Ex- Ministro do Interior apresenta-se em tribunal
Lisboa - O antigo ministro do interior, Sebastião José António Martins foi ouvido como declarante nesta Segunda-feira (22), no Tribunal Provincial de Luanda sobre as desaparecimento de Isaías Cassule e Alves Kamulingue, os dois activistas assassinados em Maio de 2012, pelas autoridades angolanas, por tentarem realizar uma manifestação de antigos combatentes.
Fonte: Club-k.net
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
24/12/2014
Martins que a altura dos factos acumulava com o cargo de Chefe do Serviço de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE) centrou a sua versão separando as responsabilidades das duas instituições que estavam sob sua dependência. De acordo com as suas explicações tanto o SINSE como a Policia Nacional, nenhuma subordina-se a outra deixando claro que a primeira não manda na segunda. Exemplificou que muita das vezes, na qualidade de Ministro do Interior tinha de escrever para só próprio como chefe do SINSE.
O ex-ministro clarificou ainda que é impossível, um civil (no caso de um agente do SINSE) dar ordens a um policial.
A data em que os dois activistas foram assassinados, o ex- ministro do interior encontrava-se fora do país por questões de saúde tendo sido informado mais tarde sobre a situação.
Na primeira fase da instrução preparatória do processo, as autoridades teria sem sucesso aliciado aos réus, em troca de liberdade, para que fizessem declarações acusando Sebastiao Martins como mandante do crime. O ex- delegado do SINSE de Luanda, António Vieira Lopes seria o primeiro a negar a proposta. Porém, caso aceitasse retirariam o seu nome do processo como reu tal como se fez com o comissário Dias do Nascimento e o director da DPIC, Amaro Neto que apenas respondem como declarantes.
A operação que levou ao rapto e a morte de Cassule e Kamulingue esteve sob alçada de um comando unificado entre SINSE e Policias. Os primeiros coube identificar Alves Kamulingue enquanto que a policia dedicou-se com a parte final.
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