Lisboa - A Procuradoria da República, dirigida actualmente pelo general Pita-Gros (na foto) e o Serviço de Investigação Criminal (SIC) ainda não reagiram às acusações/denúncias segundo as quais teriam facilitado a discreta  fuga do suposto empresário Jorge Gaudens Pontes Sebastião que se vazou-se  na sexta-feira (26), para Portugal, depois de ter estado sob custodia das autoridades.
Fonte: Club-k.net
Para não prejudicar o filho do ex-Presidente  
Pontes Sebastião, é acusado de ter participado numa burla ao Estado angolano de 500 milhões de dólares junto com o seu amigo José Filomeno dos Santos. A operação aconteceu nos últimos dias do consulado de José Eduardo dos Santos (JES) que por sua vez orientou ao então governador do BNA Walter Filipe que autorizasse a transferência. Os fundos foram transferidos para um conta da empresa de Jorge Pontes, a "Mais Financial Services" domiciliada no Crédit Suisse de Londres.

Ao transferirem a comissão para a conta privada de um outro sócio, de Zenú, o cidadão suíço-angolano Jean-Claude Bastos de Morais, a Brigada Internacional Antifraude da Inglaterra confiscou os fundos depois de terem detetato irregularidades e reportaram o assunto as autoridades angolanas, já sob comandando de um novo Presidente, João Manuel Gonçalves Lourenço.

A iniciativa das autoridades judiciais angolanas em pactuarem com a saída do país, de Jorge Pontes é interpretada como uma solução para não afectar José Filomeno dos Santos “Zenú”, filho do ex-Presidente da República. Alega-se que o avanço deste processo implicaria também o arrastar e a consequente detenção de Zenú dos Santos, o mentor da burla dos 500 milhões de dólares.

Em Luanda, fontes do Club-K acreditam que este processo morre por aqui,  uma vez que ouve interferências  por parte do líder do MPLA, José Eduardo dos Santos, que ao aperceber-se da intenção de também prenderem o ex-governador do BNA, Walter Filipe, retorquiu de forma irónica mais ou menos assim “Se prenderem Walter Filipe, terão de prender também o meu filho”. JES terá tomado esta condicionante uma vez que esta ciente que a PGR, do general Pita Gros nunca iria prender o seu filho, Zenú dos Santos.