quarta-feira, 28 de agosto de 2013

SÃO PAULO: Governo brasileiro tem bala na agulha na luta contra a alta do dólar norte americano, diz a economista e presidenta do Brasil Dilma Roussef

Dilma rompe silêncio sobre dólar e diz que governo tem 'bala na agulha'


'Nossa política é de dólar flexível; você não fica defendendo posição', afirmou a presidente, ao comentar sobre o uso de reservas internacionais pelo Banco Central.


Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
28/08/2013

SÃO PAULO - A presidente Dilma Rousseff rompeu o silêncio e, primeira vez após a recente disparada do dólar, lembrou que o País tem reservas cambiais que servem como colchão contra a volatilidade da moeda norte-americana. Em entrevista a rádios de Belo Horizonte (MG), Dilma disse que a valorização não se deve à economia brasileira, mas ao início do desmonte da política de afrouxamento monetário do Banco Central dos Estados Unidos (FED), e afirmou que o governo "tem bala na agulha", em referência às reservas internacionais.

"Aqui (o fim do afrouxamento) não impacta da mesma forma que em outras economias porque temos reservas em dólar e estamos entre os países com o maior volume de reservas do mundo, com um colchão de US$ 372 bilhões. Temos bala na agulha e nossa política é de dólar flexível; você não fica defendendo posição", afirmou a presidente.
Dilma lembrou que o governo entrou no mercado cambial com o anúncio de operações até o final do ano no mercado futuro feito na semana passada, "para atenuar a volatilidade e suavizar as oscilações" e ratificou: "não temos meta 
para o dólar".
A presidente voltou ainda a repetir que o quadro internacional é de muito baixo crescimento e que, mesmo diante desse cenário, o mercado de trabalho tem uma situação "muito boa" comparado ao que acontece no mundo. "Temos estoque de trabalho elevado e cada vez mais as pessoas precisarão de qualificação".
"Queremos manter o crescimento no Brasil, apesar do quadro internacional", concluiu.
Sobre inflação, Dilma substituiu o discurso no qual se gabava de o indicador de julho ter sido o mais baixo dos últimos anos e afirmou, na entrevista encerrada há pouco, que "a inflação dos alimentos caiu de forma significativa em julho" e que a inflação é cíclica. "Sabemos que a inflação no Brasil é cíclica, com seis meses de tendência alta e 6 meses de baixa."

terça-feira, 27 de agosto de 2013

LUANDA: Mão livres em Angola, diz haver esquadrões de morte nas cadeias em Angola e com maior incidência nas prisões de Luanda.

Associação Mãos Livres diz haver esquadrões de morte nas cadeias

O presidente da associação de advogados Mãos Livres, David Mendes, reitera a denúncia feita em anteriores ocasiões e diz aguardar com pela provável reacção retaliatória das autoridades.
Angola,David Mendes (à esq.) e Francisco Viena (à dir.) membros da Associação de Advogados Mãos Livres, de Angola
Angola,David Mendes (à esq.) e Francisco Viena (à dir.) membros da Associação de Advogados Mãos Livres, de Angola

TAMANHO DAS LETRAS
 
Manuel José
Radz Balumuka
Falando em exclusivo a Voz da América, o advogado David Mendes reafirmou que a sua organização tem provas da existência de execuções sumarias em Angola.


"Em Angola de facto há mortes seletivas, há execuções sumarias apoiadas pelo próprio estado."

David Mendes socorre-se da denuncia que fizeram em Dezembro do ano passado sobre sete elementos encontrados mortos em Cacuaco, um deles algemado, levando a associação a acreditar ter sido a policia a executa-los. Esta denuncia valeu a associação Maos Livres, uma ameaça da policia de Luanda, da instauração de um processo de difamação e calunia.

Sete meses se passaram e a associação não recebeu nenhuma intimação a propósito, David Mendes diz saber porquê.

Se ela (Elizabeth Ranque Franque) veio a publico ameaçar, processar a associação Maos Livres, devia ter feito, não avançou porque n'os temos provas, ela dizia que perseguiam os indivíduos na autoestrada mas os indivíduos foram mortos no meio do bairro"

O conhecido como "advogado dos pobres" mantém a tese que a policia angolana possui esquadrões da morte.

"Ha indivíduos na policia nacional que praticam actos de assassinato."

David Mendes dá outros exemplos, para suportar a sua tese, o caso das Lundas e o que chama de intimidação quando o presidente da republica sai a rua.

David Mendes "O que se passa nas Lundas, vamos chamar de que? Aquilo não são mortes seletivas? Vamos dizer que não há perseguições? São questoes que não podemos deixar de colocar e exigir respostas, vai durar mas as instituições vão ter de responder, basta sair a rua e ver se as pessoas não tem medo quando o presidente da republica e o vice presidente saem a rua e ver como se apresentam de metralhadoras, o que significa isso? Qualquer reação ate involuntária você leva um tiro."

O causídico remete estas e outras questoes a Procuradoria-Geral da República que em seu entender est'a mais preocupada com situações menos importantes.

David Mendes "Hoje est'a se mais preocupado com os crimes de difamação e calunia contra os dirigentes, há uma pressão muito grande em acelerar estes processos porque? Se há casos mais importantes de homicídios por exemplo que não avançam."

Advogado da associação Mãos Livres, David Mendes que tenciona apresentar em breve mais uma queixa crime contra colaboradores do presidente da república.

MALANJE: Míseros duzentos milhões de kwanzas foram dispensados pelo regime ditatorial para investir na província de Malanje.

Duzentos milhões de kwanzas a investir em projectos em Malanje

Dezanove projectos vão ser executados ao longo dos próximos quatro anos no quadro do Plano de Desenvolvimento Nacional, anunciou o governador provincial
Angola Malanje destilaria da Bicom (Foto de arquivo)
Angola Malanje destilaria da Bicom (Foto de arquivo)

TAMANHO DAS LETRAS
 
Isaías Soares
Radz Balumuka
A médio e a longo prazo a região vai transformar-se numa plataforma logística, onde estará igualmente em evidencia o relançamento da agricultura e da indústria alimentar com a produção do arroz em grande escala e óleo alimentar, assim como a valorização dos recursos humanos e a exploração das zonas turísticas.

O investimento é de 186 milhões de kwanzas “o que corresponde a três por cento do total dos projectos para o país”.

“Para o corrente ano o governo provincial de Malanje aprovou um plano integral que visa as intervenções em curso no âmbito do reforço institucional, melhoria da oferta de energia eléctrica e água potável, implementação em coordenação com o governo central do projecto das infra-estruturas integradas para a cidade de Malanje”, disse, incluindo a realização em todos os municípios dos projectos institucionais, económicos e sociais à luz do programa municipalizado de combate à pobreza e da construção de 200 residências.

Norberto Fernandes dos Santos afirmou igualmente que 30 mil hectares foram já identificados para a cultura do arroz no município do Luquembo, com financiamentos do Banco de Desenvolvimento de Angola onde vão intervir o Ministério da Agricultura, o Instituto Médio Agrário de Malanje, agricultores, associações e cooperativas de camponeses a iniciar ainda este ano.

Para o algodão o arranje do projecto, “no âmbito da estratégia nacional aprovada prevê-se iniciar no próximo ano a produção de algodão no município de Cacuso, bem como a implementação de um projecto de desroçamento e fiação de algodão sob coordenação do Ministério da Industria e com a participação do sector privado” .

O governador de Malanje defendeu que os orçamentos são irrisórios e que para cumprir sem percalços os programas, projectos e acções da sua equipa necessita de um acréscimo de cem por cento no Orçamento destinado à implantação de projectos de investimentos, despesas de apoio ao desenvolvimento nos próximos anos.

A concretizar-se a região poderá em breve alcançar o grau de desenvolvimento de outras localidades angolanas e contribuir para o plano nacional de desenvolvimento 2013/2017.

A guerra dilacerou quase todas infra-estruturas básicas, com destaque particular para as estradas e pontes que ligam a capital ao interior da província.

MAPUTO: Em moçambique corrida ao carvão cria situações difíceis de suprir em relação aos direitos humanos

Moçambique: Corrida ao carvão cria problemas de direitos humanos

Em Moçambique, grupos da sociedade civil estão furiosos com as acções da companhia mineira do carvão indiana que opera na província de Tete.
Minas de Carvão em Tete/Moçambique
Minas de Carvão em Tete/Moçambique
TAMANHO DAS LETRAS 
Redacção VOA
Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
Eles acusam a Jindal Steel de estar a minar a céu aberto sem primeiro ter realojado as comunidades que agora respiram pó negro provocado pela operação.
Segundo o grupo de pressão Justiça Ambiental pelo menos 500 famílias vivem a menos de um quilómetro de onde a companhia Indiana iniciou os seus trabalhos de mineração a céu aberto, no princípio do ano.

Ruben Manna, responsável pelo departamento de comunicação desta organização afirma serem óbvios os riscos para a saúde: “Existe uma nuvem permanente de carvão. A companhia usa dinamite para facilitar a extracção do carvão. Pelo que quando usa os explosivos existe literalmente uma nuvem de carvão a pairar sobre a comunidade. Há pelo menos 100 crianças nessa comunidade. Não é bonito o que se vê. Existem ali escolas.”

A Justiça Ambiental acusa a companhia de ir em frente com as operações sem ter conduzido um estudo do impacto ambiental

O responsável pela Jindal Steel Moçambique, Manoj Gupta nega as acusações e insiste que foi feito o estudo ambiental: “O estudo foi conduzido há muito tempo antes do início das operações, e publicado pelo governo de Moçambique. Alguém está a tentar contar histórias que são verdadeiramente falsas.”

Sobre a razão porque 500 famílias vivem há meses tão próximas da mina a céu aberto, Gupta responsabiliza o facto em adiamentos por parte das autoridades em aprovar o plano de reassentamento: “As pessoas deviam fazer esta pergunta ao governo de Moçambique. Porque nós submetemos o plano e no dia 6 de Agosto o plano de realojamento foi aprovado pelo governo, e está agora a ser executado.”

Cansados de esperar pela terra que lhes foi prometida e incapazes de plantar, a comunidade lançou dois dias de violentos protestos contra a Jindal, em finais de Julho, atacando quatro dos seus empregados – conforme explica a Justiça Ambiental.

A Jindal Steel insiste que disfruta de um bom relacionamento com a comunidade e responsabiliza pessoas externas à área pelo conflito.

“Eu diria que não foi ninguém desta comunidade que criou este problema. Pelo que apresentamos queixa na policia e que está a proceder à investigação.”
Poucas semanas depois dos protestos, o presidente moçambicano Armando Guebuza, inaugurou a mina. Mas nunca mencionou os problemas ali existentes.
Manna afirma que o governo de Moçambique precisa de fazer mais para proteger as comunidades.

“O governo é conivente com isto. Como está a acontecer com a Jindal, o mesmo se passou antes com a Vale, a Rio Tinto, e antes disso com a Riversadale. São apenas companhias. O motivo delas é lucro. Como moçambicano responsabilizo o meu governo. É a ele que perguntarei porque está isto a acontecer e porque não esta a fazer o que devia.

A Jindal não é a primeira companhia estrangeira citada por abusos dos direitos humanos na província moçambicana de tete, onde já foram feitos grandes realojamentos pela Vale brasileira e pela australiana Rio Tinto, para criar mais espaço para as operações de mineração do carvão.

O grupo dos direitos humanos Human Rights watch disse no princípio do ano que não estavam a ser tomadas as medidas suficientes para salvaguardar as comunidades por entre a corrida ao carvão.

TORONTO: Uma garota viu na internet a sua bicicleta que havia sido roubada, e voltou a rouba-la do ladrão ]!

Achou a bicicleta roubada na internet e tomou de volta do ladrão


Uma garota canadense teve sua bicicleta roubada e, poucos dias depois, descobriu que um modelo muito semelhante tinha sido posto à venda no Craiglist (site de anúncios classificados online). A moça resolveu fazer justiça de uma forma sensacional, conforme este post do site de notícias Gawke
A canadense (resolveu permanecer anônima) tinha certeza que era a bicicleta dela. Marcou um encontro com o "vendedor" para fechar a transação. Quando chegou ao local, teve a certeza que era mesmo a bicicleta que havia sido roubada. Pediu para dar uma volta e foi embora, roubando a própria bicicleta de volta.
Ela então ligou para uma amiga que estava de carro monitorando o encontro e fugiu do ladrão, que tentava alcançá-la correndo. A moça ainda ligou para o ladrão para "se desculpar" por não ter pago a bicicleta que ele havia roubado. Ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão? (via @BlueBus)

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

LISBOA: O relatório apreendido pelas autoridades ao antigo chefe das secretas portuguesas Jorge Silva de Carvalho, trazem a publico sórdidas revelações sobre Pinto Balsemão, o patrão do canal televisão portuguesa CI, e antigo primeiro ministro de Portugal.

O RELATÓRIO APREENDIDO AO ESPIÃO, ANTIGO CHEFE DAS SECRETAS, TRAZ NOTÍCIAS ONDE SÃO RELATADAS DESDE A TRAIÇÃO DA EX-MULHER DE PINTO BALSEMÃO COM CARLOS CRUZ, ATÉ AO EVENTUAL UTILIZAÇÃO DE COCAÍNA PELO CARTOLA DA TV CIC PORTUGUESA
Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com

O relatório apreendido pelas autoridades ao “ex-espião” Jorge Silva Carvalho contém pormenores sórdidos sobre o patrão da SIC.

“1970 – 1ª mulher inicia relação com Carlos Cruz.” Este é o título de mais um capítulo do relatório apreendido pelas autoridades ao ex-responsável do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa, Jorge Silva Carvalho, no âmbito do processo das secretas, cuja acusação foi deduzida, e onde são feitas considerações sórdidas sobre a vida privada do patrão da SIC.

“A 1ª mulher, Maria Isabel Silva (Belixa) Lacerda Rebelo Pinto da Costa Lobo inicia uma relação com o apresentador Carlos Cruz (não é claro se a mesma tinha começado antes ou depois de Belixa se separar de Balsemão).

De assinalar que, durante o depoimento do processo Casa Pia sobre esse período, Carlos Cruz tem o cuidado de nunca referir nem o nome de Maria Isabel, nem de Balsemão, nem dos filhos de ambos. A relação entre Balsemão e Cruz não era a melhor, dada a vontade deste em levar a Mónica e Henrique para Nova Iorque, ideia a que Balsemão se opôs”, escreveu o espião Paulo Félix, a quem Jorge Silva Carvalho ordenou que fizesse o relatório.

Segue-se uma nota feita pelo próprio Paulo Félix, a que ele denominou “coincidências”: “Circula na internet uma mensagem com o título ‘coincidências’. Refere que a SIC foi a única estação que esteve no Parlamento quando o juiz Rui Teixeira ali entregou o pedido de levantamento de imunidade a Paulo Pedroso.

Refere depois uma série de relações pessoais ou profissionais de pessoas da SIC: Daniel Cruzeiro, chefe de redacção, é filho do advogado de Paulo Pedroso e é casado com Rita Ferro Rodrigues, também ela da SIC e filha do secretário-geral do PS; Sofia Pinto Coelho, jornalista, é casada com Ricardo Sá Fernandes, da defesa de Carlos Cruz; Ricardo Costa, editor de política, é irmão de António Costa, dirigente do PS. A que se somam estes factos: Cruz era apresentador da SIC até à eclosão do caso Casa Pia; Marta Cruz, filha do apresentador, era presença constante num programa da SIC; Herman José, arguido no mesmo caso, era apresentador de um programa da SIC.”

E o espião cita outras fontes para continuar com as “coincidências”: O dono da SIC, onde Carlos Cruz trabalhava é Pinto Balsemão; o dono do semanário Expresso, que denunciou o caso, é Pinto Balsemão. O primeiro-ministro em 1982, altura em que a secretária de Estado da Família, Teresa Costa Macedo, teve acesso ao relatório da Casa Pia com o nome de Carlos Cruz, era Pinto Balsemão. Balsemão é amigo e visita da Casa Redonda de André Gonçalves Pereira, que era o ministro dos Negócios Estrangeiros naquele mesmo ano de 1982 em que foram descobertas crianças na casa do embaixador Jorge Ritto. André Pereira é sócio de Balsemão.”

Outro episódio referido no relatório “secreto” prende-se com o nascimento de um filho de Isabel Supico Pinto, de nome Francisco Maria: “A criança só foi reconhecida pelo pai (Balsemão) após ordem do tribunal”, lê-se no documento elaborado por Paulo Félix, que relata depois a criação, em 1973, do semanário Expresso, e as perseguições da PIDE a Balsemão e ao falecido Sá Carneiro. “Balsemão usou o Expresso para defender as suas ideias políticas, usando uma perspectiva puramente instrumental e utilitária de um órgão de Comunicação Social.”

O relatório analisa ainda a suposta má relação de Balsemão com Vasco Pulido Valente, que apelidou o patrão da SIC como “Francisquinho, o medíocre mensageiro”, passa pela fundação do PSD, pela admiração de Balsemão por Mao Tse-Tung e pela visão pessimista da entrada de Portugal na então Comunidade Económica Europeia (CEE). É igualmente abordada uma possível ligação de Balsemão e de jornalistas do Expresso à KGB, a secreta da ex-URSS, em 1980 e a sua nomeação para primeiro-ministro.


A TV da Igreja


Uma parte extensa do relatório elaborado para Jorge Silva Carvalho prende-se com a promessa de Pinto Balsemão, em Janeiro de 1982, de uma televisão para a Igreja: “Quando foi primeiro-ministro, Francisco Pinto Balsemão prometeu um canal de televisão à Igreja, mas mudou de ideias quando regressou ao seu grupo de comunicação, admitindo apenas a concessão do canal 2 da RTP, uma vez que tinha então interesse na criação do seu próprio canal.

Actualmente, o presidente da Impresa está contra a criação de mais TV’s, por temer os efeitos de mais concorrentes em sinal aberto.” Pinto Balsemão, assegura o relatório, terá mesmo impedido que Cavaco Silva cumprisse a promessa que ele próprio terá feito à Igreja.

“Já em 2009 Pinto Balsemão afirmou, perante deputados na Assembleia da República, ter fortes dúvidas sobre a existência de mercado publicitário para todos os canais em sinal aberto. Hoje, é um dos maiores opositores à privatização da RTP, que vê como séria ameaça à sobrevivência da SIC, mergulhada em dificuldades financeiras”, acrescenta o relatório agora na posse das autoridades.

A espionagem feita a Balsemão fala igualmente da sua desavença com Marcelo Rebelo de Sousa, tudo porque o professor terá tratado Balsemão por Francisco e este exigido a Marcelo que o chamasse primeiro-ministro. Apesar disso, lê-se no documento, Balsemão entregou o Expresso a Marcelo e este acabou por se revelar um crítico feroz do Governo. “Talvez para afastar Marcelo do Expresso, talvez por querer aproveitar o seu talento nas negociações parlamentares, talvez pelas duas coisas, Balsemão chamou-o ao Governo. Não demorou a arrepender-se.

Na semana das autárquicas de 1982, decisivas para o futuro do moribundo Governo, Marcelo comunicou ao seu amigo Francisco que iria demitir-se do Governo. O primeiro-ministro não gostou de ver o seu protegido abandonar o barco que se estava a afundar, mas este prometeu manter a boca fechada. Dois dias depois a notícia estava escarrapachada na capa do DN. Balsemão chamou-o logo a S. Bento e deu-lhe um violento raspanete.”

Grupo Bildeberg


O grupo de Bildeberg é outro assunto tratado no relatório de espionagem ao dono da Impresa: “Balsemão tem-se revelado, ao longo dos anos, como um agente de influência, sabe-se lá ao serviço de quê e controlado por quem. A sua participação em encontros de Bildeberg é disso exemplo.

Trata-se de uma organização nada transparente e que, por isso mesmo, muitos rumores e teorias da conspiração tem suscitado, mas que, independentemente dos objectivos específicos, é um concentrado de gente com claras ambições de controlo de tudo o que de importante se passa no globo, sem que se conheçam as suas motivações, nem objevctivos, sabendo-se apenas que são os seus objectivos particulares que os movem. Aos encontros de Bildeberg, Balsemão, que funciona como porteiro português do grupo, tem levado inúmeras personalidades portuguesas. Ele escolhe o convidados do grupo desde 1988.”

O diferendo com Emídio Rangel é igualmente abordado no relatório, ficando a saber-se que Balsemão considerava o então director da estação de Carnaxide “um gastador”. As críticas a Rangel terão motivado uma cisão na SIC, que culminou com o afastamento do director.


O consumo de cocaína


Às referências pouco abonatórias no relatório mandado elaborar por Jorge Silva Carvalho sobre Pinto Balsemão surgem ainda referências sobre os hábitos do empresário. Uma delas prende-se com o alegado consumo de cocaína: “É pública a história de que, depois de um voo de 12 horas, vindo de Macau, Balsemão foi jogar golfe. Em 2001, ao Expresso, justificou a proeza com a sua resistência física.

Resistência que ainda hoje é provada pelas horas que passa a trabalhar. Facto atribuível, segundo fontes bem informadas, a uma operação de Relações Públicas. Outras fontes ligam esta resistência física ao consumo de cocaína.”

E o relatório vai mesmo mais longe: “Associado ao caso Casa Pia surgem rumores do consumo por Balsemão de cocaína.” E Paulo Félix cita um documento do GOVD – Grupo Operacional de Vigilância Democrática: “As testemunhas são falsas, mentirosas, treinadas e pagas com o dinheiro da droga, as duas moedas que também pagam Felícia Cabrita. Ela é, como é público, alcoólica e cocainómana em adiantado estado de dependência. Daí as suas intimidades com Pinto Balsemão de quem também é fornecedora”.

Outra nota da espionagem vai para um alegado negócio de gestão danosa de Balsemão e que teve alegadamente a ver, em 2009, com o facto da Impresa ter perdido 5,8 milhões de euros com a alienação da Iplay por um euro: “Este é um negócio que configura, no mínimo, uma situação de gestão danosa por parte de Balsemão. 5,8 milhões de euros foi quanto custou à Impresa a alienação da editora discográfica Iplay (…).

O valor resultou de perdas de imparidade de 1,7 milhões e prejuízos de exercício de 4,1 milhões, montante que foi registado em actividades descontinuadas nas contas referentes a 31 de Dezembro de 2008 da Impresa”. A Iplay acabou por ser alienada à Fantasy Land e à Lemon por um euro. A empresa tem, segundo o espião, uma situação positiva, conforme revelaram os novos donos.

O relatório elaborado por ordem de Jorge Silva Carvalho termina com um perfil de Belmiro Azevedo, onde se descrevem todos os cargos por ele ocupados ao longo da vida, os seus dados pessoais, as suas raízes beirãs, as suas características pessoais, onde se inclui o gosto pelo golfe e por tocar bateria. E destaca-se uma frase do próprio Pinto Balsemão: “Se obtive êxito como empresário, foi pelo facto de me sentir acima de tudo jornalista.”




WASHINTON: Passados mais cinquenta anos depois da morte de Martin Luther King Jr, a multidão de norte americanos recorda com afeiçoada admiração e amor o discurso desse Homem Sacerdote do Deus vivo, e ilustre ativista dos direitos políticos e cívicos americanos. Luther King Jr foi ovacionado e transformado mártir do povo americano após o seu assassinado.

50 anos depois, multidão recorda discurso de Martin Luther King Jr. em Washington


TAMANHO DAS LETRAS
 
Redacção: VOA
Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
Dezenas de milhares de pessoas concentraram-se na praça central da capital americana para participarem nas comemorações do cinquentenário do discurso histórico do reverendo Martin Luther King Jr. em prol dos direitos cívicos para as minorias.

O discurso foi o ponto mais alto da concentração de 250 mil pessoas em 1963 aqui em Washington e um ponto de viragem para o movimento de defesa dos direitos cívicos abrindo as portas à adopção de leis anti-discriminatórias.

Cinquenta anos depois os oradores presentes no comício salientaram que apesar dos avanços resta ainda trabalho por fazer em matéria de direitos cívicos na América.

O congressista John Lewis, o único orador da marcha de 1963 ainda vivo, salientou a recente anulação pelo Supremo Tribunal americano de uma claúsula anti-discriminação da leis do direitos ao voto salientando que não é altura para desistir da luta pelos direitos cívicos.

No dia do cinquentenário propriamente dito, a 28 de Agosto, o presidente Barack Obama discursará a partir da escadaria do monumento ao presidente Lincoln aqui em Washington, precisamente no local onde Martin Luther King Jr. proferiu o seu histórico discurso
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