sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

LUANDA: Governo do MPLA/JES é pior que meteorologistas a fazer previsões

Economia: Governo do MPLA/JES é pior que meteorologistas a fazer previsões - Raul Diniz

Luanda - A volatilidade das politicas públicas encenadas pelo regime não têm qualquer credibilidade por não passarem de projetos inanimados adormecidos na mentira continuada. Nenhuma economia se fortalece sem que haja crescimento produtivo sustentável!


Fonte: Club-k.net
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
31.01.2014É verdade que existe uma enorme discrepância técnica entre a concepção criativa dos projetos econômico-produtivos e a sua execução, que se desdobram em constantes desencontros que de certa maneira impossibilitam a aplicabilidade de politicas públicas de inclusão que sejam modernizantes e de  impacto social.
No atual momento Angola encontra-se numa crise institucional preocupante considerada como a principal responsável da recessão econômica calamitosa que Angola atravessa.
Essa situação debilitante inviabiliza de sobremaneira a execução de eventuais programas produtivos facilitadores que  viabilizem o país a crescer putativamente para ascender a um estádio crescente de economia de mercado salutar.
Porem, nesse momento, o país econômico-social atravessa uma crise insustentável de identidade politica, motivada pela existência de ativos negativados, que se encontra colada ao nosso infeliz passado comunista, que a traduzir-se, aproximam-se paradoxalmente da existência de um processo de economia mercantilista parasitaria que se verificam cada vez mais insustentável.
O país está cego e desorientado, as politicas macroeconômicas estão cada vez mais fissurados motivados pelos desencontros marcadamente levianos entre um partido desestruturado e o seu mentor que se desencontram entre si por ambiguidades inusitadas previsíveis em todos os regimes totalitaristas do planeta.
O GOVERNO PRECISA INAUGURAR UM CICLO INOVADOR PARA TIRAR O PAÍS E O POVO DO MARASMO EM QUE OS COLOCOU!
O governo precisa urgentemente inaugurar um novo ciclo para celebrar um novo momento criativo de livre iniciativa empresarial sem a intermediação de questiúnculas neo-partidárias depreciáveis como as que verificamos nos dias de hoje.
O estado tem de perder o estatuto especial de continuar preponderantemente como o maior empresário, e/ou, de ser quase o único empresário do país de todos.
Todos sabem que JES assassinou o republicanismo nacionalista em Angola, e atropela voluntariamente o necessário nascimento da nação angolana, Angola tem um governo irresponsável e mau gastador compulsivo. Na verdade esse governo encontra-se enfraquecido quase mesmo ferido de morte.
O país é de todos e por isso não pode continuar a ter em atividade um governo desleal, sem ideias e com princípios inescrupulosamente inaceitáveis de natureza despótica no comando de toda riqueza que o país possui e que apenas serve meia dúzia de famílias como afirmou o politico Rui Falcão do MPLA/JES.
Não podemos continuar a navegar na imundície desesperante da desgraça, a morte desse sistema adultero implantado pelo imortal JES tem ao longo dos trinta e quatro anos da sua gestão atrofiada que atropela mortalmente o sonho de liberdade do povo no seu todo.
O país vive a deriva completamente desestruturado,  perdido no oceano de trevas, sem um sistema sem uma fiscalização competente que ajude a clarear a justeza dos gastos públicos para anular sabiamente a habitual má gestão, que tornou as instituições do estado permeáveis à infiltração de reconhecidos casos de corrupção e nepotismo endêmico acelerado, e dos conhecidíssimos atos absurdos de peculato, lavagem de dinheiro etc, que trazem consigo a marca do descredito e da reprovação generalizada que impossibilita o regime de efetivar politicas de investimento que favoreçam a classe maioritária do povo oprimido e faminto, que vive hoje completamente abandonados e jogados a sua infeliz sorte.
SOMOS CONDUZIDOS POR UM GOVERNO TRAGICÔMICO
Os sucessivos governos do MPLA/JES não têm sido gerenciados por pessoas impolutas, dai a continuidade da sua cegueira adquirida ao nascer e assim continua até hoje. É verdade que essa desconcertante situação desconforta quase toda militância que não se revê na atual direção de Eduardo dos Santos, que caminha rapidamente por estradas preenchidas de promíscuos pergaminhos insustentáveis que ajudam a ampliar o estado denigrativo da economia inoperante do país.
Essa situação aqui apresentada entre outras mais fortes ajudam a entender as razões que cada vez mais o governo trafega na contra mão do que o povo almeja atingir para melhorar o seu nível de vida. Necessário faz-se entender, que maioritariamente a sociedade inteligente ativa não se revê nas contraproducentes politicas elitistas protagonizadas pelo infiel governo do MPLA/JES.
O povo quer somente viver de acordo com as receitas produzidas no país, e que, infelizmente, apenas uma ínfima parte da população enlaçada em torno do presidente da republica beneficia.
Essa periclitante situação desgastante que atormenta de sobremaneira os donos de Angola, mais se se parece com uma encenação tragicômica alucinante, que no meu entender deveria ter sido desconstruída a nascença por nunca se ter ajustado a realidade objetiva do país que precisa e tem que viver a todo custo!
OS NÚMEROS FALAM POR SI, E DEMONSTRAM QUE O REGIME MENTE PORQUE NÃO TEM UM PROJETO ECONÔMICO NACIONAL PARA O PAÍS.
Por exemplo, temos um inexato quantificador indexado ao déficit que não se ajusta ao PIB, que se ajustados ajudam a falsear os números em valores de liquides das nossas finanças, sobretudo se a ele juntarem-se os quantitativos da nossa robusta divida publica nacional e internacional.
Sabemos que a indústria e a agricultura mecanizada e o empresariado nacional são completamente improdutivos por não sermos um país evolutivamente industrializado e muito menos por não possuirmos uma agricultura mecanizada sustentável, o que quer dizer que o país não produz riqueza alguma que ajude a viabilizar o crescimento econômico sustentável.
Se adaptarmos essa realidade e acrescentarmo-las aos gastos desproporcionas que têm ajudado a viabilizar a crescente sistematização insustentável da inflação, perceberemos que o regime tem inventado sorrateiramente a fração numérica de dois dígitos de crescimento irrealizáveis no atual contexto que o país vivencia apesar do governo se desdobrar em mentiras inusitadas propaladas aos quatro ventos.
O governo tem ainda de prestar contas ao país civil informando-o de onde proveem os recursos que proporcionam esse adulterado crescimento econômico tão dilatado pelos economistas ensaístas,  propensos defensores do crescente PIB nacional anunciado! 
Se nem mesmo se conhece em quanto orça o endividamento do estado nesses quase 34 anos de partido único, nem mesmo o país conhece em quanto orça a divida internacional do regime, como pode o governo avaliar levianamente o crescimento multiforme de um digito para o PIB nacional?
Se interrogarmos o governo se conhece e pode quantificar os gastos per capita de cada cidadão nesse estudado manancial de conhecimentos assinado e apresentado pelos estudiosos economistas afetos ao governo, tenho total certeza que não receberíamos resposta alguma!
Por outro lado, teria muito gosto em saber se esses gastos diretos e/ou indiretos apresentariam fissuras orçamentais que eventualmente desestabilizariam ou não o déficit da balança de pagamentos, uma vez que o país vive unicamente da exportação do crude, por outro lado, o país nada ou quase nada produz para o engrandecimento sustentável da economia que o regime vende a todos nós, então de onde advêm os recursos para equilibrar as finanças publicas?
O PAÍS TEM QUE DEIXAR DE VIVER DA MENTIRA E DO ENGANO ECONOMICISTA
O regime a muito deveria ter deixado de viver agarrado as praticas do seu passado decrépito e mentiroso para deixar voluntariosamente de continuar a viver na mesmice! De igual modo o país não pode continuar a ser arrastado velozmente para vala comum da desgraça econômica sem paralelos.
O governo por sua vez deveria ser muito sério e mais audacioso na fiscalização dos objetivos a que se propôs atingir, sobretudo deveria afastar a ideia de continuar a dar calotes e deixar de gastar sofregamente mal o dinheiro público, deveria isso sim, trabalhar afincadamente com muito mais rigor e administrar melhor o tempo, e trabalhar retamente para melhorar o nível de vida do povo.
Quero dizer com isso, que o governo deve imediatamente encontrar um divisor de águas para formalizar um encontro viável com a verdade politica e econômica, assim ajudaria a desanuviar o país da confusão criada pelos seus servidores apaniguados, os economistas  mentirosos e apaziguar todo país humano, pois, as praticas engendradas pelos defeituosos economistas partidários da confusão degenerativa não ajudam em nada o país a crescer, pelo menos até aqui os seus ensaios não resultaram.
Esse governo tem sido deveras mal aconselhado pelos seus economistas e demais conselheiros na materialização de politicas públicas suicidarias que deixaram resquícios no centro de decisões da nossa economia perniciosamente parasitária, que a continuar assim levar-nos-á a uma viagem sinuosa sem volta, e se não expurgarmos da nossa vida econômica esse pressagioso egocentrismo de economia centralizadora, lá mais para frente perceberemos, que não haverá futuro nenhum para o povo angolano no seu todo,  e no final certamente, o falhanço será profundamente violento e irremediavelmente paralisante.
Qualquer sistema econômico deve ter uma forte coesão dissuasora para evitar eventuais atritos desnecessários que possam causar clivagens imprevisíveis impensáveis entre o poder publico e o poder econômico independente.
A não existir esse dissuasor de águas, poderemos ver ainda surgir uma inflexão racional de valores, que ajudem a refrear ainda mais o processo de criação de um programa econômico sustentável que pretendemos seja de mercado livre e aberto.

ROMA: Ana Knox volta a ser condenada pela morte da Britânica Meredith Kercher em 2007

Amanda Knox volta a ser condenada por morte de britânica


Fonte: BBC
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
31.01.2014

Amanda Knox volta a ser condenada por morte de britânica
"Amanda Knox, em foto de arquivo (AP)"
A Justiça italiana voltou a condenar, nesta quinta-feira, a ré americana Amanda Knox e o italiano Raffaele Sollecito pelo assassinato da estudante britânica Meredith Kercher, em 2007.
Knox - que está nos EUA - e seu ex-namorado italiano se declaram inocentes do crime.
Ela foi sentenciada a 28 anos e seis meses de prisão; Sollecito foi condenado a 25 anos.
A britânica Kercher foi esfaqueada até a morte no apartamento que dividia com Knox (hoje com 26 anos) em Perugia, na Itália, quase sete anos atrás.
Em 2009, a Justiça italiana havia decidido pela condenação de Knox, mas a decisão foi revista em 2011, após procedimentos do caso e a coleta de provas de DNA terem sido questionados. Na ocasião, os dois réus já tinham passado quatro anos na cadeia.
A Promotoria pediu então um novo julgamento, argumentando que importantes provas de DNA haviam sido desconsideradas.
Nesta quinta, após quase 12 horas de deliberação, a Justiça revalidou o veredicto de 2009.
Possível extradição
A sentença foi lida pelo juiz Alessando Nencini, que determinou que Sollecito, de 29 anos, tenha seu passaporte revogado. Mas o juiz considerou 'justificável' o fato de Knox estar fora da Itália.
Acredita-se que a Itália deva entrar nos EUA com um pedido pela extradição de Knox.
Em comunicado emitido após a decisão judicial, a americana se disse 'assustada e triste' pelo 'veredicto injusto', que, segundo ela, se seguiu a uma 'investigação preconceituosa e de mente fechada'.
Sollecito, por sua vez, havia dito à corte em novembro que 'não fazia sentido' que ele tivesse cometido 'um ato tão atroz' contra Kercher.
O caso
Kercher, nascida no sul de Londres, tinha 21 anos à época do crime. Ela foi encontrada com sua garganta cortada, no apartamento que compartilhava com Knox.
O principal argumento da Promotoria era de que Kercher teria morrido após uma espécie de jogo sexual que também envolvia Knox e Sollecito - e que em algum momento deu errado. Também alegou-se que a morte teria sido o resultado de uma discussão acalorada entre as duas garotas quanto à limpeza do apartamento onde moravam.
Uma terceira pessoa, o marfinense Rudy Guede, também foi condenada pela morte da britânica em um julgamento prévio. Ele cumpre pena de 16 anos.
Knox argumenta que Guede (que era traficante de drogas) agiu sozinho no homicídio.
Ela e Sollecito ainda podem recorrer à Suprema Corte italiana, mas analistas dizem que isso levaria anos.
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JOANESBURGO: Frederik de Klerk acusa ANC de Racismo

Frederik de Klerk acusa ANC de racismo

Fonte: Lusa
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
Frederik de Klerk acusa ANC de racismo
Frederik de Klerk, último Presidente branco da África do Sul, acusou hoje o ANC de discriminação racial durante um discurso nas cerimónias que marcam os 20 anos de democracia no país.
"Nós nunca fomos consultados sobre a 'política da transformação' do ANC e, por isso, não a aceitamos. Essa política que o ANC chama 'segunda fase da transformação' é directamente contra os cidadãos sul-africanos e por motivos de raça. Isto é inconstitucional e contrário às conquistas que se conseguiram com a reconciliação nacional", disse de Klerk no discurso.
Frederik de Klerk, como chefe de Estado, legalizou o Congresso Nacional Africano (ANC) e libertou o presidente do partido, Nelson Mandela, em 1990, o que levou ao fim do regime de segregação racial (apartheid).
Chegou a altura para "sérias conversações" entre o Governo e "aqueles que são atingidos pela transformação", como os proprietários rurais, a imprensa, as organizações da sociedade civil, e as pequenas e médias empresas.
De Klerk, que partilhou o Prémio Nobel da Paz com Mandela em 1993, disse que a "grande transformação" da África do Sul falhou e que hoje a sociedade é mais desigual do que a que existia em 1994, altura em que se realizaram as primeiras eleições livres no país.
O ex-chefe de Estado referiu-se também ao Coeficiente Gini que mede a desigualdade social em função dos rendimentos.
"O nosso Coeficiente Gini é de 0.7, o que faz de nós uma das sociedades mais desiguais em todo o mundo", afirmou.
"As políticas governamentais no sentido da promoção da igualdade falharam claramente", acrescentou De Klerk.
"Os maiores beneficiários do reforço da economia têm sido a classe média negra emergente e a elite e não a maior parte dos sul-africanos verdadeiramente necessitados", afirmou.
Apesar das críticas à situação actual do país, Frederik de Klerk disse que o ANC conseguiu um sucesso notável desde que chegou ao poder com Nelson Mandela, em 1994, sobretudo nas questões lideradas pelo líder histórico do partido na construção de habitação social, distribuição de electricidade e de água e instalação de saneamento básico para cerca de oitenta por cento da população.
Lusa
 

LUANDA: Angola é o segundo maior país do mundo na morte de crianças menores de cinco anos

Angola: 2º pior país no mundo, na morte de crianças menores de cinco anos

Representante da UNICEF em Luanda, Francisco Songane diz que a cifra é alta mas deve ser vista na perspectiva de um país que sai de duas guerras que foram muito severas.
O representante da UNIFEC em Angola, Fransico Songane comentou o relatório sobre a situação da infância no mundo, publicado hoje em Nova Iorque, e disse que esforços estão a ser feitos pelo governo angolano para melhorar a situação da infância no país.

De acordo com os indicadores, Angola tem uma taxa de mortalidade infantil com 164 mortes por cada mil nascidas no país em 2012.


Em entrevista à Voz da América o Dr. Songane afirmou haver ainda muitos problemas e evocou o facto de os indicadores do relatório colocarem Angola no segundo lugar no grupo de países com maiores taxas de mortalidade infantil.

O representante da UNICEF saudou contudo os esforços do governo e de organizações parceiras na melhoria das condições de saúde e dos direitos da infância em Angola.

Quando questionado por que razão o bom crescimento económico angolano não tem reflectido na melhoria das condições de saúde e protecção dos direitos das crianças em Angola, Songane respondeu ser este um desafio que se tem de momento e que já foi abordado várias vezes com as autoridades angolanas que por sinal já estão cientes sobre o que fazer.

LUANDA: Deputada da CASA-CE agredida pela policia

Deputada da CASA-CE agredida pela polícia

O presidente da coligação eleitoral diz ir convidar o Presidente da República a visitar o bairro para ver as condições em que os angolanos vivem.
TAMANHO DAS LETRAS 
Fonte: Voanews/Manuel José
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
30.01.2014
O líder da CASA-CE Abel Chivukuvuku e uma delegação do partido foram impedidos de visita visitar hoje cerca de 50 famílias retiradas da Chicala, bairro do Quilombo onde viviam em casas, para habitarem em tendas sem condições.
À chegada forcas policiais impediram a visita e a deputada Odeth Joaquim foi agredida pelos agentes.

"Um agente da policia agarrou-me no peito, empurrou-me para impedir que eu entrasse, p que é muito mau e repugnante num pais que
se diz democrático e de direito", disse Joaquim.

O presidente da coligação eleitoral Abel Chivukuvuku depois do que viu prometeu escrever uma carta ao Presidente da República para que este va ver com os próprios olhos como estão a viver os seus concidadãos.

"O que constatamos aqui neste acampamento é tão desumano que é quase impossível descrever a situação, mas preocupante é a consciência de que isto é feito por angolanos contra outros angolanos", comentou Chivukuvuku.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

LUANDA: Lei de branqueamento de capitais exclui desvios cometidos até agora em Angola

Lei de branqueamento de capitais exclui desvios cometidos até agora em Angola

Oposição diz que lei exclui desvios cometidos há mais de 10 anos e não aprovou também a lei sobre buscas e revistas por aumentar a repressão.

Fonte: Voanews/Manuel José
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
29.01.2014
TAMANHO DAS LETRAS 
Os principais partidos da oposição angolana recusaram-se a votar  uma lei sobre o branqueamento de capitais apresentada como parte essencial no combate à corrupção.

A oposição afirma que a lei exclui de punição todos aqueles que desviaram dinheiro há vários anos atras pelo que não aprovaram a legislação

A CASA CE votou contra e a UNITA absteve-se. A FNLA votou a favor juntamente com a bancada do MPLA fazendo aprovar a lei por 144 votos a favor 5 contra e 27 abstenções.

O chefe da bancada parlamentar da UNITA Raúl Danda fez notar que a lei prescreve após 10 anos pelo que crimes cometidos para lá desse tempo não serão punidos.

"Estão a fazer uma lei para protegerem os que praticaram estes crimes, isto não pode ser", disse Danda.

O chefe do grupo parlamentar do PRS, Benedito Daniel deu um exemplo da lei sobre branqueamento de capitais que o faz crer na falta de seriedade destes documentos.

"A exploração ilícita de diamantes tem um peso enorme na questão do branqueamento de capitais entretanto este aspecto não está tipificado neste código, por isso não acreditamos que estas leis sejam transparentes", disse.

Por outro lado o parlamento aprovou também uma lei que  regula as revistas, buscas e apreensões e foi aprovada com 144 votos do MPLA, 34 contra (UNITA, CASA-CE e PRS) e abstenção da FNLA.

Para o MPLA, estas leis representam maiores garantias às liberdades dos cidadãos como diz o deputado dos camaradas Tomàs da Silva.

"Esta lei vem não só clarificar mas também introduzir maiores garantias de protecção do cidadão, corresponde a perspectivas das convenções internacionais sobretudo o pacto Internacional dos Direitos Humanos", disse

Um dos aspectos que pesou no chumbo da oposição em relação a lei sobre buscas e revistas é o facto da mesma permitir que a partir de uma simples suspeita a policia poderá invadir a casa de um cidadão.

Para a oposição isto pode aumentar a repressão.

LUANDA: Investigador diz que sistema angolano é incontornável

Investigador diz que "sistema" em Angola é incontornável

O tema é tese de doutoramento de Jon Schubert a ser defendida em Março na Universidade de Edimburgo, na Escócia.
Jon SchubertJon SchubertFonte: Voanews/Alvaro Lodgero AndradeDivulgação:Planalto De Malanje Rio capôpa29.01.2014
TAMANHO DAS LETRAS 
As novas gerações, recordações e sonhos deram o mote para uma tese de doutoramento em estudos africanos que será defendida no próximo mês de Março na Universidade de Edimburgo, na Escócia.

Jon Schubert viveu em Angola de 1984 a 1991 e depois dos seus estudos superiores, regressou em 2007 para preparar o seu mestrado e mais tarde para concluir o seu doutoramento, cuja tese foi entregue à Universidade de Edimburgo no passado mês de Dezembro.

Shubert estudou em pormenor a comuna de Sambizanga durante muito tempo à procura das memórias da nova angola, com particular interesse no pós-27 de Maio de 1977 e pós- eleições de 1992. E concluiu que as pessoas não se revêem no projecto actual do MPLA.

Para o autor da tese, existe uma Angola a duas velocidades, em que apenas uma pequena minoria beneficia-se do tão propalado crescimento do país.

Nas suas investigações, Jon Schubert descobriu o que se conhece por "sistema" que, segundo ele, é o emaranhado de interesses e estruturas montado pelo Mpla em quase 40 anos de governação e contra o qual, aparentemente, não se pode lutar.

A tese de doutoramento de Jon Schubert sobre o caso de Angola será defendida na Universidade de Edimburgo na Escócia no próximo mês de Março e o seu autor pretende publicar a mesma em livro ainda este ano.

MAPUTO: Recenseamento eleitoral começa amanhã em Moçambique e abrange 10 milhões de votantes

Moçambique: Recenseamento eleitoral começa amanhã e abrange 10 milhões de votantes

Fonte: Voanews
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
29.01.2014

O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral de Moçambique (STAE) prevê recensear cerca de 10 milhões de eleitores para as eleições presidenciais e legislativas de 15 de outubro, indicou hoje o director-geral do organismo, Felisberto Naife.


Em entrevista à emissora pública Rádio Moçambique, Felisberto Naife afirmou que o STAE já tem as condições criadas para o arranque do recenseamento eleitoral, no dia 30.
Um total de 6.698 postos de recenseamento foram criados para a operação, para a qual foram contratados 12.244 brigadistas, distribuídos por 4.078 brigadas, disse Felisberto Naife.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

LISBOA: Detidos dois indivíduos por tr-afico de menores em Lisboa, rota incluía Luanda

Detidos dois indivíduos por tráfico de menores em Lisboa, rota incluía Luanda

Fonte: Voanews
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
TAMANHO DAS LETRAS 
Segundo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), as detenções ocorreram sábado e domingo. No primeiro caso, o suspeito chegou a Portugal "proveniente de Luanda, acompanhado de três menores, dois rapazes e um rapariga, todos de origem africana, de quem se dizia ser pai ou tio consoante o caso, sendo portadores de documentação que se suspeita falsificada e/ou emitida de forma indevida".

Tinham como destino final Paris, utilizando para o efeito a rota Libreville-Casablanca-Lisboa. Ao detido foi aprendida avultada quantia monetária e três cartões de crédito, adianta o SEF.

O suspeito confirmou cobrar vários milhares de dólares pela deslocação de cada criança. Submetido já a interrogatório judicial, o detido ficou sujeito à medida de coação de Termo de Identidade e Residência (TIR) e ao pagamento de 4.000 euros de caução.

Por outro lado, o segundo detido deslocou-se, de Paris a Lisboa, na posse de documentos com "fortes indícios" de serem falsificados e tentou reaver um dos menores, afirmando ser o seu pai biológico. Será levado a um juiz de instrução criminal português para lhe serem aplicadas medidas de coação.

Os menores encontram-se à guarda de instituições e foram entregues hoje ao Tribunal de Menores que acompanha o seu processo de acolhimento
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LUANDA: O governador da província de Luanda combate zungueiras com prisão

Governador de Luanda Combate Zungueiras
Fonte:  Maka Angola 
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
28 de Janeiro, 2014
A Polícia Nacional mantém encarceradas, numa mesma cela, homens, mulheres e bebés, no âmbito de uma operação iniciada, no fim-de-semana, passado contra vendedoras ambulantes: as chamadas “zungueiras”.

Perto de 50 detidos partilham, em simultâneo, uma cela no Posto Policial do Marçal, em Luanda, para onde estão a ser encaminhadas as vendedorãs ambulantes desde sexta-feira passada.

Maka Angola soube, junto de um oficial do referido posto, que “a polícia está a cumprir orientações do governador de Luanda, Bento Bento”.

Segundo o oficial, cuja identidade Maka Angola mantém sob anonimato, a suposta ordem de Bento Bento visa eliminar a prática de venda ambulante nas artérias da cidade de Luanda, “porque dão uma má imagem à cidade”.

Ângela André, de 39 anos, foi detida por posse de cinco bolinhos secos, na sexta-feira passada, no Mercado dos Congolenses.

“Eu já tinha feito o meu negócio e ia para casa com cinco bolinhos secos, quando os fiscais do governo provincial me perseguiram. Deixei cair os bolos e fui detida sem nada”, explicou a vendedora ambulante, mãe de quatro filhos.

“Até pessoas que estavam apenas a fazer compras foram levadas para a cadeia pelos fiscais”, acrescentou.

Depois de três dias de detenção, a portadora dos bolinhos secos foi libertada na tarde de ontem.

Ângela André contestou a política de repressão contra as vendedoras ambulantes promovida pelo governador Bento Bento.

“Isso não vai dar certo. O governo tinha de encontrar mercados alternativos para vendermos. Ao invés disso, estão a dizer-nos na polícia que devemos vender apenas frente às nossas portas de casa ou procurar outro sítio”, referiu.

“O meu marido é segurança e ganha 25,000 kwanzas (US $250) mensais. Eu tenho de vender para ajudar na cozinha e para arranjar-lhe dinheiro para o transporte, para ele ir trabalhar. O salário dele não chega.”

Lúcia António, também zungueira, foi detida por fiscais do governo provincial, no sábado, enquanto vendia roupa no Mercado dos Congolenses. “Os fiscais dividiram a roupa. Eles ficam com os nossos negócios.”

Segundo declarou, Lúcia António ficará detida por mais uma noite.

“A polícia está a fotografar-nos, a registar-nos e a ameaçar-nos que se formos detidas outra vez seremos encaminhadas para a Cadeia de Viana e responderemos em tribunal por crime de desobediência”, relatou a vendedora de roupa.

Um outro caso: Fátima Luciano, de 42 anos, passou três dias de cárcere, detida junto ao Mercado do São Paulo quando vendia couve e gimboa.

“Misturaram-nos quase 50 pessoas na mesma cela, com mães a amamentar filhos junto de homens. Estávamos muito apertados. Depois veio o administrador do Marçal para sossegar-nos e dizer que nos tratariam bem”, revelou Fátima Luciano.

“Deus é quem sabe como vou sustentar os meus oito filhos. O meu marido é desempregado. O governo não apoia, só nos castiga”, prosseguiu.

Após a libertação do grupo de detidos de sexta-feira, várias outras vendedoras ambulantes e meras suspeitas de exercerem essa prática foram detidas, ficando presas na cela do Posto Policial do Marçal.

Segundo os agentes policiais no local, a operação de “limpeza das zungueiras” continuará até novas ordens.

Como prova da extensão da campanha de detenções do governo provincial contra vendedoras ambulantes, o marido de Ângela André, Vicente Ngola, reportou a detenção da sua irmã, Serafina Vicente, ontem, 26 de Janeiro, no município de Viana. “A minha irmã está detida porque vende iogurtes para sobreviver”, lamentou o cidadão, depois da libertação da sua esposa.

Serafina Vicente encontra-se detida no Posto Policial do Bita, em Viana.

Abominação e Ilegalidades da Polícia

Salvador Freire, presidente da organização de direitos humanos Associação Mãos Livres, manifestou o seu repúdio e disse ao Maka Angola que a detenção de homens e mulheres na mesma cela, por parte da polícia, constitui “um acto abominável”.

“As mulheres são nossas mães, irmãs e filhas. A polícia tem de ter postura e noção de respeito pela mulher. Quem deu essa ordem deve ser responsabilizado criminalmente. É um acto ilegal”, argumentou Salvador Freire.

Sobre a detenção das vendedoras, o advogado da Associação Mãos Livres considera ilegais os procedimentos da polícia. “As vendedoras não são acusadas de terem cometido um crime. Logo, mantê-las na cadeia e fotografá-las são actos de ilegalidade”, afirmou.

Maka Angola consultou a Lei Penitenciária (Lei n.º8/08) no que diz respeito à compartimentação dos reclusos. Segundo a mesma, “é proibida a junção de reclusos de sexos opostos no interior de qualquer estabelecimento prisional”.

Para além da ilegalidade do acto, uma jurista, que preferiu não ser identificada, considerou a junção de detidos de ambos os sexos “como um acto de violência moral e psicológica contra as mulheres, por razões ligadas à sua própria condição sexual”.

“O princípio da dignidade humana pressupõe que haja limites, como o respeito da intimidade da mulher”, referiu a jurista.

domingo, 26 de janeiro de 2014

MOSCOVO: Coreia do Norte executou todos os parentes do tio de Kim Jong-Un

Na Coreia do Norte foram executados todos os parentes do tio de Kim Jong-un

Fonte: Voz da Russia
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Na Coreia do Norte foram executados todos os parentes do tio de Kim Jong-un
Segundo a agência sul-coreana Yonhap, todos os parentes, incluindo mulheres e crianças, de Jang Sung-taek, tio recentemente executado do líder norte-coreano Kim Jong-un, foram igualmente supliciados.
De acordo com a agência, alguns parentes de Jang Sung-taek que tinham recusado cumprir a ordem das autoridades para despejar sua casa, foram abatidos com balas à vista de seus vizinhos.
Por outro lado, as mulheres que não eram parentes de sangue de Jang Sung-taek, mas sim cônjuges de seus parentes masculinos, foram poupadas à morte e degredadas para aldeias remotas.
Voz da Russi
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LUANDA: Sonangol gasta U$ 150 milhões para recuperar bloco vendido por U$ 500 mil em 2006!!!

Sonangol gasta U$ 150 milhões para recuperar bloco vendido por U$ 500 mil em 2006

Fonte: Lusa
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Sonangol pagou 300 vezes o valor pago pelos bilionário israelita Dan GertlerSonangol pagou 300 vezes o valor pago pelos bilionário israelita Dan Gertler
A petrolífera angolana Sonangol pagou ao bilionário israelita Dan Gertler cerca de 150 milhões de dólares (110 milhões de euros)pela exploração do bloco petrolífero 14C, cujos direitos tinham sido comprados em 2006 pelo empresário por U$ 500 mil (370 mil euros), diz a Global Witness.
O negócio "tem muitas semelhanças com uma série de negócios secretos feito no setor mineiro do Congo, onde os direitos de exploração das minas são comprados abaixo do preço de mercado por offshores, e depois "passados" a grandes empresas internacionais com um extraordinário lucro", refere a Organização Não Governamental Global Witness, num e-mail enviado à agência financeira Bloomberg.
A agência noticiosa americana explica que em causa está o pagamento, por parte da petrolífera nacional angolana Sonangol, de 95% dos direitos de exploração no Congo do bloco 14C, que tinham sido vendidos ao empresário israelita em 2006 por 500 mil dólares (370 mil euros), cerca de 300 vezes menos que o valor agora pago.
O Bloco 14C situa-se na costa norte de Angola, numa zona que é explorada em conjunto por Angola e pelo Congo, e serão os resultados desta exploração de petróleo a ressarcir os 150 milhões de dólares (110 milhões de euros) avançados agora pela Sonangol para garantir os direitos de exploração que foram vendidos a Dan Gertler, um empresário com conhecidas ligações ao Governo de Kinshasa, em 2006.
O negócio, continua a ONG, está também envolto em polémica porque a República Democrática do Congo está a violar as suas próprias leis ao não anunciar o acordo, que terá sido firmado no ano passado através da Nessergy, uma compnhia petrolífera do bilionário israelita.
A lei obriga a que qualquer contrato que envolva recursos públicos fique disponível para consulta pública até 60 dias depois da assinatura, mas a Nessergy afirma que não o pode divulgar por questões de confidencialidade contratual, ao passo que o ministro do Petróleo da RDC não respondeu aos pedidos de comentário da Bloomberg.
De acordo com Gertler, o aumento dos valores face à aquisição inicial resulta das novas descobertas de petróleo na região, da subida dos preços do "ouro negro" e do próprio advento da zona de interesse comum, que diz ter ajudado a criar.
"Apesar de a Nessergy [a empresa do israelita] ter feito consideráveis esforços para encontrar parceiros para o desenvolvimento, não conseguiu fazâ-lo durante mais de sete anos", disse o grupo do bilionário israelita numa resposta à Bloomberg, acrescentando que "para poder ajudar ao desenvolvimento do Bloco, e para impedir mais atrasos, a Nseergy concordou em abrir mão dos direitos em troca de uma comissão para compensar não ter sido capaz de desenvolver a operação".
De acordo com a consultora Petroleum Economist, o bloco em causa está adjacente ao bloco 14, que é operado pela norte-americana Chevron (31%), e tem também a participação da Eni e da Sonangol, ambas com 20%, da Total (10,01%), da japonesa Inpex, com 9,99% e da portuguesa Galp, que detém 9% dos direitos de exploração.
Lusa/A24

ROMA: Freira deu a luz um bebê sem saber que estava gravida!!!

Freira que deu à luz bebê sem saber que estava grávida vai viver em abrigo com a criança

Fonte: Daily Mail
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
Freira que deu à luz bebê sem saber que estava grávida vai viver em abrigo com a criança
Bispo vai investigar se criança foi gerada por relação consensual ou violência.
A freira católica que deu à luz um bebê sem saber que estava grávida vai viver em um abrigo junto de sua criança. A mãe identificada como Roxana Rodriguez terá que deixar o convento que faz parte.
A mulher, de 33 anos de idade, permanece num hospital perto de Roma, na Itália, com uma forte segurança. O número de profissionais da mídia mundial acabou causando a preocupação das autoridades com o caso.
Roxana surpreendeu sua Madre Superiora e outros membros da igreja ao ganhar o filho na última semana. Ela colocou o nome na criança de Francisco, em homenagem ao atual Papa.
Desde que a notícia sobre o nascimento foi anunciada, o hospital onde ela está foi “inundado” com presentes para a freira e seu bebê. Isso inclui fraldas, roupas e até mesmo dinheiro.
O diretor do hospital foi obrigado a colocar segurança extra para evitar problemas. Um porta-voz do bispo local de Rieti afirmou que eles irão investigar as circunstâncias por trás do caso. “A criança poderia ser fruto de um relacionamento consensual, mas também pode ter sido em decorrência de violência. É por isso que precisamos investigar corretamente”, disse.
Daily Mail

CUANGO: População Frustrada desafia sem medo a policia assassina do regime

Cuango: População Frustrada Desafia Polícia
Fonte:  Maka Angola 
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
 26 de Janeiro, 2014
Efectivos da Polícia Nacional tomaram ontem, na vila do Cuango, sede do município com o mesmo nome, posições de combate para prevenir uma suposta “invasão” do seu comando municipal por dezenas de populares.

Por volta das 6h00, Henriques Tomás e vários familiares dirigiram-se ao Comando Municipal da Polícia Nacional no Cuango, para exigir a entrega de um caixão para o enterro do seu filho, Carlos Xavier, de 19 anos, morto no dia anterior por um agente policial, Baptista Zovo.

Na véspera, a 24 de Janeiro, o agente policial André Zovo tinha disparado contra Carlos Xavier, depois de tentar extorquir 500 Kwanzas (US $5) a ele e a um outro motociclista, na localidade de Cambala, a 20 quilómetros da vila do Cuango.

Em reacção, segundo apurou o Maka Angola, a população de Cambala marchou nessa altura contra o posto policial daquela localidade, causando a fuga dos agentes policiais. Os jovens de Cambala ocuparam o posto (feito de adobe) e destruíram-no parcialmente, mas os sobas intervieram para garantir a sua retirada pacífica.

Já na vila do Cuango, conta-nos o pai da vítima, “os agentes empunharam as armas, ameaçaram-nos para nos afastarmos dali. Nós não recuámos e mostrámos que não tínhamos medo”.

Por coincidência, a casa de Henriques Tomás, onde ainda decorrem as cerimónias fúnebres, é vizinha do comando e da administração municipais. Os agentes da polícia formaram um cordão de segurança naquela área, com metralhadoras PKM, lança-granadas “Castor”, lança-morteiros RPG-7, segundo várias testemunhas locais contactadas pelo Maka Angola.

“Como sabem que o povo já está muito frustrado, a polícia pensou que a população queria invadir o comando”, referiu Henriques Tomás.

A agravar a situação, por volta das 10h30, os agentes policiais detiveram dois primos de Carlos Xavier ─ Jordão Manuel, de 36 anos, e António Manuel, de 26 anos ─ que foram submetidos a espancamentos no referido comando.

“Parecia guerra. Houve tumultos. Os rapazes estavam exaltados com a morte do seu companheiro e protestavam, exigindo que a polícia entregasse o caixão. Foi nessa altura que os polícias raptaram os primos do meu filho”, disse Henriques Tomás.

Vários sobas, cada um deles acompanhado por dezenas de membros da sua comunidade, marcharam contra o comando municipal para exigir o caixão e a libertação dos familiares detidos. Activistas locais registaram a concentração de mais de 200 pessoas, sob a liderança dos sobas.

“A tensão aumentou quando os polícias nos disseram que a polícia tinha de matar mais, porque o povo não pode brincar com o governo. E não tinham que dar o caixão. Aí houve troca de palavras”, afirmou o pai do defunto.

Por volta das 15h00, a Polícia Nacional finalmente cedeu à pressão e entregou o caixão para o enterro, tenho incluído também a quantia de 10,000 kwanzas(US$ 100) para as despesas do funeral.

A Morte do Mergulhador Congolês

A 24 de Janeiro, o Comando Municipal da PN no Cuango registou o primeiro protesto do ano por causa de um morto.

Por volta das 15h00 vários membros da comunidade congolesa no Cuango, incluindo familiares, depositaram o corpo de Mutunda Matondo, da República Democrática do Congo diante do referido comando. A polícia encarregou-se de enterrar Mutunda Matondo.

O cidadão congolês morreu a 23 de Janeiro, por volta das 14h00, quando realizava o garimpo de mergulho no leito do Rio Cuango, na área de Kissueia.

Segundo declarações prestadas pelo activista local Serafim Muagingo, que acompanhou o caso, “o agente da polícia Novais, mais conhecido por Renova, cortou a mangueira do mergulhador, enquanto este estava no fundo do rio, e deixou-o morrer”.

Segundo Serafim Muagingo, a patrulha de agentes policiais que se encarregou de expulsar os garimpeiros em Kissueia, tinha um acordo de cavalheiros com os congoleses para o garimpo naquela área.

“Os polícias aperceberam-se de que a área estava a render e decidiram expulsar os congoleses, para colocarem outro grupo no local e ganharem mais”, explicou.

O Maka Angola tentou, sem sucesso, obter a versão do comando municipal sobre os casos reportados.

sábado, 25 de janeiro de 2014

LUANDA: Lopo do Nascimento - á saída o discurso para toda vida politica

Lopo do Nascimento – à saída o discurso para toda a vida política

Fonte Marcolino Moco
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
Lopo do Nascimento – à saída o discurso para toda a vida política
A intervenção de Lopo do Nascimento, despedindo-se formalmente de uma, há muito anunciada saída da vida política, que como era de esperar, teve partes escamoteadas na comunicação oficial, seja qual for a face da realidade em que for apreciada, é um marco histórico, no processo político angolano no sentido positivo.
Eu que como amigo pessoal já o censurei pelo seu recuo de uma missão histórica de transformar, dentro do MPLA, as ideias do “novo pan-africanismo” que sustentou no discurso final, senti-me aliviado, no ponto em que as coisas chegaram, e que tenho documentado com propostas concretas “para sairmos disso”, por considerar que o Homem deixou uma mensagem de relevo para a juventude.
Não importam as razões concretas que o terão levado a sair agora, os jovens (por vezes penso que os mais velhos já estão demasiado contaminados por “tribalismos” e “racismos” sempre disfarçados na verborreia do politicamente correcto) dentro do MPLA, na oposição e na sociedade civil, deviam aproveitar este mote para começar a discutir uma saída pacífica duma situação que e já se vais tornando insustentável.
Lopo do Nascimento, Pepetela, eu próprio e tantos outros que das gerações mais velhas, (“comprometidos” com o nosso passado de actores do sistema de partido-único que terminou em 1992, agora reciclado no “eduardismo” do pós 2002) temos esgrimido um discurso sobre os problemas actuais, seremos sempre apodados junto dos mais jovens, pelos mais renitentes dos nossos coetâneos, de não termos o direito à palavra sobre o desejo de mudanças na actualidade. Por vezes penso que é isso cansa Lopo de Nascimento, Pepetela e outros mais velhos que gostariam também de falar sobre o “escandaloso” do presente e são abafados pela força da desgraça dos nossos próprios recursos naturais, que tudo compram, dentro e fora do país.
Lopo do Nascimento, líder da ala do MPLA (de que era o prestigiado Secretário Geral) que foi cobardemente afastada da direccção, no Congresso de Dezembro de 1998, foi sempre a figura tutelar da criação de um novo MPLA, adaptado aos tempos posteriores à queda do Muro de Berlim.
Deve-se dizer agora, com toda a clareza, que foi a partir dessa altura que se construiu o “MPLA” que temos hoje, que após o que chamam “derrota militar da UNITA”, constrói sofregamente um Estado-Etnia política, que entrega todo o poder ao seu líder, para da sua mesa recolher “as migalhas suculentas”. Todo o interesse perdido em contribuir para a construção de Estado-Nação que respeite as diferenças e a diversidade, sem comprar consciências.
Notei com muito apreço as três figuras simbólicas que Lopo homenageou no seu discurso de despedida: Lúcio Lara, Mendes de Carvalho e Nfulupinga Lando Victor. É esta Angola que teremos de construir: a Angola pacífica mas contraditória de todas as raças, de todas as etnias e de todas as regiões, cada um com o seu sotaque, algumas “manias” e diferentes cosmovisões.
Se Lopo, ao longo da sua extraordinária vida política, não conseguiu encher o copo (quem sozinho o conseguiria?), deitou ontem uma gota de volume significativo num copo chamado futuro pacífico de Angola.
Marcolino Moc
o