Autoridades de Malanje expulsam imigrantes em situação ilegal
Foram expulsos 395 cidadãos estrangeiros, dos quais 215 da República Democrática do Congo.
- Fonte: Voanews/Isaías Soares
- Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
- 25.06.2014
Onda imigrantes ilegais em Malanje - 2:15
O director provincial daquele órgão do Ministério do Interior Henriques Ipaca disse numa mesa redonda organizada pela Delegação do Ministério do Interior que entre 10 e 15 cidadãos estrangeiros ilegais são detidos semanalmente no território daquela província.
“Só neste período que vai de Junho do ano passado até a presente data nós conseguimos expulsar da província 395 cidadãos estrangeiros, com destaque para cidadãos da República Democrática do Congo(RDC) com 215, tanto outros oeste-africanos, guineenses, ivoirienses, malianos, chineses, etc.”, confirmou.
A província de Malanje, com uma fronteira fluvial de 147 quilómetros com a RDC é utilizada como corredor pelos imigrantes ilegais para chegarem à capital angolana e provinciais limítrofes.
O director dos Serviços Penitenciários, subcomissário Chinhama Samuel Jamba, precisou que actualmente estão nas unidades prisionais três cidadãos da RDC condenados e 20 recolhidos pelos SME que aguardam pelo repatriamento.
A presença dos mesmos acarreta despesas para aquele órgão do Ministério do Interior que assinalou esta semana 35 anos de existência.
A presença de estrangeiros ilegais em Angola está substancialmente a alterar os hábitos, usos e costumes dos cidadãos nacionais, referiu o Monsenhor Inácio Gonçalves.
“Fere a nossa personalidade cultural e é necessário que se tomem medidas neste sentido, guardados e respeitados os direitos humanos para se pôr cobro a esta avalanche”, referiu, acrescentando “com essas mentalidades que não são nossas criar-se-ão muitas contradições, muitas lutas, muitos desentendimentos e a família angolana sofrerá muito”.
De acordo com aquele religioso, "os ilegais entram no país a coberto de igrejas, mas na realidade o mercantilismo domina a sua presença, para além de interesses obscuros como os registados na Nigéria, onde seitas religiosas tornam-se em grupos de guerrilheiros armados contra os cristãos".
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