Jornalistas da RNA Contra Censura
Fonte: Makaangola
Fonte: Makaangola
Divulgação: www.planaltodemalangeriocapopa.blogspot.com
Os jornalistas da Rádio Nacional de Angola (RNA) manifestam-se, pela primeira vez, contra a censura. A RNA é o principal veículo de informação do Estado e o maior canal de propaganda do executivo do Presidente José Eduardo dos Santos.
Numa nota de protesto endereçada hoje, 15 de Agosto, ao Conselho de Administração da RNA, o núcleo do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), do referido órgão, concede um período de 60 dias para a resolução dos problemas da censura e das suas reivindicações laborais.
Segundo a nota de protesto, os jornalistas notam a frequência com que “notícias já preparadas” são “retiradas da pauta sob o pretexto de ordens superiores assim o terem determinado”.
Os jornalistas alertam a sua direcção para o facto de serem eles próprios “os responsáveis pela recolha, selecção e divulgação das matérias, com a aprovação e a supervisão do editor de serviço”. Referem também como, no exercício da sua profissão, devem sempre ser guiados pela “isenção, imparcialidade e pela teoria do contraditório”.
Para o efeito, os jornalistas exigem a implementação imediata de regras normativas e de um código de ética, na emissora radiofónica nacional, como medida destinada a prevenir as práticas de censura de que são alvo.
“Na realização de programas já não há criatividade nenhuma, mas apenas argamassa”, lamenta o jornalista João Chagas, membro da comissão sindical.
Como parte do seu caderno reivindicativo, os jornalistas da RNA queixam-se também da precariedade das condições de trabalho. De acordo com o documento, na redacção principal faltam tinteiros para a impressão dos textos destinados aos locutores. Entre as queixas dos profissionais radiofónicos incluem-se ainda a falta de computadores, gravadores e viaturas.
Os sindicalistas acusam também a administração da RNA de má gestão e exigem o retorno de bens patrimoniais da emissora, alegadamente locupletadas por gestores anteriores e actuais para fins privados.
A comissão sindical, dirigida por Luísa Rangel, expressa ainda a necessidade de um reajuste salarial de 300 porcento.
Em média os jornalistas têm um salário básico de 60,000 kwanzas (equivalente a US $600). No entanto, segundo um editor, que preferiu não ser citado, “os salários são definidos por critérios arbitrários como relações pessoais e cálculos políticos”. Fonte da administração nota, como contraste, que “há secretárias de direcção a auferirem salários de conveniência na ordem dos 400,000 (US$4,000) a 500,000 kwanzas”.
Uma greve dos trabalhadores da RNA, agendada para Agosto de 2012, foi cancelada à última hora depois de promessas de negociação por parte do ministro da Economia, Abraão Gourgel.
Em função da importância estratégica fundamental da RNA, para a comunicação do executivo e do MPLA, os jornalistas endereçaram as suas reclamações com conhecimento ao vice-presidente da República, Manuel Vicente, ao presidente da Assembleia Nacional, e ao chefe da Casa Civil da Presidência, e ao ministro da tutela.
Numa nota de protesto endereçada hoje, 15 de Agosto, ao Conselho de Administração da RNA, o núcleo do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), do referido órgão, concede um período de 60 dias para a resolução dos problemas da censura e das suas reivindicações laborais.
Segundo a nota de protesto, os jornalistas notam a frequência com que “notícias já preparadas” são “retiradas da pauta sob o pretexto de ordens superiores assim o terem determinado”.
Os jornalistas alertam a sua direcção para o facto de serem eles próprios “os responsáveis pela recolha, selecção e divulgação das matérias, com a aprovação e a supervisão do editor de serviço”. Referem também como, no exercício da sua profissão, devem sempre ser guiados pela “isenção, imparcialidade e pela teoria do contraditório”.
Para o efeito, os jornalistas exigem a implementação imediata de regras normativas e de um código de ética, na emissora radiofónica nacional, como medida destinada a prevenir as práticas de censura de que são alvo.
“Na realização de programas já não há criatividade nenhuma, mas apenas argamassa”, lamenta o jornalista João Chagas, membro da comissão sindical.
Como parte do seu caderno reivindicativo, os jornalistas da RNA queixam-se também da precariedade das condições de trabalho. De acordo com o documento, na redacção principal faltam tinteiros para a impressão dos textos destinados aos locutores. Entre as queixas dos profissionais radiofónicos incluem-se ainda a falta de computadores, gravadores e viaturas.
Os sindicalistas acusam também a administração da RNA de má gestão e exigem o retorno de bens patrimoniais da emissora, alegadamente locupletadas por gestores anteriores e actuais para fins privados.
A comissão sindical, dirigida por Luísa Rangel, expressa ainda a necessidade de um reajuste salarial de 300 porcento.
Em média os jornalistas têm um salário básico de 60,000 kwanzas (equivalente a US $600). No entanto, segundo um editor, que preferiu não ser citado, “os salários são definidos por critérios arbitrários como relações pessoais e cálculos políticos”. Fonte da administração nota, como contraste, que “há secretárias de direcção a auferirem salários de conveniência na ordem dos 400,000 (US$4,000) a 500,000 kwanzas”.
Uma greve dos trabalhadores da RNA, agendada para Agosto de 2012, foi cancelada à última hora depois de promessas de negociação por parte do ministro da Economia, Abraão Gourgel.
Em função da importância estratégica fundamental da RNA, para a comunicação do executivo e do MPLA, os jornalistas endereçaram as suas reclamações com conhecimento ao vice-presidente da República, Manuel Vicente, ao presidente da Assembleia Nacional, e ao chefe da Casa Civil da Presidência, e ao ministro da tutela.
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