A chanceler alemã, Angela Merkel, foi escolhida pela revista Forbes para encabeçar a lista de mulheres mais poderosas do mundo – pela oitava vez nos últimos dez anos. Merkel conseguiu ainda o segundo lugar, atrás do Presidente norte-americano, Barack Obama, na lista das pessoas mais poderosas do ano passado da mesma revista.
Numa lista com políticas no activo e afastadas, dirigentes de instituições ou organizações não governamentais, o destaque vai para a chanceler alemã.
Merkel, que tem uma popularidade interna invejável para uma chefe de Governo que tenta o seu terceiro mandato nas eleições de 22 de Setembro, é, no entanto, cada vez mais desafiada pelas suas políticas de austeridade, tanto pelos países do Sul como pelo seu aliado francês, e a Forbes refere o facto no curto texto sobre a chanceler alemã. Mas considera que “a mulher mais poderosa do mundo é a espinha dorsal da União Europeia e tem o destino do euro nos seus ombros”.
Segue-se a Presidente brasileira, Dilma Rousseff, que está “a meio do seu primeiro mandato na sétima maior economia do mundo”, que tem na desaceleração do crescimento um dos seus maiores desafios. “O seu foco no empreendedorismo inspirou uma nova geração de start-ups, no entanto muitos criticam a sua líder por favorecer uma política mais pró-desenvolvimento em detrimento de preocupações mais humanitárias”, diz a revista.
E a terceira mulher mais influente é Melinda Gates, da fundação Bill e Melinda Gates, que gastou 3,4 mil milhões de dólares (mais de 2,6 mil milhões de euros) no ano passado, a grande maioria para programas de saúde global.
A lista tem um total de oito mulheres chefes de Estado, para além de Merkel e Rousseff, e políticas como Sonia Ghandi ou antigas dirigentes como Hillary Clinton, e presidentes executivas de 24 empresas, como Indira Nooyi, da Pepsi, ou a directora executiva do Facebook, Sheryl Sandberg. Também a primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, está no top 10 em quarto lugar, e a directora do FMI, Christine Lagarde, está em sétimo.
O ranking é dominado pelos EUA, mas há ainda mulheres de 25 outros países entre as cem mais poderosas.