Guiné-Bissau: Nhamadjo sabia do tráfico de drogas
Suspeitos disseram a agentes americanos infiltrados que intercederiam junto do presidente para facilitar o plano de tráfico de cocaína.
O presidente de transição da Guiné-Bissau, Manuel Serifo Nhamadjo, poderá ter cooperado com os autores de um plano de tráfico de drogas e de armas envolvendo o grupo rebelde colombiano FARC.
De acordo com o auto de acusação do ex-chefe da armada guineense, Bubo Na Tchuto, que vai ser julgado em Nova Iorque acusado de envolvimento numa rede de tráfico de drogas, um dos elementos do grupo, descrito apenas como um oficial de alta patente do exército guineense, disse em Julho passado a um agente americano infiltrado na rede que falaria com o presidente de transição para facilitar a execução do plano.
O grupo pretendia transportar 4 mil quilos de cocaína colombiana para a Guiné-Bissau escondidos num carregamento de uniformes militares. Posteriormente seria enviado para a Colômbia um carregamento de armas incluindo mísseis terra-ar que seriam utilizados pelos rebeldes colombianos das FARC contra as forças americanas de luta contra a droga que se encontram naquele país sul-americano.
Dois outros suspeitos disseram a agentes americanos infiltrados, em Setembro passado, que intercederiam junto do presidente Nhamadjo e do primeiro-ministro de transição, Rui de Barros, de modo a facilitar a execução do plano.
As mesmas fontes disseram ainda que, em troca, altas entidades do governo guineense receberiam 13% da cocaína proveniente da Colômbia.
Um porta-voz de Nhamadjo desmentiu entretanto categoricamente aquelas alegações. O presidente de transição guineense encontra-se na Alemanha para tratamento médico mas deverá regressar ainda esta semana ao seu país.
Nhamadjo foi nomeado presidente do governo de transição da Guiné-Bissau em Maio passado depois de um acordo entre os líderes da África Ocidental e os militares guineenses que tinham tomado o poder no início do ano passado.
Tanto a União Europeia como a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP, recusaram-se a reconhecer a sua administração afirmando que Nhamadjo está a ser controlado pelos militares ligados ao narcotráfico.
A detenção de Bubo Na Tchuto na semana passada, por elementos da agência americana de luta antidroga, DEA, e a consequente revelação esta semana do auto de acusação estão assim a clarificar o suposto envolvimento de várias altas entidades guineenses no tráfico internacional de cocaína da Colômbia.
Na Tchuto e dois outros suspeitos, Papis Djeme e Tchamy Yalá, foram indiciados por um tribunal de Nova Iorque pelos crimes de conspiração para violar as leis antinarcóticos dos Estados Unidos e pela distribuição de substâncias ilegais em território americano.
Outros dois cidadãos africanos, Mamuel Mamadi Mane e Saliu Cisssé, para além de envolvimento no narcotráfico foram também acusados de fornecimento de mísseis terra-ar ao grupo rebelde colombiano FARC e comparecem hoje no tribunal distrital do sul e Nova Iorque.
Na Tchuto , Dejeme e Yalá comparecerão de novo a tribunal no dia 15 de Abril.
Entre outros suspeitos no caso de narcotráfico encontram-se dois cidadãos colombianos, Rafael António Gravito-Garcia e Gustavo Perez-Garcia que foram detidos pela Interpol na Colômbia.
De acordo com o auto de acusação do ex-chefe da armada guineense, Bubo Na Tchuto, que vai ser julgado em Nova Iorque acusado de envolvimento numa rede de tráfico de drogas, um dos elementos do grupo, descrito apenas como um oficial de alta patente do exército guineense, disse em Julho passado a um agente americano infiltrado na rede que falaria com o presidente de transição para facilitar a execução do plano.
O grupo pretendia transportar 4 mil quilos de cocaína colombiana para a Guiné-Bissau escondidos num carregamento de uniformes militares. Posteriormente seria enviado para a Colômbia um carregamento de armas incluindo mísseis terra-ar que seriam utilizados pelos rebeldes colombianos das FARC contra as forças americanas de luta contra a droga que se encontram naquele país sul-americano.
Dois outros suspeitos disseram a agentes americanos infiltrados, em Setembro passado, que intercederiam junto do presidente Nhamadjo e do primeiro-ministro de transição, Rui de Barros, de modo a facilitar a execução do plano.
As mesmas fontes disseram ainda que, em troca, altas entidades do governo guineense receberiam 13% da cocaína proveniente da Colômbia.
Um porta-voz de Nhamadjo desmentiu entretanto categoricamente aquelas alegações. O presidente de transição guineense encontra-se na Alemanha para tratamento médico mas deverá regressar ainda esta semana ao seu país.
Nhamadjo foi nomeado presidente do governo de transição da Guiné-Bissau em Maio passado depois de um acordo entre os líderes da África Ocidental e os militares guineenses que tinham tomado o poder no início do ano passado.
Tanto a União Europeia como a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP, recusaram-se a reconhecer a sua administração afirmando que Nhamadjo está a ser controlado pelos militares ligados ao narcotráfico.
A detenção de Bubo Na Tchuto na semana passada, por elementos da agência americana de luta antidroga, DEA, e a consequente revelação esta semana do auto de acusação estão assim a clarificar o suposto envolvimento de várias altas entidades guineenses no tráfico internacional de cocaína da Colômbia.
Na Tchuto e dois outros suspeitos, Papis Djeme e Tchamy Yalá, foram indiciados por um tribunal de Nova Iorque pelos crimes de conspiração para violar as leis antinarcóticos dos Estados Unidos e pela distribuição de substâncias ilegais em território americano.
Outros dois cidadãos africanos, Mamuel Mamadi Mane e Saliu Cisssé, para além de envolvimento no narcotráfico foram também acusados de fornecimento de mísseis terra-ar ao grupo rebelde colombiano FARC e comparecem hoje no tribunal distrital do sul e Nova Iorque.
Na Tchuto , Dejeme e Yalá comparecerão de novo a tribunal no dia 15 de Abril.
Entre outros suspeitos no caso de narcotráfico encontram-se dois cidadãos colombianos, Rafael António Gravito-Garcia e Gustavo Perez-Garcia que foram detidos pela Interpol na Colômbia.