sábado, 21 de setembro de 2013

LUANDA: Jornalista Rafael Marques reage após ser posto em liberdade, e responsabiliza o governo do ditador angolano pelas agressões sofridas.

Jornalista Rafael Marques responsabiliza Governo angolano por agressões

Fonte: TSF e LUSA
Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com

O jornalista angolano Rafael Marques disse hoje à agência Lusa, após ter sido libertado da detenção, que foi agredido pelos efetivos da polícia, responsabiliza o Governo e disse que já apresentou uma participação na Direção de Investigação Criminal.

Na sexta-feira, três jornalistas angolanos que falavam com sete jovens que tinham sido detidos na sequência de uma manifestação um dia antes, acabavam de ser libertados pelo tribunal quando foram retidos novamente por efetivos da Polícia de Intervenção Rápida.
Rafael Marques disse que ele e outros dois jornalistas, Alexandre Solombe e Coque Mukuta, correspondente da Voz da América, foram conduzidos a uma viatura celular, onde foram "pisoteados" e depois para as instalações da Direção de Investigação Criminal de Luanda, onde os sete jovens que "estiveram 20 minutos em liberdade" continuam presos sem culpa formada.
«Eu apresentei logo, mal saímos, uma participação mesmo lá na Direção de Investigação Criminal. Como sabemos, neste país eu estou sempre a litigar porque estou sempre a apresentar queixas, mas nós depois, os queixosos, acabamos como acusados», lamentou Rafael Marques, que criticou o comportamento das autoridades e do governo angolano pelo sucedido.
«O comportamento da polícia de Intervenção Rápida foi um comportamento selvático, um comportamento digno de energúmenos. O facto de, até ao momento, o Comando Geral da Polícia Nacional não ter corrigido a situação, não ter libertado os jovens, prova que a lei não funciona neste país. Não há lei neste país, não há ordem neste país. Isto é uma verdadeira ditadura. Isto é um verdadeiro ato de abuso de poder, de tirania porque não é justificável que um indivíduo que um juiz manda soltar, passados 20 minutos seja detido sem causa absolutamente nenhuma», disse à Lusa o ativista de direitos humanos.
«Só pode ter sido ordem de alguém importante do governo do presidente José Eduardo dos Santos a fazer aquilo que nos fizeram. Não é uma ordem daqueles oficiais da polícia. Não é uma iniciativa pessoal daqueles agentes, foi ordem que eles receberam de alguém lá de cima. As tais ordens superiores que eles recebem sempre. Eu responsabilizo o chefe do Governo e o comandante-geral da Polícia por aquilo que aconteceu hoje», adianta.
Lusa

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