quarta-feira, 24 de julho de 2013

LUANDA: Isaías Samakuva alude a juventude a lutar contra a pobreza e a corrupção

ISAÍAS SAMAKUVA APELA OS JOVENS A LUTAR CONTRA POBREZA E A CORRUPÇÃO E EXCLUSÃO

O Presidente da UNITA, Isaías Samakuva reconheceu sábado passado que a continuidade do Partido e do país reside na juventude.

Falando durante o acto de massas em celebração do 39º aniversário da fundação da Juventude Unida Revolucionária de Angola – JURA, Isaías Samakuva destacou o papel importante desempenhado pela juventude nas diferentes fases da história do nosso país.

“É a juventude que lutou pela independência de Angola, é a juventude que lutou pela democratização do nosso país, é a juventude que tem lutado para a defesa e protecção das conquistas já alcançadas”, sublinhou, acrescentando que celebrar o dia da JURA é, além de honrar a memória dos heróis que tombaram pela liberdade, reflectir sobre o presente e o futuro do nosso país.

Analisando o percurso dos últimos 37 anos de independência, o líder da UNITA fez questão de sublinhar que o nosso país não se livrou do sofrimento, tendo destacado os problemas sociais que afectam em particular a juventude, nomeadamente a problemática do abastecimento de água, educação e saúde.

Quanto ao abastecimento de água potável, criticou a ineficácia do programa do governo angolano “água para todos”, que se resume em alguns chafarizes que depois de construídos em algumas zonas, funcionaram alguns dias e paralisaram, sem nunca terem sido recuperados.

“As nossas irmãs, as nossas filhas ainda têm de ir com baldes e bidons ao rio procurar carretar água”, enfatizou.

Relativamente a educação, o presidente da UNITA admitiu que algum esforço esteja a ser desenvolvimento na construção de escolas, mas as mesmas não oferecem a qualidade de ensino desejada para a formação da juventude.

“Escolas que sejam paredes para a televisão filmar e dizer que está aqui uma escola não é isso que queremos”, avançou.

O dirigente da maior força política da oposição em Angola defendeu bom salário e condições de trabalho para os professores para que possam desempenhar convenientemente o seu papel fundamental de formar a consciência da nação.

Sobre saúde, Isaías Samakuva defendeu hospitais que tenham todas as condições necessárias para a assistência médica medicamentosa às populações.

O Presidente Samakuva questionou o patriotismo dos membros do MPLA que integram o actual governo, acusando-os de conivência devido ao seu silêncio perante as injustiças que se cometem no país. De acordo com o mais alto dirigente da UNITA apesar de o país dispor de dinheiro que chega para dar felicidade aos angolanos, só um pequeno grupo de pessoas estão a subir na vida com os recursos que pertencem a todos os angolanos.

“O país tem dinheiro suficiente para construir habitação para todos, com água e energia elétrica. Há dinheiro suficiente para que cada aldeia, bairro tenha um hospital para tratar o povo, mas esse dinheiro está a servir para os jogos de risco na Europa quando aqui no país angolanos morrem de fome”, revelou Isaías Samakuva.

No dia da Juventude da UNITA, Isaías Samakuva acusou o regime angolano de ser responsável pelo que chamou de cancro da corrupção no país, para “manter as pessoas subordinadas e indigentes.

“Andam aí com envelopes (dinheiro) no seio da juventude a querer comprar consciências, para que a juventude não pense no país”.

No dia da comemoração da JURA, o líder da UNITA voltou a falar de Kamulingui e Kassule, jovens que no exercício do direito plasmado na Constituição foram raptados e desapareceram há mais de um ano. A esse respeito, Isaías Samakuva criticou as autoridades angolanas por não passarem de simples promessas de investigar o caso do seu rapto e consequente desaparecimento físico.

A mudança de regime é, na óptica do Presidente da UNITA, a alternativa que resta aos angolanos, para se pôr cobro o sofrimento.

“Organizemo-nos para operar uma mudança radical no nosso país”, sugeriu o líder da UNITA, que garantiu aos funcionários públicos e aos membros das forças de segurança a manutenção dos seus empregos e bons salários.

Por outro lado, Isaías Samakuva acusou o partido no poder de criar separatismo entre os angolanos ao mesmo tempo que compra consciências com dinheiros públicos e usa os meios de comunicação social para exibir os seus trofeus.

“É atraso. Num país civilizado e democrático a pessoa é livre de escolher o partido da sua opção”, afirmou numa referência à apresentação pela mídia angolana de cidadãos que decidem filiarem-se no MPLA.

O líder da UNITA recordou que o seu partido tem lutado por Angola e pelos angolanos e que tem gozado da simpatia de milhões de cidadãos nacionais.

“Hoje a UNITA é cada vez mais querida pelos angolanos”, sublinhou.

De salientar que a JURA elegeu o município de Wako Kungo para albergar as actividades comemorativas do 39º aniversário da sua fundação. Delegações de doze províncias de Angola deslocaram-se à região e tomaram parte dos trabalhos.

ORIGEM ANGOLA: O povo especial escolhido do senhor engenheiro José Eduardo dos Santos

O POVO ESPECIAL ESCOLHIDO DO SR. ENGENHEIRO JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS

Por Solange Desconhecida
Reedição: www.planaltodemalangeriocapopa.blogspot.com
Este texto foi recolhido do grupo CAI no Facebook ,postado por uma dos membros é o desabafo dum(a) angolano(a), que assina, “Solange”, dos muitos anônimos que usam as redes sociais para evidenciarem a sua indignação.

O povo angolano mais cedo ou mais tarde vai-se aperceber que a indignação pode ter um grande poder e os jovens são a grande esperança, sempre. Porque a indignação não se manifesta necessariamente com a promoção de atos ou distúrbios, a indignação é uma visão política, dos direitos do cidadão, e é a juventude que tem capacidade de melhorar esses índices de indignação.


As pessoas de mais idade, os kotas, têm uma tendência à acomodação e ao conformismo, elas carregam a cultura do país, o fardo do colonialismo, do partido único, e da guerra civil que durou mais do que devia, do analfabetismo, tudo isso não facilita nem favorece uma participação politica activa capaz de obrigar a atual classe dirigente a agir e tratar o bem comum como um valor social, estamos muito longe de ter uma massa politicamente consciente ainda há muito a fazer. (Comentário CAI)

Somos o povo especial escolhido do Sr. Engenheiro. E como povo especial escolhido por ele, não temos água nem luz na cidade. Temos asfalto cada dia mais esburacado. Os que, de entre nós, vivem na periferia, não têm nada. Nem asfalto. Só miséria, lixo, mosquitos, águas paradas. Hospitais?!!! Nem pensar. O povo especial não precisa. Não adoece. Morre apenas sem saber porquê.

E quando se inaugura um hospital bonito e ficamos com a esperança de que as coisas vão mudar minimamente, descobre-se que as máquinas são chinesas, com manuais chineses sem tradução e que ninguém sabe operá-las… Estas são opções especiais para um povo especial.

Educação?!! O povo especial não precisa. Cospe-se na rua ( e agora com os chineses, temos que ter cuidado para não caminharmos sobre escombros escarrados de fresco…), vandalizam-se costumes, ignoram-se tradições.

Escolas para quê e para ensinar o quê?!! Que o sr. Engenheiro é um herói porque fugiu ali algures da marginal acompanhado de outros tantos magníficos?!!! Que a Deolinda Rodrigues morreu num dia fictício que ninguém sabe qual mas nada os impediu de transformar um dia qualquer em feriado nacional?!!!! O embuste da história recente de Angola é tão completo e manipulado que até mesmo eles parecem acreditar nas mentiras que inventaram…

Se incomodarmos o sr. engenheiro de qualquer forma, sai a guarda pretoriana dele e nós ficamos quietos a vê-los barrar ruas anarquicamente sem nos deixar alternativas para chegarmos a casa ou aos empregos. O povo especial nem precisa ir trabalhar se resolvem fechar as ruas. Se sairmos para almoçar e eles bloqueiam as ruas sem qualquer explicação, só temos uma hipótese : como povo especial não precisa de comer, dá-se meia volta de barriga vazia e volta-se para o emprego.

E isto quando não ficamos horas parados à espera que o sr. Engenheiro e sua comitiva recolham aos seus lares e nos deixam, finalmente circular.

Entramos em casa às escuras e saímos às escuras. Tomamos banho de caneca. Sim, bem à moda do velho e antigo regime do MPLA-PT do século passado.

Luanda, que ainda resiste a tantos maus-tratos e insiste em conservar os vestígios da sua antiga beleza, agora é violentada pelos chineses.

Sodomizada. Sistematicamente. Dia e noite. Está exaurida; de rastos, de cócaras diante dos novos “amigos” do sr. Engenheiro. Eles dão-se, inclusive, ao luxo de erguerem dois a três restaurantes chineses numa mesma rua.

A ilha do Cabo tem mais restaurantes chineses que qualquer outra rua de qualquer outra cidade ocidental ou africana :CINCO!!!! A China Town instalada em Luanda.

As inscrições que colocam nos tapumes das obras em construção, admirem-se, estão escritas na língua deles. Eles são os novos senhores. Os amigos do sr. Engenheiro. A par do Sr. Falcone… a este foi-lhe oferecido um cargo e passaporte diplomático. Aos outros, que andam aos bandos, é-lhes oferecido a carne fresca das nossas meninas. Impunemente. Alegremente. Com o olhar benevolente dos canalhas de fato e gravata. Lá fora, no mundo civilizado sem povos especiais, caçam os pedófilos. Aqui, criam e estimulam pedófilos. Acham graça.

Qualidade de vida é coisa que o povo especial nem sabe o que é. Nem quantidade de vida, uma vez que morremos cedo, assim que fazemos 40 anos. Se vivermos mais um pouco, ficamos a dever anos à cova, pois não nos é permitida essa rebeldia. E quem dura mais tempo, é castigado: ou tem parentes que cuidem ou vai para a rua pedir esmola!

Importam-se carros. E mais carros. De luxo. Esta é a imagem de marca deles : carros de luxo em estradas descartáveis, esburacadas. Ah… e telemóveis!!!! Qualquer Prado ou Hummer tem que levar ao volante um elemento com telemóvel. Lá fora, no mundo civilizado sem povos especiais, é proibido o uso do telemóvel enquanto se conduz. Aqui é sinal de status, de vaidade balofa!!!!!!!!!!

Pobre povo especial. Sem transportes, sem escolas, sem hospitais. À mercê dos candongueiros, dos “dirigentes” e dos remédios que não existem. Sem perspectivas de futuro. Os nossos “amanhãs” já amanhecem a gemer: de fome, de miséria, de subnutrição, de ignorância, de analfabetismo , de corrupção, de incompetência, de doenças antes erradicadas , de ira contida, de revolta recalcada.

O grito está latente. Deixem-no sair: BASTA!!!!!!



“Fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo: nem ele me persegue, nem eu fujo dele, um dia a gente se encontra”...

segunda-feira, 22 de julho de 2013

CABINDA: O território nacional angolano cabindense tem sido usado por meliantes congoleses para a pratica dos mais deversificados tipos de crimes

Congoleses acusados de cometerem crimes em Cabinda

Comissário diz que armas de empresas privadas são usadas para cometer crimes

TAMANHO DAS LETRAS
 
José Manuel
Reedição: Radz Balumuka
www.planaltodemalangeriocapopa.blogspot.com
A polícia nacional anunciou o desmantelamento de alguns grupos de marginais provenientes da República do Congo Democrático, que se dedicavam ao crime organizado e em assaltos a mão armada.

De acordo com o comandante provincial da polícia nacional em Cabinda Comissário Eusébio Domingos Costa grande parte das acções criminosas em Cabinda são praticados por cidadãos do Congo Democrático altamente perigosos.

A preocupação das autoridades reside no facto de muitas empresas privadas contratarem cidadãos ilegais provenientes dos dois congos.

A polícia promete responsabilizar criminalmente os responsáveis dessas empresas pelo facto, segundo o comandante, de muitas armas usadas pelos marginais pertencerem a essas empresas de segurança.

De acordo com Eusébio da Costa marginais que operavam em Kishasa e no  Baixo Congo estão agora em Angola  onde protagonizam crime entre os quais assaltos á mão armada.

As cadeias em Cabinda estão actualmente repletas de cidadãos congoleses e as autoridades estão agora a desenvolver acções de repatriamento

MAPUTO: Em Moçambique o recenseamento é posto em causa pelos acadêmicos numa atitude plena de cidadania.

Moçambique: Académicos questionam recenseamento

Muitos defendem que o Bilhete de Identidade poderia servir para votar.
Maputo - Mocambique
Fonte: VOAReedição www.planaltodemalangeriocapopa.blogspot.comMaputo - Mocambique                                                                                                                                lTAMANHO DAS LETRAS
 
Em Moçambique, alguns políticos e académicos estão a questionar a pertinência de recenseamentos eleitorais periódicos alegando que os mesmos implicam gastos desnecessários num país cujo orçamento depende, em larga medida, de fundos externos.

O sociólogo Lucas Sitoi diz que o parlamento moçambicano, que se reúne a partir de 1 de Agosto, já devia reflectir sobre a pertinência de recenseamentos eleitorais, quer sejam de raiz, quer sejam de actualização porque isso envolve gastos desnecessários.

Mas a economista Inocência Manuel considera que esse processo é necessário porque alguns documentos de identificação não são fiáveis, para além de que o recenseamento serve como um instrumento de sensibilização das pessoas sobre a importância da sua participação no processo de votação.

Contudo, o deputado Ismael Mussá entende que está a gastar-se dinheiro desnecessariamente.
“Eu acredito que se nós pegássemos nesse dinheiro que gastamos com o recenseamento eleitoral e alocássemos às brigadas da Direcção de Identificação civil e se nós tivéssemos em todos os distritos, em todos os bairros brigadas para acelerar o processo de emissão de Bilhetes de Identidade, todo o cidadão moçambicano poderia ter um Bilhete de Identidade, que é um documento válido para várias outras actividades e impediríamos gastos desnecessários”, sublinhou o parlamentar.

Segundo ele, está a emitir-se um cartão de eleitor que é só para um único dia, quando se podia, com esse valor, emitir um documento que seria válido por cinco anos, um documento que teria mais utilidade e seria mais um acto de inclusão e mais um exercício de cidadania.

Para Ismael Mussá, com o Bilhete de Identidade “reduziríamos gastos desnecessários e desconfianças, porque o mesmo B.I. já traz lá o endereço da pessoa e poderia incluir-se o Número Único de Identificação Tributária (NUIT) e outros dados de identificação que poderiam permitir aos cidadãos exercer melhor o seu direito de cidadania, como acontece, por exemplo, na África do Sul, onde não existe cartão de eleitor e existe o Bilhete de Identidade”.

Entretanto, o arquitecto Tomas Rondinho entende que todos os processos têm custos, o que é necessário é reduzi-los, e questiona o que foi feito aos computadores do anterior recenseamento.

LUANDA: O sinistro Bento Analfabeto Kangamba sobrinho do ditador angolano veio a terreiro desmentir o indesmentível. Ele agora afirma ter sido tudo mentira, a oposição segundo ele é a culpada por tentar denegrir a imagem depreciativa de tão imprestável ditador atravez dessa denuncia feita pelos meios de comunicação franceses, não foi a oposição quem fugiu com passaporte diplomático angolano da policia francesa!

ESCÂNDALO KANGAMBA: É tudo mentira, diz o general.

General diz que oposição quer denegrir o presidente através da sua pessoa
 General Bento Kangamba
General Bento Kangamba
  • TAMANHO DAS LETRAS
Redacção VOA
O general Bento Kangamba rompeu  o silêncio este fim de semana minimizando o  recente  escândalo  em França envolvendo a sua pessoa.

Em declarações à  Televisão Pública de Angola, Kangamba, que é também secretário para a mobilização do MPLA, em Luanda,  disse tratar-se de calúnia e difamação   alimentadas pela oposição política angolana.

Ele sustentou que,  com tal atitude,  a  oposição  pretendeu   atingir o presidente José Eduardo Santos  e outros membro da direcção do partido que sustenta o governo.
Kangamba tem laços familiares com o presidente.

  Bento dos Santos “Kangamba”, suspeito de ser  dono de cerca de 4 milhões de dólares recentemente apreendidos na França escapou à detenção,  no principado de Mónaco por ser  portador de um passaporte diplomáticos

Essa quantia foi apreendida pela polícia francesa em dois carros provenientes de Portugal e era destinada aparentemente ao general angolano que se encontrava em Mónaco.

Várias pessoas foram detidas sob suspeita de branqueamento de capitais, crime organizado e associação de malfeitores.

Até agora as autoridades angolanas tem mantido um silêncio absoluto sobre questão apesar de noticias de que José Eduardo dos Santos atualmente em Barcelona ter convocado Kangamba para com ele discutir a questão.

Kangamba disse não estar preocupado coma as acusações  e que vai continuar a trabalhar nas suas funções
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RIO DE JANEIRO: A marcha das vadias este ano é comandada pela mulher que se veste e se intitula de freira.

" FREIRA " CONVOCA MARCHA DAS VADIAS NO RIO DE JANEIRO
Fonte: UOL
Reedição: www.planaltodemalangeriocapopa.blogspot.com
A próxima edição da Marcha das Vadias no Rio de Janeiro será realizada no dia 27 de julho, em Copacabana, na zona sul da cidade, mesmo dia em que o papa Francisco participará de três eventos da Jornada Mundial da Juventude, entre os quais a vigília com os jovens no Campus Fidei, em Guaratiba, na zona oeste, palco principal do evento.

O ato está sendo organizado pela ativista da AMB (Associação de Mulheres Brasileiras) Rogéria Peixinho, que costuma se vestir de freira na Marcha das Vadias, e que repetirá a fantasia no próximo protesto. Segundo ela, a chegada do pontífice à capital fluminense terá como "contraponto a livre manifestação de uma outra juventude", na rua, "protestando contra a opressão e o controle da vida e da sexualidade das mulheres".

"A presença do papa e os recursos públicos alocados para a visita de um líder espiritual colocam em xeque a laicidade do Estado. (...) Esse tema está dentro dos eixos da marcha, assim como o direito ao corpo, as denúncias sobre os casos de estupro que estão aumentando principalmente no Rio, e a formulação de políticas públicas de proteção às mulheres", disse ela.

"A gente já havia definido que a Marcha das Vadias aconteceria em julho. Com a Jornada, realizar o ato durante a visita do papa também é uma forma de colocar outra juventude na rua, estabelecendo um contraponto político. Queremos mostrar que há uma outra juventude e uma outra forma de pensar o mundo, e a data também tem a ver com isso", completou Rogéria, lembrando o fato de que, no dia 27, milhares de jovens estarão reunidos em vigília na JMJ.

A fantasia utilizada pela ativista em outras marchas já está preparada para a edição deste ano, segundo ela. "A roupa de freira, como eu já me vesti outras vezes, é um símbolo de questionamento sobre a posição da igreja contra o aborto. Muitas mulheres engravidam dentro dos conventos e, muitas vezes, são obrigadas a abortar. A gente já vem colocando esse tema nas marchas há algum tempo", explicou.

Rogéria revelou ainda que ela e as demais organizadoras da passeata estão preparando uma performance especial em alusão à presença do papa Francisco e aos dogmas defendidos pela Igreja Católica.

"A Marcha é sempre muito irreverente. Eu uso a roupa de freira há pelo menos três anos, mas, assim como eu, outras mulheres certamente usarão fantasias em alusão ao papa. Vamos questionar a violência sexual que também é sofrida pelas mulheres que são freiras", disse.

A concentração do ato vai ocorrer no posto cinco da praia de Copacabana, a partir das 13h. Depois os manifestantes seguirão pela avenida Atlântica em direção ao posto dois, na altura da rua Senador Dantas, e entrarão na rua Nossa Senhora de Copacabana. A caminhada segue até a esquina com a rua Ministro Viveiros de Castro, com término na rua Prado Júnior.

Rogéria afirmou ao UOL que a organização da Marcha das Vadias terá uma preocupação especial em relação às condições de segurança dos participantes, uma vez que os atos recentes pela capital fluminense têm terminado em confronto com a polícia.

No domingo (14), manifestantes foram repreendidos pela Tropa de Choque da Polícia Militar com bombas de efeito moral na frente do hotel Copacabana Palace, na avenida Atlântica, onde era realizada a festa do casamento de Beatriz Barata, neta do principal empresário do setor de transportes do Rio, Jacob Barata, conhecido como "Rei do Ônibus".

"Até hoje, todas as edições da Marcha foram pacíficas. Mas o papa vai estar na cidade e o ato tem esse traço de irreverência e de ousadia. Temos, sim, um receio em relação ao que a PM pode fazer. Mas também contamos com a presença da imprensa e da mídia para inibir casos de violência", disse. "Queremos, claro, evitar não só a a ação da polícia, mas também dos machistas de plantão", completou.

Grupo gay vai observar postura do papa

O presidente do Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, grupo que organiza a Parada Gay no Rio, Júlio Moreira, afirmou ao UOL ainda estar "observando a postura do papa" para definir se serão realizados protestos antihomofobia durante a Jornada Mundial da Juventude.

Segundo ele, até o momento, o argentino Jorge Mario Bergoglio --que, na época em que era arcebispo de Buenos Aires, expressou opiniões firmes em relação a assuntos de natureza sexual-- não "atacou diretamente" ou mesmo "condenou" os homossexuais desde que foi eleito papa.

"Em princípio, ainda estamos observando. Diferentemente do antigo papa, Bento 16, que tinha uma opinião muito clara sobre os homossexuais, o papa Francisco ainda não foi incisivo. Pode ser que outros grupos de defesa dos direitos LGBT levem em consideração o passado dele, mas pensamos que ele agora ocupa um outro cargo. Ele é o chefe da Igreja Católica. Toda fala e postura representa como a Igreja vai repercutir na sociedade", disse.

Moreira afirmou não esperar que o pontífice faça qualquer declaração sobre a homossexualidade em seus discursos durante a Jornada Mundial da Juventude. "Ele não vai mexer com assuntos que estão quentes na política brasileira. Ele vai manter o o foco na juventude e na ideia tradicional da família, assim como na questão da pobreza. Ele pode até abordar a questão da homossexualidade de uma forma mais amena, mas não acredito que adotará um tom progressista", disse.

Porém, o presidente do Grupo Arco-Íris não descartou a possibilidade de que protestos sejam realizados caso o papa Francisco venha a se expressar de forma dura em relação à população LGBT. "Vamos esperar para ver", finalizou.

Visita do papa reforça agenda conservadora, diz Cfemea

Para a socióloga do Cfemea (Centro Feminista de Estudos e Assessoria) Jolúzia Batista, a realização de uma Marcha das Vadias durante a visita do papa Francisco ao Rio é "um ato de resistência política", pois a vinda do pontífice seria, na visão dela, um "reforço da agenda conservadora da Igreja Católica".

"A Marcha é um ato de resistência política sobre o que consiste, na verdade, a presença do chefe da Igreja Católica em momento em que o país está se manifestando sobre liberdades que sempre foram tensionadas, questionadas e retrocedidas em termos de políticas públicas", disse.

Passado conservador

O pontífice é considerado em seu país natal, a Argentina, um ortodoxo conservador em assuntos relacionados à sexualidade, tendo se oposto radicalmente contra a legalização do aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e o uso de métodos contraceptivos, na época em que era arcebispo de Buenos Aires. Em 2010, entrou em controvérsia pública com a presidente Cristina Kirchner ao afirmar que a adoção feita por casais gays provoca discriminação contra as crianças.

domingo, 21 de julho de 2013

LUANDA: O regime e o caos da reconstrução da republica popular do MPLA

Luanda: O caos da reconstrução

O pesadelo do dia a dia numa das cidades mais caras do mundo

TAMANHO DAS LETRAS
 
Agostinho Gayeta VOA
Reedição Radz Balumuka
www.planaltodemalangeriocapopa.blogspot.com
A demora das obras de restauração das vias rodoviárias de Luanda preocupa pacatos cidadãos.

Obras inacabadas nas vias primárias, secundárias e terciárias, degradação do asfalto nas ruas alternativas, estradas estreitas e sem condições para circulação e falta de iluminação compõem a imagem dos meios de comunicação terrestres numa das cidadãs mais caras do mundo.
A capital angolana tornou-se nos últimos dez anos um verdadeiro canteiro de obras, algumas de restauração outras de conservação dos edifícios no país muitas vezes originando danos que deixam em risco a vida dos moradores. Porém, o certo é que a duração das construções concorre para difícil circulação de automóveis e para falta de estética em alguns pontos da cidade;

Domingos Isaac vive em Cacuaco e todos os dias levanta-se as quatro da manhã para chegar cedo no seu local de trabalho, que fica bem no centro da cidade.

Para ele o congestionamento do trânsito em Luanda é uma grande “dor de cotovelo”e está ligado a má arquitectura das estradas e falta de mais vias alternativas;

O mau estado de conservação das principais vias de Luanda além de contribuírem para o engarrafamento concorrem também para a sinistralidade rodoviária, diz o professor e instrutor de condução Fernando Domingos;

O Director Provincial do Transito, Tráfego e Mobilidade Jorgue Bengui assegura que as intervenções feitas nas principais avenidas são integradas e pressupõem o desenvolvimento de trabalhos abrangentes, incluído drenagem, iluminação, sinalização pública entre outros, daí a razão da demora;

A Avenida Brasil, que liga o município do Cazenga e o distrito do Rangel ao centro oeste da cidade, a Avenida Pedro de Castro Van-dúnem Loy, que liga o centro sudoeste de Luanda à zona sul, a Rua Soba Mandume que interliga os distritos urbanos do Rangel e o Sambizanga, a Rua Sagrada Esperança no Distrito Urbano da Maianga e a Rua 11 de Novembro em Viana são algumas das que estão a merecer intervenções de fundo que custam aos cofres de estado milhões de kwanzas;

O automobilista Domingos Isaac está preocupado com as diversas situações que considera anormais e com as quais se depara nas vias de Luanda entre as quais: o prolongado tempo das obras de restauração das vias, o tráfego lento, a falta de iluminação, que de noite provoca acidentes rodoviários mortíferos entre outras. Para ele reparar a sua viatura duas a três vezes por semana começa a ser normal, devido aos buracos que grassam grande parte das ruas…

O Director Provincial do Tráfego, Transito e Mobilidade da cidade da Kyanda disse por outro lado que a demora na reabilitação das estradas resulta do cumprimento de uma orientação do Chefe do Executivo sobre a necessidade de serem construídas vias rodoviárias duradouras.

O Sociólogo Tónio Katemba tem uma outra leitura sobre esta situação e diz que as condições das vias terrestres de Luanda estão estratificadas. O académico relaciona o estado das estradas (iluminação, degradação e sinalização) com os acidentes rodoviários segunda maior causa de mortes em Angola.

Tónio Katemba pensa por outro lado que haja falta de sensibilidade das autoridades e que está relacionada à ausência execução das políticas públicas dirigidas as vias rodoviárias;

Desesperados e indignados com esta situação os automobilistas pedem celeridade nas obras de restauração das vias de comunicação terrestres da capital angolana;

Enquanto isto, o Sociólogo Tónio Katemba fala em excesso de passividade dos automobilistas que por lei são obrigados a pagar uma taxa anual de circulação sob pena de sofrerem a mão pesada do estado em caso de incumprimento. Estes, segundo o analista devem exigir a quem de direito melhores condições para circulação nas estradas;

Jorge Bengui o Director provincial do Tráfego, transito e mobilidade diz estar em curso um programa abrangente concebido para tornar as vias terciárias transitáveis, descongestionando as principais avenidas e evitar embaraços na época chuvosa;


Ainda em relação aos embaraços no trânsito Jorge Bengui assegurou que uma das medidas do Executivo consiste no desenvolvimento de uma rede de transportes públicos que satisfaça a demanda da capital.

A melhoria das linhas e da oferta de transportes ferroviários é uma das medidas a serem adoptadas para desencorajar o uso de viaturas pessoais no centro da cidade e por conseguinte desafogar o trânsito.

Sobre o número de acidentes nas Vias de Luanda Jorge Bengui afirma que independentemente das irregularidades das infoestruturas a maioria acontece por falta de prudência dos automobilista