CORAGEM
TODOS FINGEM TER... INCLUSIVE EU
Noves fora o pleonasmo, todos
fingimos corajosamente ser corajosos.
Enquanto
José Eduardo dos Santos finge que sai ficando, João Lourenço por sua vez finge
que é de facto candidato do MPLA para chegar ao merecido pólio presidencial! Ah
e o Bornito, é verdade, o honestamente correto Bornito de Sousa Diogo, que
caramba de situação a do Bornito.
Fonte: Planalto de Malanje Rio capopa/Por Raul Diniz
18/02/2017
O candidato
a vice-presidente, que JES impôs-nos numa eventual presidência, que não é a
dele, é por demais caricata... para não lhe chamar por outros apelidos a
contento.
Todo
militante minimamente desperto sabe que Bornito de Sousa Diogo, representa um
veemente perigo para o processo eleitoral em curso que, de acidente em acidente,
circula em torno de um alarmante círculo vicioso.
Bornito não
é um militante que goza de simpatias efervescentes nem dentro e muito menos
fora do MPLA. De facto ele provoca uma imparável desagregação da militância,
além de provocar desconfortos e uma enorme movimentação de desconfiança
generalizada ao pleito em causa.
Que cidadão
honesto em sua sã consciência acreditaria num resultado eleitoral, quando se
tem a cabeça do registo eleitoral o ministro, que é igualmente o candidato a
vice-presidente da república pelo partido que sustenta o regime, e, que, em
simultâneo realiza as eleições?
Qual é a do
Bornito de Sousa Diogo afinal? Quer por acaso passar um atestado de burrice a
todos angolanos? Todos sabemos como funciona a mente mafiosa de JES, o tutor de
Bornito de Sousa.
O que está a
acontecer não passa de uma simples repetição daquilo que aconteceu em 2012, com
a nomeação de Edeltrudes Costa, no cargo de ministro de estado chefe da casa
civil do PR. Esse miserável santomense, não passa de um capacho ao serviço da
casa de segurança da PR.
Edeltrudes
Costa é de facto um reles fraudador de eleições, ele nunca teria sido nomeado
para o cargo por competência, pois tinha acabado de formar-se no brasil e
nenhuma prova de competência havia dado ao país nem ao MPLA. Esse energúmeno
foi no passado, nomeado por gratidão dos serviços prestados na efetivação da
fraude eleitoral de 2012.
O afortunado
dessa vez é o Bornito de Sousa, recompensado com a imerecida vice-presidência
da república, pela sua direta participação na elaboração e monitoração da
fraude eleitoral.
Na política angolana há um pouco de tudo.
Temos um presidente da república que mais se parece com um chico esperto
qualquer fingindo que é honesto.
JES até
afirma ser o desejado do MPLA para adoração “in Corpus Santi”, imitação da
adoração que se observa por Cristo Jesus. Porém ele é peremptoriamente um
mentiroso deslavado, e que, apenas está comprometido com a fraude eleitoral em
curso.
Por outro
lado, assistimos um governo fingir que governa, e uma oposição descomprometida,
que finge ser oposição, mas nunca se opõem a nada. A oposição angolana é
deveras estranha, por estar irremediavelmente comprometida com a ditadura.
Afinal somos bons fingidores. Fingimos que
somos enganados pelo ditador... quando na verdade somos medrosos ao extremo. Ou
não é verdade, que somos apenas meros espectadores desesperados, de um facto
consumado?
É
intrigante, mas, parecemos todos uns desalmados servos do feudo, ciosos em
obter rapidamente lucros financeiros inundados de sangue inocente, derramado
por desprotegidas crianças, jovens e velhos pobres e negros, assassinados pela
arma portentosa da corrupção.
Fingimos até
que o Bento Kangamba é um herói por jogar batota nos casinos do Principado do
Mônaco! Ora vejam só isso camaradas. O nosso Bento Kangamba decidiu demonstrar
o seu receio de ser em breve órfão.
Perdido e
aflitíssimo com a saída do ditador, Kangamba afirmou de boca cheia, se o povo
algum dia pedir contas ao ditador pelos seus excessos cometidos no seu
conturbado reinado de 38 longos anos, esse gesto seria traduzido como uma
tremenda ingratidão da parte deles.
Para aqueles
que temem a mudança de políticas no país, pedir contas ao ditador facínora é ultrajante.
Seria algum desconfortável constrangimento pedir contas dos roubos executados
por JES e família? Os adeptos da roubalheira consideram que sim e não só, seria
igualmente uma blasfêmia, e, das grandes. Pôde isso?
Aceitamos como
estandarte o cognome de bajuladores, e por consequência adulteramos a explicita
verdade. Fingimos acerca do estado real da opressão reinante. Vandalizamos o
princípio altruístico de governar. Para os infelizes do MPLA ser membro do
governo significa obtenção de riqueza rápida e fácil, governar a muito deixou
de ser serviço voluntarioso.
Sabemos que
o regime não é impoluto, porém, fingimos que somos governados com total
transparência, digno de total confiança.
Como corajosos fingidores de meia-tigela que
somos, fingimos que vivemos no país das maravilhas, onde a opressão,
perseguição, a tortura, assassinatos, nepotismo e a corrupção não fazem morada.
Apesar de paradoxal fingimos que a repressão que existe é dolorosamente
inexpressiva.
Temos
absoluta certeza que o presidente da república, é um capcioso delinquente
ladrão, despótico e corrupto.
No entanto
aparentamos calma, e, fingimos que somos governados competentemente por um
arauto defensor dos direitos civis e da cidadania bem-intencionado. E ainda
aplaudimos todos os seus distorcidos discursos.
Sabemos que
José Eduardo dos Santos é um velho despótico, astuto malfeitor, e, um infeliz,
bem pior que o seu sobrinho Bento Kangamba dos Santos. Mas tratamo-lo como se
fosse um Confúcio amado em Angola
JES não se
coíbe em utilizar-se de maliciosas práticas de sedição, só para obter o poder
pelo poder. Mas nós fingimos reconhecer nele o papel de arquiteto da paz, num
país que vive sem paz há 41 anos.
Ventilam-se
em amiúde falsas expectativas desenvolvimentistas para o país, sem que a
veracidade dos factos sejam constatáveis.
Só que,
enquanto fingimos, os filhos da Angola profunda, forjados na luta pela
independência, são expostos compulsivamente à toda espécie extorsão e
vandalizados ao extremo. Vivenciamos todo tipo de tortuosas ciladas
ultrajantes, dignas de realizações petrificantes nos filmes de gangsteres hollywoodianos.
Mesmo sem merecer, eles são expostos a todo tipos de sevícias.
Temos até
líderes opositores que se dizem competentes e leais ao povo, mas, o povo
desconfia, e não os reconhece como tal. Na verdade, as lideranças opositoras,
se assim podemos chama-las, nunca deram provas de qualquer comprometimento
relevante na luta pela alternância do poder em Angola.
Não existe
nenhuma oposição em Angola, que se oponha fortemente contra a governação
despótica que estamos com ela, há mais de 41 anos. Somos especialistas em
vender mentiras transformadas em verdades ao mundo exterior, e tudo com o
excelso aval das oposições.
Damos o dito
pelo não dito sem quaisquer constrangimentos, e ainda temos inspiração para
endossar inverdades lastimáveis ao mundo civilizado, e afirmamos mentirosamente
que Angola, é o país das maravilhas.
Enfáticos
fingimos que o país é governado com lisura moral, e existe uma condizente transparência
normal idêntica a dos país civilizados, debalde.
Fingimos que a corrupção é um mal menor facilmente
ultrapassável, mas, não é. Fingimos que bajulação faz parte metiê governativo. Que
descaramento. Fingimos que esses itens estão convencionalmente
institucionalizados como prerrogativa viável de governação aceitável. Assim
também não.
Fingimos
viver radiantes de alegrias diante do mundo exterior, que admirados, e, de boca
aberta, entoam louvores empíricos, por constatarem de perto, o milagre da
recessão não ter constrangido os angolanos, e muito menos a oposição
domesticada.
Vivemos
abraçadinhos com a miséria e caminhamos lado a lado com a fome, e convivemos fidelizados
com a santa morte de todos os dias. Porém, fingimos que somos imunes a todo
tipo de enfermidades, e apesar de infelizes masoquistas que somos, cantarolamos
canções de uma estrondosa alegria, qual arco-íris, qual colorido mundo gay.
Aladroamos
aos setentrionais ventos enfadonhos com cantigas alegres falsas, para em
soslaio choramos pelo vergonhoso o estado de miséria que vivemos. Somos
exageradamente dóceis, mesmo estando diante de uma realidade obsoleta, difusa e
deliberadamente deprimente.
Porque razão não sei, mas fingimos viver
uniformemente seguros num país em nada seguro, onde as liberdades de ir e vir e
de expressão são uma respeitável miragem. Fingimos que vivemos num país onde os
direitos humanos são deliberadamente respeitados, debalde.
Fingimos
também que Angola está entre as nações com destino marcado rumo ao progresso
junto das nações livres e democráticas. Mentira. Fingimos ser governados
competentemente por um arauto defensor dos direitos civis e de cidadania! Puro
engodo enganoso.
Sabemos que
JES usurpou por largos anos a presidência da república, subverteu o poder judicial,
reverteu a independência da assembleia nacional em proveito próprio.
A olhos nus
reconhecemos a necessidade de se alterar urgentemente as cores da bandeira e a
letra do hino nacional, que aliás, de nacional só têm mesmo o nome. Mas
fingimos que está tudo como combinamos que seria!
Apesar de
argumentos insustentáveis, algumas pessoas por medo, e outras por adoração ao
líder da gatunagem, fingem não ser oportuno alterar as insígnias ditas
nacionais, por representarem os motivos que levaram a fundar a república do
MPLA.
A verdade é
que JES não passa de um homem horripilante e maldito. JES é parte do subproduto
ordinário, originário do fundamentalismo decrépito, que servem como pedra
angular, que sustentam os regimes ditatoriais em avançado estado de
decomposição.
Jose Eduardo não é deus nenhum, nem aqui nem
em parte alguma do planeta terra.
Ele é
somente um verdugo envelhecido, que soube aproveitar-se sorrateiramente da
ingenuidade do povo que um dia acreditou fervorosamente nele, e no MPLA, como
seus libertadores, uma vez mais, debalde.
Os angolanos
não podem continuar a fingir que o regime de JES tem um governo dialogante, e
defensor de direitos de ir e vir e de expressão. Não há em Angola nenhum regime
saudável e/ou equilibrado.
O sistema de regime angolano faliu, descambou
de podridão. Mas que palhaçada a nossa hein... sempre a fingir que somos
corajosos.
Ainda assim, caso João Lourenço estenda a mão,
e venha dizer para o que vem, com toda certeza o apoiarei.
Sem nenhum
constrangimento, vou apoia-lo buscando apoio consensuais, onde os cidadãos desavindos
com o MPLA de JES se encontrem. Falarei com os mais velhos e os jovens
descontentes sem exceção, pois apesar dos pesares, nós somos muito mais unidos
que os do MPLA de JES.
Desta vez
prometo não fingir que engulo sapos, pelo simples facto de nunca os ter engolido.
Nada de fingimentos, porém estarei a léguas da vergonhosa fraude eleitoral já
em marcha.
Isso significa
que estrei muito distante do intriguista, bajulador, e golpista fraudador da
verdade, o malanjino Bornito de Sousa Diogo.
Vamos correr o país e o exterior a nossa
custa, pois somos muitos, vamos explicar o momento novo, e a oportunidade de
mudar de vida que se nos apresenta. Será um prazer pedir nas ruas o voto para o
meu antigo camarada de armas João Lourenço, sem passar pelo MPLA enquanto este continuar
como propriedade da família Dos Santos.