terça-feira, 15 de abril de 2014

MALANJE: Republica da mãe Joana e do pai banana - por Raul Diniz

REPUBLICA DA MÃE JOANA E DO PAI BANANA - Por Raul Diniz

Fonte: Planalto De malanje Rio capôpa

16.04.2015


Em tempo de solidão martírio e dor há sempre alguém que se levanta, há sempre alguém que resiste. Nos ingratos momentos de encapelada turbulência nos instantes de incrédulos existencialismos diluvianos da nossa vida, quando nuvens nocivas se abatem contra nós; nesses exasperantes momentos da vida em que o mar encapelado nos desgasta, aí, nessa encruzilhada, emerge com vigor a nossa invulgar resistência, e renasce a vontade provisional sustentado pela esperança de viver e de sermos povo livre de Deus. Então perceberemos que há sempre um novo amanhã nessa tortuosa vida, e nesses instantes de amargura, há sempre alguém que resiste a sempre alguém que diz não.
A MIM NINGUÉM EM ANGOLA ESTÁ EM CONDIÇÕES DE CALAR-ME, PARTICULARMENTE TAMBÉM NÃO RECEBO LIÇÕES SOBRE DEMOCRACIA NEM DE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS E MUITO MENOS DE KOPELIPA E SEUS PARES JOSÉ MARIA, LEOPOLDINO NASCIMENTO “DINO” E CÂNDIDO VAN-DUNEM “CANDINHO”.
 “Há uma pressão política muito forte para que eu seja calado rapidamente”. O MPLA, meu partido, ensaiou até a imitação em 2011 em Luanda, uma repetição da peça teatralizada encenada alvoroçadamente em Portugal/Lisboa, onde coube a realização do julgamento da triste vergonha contra mim realizado em 2001 no tribunal da Boa Hora! O regime e a casa de segurança militar entraram com representações contra meu direito de opinião e tentam cercear minha liberdade de expressão, chantageando inclusive a minha família mais direta!
Porém não me calarei jamais, esse direito me assiste tanto pelo direito adquirido com a minha participação direta na luta pela independência de Angola, assim como cidadão com direito a opinião expressa na virulenta constituição atípica de José Eduardo dos Santos. Não pouparei esforços nem me intimidarei com as ameaças, pois a única coisa que me podem vetar nos meus sessenta e poucos anos é matarem-me, mas para morrer é que eu nasci, mas morro em pé lutando contra as injustiças palacianas. “É clara a tentativa de censura por meio de intimidação. Não é possível que, em plena democracia, a mordaça prevaleça sobre a liberdade de expressão”.
SÁBIO NÃO É AQUELE QUE SE ESCONDE POR DETRÁS DO MPLA, NEM É O QUE MAIS ATORMENTA E ASSASSINA COBARDEMENTE OS GOVERNADOS PARA MANTER-SE VITALICIAMENTE NO PODER.

Um sábio disse uma vez, que quando alguém tem o poder na mão, mas é movida por uma mente diabólica, essa pessoa não controlada nem governa coisa alguma nem a sua própria casa. Torna-se imperativo demolir os alicerces mal posicionados na construção da nossa Angola! Os pilares contorcidos da pirâmide da democracia construídos pelo enigmático MPLA/KOPELIPA-JES é extremamente perigosa, pois ela encontra-se ensombrada pela excentricidade megalômana incontrolável dos detentores do poder em Angola. Não pode a nossa vida estar continuamente nas mãos de pessoas estranhas e muito menos cabe a essas interpostas pessoas decidirem quem vive e quem morre na nossa terra.
Um presidente republicano, que seja democraticamente eleito, deve estar próximo de quem lhe delega o poder para administrar o aparatoso aparelho de estado com responsabilidades acrescidas, para que não se desvie nem para a direita nem para esquerda. Por outro lado, a democracia não se compadece com as praticas de nepotismo, assassinato nem pela corrupção dos detentores do poder. Os governados democráticos não podem jamais ser geridos por decretos que afundam catastroficamente e matam definitivamente o estado democrático e de direito. Ninguém elegeu um presidente para que este se transforme do dia para noite no guardião de uma ditadura assassina e ladra.
OS CAVALEIROS APOCALÍPTICOS FEITOS GENERAIS GATUNOS E ASSASSINOS.
Quem disse ao ditador JES que os angolanos estão orgulhosos pela riqueza bilionária instantânea adquirida ilegalmente por decreto regimental pela sua filha estrangeira Isabel dos Santos, do seu filho Filomeno dos Santos? Quem informou ao chefe de fila da ditadura sangrenta, que os angolanos estão felizes com a super-riqueza de seus demais filhos e filhas dentre outros seus familiares diretos e de seus mais fies cavaleiros apocalípticos feitos generais? Por acaso JES não têm consciência que, a maioria está exposta a um vexatório empobrecimento endêmico degradante?
Em Angola é assim, temos um presidente que ninguém conhece quem é nem sabemos de onde veio nem como chegou à presidência e de lá nunca mais saiu já faz trinta e quatro anos ininterruptos. José Eduardo dos Santos não é nem nunca foi uma pessoa consensual na vida politica no antes e depois da independência. JES não passava de um ilustre desconhecido para a totalidade do nosso povo e continua a sê-lo, desde que emergiu acidentalmente na alta politica neocolonial até ser catapultado para a presidência da republica, a maioria dos angolanos não o conhecíamos e não conhecemos o seu verdadeiro caráter até hoje.
JES NÃO CHEGOU AO PODER POR MÉRITO PRÓPRIO! A VIDA DOS ANGOLANOS NÃO PODE CONTINUAR RETIDA NAS MÃOS DOS TITULARES DE CARGOS POLÍTICOS DA NOMENCLATURA!
É verdade sim que JES é um estranho para a maioria do povo essa é a situação que leva JES a agredir um povo que para ele é igualmente estranho! JES não conhece a profundidade da nossa autoctonia aborígine e nós não conhecemos a sua origem! É preciso levar em conta o seguinte fenômeno da realidade do nosso país.
 JES não chegou ao poder em Angola movido por sentimentos de exuberante altruísmo, nem tão pouco chegou ao poder por uma sucessão de eventos históricos de um enaltecedor heroísmo no combate abrangente na luta de libertação do povo, que, aliás, continua aprisionado e empobrecido ao extremo. É preciso que se diga e rediga que o sinistro presidente da ditadura JES, chegou ao poder por uma sucessão gravíssima de acasos da nossa historia politica contemporânea!
Ao ler atentamente o artigo escrito por um dos maiores dentre os maiores jornalistas angolanos, o meu conhecido Reginaldo Silva, que decertou sobre a estranha celebração da santa paz angolana após 12 anos, onde retrata o esgotadíssimo discurso aberrante e aterrador assim como arrogante do regime, que insistentemente apresenta a doze anos consecutivos o presidente dos Santos como arquiteto da paz. Isso por si só apresenta já uma grande lacuna na administração do aparatoso aparelho envelhecido do regime em dar à volta a situação e caminhar na direção certa rumo à modernidade e desenvoltura econômica.
Nota-se a grande dificuldade do regime sair do encurralado em que se colocou voluntariamente. É verdade sim que o regime e o partido que o sustenta pretende passar a ideia que só a UNITA esteve envolvida na guerra, e isso não é bem assim, pois ninguém faz uma guerra durante vinte e cinco (25) anos sozinhos.
É uma tremenda idiotice tentar tirar dividendos de uma ação negativa que marcou a todos terrivelmente. Não é a UNITA que deseja e quer a guerra, a guerra quem a quer é quem esta no poder, para o regime de Kopelipa e JES tudo vale para que continuem ambos no poder, pois não é a cabeça de nenhum de nós que será pedida num futuro muito próximo e nem será a de nossos filhos quando culminar o falhanço total do regime previsível e visível acontecer á curto prazo.
OS LARÁPIOS DA RIQUEZA DOS ANGOLANOS NÃO ESTA ENTRE O POVO QUE VIVE NA ANGOLA PROFUNDA.
 Não somos nós o povo quem dilapida todo erário público, que maltrata e subjuga a maioria do povo donos da terra angolana! Não somos nós que tememos o povo que amamos e damos voz as suas reivindicações abortadas pelos donos da ditadura.
Igualmente não somos nós os angolanos que engrossamos a fileira dos excluídos quem fez de seus filhos e filhas super-ricos e bilionários, muito menos somos nós filhos do povo da angola profunda, que nomeamos nossos filhos como gerentes e presidentes de fundos financeiros formatados com o vigoroso comprometimento de engordar rapidamente as contas bancários dos ciosos governantes com dinheiros públicos.
ACASO SOMOS NÓS POVO OS MAUS DA FITA?
Não somos nós povo de segunda quem buscou mercenários internacionais para surripiar a nossa alegria de sermos povo. Nem fomos nós cidadão de segunda com direitos restringidos a zero, quem distribuiu cidadania a bandidos traficantes de armas, como o conhecidíssimo caso sobejamente conhecido do criminoso Pierre Falcone, transforma do dia para noite em herói nacional, merecendo até, da parte do dono da quitanda o direito de ser constituído embaixador extraordinário e plenipotenciário da republica de Angola junto da UNICEF em Paris. Definitivamente que fique bem claro, não somos nós os maus da fita! Igualmente não somos os responsáveis das politicas publicas de exclusão generalizada da sociedade.
TEMOS DE PÔR COBRO A REPÚBLICA DINÁSTICA DO FARSANTE DITADOR ABSOLUTISTA
É bom que se saiba, não somos nós que não queremos a partilha do poder nem somos nós angolanos mantidos de parte que obstruímos a verdade politica com inúmeros disfarces repugnantes. Os angolanos desejam intimamente a paz e segurança social que não possuímos no longo reinado do titubeante ditador, desejamos sim, que sejam realizadas eleições viáveis, versadas na liberdade de escolha dos partidos e candidatos onde qualquer cidadão idôneo possa livremente candidatar-se ao cargo de presidente da república sem questiúnculas nem impedimentos de espécie alguma. Não somos nós que fraudamos as eleições por três vezes seguidas, nem somos nós que não quem não deseja a realização de eleições autárquicas e também não somos nós que fugimos delas como o diabo foge da cruz! Situações desse tipo não acontecem de maneira alguma em países onde as democracias são aceites por serem conduzidas com isenção e total imparcialidade pelas autoridades competentes.
NEM EM AFRICA CONSEGUIMOS ENCONTRAR DIRIGENTES CORDEIRINHOS DOMESTICADOS IDÊNTICOS AOS QUE O MPLA/KOPELIPA-JES POSSUI.
 Nem mesmo na nossa conturbada África, esse tipo de atrocidades antissociais acontecem com tanta normalidade. Só mesmo na nossa Angola travestida de democrata, é que acontecem coisas como estas! Fica claro que, o impiedoso ditador criminoso é absoluto comediante farsante, pois conseguiu transformar os seus colaboradores em cordeirinhos de estimação domesticados, os meliantes que se dobram religiosamente aos pés do ditador sequer podem ousar referenciar a palavra sucessão no interior do partido!  O situacionismo, o medo e o servilismo tomaram conta das falanges do comité central, hoje falar na substituição da emérita ave de rapina do comando da corrupção generalizada, é no mínimo considerada uma grave blasfêmia! Na verdade, o ditador arrogante transformou o nosso país, numa república dinástica da mãe Joana e do pai banana.
Raul Diniz


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