finais de Novembro.

As escaramuças entre as partes têm provocado o aumento de deslocados das zonas rurais, sobrecarregando a vila da Gorongosa.

As estatísticas governamentais indicam que 552 famílias refugiaram-se na vila da Gorongosa, nos últimos dois meses devido aos ataques no interior, atribuídos a guerrilheiros da Renamo.

Enquanto isso, em Maputo os líderes dos dois principais partidos, a Frelimo, no poder, e a Renamo, continuam o diálogo de surdos dos últimos meses.

Depois de o Governo ter aceitado dois observadores nacionais propostos pela Renamo e de ter recusado a presença de observadores internacionais, aquele partido da oposição refaz a proposta em carta enviada ao presidente da República no passado dia 5.

Na carta, o partido de Afonso Dhlakama quer que o diálogo que insiste em chamar 'negociações”, seja mediado pelo constitucionalista moçambicano, Gilles Cistac, o bispo italiano Matteo Zuppi, o ex-presidente su-africano, Thabo Mbeki e um representante não identificado da União Europeia.

A composição - um moçambicano e três mediadores estrangeiros – é  a mesma da equipe de mediadores nas negociações de paz havidas em Roma entre 1990 a 1992.

Quanto aos observadores, a Renamo propõe quatro moçambicanos – o bispo anglicano Dinis Sengulane; o académico e Reitor da Universidade Politécnica, Lourenço do Rosário; o ex-reitor da Universidade Eduardo Mondlane, Filipe Couto; e Alice Mabota, a presidente da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos.
Na lista de propostas, Renamo avança também seis observadores estrangeiros, mas todos são países no lugar de indivíduos: os Estados Unidos, China, Portugal, Cabo Verde, Quénia e Botswana.

O Governo, através do chefe da sua delegação, José Pacheco, reiterou que o Executivo não vai aceitar a presença de observadores estrangeiros.

Ou seja, mais uma segunda-feira, mais uma semana de impasse na crise que marca Moçambique neste 2013.

ABIDJAN: Camarões atacam rebeldes Seleka

Camarões atacam rebeldes Seleka

Os rebeldes começaram a procurar a região fronteiriça do país vizinho depois da chegada de reforços da França e da União Africana à República Centro-Africana.
Combatente do grupo Seleka
TAMANHO DAS LETRAS 
Fonte: VOA
Divulgação: Planalto De malanje Rio capôpa
O exército dos Camarões confiscou armamentos e deteve vários rebeldes do grupo islamita Seleka da república centro-africana que estavam escondidos nos Camarões.

Os rebeldes começaram a procurar a região fronteiriça do país vizinho depois da chegada de reforços da França e da União Africana com o objectivo de restaurar a paz na República Centro-Africana.

Habitantes aterrorizados da localidade de Kette na região oriental dos Camarões afirmaram que acordaram ao som de fogo de artilharia na madrugada de domingo quando o exército atacou uma região controlada pelos rebeldes Seleka dentro dos Camarões.

O governador da região, Diboua Dieudonne, disse à VOA que os militares confiscaram uma quantidade impressionante de armamentos. E acrescentou que se congratulava com essa acção contra os rebeldes.
“ Os rebeldes que vivem na república centro-africana entram armados no nosso país e criam uma vaga de pânico”.

Entretanto o ministro camaronês da defesa Edgard Ngo vistou hoje a localidade de Kette para garantir aos aldeãos que a segurança estava restabelecida.
Ngo afirmou que as forças armadas tinham dado a prioridade à região leste e que não há nada a temer na zona.

Esta operação verificou-se menos de uma semana depois dos Camarões terem decidido despachar o seu Batalhão de Intervenção Rápida para a região de modo a contrariar as tentativas dos rebeldes Seleka de estabelecerem bases no seu território.

Os Camarões foram alvo de vários ataques desde Março quando os rebeldes tomaram o poder no país vizinho e decidiram fechar a sua fronteira com a República Centro-Africana em Agosto passado.

LUANDA: Autoridades não dão detalhes sobre confrontos na comarca de Viana

Autoridades não dão detalhes sobre confrontos na Comarca de Viana

O Ministério do Interior ou a Polícia Nacional não se pronunciaram sobre os detalhes dos confrontos, tendo dito apenas que a situação está apenas controlada pelas forças da ordem.
Portão principal da prisão de VianaPortão principal da prisão de VianaFonte: VOA-Coque MukutaDivulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa30.12.2013
TAMANHO DAS LETRAS 
Vários familiares dos detidos reuniram–se hoje na Comarca de Viana para receberem mais informações sobre a rebelião que se registou no interior daquela prisão.

No entanto, segundo os familiares, as autoridades não deram qualquer explicação sobre o que se estava a passar no interior daquela instituição prisional.

Até agora, o ministério do Interior ou a Polícia Nacional não se pronunciaram sobre os detalhes dos confrontos, tendo dito apenas que a situação está apenas controlada pelas forças da ordem.

Há algumas semanas registaram-se também confrontos entre presos na Comarca Central de Luanda que deixaram um saldo de nove mortos e 22 feridos.

Antes, a 30 de Outubro, uma rixa igualmente protagonizada por um grupo de detidos provocou 14 feridos, três dos quais em estado grave.

Em seguida, o antigo director da referida prisão e os seus colaboradores foram exonerados e entregues à PGR para a devida responsabilização criminal, no âmbito do inquérito instaurado a 26 de Agosto, depois da divulgação nas  redes sociais de um vídeo em que efectivos dos Serviços Prisionais, Serviço de Protecção Civil e Bombeiros e agentes  policiais aparecem a espancar, com bastões,  murros e pontapés, detidos da referida cadeia.

LUANDA: Partidos políticos acusam Dos Santos de falar de um país virtual

Partidos políticos acusam Dos Santos de falar de um país virtual

Partidos políticos apontam os assassinatos políticos registados no país e que não foram citados pelo presidente.


TAMANHO DAS LETRAS 
Fonte: VOA-Manuel José
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
Os partidos da oposição acusam o Presidente da República de falar de um país virtual e não da Angola que os cidadãos conhecem.

Ao reagirem à mensagem de fim-de-ano de José Eduardo dos Santos, os partidos políticos apontaram os assassinatos políticos registados no país e que não foram citados pelo presidente.

Mendes Tadeu, da UNITA, disse que Santos fala de um país que só ele conhece.

O secretário-geral da CASA-CE Leonel Gomes também se referiu ao branqueamento do presidente quanto ao destino dos assassinos por questões políticas.

Por sua vez, o secretário-geral do PRS Benedito Daniel afirmou que o presidente devia criticar quem comete os assassinatos no país ao invés de se atirar contra os partidos políticos.

Fernando Gomes, da FNLA, considerou o discurso de Dos Santos de maquiavélico.

Finalmente, o jornalista e activista Rafael Marques acredita que o discurso do Presidente da República incrimina o próprio Dos Santos por dois motivos: a morte de Manuel Ganga por um homem da guarda do presidente, portanto, a responsabilidade é do presidente; que, ao mesmo tempo, persegue pessoas por opiniarem contra o presidente como o adolescente Nito Alves".

LUANDA: Motim na cadeia de Viana causa mais de cinquenta feridos

Luanda: Motim na cadeia de Viana causa mais de cinquenta feridos

Fonte: Voanews
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
TAMANHO DAS LETRAS 
Cinquenta e dois presos ficaram feridos durante uma rebelião ocorrida na manhã desta segunda-feira, 30, no Estabelecimento Prisional de Viana, em Luanda. Fonte do Ministério do Interior disse hoje à Angop, que destes 52 feridos 18 encontram-se em estado grave, tendo sido transportados para diversas unidades hospitalares.

Foi criada uma comissão de inquérito para se apurar as causas do incidente naquela unidade prisional. Nesta altura a situação encontra-se controlada pelas forças da ordem.