Zimbabué: Analistas políticos prevêem mais problemas e violência durante as eleições
Eleições desta Quarta-feira podem favorecer os dois lados da contenda, mas a ZANU-PF de Robert Mugabe já conta com o apoio descarado das forças de segurança
Os zimbabueanos votam na Quarta-feira numas eleições antecipadas e altamente disputadas, que os analistas consideram poder confirmar duas hipóteses: ou sejam a favor do presidente Robert Mugabe no poder há várias décadas ou então ao seu arqui-rival, o primeiro-ministro Morgan Tsvangirai.
A votação está a ser ensombrada pela violência que dominou as eleições de 2008, 5 anos de disputas políticas, além de alegações de abusos de direitos humanos, intimidação e aldrabices eleitorais por parte do partido de Mugabe.
Os analistas políticos zimbabueanos não se concordam sobre quem deve ganhar as eleições presidenciais de 31 de Julho no Zimbabué.
Alguns afirmam que o idoso presidente Robert Mugabe mostra-se pronto para mais uma vitória, estendendo assim a sua governação de três décadas como líder do partido ZANU-PF. Outros admitem no entanto que o seu adversário e primeiro-ministro Morgan Tsvangirai do Movimento para a Mudança Democrática, deve finalmente ganhar após duas eleições falhadas.
Os dois homens tiveram que juntar-se num governo de unidade nacional a seguir as disputadas e violentas eleições de 2008. As eleições desta Quarta-feira vão ser uma oportunidade para os dois políticos desavindos separarem-se finalmente. Mas os analistas concordam numa coisa: vai haver problemas, não importa quem ganhar. Dewa Mavhinga é pesquisador para África da Human Rights.
“Mesmo que for o primeiro-ministro Morgan Tsvangirai e o MDC a ganhar, não é certo que a transição e a transferência do poder serão pacíficas, devido as dinâmicas em torno das forças de segurança que assumiram abertamente que não iriam respeitar nenhum resultado eleitoral que não fosse favorável ao presidente Robert Mugabe e a ZANU-PF.”
Outros analistas afirmam que até ao momento nenhum candidato mostrou estar em posição de vantagens que provasse um vitória certa no final da contenda.
Gideon Chitanga pesquisador na Universidade de Joanesburgo diz que durante o período pré-eleitoral tudo foi feito para que tudo fosse favorável ao presidente Mugabe. Ele realça as acções das forças de segurança, o caótico registo eleitoral e alto nível de intimidação dos que opõem ao partido de Mugabe. Mas apesar disse Chitanga considera que o MDC pode ainda ganhar.
“Sabemos enquanto cientistas políticos que as vezes as falsificações de voto podem nunca ser suficientes para subverter a vontade do povo. Quero dizer, apesar da actual amplitude de falsificações, há ainda chances do MDC poder ganhar estas eleições.”
Um outro analista político, Munjodzi Mutandiri concorda que os partidários de Mugabe estejam a usar tácticas de manipulação para ganhar. Mas também discorda que o MDC venha a ganhar. Mutandiri trabalha para Assembleia Constitucional Nacional – um grupo que se opôs a recentemente aprovada constituição. O grupo alegou que a proposta que foi aprovada em referendo no Março passado, ainda confere muitos poderes a Mugabe.
“A ZANU-PF fez de tudo que a violência se baixasse, que houvesse uma táctica intimidatória; eles mentalizaram os eleitores, de que estão a ser sérios em ganhar estas eleições. E pelo que vejo, é muito claro que o MDC não terá a chance.”
Outros analistas afirmam que a desventura dos dois principais candidatos vai ter repercussões negativas contra os mesmos.Os críticos queixam-se do presidente Mugabe e do seu partido por terem arruinado a economia de uma nação próspera no passado. Organizações dos direitos humanos acusam igualmente o presidente e as suas forças de segurança de campanhas de intimidação e de abusos dos direitos humanos.
Mas na semana passada, a União Africana apoiou o processo eleitoral. De visita a Harare, a presidente da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma disse que todos os partidos a disseram que estavam contentes com a forma como a Comissão Eleitoral preparou a votação e que irão aceitar os resultados. A mesma foi imediatamente contrariada por Morgan Tsvangirai que disse por sua vez ter levantado preocupações no encontro que tiveram, sobre uma série de questões, incluindo o registo eleitoral que considera ter posto de parte dezenas de milhares de potenciais eleitores.
A votação está a ser ensombrada pela violência que dominou as eleições de 2008, 5 anos de disputas políticas, além de alegações de abusos de direitos humanos, intimidação e aldrabices eleitorais por parte do partido de Mugabe.
Os analistas políticos zimbabueanos não se concordam sobre quem deve ganhar as eleições presidenciais de 31 de Julho no Zimbabué.
Alguns afirmam que o idoso presidente Robert Mugabe mostra-se pronto para mais uma vitória, estendendo assim a sua governação de três décadas como líder do partido ZANU-PF. Outros admitem no entanto que o seu adversário e primeiro-ministro Morgan Tsvangirai do Movimento para a Mudança Democrática, deve finalmente ganhar após duas eleições falhadas.
Os dois homens tiveram que juntar-se num governo de unidade nacional a seguir as disputadas e violentas eleições de 2008. As eleições desta Quarta-feira vão ser uma oportunidade para os dois políticos desavindos separarem-se finalmente. Mas os analistas concordam numa coisa: vai haver problemas, não importa quem ganhar. Dewa Mavhinga é pesquisador para África da Human Rights.
“Mesmo que for o primeiro-ministro Morgan Tsvangirai e o MDC a ganhar, não é certo que a transição e a transferência do poder serão pacíficas, devido as dinâmicas em torno das forças de segurança que assumiram abertamente que não iriam respeitar nenhum resultado eleitoral que não fosse favorável ao presidente Robert Mugabe e a ZANU-PF.”
Outros analistas afirmam que até ao momento nenhum candidato mostrou estar em posição de vantagens que provasse um vitória certa no final da contenda.
Gideon Chitanga pesquisador na Universidade de Joanesburgo diz que durante o período pré-eleitoral tudo foi feito para que tudo fosse favorável ao presidente Mugabe. Ele realça as acções das forças de segurança, o caótico registo eleitoral e alto nível de intimidação dos que opõem ao partido de Mugabe. Mas apesar disse Chitanga considera que o MDC pode ainda ganhar.
“Sabemos enquanto cientistas políticos que as vezes as falsificações de voto podem nunca ser suficientes para subverter a vontade do povo. Quero dizer, apesar da actual amplitude de falsificações, há ainda chances do MDC poder ganhar estas eleições.”
Um outro analista político, Munjodzi Mutandiri concorda que os partidários de Mugabe estejam a usar tácticas de manipulação para ganhar. Mas também discorda que o MDC venha a ganhar. Mutandiri trabalha para Assembleia Constitucional Nacional – um grupo que se opôs a recentemente aprovada constituição. O grupo alegou que a proposta que foi aprovada em referendo no Março passado, ainda confere muitos poderes a Mugabe.
“A ZANU-PF fez de tudo que a violência se baixasse, que houvesse uma táctica intimidatória; eles mentalizaram os eleitores, de que estão a ser sérios em ganhar estas eleições. E pelo que vejo, é muito claro que o MDC não terá a chance.”
Outros analistas afirmam que a desventura dos dois principais candidatos vai ter repercussões negativas contra os mesmos.Os críticos queixam-se do presidente Mugabe e do seu partido por terem arruinado a economia de uma nação próspera no passado. Organizações dos direitos humanos acusam igualmente o presidente e as suas forças de segurança de campanhas de intimidação e de abusos dos direitos humanos.
Mas na semana passada, a União Africana apoiou o processo eleitoral. De visita a Harare, a presidente da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma disse que todos os partidos a disseram que estavam contentes com a forma como a Comissão Eleitoral preparou a votação e que irão aceitar os resultados. A mesma foi imediatamente contrariada por Morgan Tsvangirai que disse por sua vez ter levantado preocupações no encontro que tiveram, sobre uma série de questões, incluindo o registo eleitoral que considera ter posto de parte dezenas de milhares de potenciais eleitores.