Zimbabué: Economistas prevêem quebra de investimentos com reeleição de Mugabe
Política de "indiginização" da economia do presidente Robert Mugabe e do seu partido ZANU-PF pode minar o crescimento económico dos últimos anos no Zimbabué
Funcionários da bolsa de valores do Zimbabué, confirmaram a perda de 650 milhões de dólares na bolsa a seguir a reeleição de Robert Mugabe
A reeleição de Robert Mugabe nas eleições presidenciais da semana passada no Zimbabué levantou preocupações de muitos economistas que acreditam que os investimentos estrangeiros naquele país vão diminuir consideravelmente em resultado das políticas económicas do líder de 89 anos.
Essas preocupações ganharam relevância ontem quando o mercado de valores do país sofreu a sua maior perda desde 2009.
O economista residente em Harare, John Robertson diz que acredita que as expectativas dos líderes empresariais se desvaneceram quando o presidente Mugabe obteve 61 por cento da maioria dos votos das eleições altamente criticadas da passada Quarta-feira.
“Acredito que todo o sector de negócios estava muito mais a espera de uma mudança que pudesse conduzir a um partido político diferente com políticas diferentes. Existem muitas frustrações, e muitas pessoas desencorajadas que agora estão preocupadas em saber qual vai ser o próximo passo que devem tomar para sobreviverem. E aqueles que estavam a espera de poderem ca vir, acredito que todos eles decidiram em não vir mais.”
Robertson adianta que os investimentos no Zimbabué vão se dimunuir enquanto Mugabe e o seu partido ZANU-PF implementar a fundo as suas políticas económicas destinadas a livrar o país dos interesses económicos estrangeiros. A política central do partido, conhecida como indiginização, tem por objectivo transferir a maioria das acções de qualquer empresa ou sociedade a favor de negros zimbabueanos sem prever compensações económicas. Os críticos desta política afirmam que ela favorece os leais ao presidente Mugabe.
O Zimbabué viveu anos de uma crise económica marcada por uma híper-inflação que fez da sua moeda uma das mais desvalorizadas no mundo em 2008.
Mas a economia estabilizou-se depois de aplicação de uma política de conversão monetária ao dólar americano e com a formação de um governo de unidade nacional com o partido Movimento de Mudanças Democráticas.
Nos últimos anos e fruto das reformas políticas, a economia cresceu com uma expansão em cerca de 9 por cento em 2010 e 2011, e 5 por cento em 2012.
Alguns analistas consideram por isso que políticas económicas imprudentes ou precipitadas podem inibir um tal progresso.
Azar Jammine é membro da empresa de consultoria Econometrix em Joanesburgo, e diz que o Zimbabué pode ter uma economia vibrante se não for por causa das actuais políticas.
“Sem dúvida que o Zimbabué poderia ser um país muito mais atraente. Possui sector mineiro muito forte distinto da África do Sul…Zimbabué por algumas razões poderia ser visto como um território virgem que ainda não atingiu ao seu potencial completo em termos de minérios e de desenvolvimento agrícola.”
Os investimentos cresceram após a formação do governo de unidade nacional. De 2008 a 2011 os investimentos directos estrangeiros subiram de cerca de 50 milhões de dólares para quase 400 milhões de dólares.
Essas preocupações ganharam relevância ontem quando o mercado de valores do país sofreu a sua maior perda desde 2009.
O economista residente em Harare, John Robertson diz que acredita que as expectativas dos líderes empresariais se desvaneceram quando o presidente Mugabe obteve 61 por cento da maioria dos votos das eleições altamente criticadas da passada Quarta-feira.
“Acredito que todo o sector de negócios estava muito mais a espera de uma mudança que pudesse conduzir a um partido político diferente com políticas diferentes. Existem muitas frustrações, e muitas pessoas desencorajadas que agora estão preocupadas em saber qual vai ser o próximo passo que devem tomar para sobreviverem. E aqueles que estavam a espera de poderem ca vir, acredito que todos eles decidiram em não vir mais.”
Robertson adianta que os investimentos no Zimbabué vão se dimunuir enquanto Mugabe e o seu partido ZANU-PF implementar a fundo as suas políticas económicas destinadas a livrar o país dos interesses económicos estrangeiros. A política central do partido, conhecida como indiginização, tem por objectivo transferir a maioria das acções de qualquer empresa ou sociedade a favor de negros zimbabueanos sem prever compensações económicas. Os críticos desta política afirmam que ela favorece os leais ao presidente Mugabe.
O Zimbabué viveu anos de uma crise económica marcada por uma híper-inflação que fez da sua moeda uma das mais desvalorizadas no mundo em 2008.
Mas a economia estabilizou-se depois de aplicação de uma política de conversão monetária ao dólar americano e com a formação de um governo de unidade nacional com o partido Movimento de Mudanças Democráticas.
Nos últimos anos e fruto das reformas políticas, a economia cresceu com uma expansão em cerca de 9 por cento em 2010 e 2011, e 5 por cento em 2012.
Alguns analistas consideram por isso que políticas económicas imprudentes ou precipitadas podem inibir um tal progresso.
Azar Jammine é membro da empresa de consultoria Econometrix em Joanesburgo, e diz que o Zimbabué pode ter uma economia vibrante se não for por causa das actuais políticas.
“Sem dúvida que o Zimbabué poderia ser um país muito mais atraente. Possui sector mineiro muito forte distinto da África do Sul…Zimbabué por algumas razões poderia ser visto como um território virgem que ainda não atingiu ao seu potencial completo em termos de minérios e de desenvolvimento agrícola.”
Os investimentos cresceram após a formação do governo de unidade nacional. De 2008 a 2011 os investimentos directos estrangeiros subiram de cerca de 50 milhões de dólares para quase 400 milhões de dólares.
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