quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

LUANDA: Desabafo de Alguém farto do MPLA no Poder, Mas também não Confia na UNITA para Governar Angola

Desabafo de alguém farto de ver o MPLA no poder , mas também não confia na UNITA para governar Angola
Fonte: angola-connection.net/Sónia Robalo
6 Fevereiro 2016
      
Li por aqui, o desabafo de alguém, que dizia que estava farto do MPLA no poder mas que também não confiava na UNITA para governar Angola.

Compreendo de verdade este estado de espírito, este desânimo.
Este é o estado a que chegámos. E depois existe o caminho que todos fizemos para chegar até aqui.
Numa primeira abordagem parece que é a mesma coisa. Mas não é bem assim

Há uma questão recorrente, que não altera o estado em que estamos, mas é imperativo que entendamos e esclarecêramos o silencioso trajecto que fizemos até chegarmos a este ponto.

Chegámos a uma bifurcação do nosso futuro próximo. Temos dois caminhos. Ou temos a coragem de mudar, ou continuamos como estamos...correndo grandes riscos de piorarmos

Esta decisão é de inteira e exclusiva responsabilidade de cada um de nós...de forma individual antes de ser colectiva.

A expiação das faltas e as dores do passado não são o suficiente para nos aliviar das dores presentes. A relevância de tal exercício é dúbio e questionável, tendo em conta que estamos como estamos.
Há sempre a tendência de sobrevalorizar o passado quando o presente tem pouco ou nada para oferecer e o futuro se assume sisudo no horizonte.

Consigo entender que seja feito um exercício de passa culpas, mas questiono-me o seguinte?
- De quem é a responsabilidade do que se está a passar neste momento em Angola?

Falo nos dias de hoje. O que se está a passar hoje. Sim, porque o que aconteceu lá atrás não pode ser responsável eternamente pela incompetência no presente.

Quando leio algo como "Hoje estamos melhor do que no tempo da guerra..." fico realmente preocupada com o futuro.

Não acho que se deva estar constantemente a falar do passado, porque temos que viver no presente. Muito do argumentário construído em torno de Angola tem por base uma visão direccionada para o pretérito em busca de responsáveis pelo presente

Angola precisa de um olhar no agora para que os problemas no futuro sejam minimizados. Precisa de utilizar esse tão sobrevalorizado pretérito para retirar as lições daquilo que não se poderá repetir. Isto sim, será fazer bom uso do passado.

Apesar de todos estarmos conscientes de todas as dificuldades e das ameaçadoras "muralhas" que cercam o nosso país, apesar de tudo, vive-se a esperança. Uma esperança que só a mudança poderá nos proporcionar.
Podemos não ter a certeza de algo...mas entre a dúvida e a certeza devemos escolher o que?
A dúvida pode-nos surpreender.

Mais do que carpir mágoas, o tempo é de se tratar do presente e alavancar o futuro. Chegou a hora que o presente e o futuro assumam os devidos lugares nas nossas prioridades. Vamos viver para sempre no passado, ou vamos ter coragem de resolvermos o presente para acreditarmos no futuro?

Quando a repetição excessiva de algo, insiste no mesmo tipo de abordagem e essa mesma abordagem é dilacerante para a maioria, a MUDANÇA, é o único caminho a seguir... mesmo que se tenham dúvidas. É que podemos não saber o que queremos, mas temos a obrigação de ter a certeza do que não queremos.

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