ANGOLA FALA SÓ - Microfone Aberto: "Somos pessoas durante a campanha mas não depois "
O governo angolano foi alvo de duras críticas por mais de uma dezena de ouvintes que no “Angola Fala Só” comentaram os 12 meses desde a realização das eleições em 2012 ganhas folgadamente pelo MPLA.
Embora alguns ouvintes tivessem aceitado a realização de algumas obras de construção de infra-estruturas todos eles disseram que pouco ou nada está a ser feito para melhorar a condição social dos angolanos.
O partido no poder foi acusado de não cumprir as promessas eleitorais feitas durante a campanha eleitoral, com muitos ouvintes a dizerem também que a repressão da oposição aumentou
“Consideram-nos de pessoas em campanhas mas depois já não somos pessoas,” disse o ouvinte Ismael Martins um antigo combatente que se queixou amargamente da falta de resolução do problema da falta de pagamento de pensões dos veteranos das forças armadas.
José das Neves de Cabinda disse a situação nesse território “é um caos”.
“O MPLA não tem vontade de ver o povo de Cabinda sorrir,” disse.
Francisco Domingo Kawonyongo de Luanda disse que a actual situação é “uma lástima” e que serve para sublinhar a importância da “alternância” política.
O ouvinte disse que em zonas do país os hospitais são tão maus que as pessoas não se querem deslocar aos mesmos.
Muitos ouvintes queixaram-se também da continuação dos abusos de poder por parte da polícia que exige subornos nas estradas para deixar passar os viajantes.
O ouvinte Patrício Piovan da Lunda Norte falou das mortes que ocorrem nas zonas dos diamantes onde, segundo disse, civis são mortos regularmente a tiro por elementos das forças armadas.
José Fernando do Kwanza Sul reconheceu que no último ano houve melhorias “significativas” no fornecimento de electricidade nas cidades mas disse que essas melhorias “são muito pouco”.
Fernando fez notar que dos 12 municípios da província apenas três beneficiaram dessas melhorias.
“Está-se muito longe de resolver os problemas porque o governo não faz nada,” disse.
João Armando de Malanje foi da mesma opinião afirmando que os benefícios até agora alcançados servem apenas “uma minoria”.
“A maioria não tem água, não tem luz, não tem saneamento básico,” disse
Adão Muanda da província do Zaire disse que a riqueza em petróleo da província nada significa na prática.
“O petróleo é só nos livros e na TV,” disse.
Alguns ouvintes falaram também da intolerância política. João Armando disse a este respeito que “o partido no poder não tem nada para dar ao povo e não deixa os outros partidos trabalharem”.
Amadeu Ndala do Huambo disse que a perseguição dos oponentes políticos se intensificou.
“Não se pode usar uma camisola com cores de outros partidos,” disse Ndala para quem as autoridades tradicionais foram recrutadas para reprimirem a oposição.,
“Os sobas deixaram de ser sobas e passaram a ser activistas do MPLA,” disse.
Serafim Chicomo de Benguela fez notar a existência de muitos milionários angolanos que contudo investem as suas fortunas no estrangeiro.
“ Têm medo de quê e de quem? Têm medo que se descubra a proveniência desse dinheiro?,” interrogou.
Paulino Samanjata de Luanda falou da “humilhação” de habitantes que são obrigados a carregar água para água.
Durante a campanha eleitoral e mesmo nos últimos 12 meses “faz-se teatro, faz-se charme” mas depois nada muda.
“Não vejo nada de melhor,” disse.
Embora alguns ouvintes tivessem aceitado a realização de algumas obras de construção de infra-estruturas todos eles disseram que pouco ou nada está a ser feito para melhorar a condição social dos angolanos.
O partido no poder foi acusado de não cumprir as promessas eleitorais feitas durante a campanha eleitoral, com muitos ouvintes a dizerem também que a repressão da oposição aumentou
“Consideram-nos de pessoas em campanhas mas depois já não somos pessoas,” disse o ouvinte Ismael Martins um antigo combatente que se queixou amargamente da falta de resolução do problema da falta de pagamento de pensões dos veteranos das forças armadas.
José das Neves de Cabinda disse a situação nesse território “é um caos”.
“O MPLA não tem vontade de ver o povo de Cabinda sorrir,” disse.
Francisco Domingo Kawonyongo de Luanda disse que a actual situação é “uma lástima” e que serve para sublinhar a importância da “alternância” política.
O ouvinte disse que em zonas do país os hospitais são tão maus que as pessoas não se querem deslocar aos mesmos.
Muitos ouvintes queixaram-se também da continuação dos abusos de poder por parte da polícia que exige subornos nas estradas para deixar passar os viajantes.
O ouvinte Patrício Piovan da Lunda Norte falou das mortes que ocorrem nas zonas dos diamantes onde, segundo disse, civis são mortos regularmente a tiro por elementos das forças armadas.
José Fernando do Kwanza Sul reconheceu que no último ano houve melhorias “significativas” no fornecimento de electricidade nas cidades mas disse que essas melhorias “são muito pouco”.
Fernando fez notar que dos 12 municípios da província apenas três beneficiaram dessas melhorias.
“Está-se muito longe de resolver os problemas porque o governo não faz nada,” disse.
João Armando de Malanje foi da mesma opinião afirmando que os benefícios até agora alcançados servem apenas “uma minoria”.
“A maioria não tem água, não tem luz, não tem saneamento básico,” disse
Adão Muanda da província do Zaire disse que a riqueza em petróleo da província nada significa na prática.
“O petróleo é só nos livros e na TV,” disse.
Alguns ouvintes falaram também da intolerância política. João Armando disse a este respeito que “o partido no poder não tem nada para dar ao povo e não deixa os outros partidos trabalharem”.
Amadeu Ndala do Huambo disse que a perseguição dos oponentes políticos se intensificou.
“Não se pode usar uma camisola com cores de outros partidos,” disse Ndala para quem as autoridades tradicionais foram recrutadas para reprimirem a oposição.,
“Os sobas deixaram de ser sobas e passaram a ser activistas do MPLA,” disse.
Serafim Chicomo de Benguela fez notar a existência de muitos milionários angolanos que contudo investem as suas fortunas no estrangeiro.
“ Têm medo de quê e de quem? Têm medo que se descubra a proveniência desse dinheiro?,” interrogou.
Paulino Samanjata de Luanda falou da “humilhação” de habitantes que são obrigados a carregar água para água.
Durante a campanha eleitoral e mesmo nos últimos 12 meses “faz-se teatro, faz-se charme” mas depois nada muda.
“Não vejo nada de melhor,” disse.
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