terça-feira, 22 de outubro de 2013

LUANDA: Isaías Samakuva acusa dos Santos de corrupção e nepotismo

Samakuva acusa dos Santos de corrupção e nepotismo

Isaías Samakuva
Isaías Samakuva

TAMANHO DAS LETRAS
 
Redacção VOA
Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
O Presidente da UNITA, Isaías Samakuva, criticou asperamente o presidente José Eduardo dos Santos  acusando-o de corrupção e nepotismo.




Samakuva respondia ao discurso sobre o estado da nação proferido na semana passada pelo presidente dos Santos em que este refutou  as acusações de corrupção em Angola que  disse ser uma confusão deliberdada por organizações de países ocidentais para intimidar os africanos que pretendem constituir activos e ter acesso à riqueza

Dos Santos disse que a acumulação primitiva do capital que tem lugar hoje em África deve ser adequada à nossa realidade.

Angola disse ele  precisa de empresas, empresários e grupos económicos nacionais fortes e eficientes no sector público e privado e de elites capazes em todos os domínios, para  poder sair progressivamente da situação de país subdesenvolvido.

Isto, disse ele não tem nada a ver com corrupção, nem com o desvio de bens públicos para fins pessoais. E acrescentou Há que separar o trigo do joio.
Samakuva disse que “O estado da Nação que o Presidente da República descreveu, não é, certamente, o estado desta nossa Angola”.

“É o estado em que se encontra uma outra Angola, uma Angola virtual, imaginada nos gabinetes, longe da realidade, que não dialoga com as pessoas e não conhece, por isso, o seu sofrimento,” acrescentou Samakuva que acusou as autoridades de praticarem uma nova especia de Apartheid ao discriminarem contra simpatizantes e apoiantes do seu partido, incluindo nos hospitais

O líder da UNITA acusou o partido no poder de atentar contra a instabilidade política no país através das suas acções.

“Quem proíbe a liberdade de imprensa, quem impede a comunicação social pública de veicular o pluralismo de expressão política e tratar por igual os Partidos Políticos, está a atentar contra a democracia. E quem atenta contra a democracia, atenta contra a estabilidade,” disse.

“Significa também que quem, como representante da República, nem sequer se pronuncia sobre os desaparecimentos de cidadãos como Isaías Cassule e Kamulingue, sobre prisões arbitrárias nem sobre assassinatos de políticos, está a atentar contra a estabilidade política. Quem utiliza o poder público para ordenar a segregação das pessoas segundo a sua cor partidária para nesta base prestar-lhes ou negar-lhes serviços públicos, atenta contra a estabilidade política,” acrescentou.
Mas foi na sua critica á corrupção que o líder da UNITA foi mais duro.

“A ideia com que os angolanos ficaram é que o véu que cobria o rosto da corrupção em Angola foi levantado e as pessoas agora já não têm dúvida nenhuma sobre quem é o mentor e o defensor da corrupção em Angola. Seja na forma de clientelismo, nepotismo ou peculato!, disse Samakuva

“Quando alguém, nas vestes de Presidente da República, utiliza o poder público para nomear seu filho o principal gestor de um Fundo Soberano, sem qualquer fundamento, isto é corrupção! Quando alguém, nas vestes de Presidente da República, utiliza o poder público para entregar património público à sua filha para esta investir em negócios privados, isto é corrupção! Quando alguém, nas vestes de Presidente da República, utiliza o poder público para interferir nas investigações judiciais de indivíduos suspeitos, ou para ameaçar e chantajar governos estrangeiros, só para proteger interesses privados, isto é corrupção!,” acrescentou.

GORONGOSA: Situação Politica e militar continua instável em Moçambique

Moçambique: Situação continua tensa em todo o país

Elementos da Renamo recebendo instrução militar na Gorongosa em 2012
Elementos da Renamo recebendo instrução militar na Gorongosa em 2012

TAMANHO DAS LETRAS
 
Simião Pongoane
O presidente moçambicano, Armando Guebuza, defendeu a necessidade de se manter o diálogo com a Renamo, um dia depois de tropas governamentais terem tomado a principal base militar do maior partido da oposição.
O tempo, disse Guebuza, "não é apropriado para inimizades, pois o maior perdedor é o povo moçambicano".
Guebuza  falava em Mucheve, no segundo dia da sua presidência aberta em Sofala,  tendo acusado a Renamo pelos recentes confrontos armados, na serra da Gorongosa, também naquela província do centro do país.

Mucheve é considerado uma praça-forte da Renamo, uma vez que foi naquela zona que nasceu o seu líder, Afonso Dhlakama.
Moçambique vive neste momento a sua pior crise política e militar desde a assinatura do Acordo de Paz em 1992, após o exército moçambicano ter desalojado ontem, Afonso Dhlakama, da base onde se encontrava aquartelado há mais de um ano, no centro do país.

A situação está calma, mas tensa na província de Sofala, depois do assalto das forcas do governo à base residencial do líder da Renamo em Santunjira e ataque dos guerrilheiros da Renamo a um posto policial em Maringue.

O presidente Armando Guebuza, que se encontra em Sofala em visita de trabalho, disse através do seu porta-voz, Edson Macuacua, que o governo defende o diálogo com todas as forças vivas da sociedade, incluindo a Renamo.

A Igreja, desde Católica, Protestante e Muçulmana, e a sociedade civil em geral condenam com veemência o recurso à guerra para resolver as diferenças políticas.
O padre Católico e antigo Reitor das Universidades Eduardo Mondlane e Católica de Moçambique, Filipe Couto, considera no entanto que Afonso Dhlakama foi libertado do cativeiro pelas forças armadas e apela à calma e ao diálogo sério e aberto sem recalcamentos.

Personalidades religiosas tais como bispos Jaime Gonçalves, Dinis Sengulane, Cardeal Dom Alexandre dos Santos, Sheik Aminudine e o doutor Brazão Mazula, do Observatório Eleitoral, reúnem-se amanhã para avaliarem a situação político-militar prevalecente no país.

LUANDA: Ricos em Angola não são empresários, diz Nelson Pestana Bonavena!

Ricos em Angola não são empresários, diz Nelson Pestana Bonavena

Político do Bloco Democrático lamenta "com profunda tristeza" discurso de José Eduardo dos Santos
Politólogo Nelson Pestana
Politólogo Nelson Pestana

TAMANHO DAS LETRAS
 
Coque Mukuta
Divulgação: Radz Balumuka
www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
Foi com “profunda tristeza” que o académico e político do Bloco Democrático Nelson Pestana Bonavena, diz ter recebido o discurso de Dos Santos na abertura de mais uma sessão legislativa.
Bonavena criticou as declarações do presidente angolano sobre a corrupção
Dos Santos afirmou haver uma confusão deliberada por organizações de países ocidentais para intimidar os africanos que pretendem constituir activos e ter acesso à riqueza.

Dos Santos disse que a acumulação primitiva do capital que tem lugar hoje em África deve ser adequada à realidade africana.

Angola disse ele  precisa de empresas, empresários e grupos económicos nacionais fortes e eficientes no sector público e privado e de elites capazes em todos os domínios, para  poder sair progressivamente da situação de país subdesenvolvido.

Isto, disse ele não tem nada a ver com corrupção, nem com o desvio de bens públicos para fins pessoais. E acrescentou Há que separar o trigo do joio.
Segundo Bonavena, os ricos angolanos referidos pelo José Eduardo dos Santos, nunca chegaram a ser empresários.

“Recebi este discurso com a profunda tristeza,” disse Nelson pestana Bonavena que fez notar que a “ tal dita acumulação primitiva de que ele já tinha falado no passado de se estar a efectuar a mais de uma década e meia e ate hoje nós não vemos os resultados desta acumulação primitiva”.

Angola, disse  criou  “um conjunto de ricos que não foram capazes de se tornarem empresários para serem aquilo que o presidente prometia no passado que quer agora retomar - a promessa para serem a locomotiva do desenvolvimento económico”.

Nelson Bonavena lamentou também  o facto que “o presidente deixou de falar dos problemas sociais que a sociedade vive,” disse.

Nelson Bonavena afirma que apenas os angolanos próximos ao Presidente angolano, José Eduardo dos Santos é que tem direito as riquezas do país.

SÃO PAULO: Sobrinho e o filho mais velho de Eduardo dos Santos, Jota Confidencial e Zenu tentam subordinar Nelo de Carvalho no Brasil


Jota Confidencia e o Zenu tenta subordinar Nelo de Carvalho no Brasil

Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com

Zenu dos Santos

É verdade, convido a todos os Angolanos a lerem as supostas denuncias de subornos  feitas por  Jota Confidencias, de nome verdadeiro, José Avelino dos Santos ( sobrinho do  presidente angolano).
Na verdade, é uma dupla, o Jota Confidencia e o Zenu  ( este filho mias velho  do Presidente José Eduardo dos Santos) que há uns tempos atrás  veio a São Paulo pedir-me ajuda ( ou melhor subornar-me, se quiserem também, corromperem-me) para que eu apoiasse o mesmo a  substituir o  pai.
A prova, para começar,  de que Zenu esteve em São Paulo é esta: “Encontro me consigo Terça-Feira, 12 horas, Hotel Tivoli Mofarrej. Envia-me qualquer numero telefonico disponivel. Ate ja!
Sábado 14:03” . Hospedou-se neste  Hotel, precisamente, perto  do lugar ou bairro em que eu moro.
É só ligarem no mesmo Hotel e perguntarem se ele esteve lá hospedado!
 Para que eu desse o meu apoio a ele ( Zenu) aqui nas Redes Sociais, ajudar formar a ideia de que ele é um ideal substituto do próprio pai para  Presidente da  República; apoio  a  sua  candidatura Presidencial que pode existir no futuro.
Será que o MPLA, já sabe disso? De que um  outro corrupto substituíra o que aí está, e,  para piorar, na pele do filho do anterior!!??
É importante que todos  angolanos e angolanas  leem bem as supostas denuncias de Zenu  e Jota Confidencia, este primo daquele. Porque dentro de dias publicarei,  com provas similares,   75% da versão dos fatos, de todos os fatos!
E  assim, Angolanos e Angolanas, vocês mesmo chegaram a conclusão quem é o herói e anti-herói  na conversa  de suborno que existiu entre eu e as duas duplas, filho e sobrinho, do corrupto Presidente de Angola José Eduardo dos Santos! ? Quem  são  os Corruptos e quem é o anti-corrupto  nesta história toda!?
Boa Sorte a todos os Angolanos e Angolanas  façam o bom uso de vossas inteligências!
Vamos ver se essa corja de corruptos  conseguirá  enganar e convencer alguém!
Nelo de Carvalho
Nelo6@msn.com

domingo, 20 de outubro de 2013

LUANDA: José Eduardo dos Santos culpa Portugal - Por Raul Diniz

JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS CULPA PORTUGAL!

Fonte: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
O regime de José Eduardo dos Santos começa a entender que a situação que JES sua família esta atravessar é tão debilitada em termos de credibilidade, que o presidente do MPLA começa a dizer coisas sem sentido numa altura de reconhecida descredito internacional que o regime atravessa, e, sobretudo no momento presente, que todos reconhecemos a necessidade de angola mudar de vida para seguir outro rumo, e com JES longe da presidência do País.
 DISCURSO IRRESPONSÁVEL  E SEM SENTIDO DE ESTADO DO PRESIDENTE PROFISSIONAL ANGOLANO A MAIS DE TRINTA E QUATRO ANOS NO PODER!
Ficou muito claro que JES envolveu-se num perigoso conflito direto com o povo angolano organizado, ele percebe agora e reconhece estar sozinho nessa critica situação em que se envolveu voluntariamente, de igual modo JES já entendeu que é seguido e vigiado de perto tanto no país como internacionalmente! Todos perceberam já que o regime e seus parcos apoiantes encontram-se desnorteados e temerosamente assustados por entenderem o respaldo do recado recebido da parte do seu maior e melhor parceiro de gatunagem das nossas riquezas, o Portugal politico. José Eduardo dos Santos tentou desviar as atenções atirando à culpa para Portugal, pretendo demonstrar que seria Portugal o responsável pela situação que Angola atravessa, ao chamar a atenção para o seu parceiro de subtração da riqueza desviada pela sua família, o presidente ficou pior em termos de credibilidade que antes da entoação do seu discurso vazio e descontextualizado! A insegurança que JES, a sua família e seu regime atravessam foi sentida por todos nas palavras expressas no seu discurso atabalhoado, onde inquietamente fartou-se de falar, porém, sem nada de concreto trazer, que fosse aceitável e importante para trazer um renovado provir para melhorar o bem estar para toda população angolana descrente e desesperada!
JES NÃO TEM NOÇÃO DA GRANDEZA DO PAÍS QUE TEM ENTRE SEUS DEDOS SUJOS
 Ao transferir a fala do seu discurso, acusando falhas na convivência entre Portugal e o seu regime e ele próprio, quando apenas deveria relatar o estado atual da nação angolana inexistente, JES jogou por terra a sua grande oportunidade de apaziguar-se com a maioria do povo angolano, ele preferiu desviar as atenções para uma falsa situação que não fora chamada para aquela situação. Entendemos que JES escolherá aquele momento perante a comunidade internacional para jogar uma cartada que falhou completamente, pois ao referir-se a uma falsa crise institucional nas relações entre Portugal e o seu regime, demonstrou a natureza maligna da sua essência ao desvalorizar o sofrimento do povo nacional que o quer ver pelas costas! Todos estão de acordo e reconhecem que JES não tem noção da grandeza do país que detém aprisionado entre as suas garras, apenas e só para satisfação dos seus muitos estouvados caprichos, pois ele deduz que a grandeza do nosso país se resume ao seu umbigo, a sua família e aos seus amiguinhos de governação por ele controlados!
PORTUGAL NÃO É NEM NUNCA FOI O PAÍS QUE TRANSFERIU ILEGALMENTE A RIQUEZA DO SEU POVO PARA ANGOLA! PORTUGAL NÃO TEM DE SER CHAMADO PARA UM DISCURSO SOBRE O ESTADO DA NAÇÃO ANGOLANA?
Desde quando é que Portugal é culpado da situação lastimável que Angola e os angolanos vivem? Desde quando a os angolanos naturais da nossa Angola profunda esta ligada aos investimentos dos atuais donos de Angola feitos em Portugal? Aliás, o que nos traz grandes esperanças, é sabermos que Portugal, quer queiramos ou não, é um estado de direito e democrático, e sabemos que o pensamento de todos é validado constitucionalmente, e como todos sabemos, no Portugal livre de hoje, não existem verdades absolutas, nem tão poucas a assombrosa megalomania transplantada do egocentrismo totalitarista de uma só pessoa, não prevalece como verdade real autenticada e aceitável como acontece na Angola JESSEANA.  Acreditamos a maioria de nós democratas angolanos, que com o decorrer dos tempos, Portugal foi-se apercebendo da situação em que alguns políticos mal intencionados e oportunistas, colocaram a face democratizada de Portugal numa situação complexa, ao deixarem-se comprar por tão baixo preço pelo presidente angolano para servirem de tampão, e assim tentarem encobrir as ações degenerativas de um dos piores ditadores do universo politico contemporâneo! O importante aqui, é que Portugal despertou e quer sair dessa periclitante situação, e nós democratas vamos com fé e discernimento ajudar os nossos irmãos portugueses a reconquistar a sua honra e vice versa. Vamos nessa, estamos juntos.

Raul Diniz

sábado, 19 de outubro de 2013

LISBOA: O Abc do Poder angolano

O Abc do Poder Angolano

Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
as figuras angolanos as figuras angolanos
Os angolanos são os investidores estrangeiros como maior peso no PSI-20. O conjunto das suas posições vale cerca de 2,8 mil milhões de euros, valor que oscila em função da volatilidade das acções. A sua influência, contudo, está longe de se esgotar na bolsa. O poder angolano tece-se em várias teias.
António Mosquito e Álvaro Sobrinho. O primeiro tornou-se mediático em Portugal por ser dado como putativo comprador da Controlinveste, empresa que detém, entre outros, o "DN", a "TSF" e o "JN" e "O Jogo". Enquanto esta operação se mantém num impasse, Mosquito vai concretizar a compra de 66,7% do capital da Soares da Costa por 70 milhões de euros. O empresário tem 12% do Banco Caixa Geral Totta e em Angola está em áreas como o imobiliário, o automóvel e o petróleo. Representa as marcas Audi e VW e um dos seus maiores clientes é o Estado angolano. Em Angola há quem o elogie e quem o questione, dizendo que não se lhe conhecesse um negócio que funcione. Já Álvaro Sobrinho, o rosto da família Madaleno (directa ou indirectamente através da Newshold), é dono do jornal "Sol", tem um contrato de gestão do "I", 15% da Cofina (proprietária do Negócios), 1% da Impresa ("Expresso e SIC) e 23,5% da SAD do Sporting. A Newshold comprou também 80% da Cofaco, uma empresa conserveira que tem marcas como o Bom Petisco. Sobrinho foi presidente executivo e não executivo do Banco Espírito Santo da Angola, de onde saiu em conflito nunca assumido publicamente com o BES.
Banca. Os angolanos têm interesses fortes na banca nacional. Assim, Isabel dos Santos controla 19,5 % do capital do BPI e 25% do BIC Português e BIC Angola, dois bancos que têm uma estrutura accionista similar. O BIC Português é liderado por Mira Amaral, o BIC Angola por Fernando Teles. Américo Amorim também tem 25% destes dois bancos. O BIC comprou o BPN ao Estado português no final de 2011 por 40 milhões de euros. Já o general Manuel Hélder Vieira Dias (Kopelipa) detém 10,19% do banco BIG. O maior destaque vai para o BCP, onda a Sonangol é a maior accionista (19,5%) e outra empresa angolana, a Interoceânico, possui 2,6% do capital, alinhando posições com os brasileiros da Camargo Côrrea.
Carlos Silva. É o rosto da Interoceânico e presidente do angolano Banco Privado Atlântico (BPA). É também vice-presidente do BCP e tido como próximo de Manuel Vicente, actual vice-presidente da República de Angola. Está também ligado à Mota-Engil Angola, através de duas empresas, a Globalpactum e a Finicapital (empresas associadas da Sonangol e do BPA) Quanto foi apresentada em Portugal, em Fevereiro de 2011, a Interoceânico anunciou ter 75 milhões de euros para investir em sectores como o financeiro, agro-indústria e a energia. A Interoceânico, através da Finicapital, teve uma parceria com a Impresa em Angola através da qual nasceu a revista "Rumo". A publicação fechou em Janeiro de 2013, numa altura em que o semanário "Expresso" vinha noticiando investigações da justiça portuguesa a altura figuras de Angola.
Daniel Proença de Carvalho. O advogado é presidente não executivo da Zon, cujo maior accionista é Isabel dos Santos. Proença de Carvalho foi também um dos advogados que tratou da restituição de 150 milhões de dólares que Angola havia transferido para um advogado para comprar 49% do Banif. O caso iniciou-se em 1994, mas o Estado angolano só se considerou ressarcido em 2010. É um também um dos accionistas da Interoceânico. O advogado é igualmente presidente não executivo da Cimpor, dominada pela Camargo Corrêa, aliada da Interoceânico no BCP.
Escom. Empresa que o Grupo Espírito Santo acordou vender à Sonangol. O desfecho desta operação, acordada em 2010, tem-se arrastado. Pelo caminho a empresa viu-se sob investigação do DCIAP por causa do dinheiro envolvido na transacção. Entretanto, três gestores terão também sido constituídos arguidos no chamado caso dos submarinos. A polémica em torno da Escom faz também parte de uma "guerra" entre duas facções do poder angolano.
Filipe Vilaça Barreiros. É uma figura discreta que representa o general Kopelipa nos muitos negócios que este tem em Portugal, da banca aos vinhos, através da empresa World Wide Capital. É um apaixonado pelo desporto automóvel e costuma disputar provas ao volante de um Ferrari.
 Galp. Tem dados bons dividendos mas é uma pedra no sapato dos investidores angolanos, Sonangol e Isabel dos Santos, que detêm indirectamente 15% da petrolífera portuguesa, a partir da posição de 45% que possuem na Amorim Energia. Esta 'holding', controlada a 55% por Américo Amorim, tem uma posição de 33,34% da Galp. Os angolanos sempre quiseram ter uma participação mais activa na gestão da Galp, mas Amorim tem-se constituído como um obstáculo a esta pretensão. Este é um dos motivos do seu mau relacionamento com Isabel dos Santos.
Higino Carneiro. Discreto, influente e muito rico. São-lhe atribuídos investimentos em Portugal nas áreas da hotelaria e restauração. Já foi ministro das Obras Públicas de Angola. É actualmente governador da província do Kuando Kubango. Terá perdido influência política.
Isabel dos Santos. É a empresa com investimentos mais elevados e notórios em Portugal. Concretizou agora a fusão da Zon com a Optimus, é accionista do BPI, do BIC e da Galp e a "Forbes" classificou-a como a primeira multimilionária africana. Além do casamento com a Optimus tem um acordo com a Sonae para implantar a cadeia de hipermercados Continente em Angola. O facto de ser filha do presidente da República, José Eduardo dos Santos, coloca-o sob constante escrutínio. Os seus defensores realçam os seus méritos como empresária e as suas apostas acertadas. Os seus críticos dizem que só chegou a este nível por ser filha de quem é.
José Eduardo dos Santos. É presidente de Angola desde 1979 e esta sua longevidade na liderança, a maior em África, diz praticamente tudo sobre o seu poder. Tem conhecimento, directo ou indirecto, de todos os investimentos em Portugal e tem sido, no interior do MPLA, um dos defensores da aproximação entre os dois países. O relacionamento a nível governativo melhorou significativamente a partir da chegada de José Sócrates a primeiro-ministro. O grande receio reside em saber se após a saída de Eduardo dos Santos, Angola conseguirá manter a sua estabilidade social e política.
Kopelipa. Nome pelo qual é conhecido o general Manuel Hélder Vieira Dias. Ministro de Estado e chefe da Casa Militar de José Eduardo dos Santos. A seguir ao presidente, será provavelmente a segunda figura mais poderosa em Angola. Em Portugal tem investimentos pessoais em imobiliário, avaliados em mais de 10 milhões de euros, quintas no Douro, e uma participação de 10,19% no banco BIG. Kopelipa é o homem em que José Eduardo dos Santos tem total confiança. E isto basta para ilustrar a sua influência.
Lopo do Nascimento. Foi primeiro-ministro, ministro e secretário-geral do comité central do MPLA. No início da primeira década do século XXI houve quem olhasse para ele como um figura credível que poderia congregar as elites descontentes com o Governo do país. Hoje é deputado eleito pelo MPLA. Em 2010 integrou um consórcio que adquiriu 49% da Coba, uma empresa portuguesa de consultoria em engenharia civil e ambiental. É actualmente presidente do conselho geral e de supervisão desta empresa.
Mário Leite da Silva. Discreto. O economista que Isabel dos Santos foi resgatar aos quadros de Américo Amorim é o número dois da empresária angolana e uma pessoa da sua máxima confiança. Está, por exemplo, nas administrações da Zon, BPI e De Grisogono, uma empresa suíça de jóias e relógios que Isabel dos Santos comprou.
 Noé Baltazar. Ex-presidente da Endiama e que manteve negócios no sector dos diamantes. É muito próximo de José Eduardo dos Santos e um dos muitos ilustres angolanos que comprou um apartamento no Estoril Sol Residence. A "Maka Angola" baptizou-o de "prédio dos angolanos". Lá têm casa, entre outros, José Pedro Morais (ex-ministro das Finanças), António Domingos Pitra Neto (actual ministro da Administração Pública), Álvaro Sobrinho (Newshold) e Teresa Giovetty, mulher do general Kopelipa.
 Oloeoga. Empresa que se dedica à produção de azeite e que tem como accionista Monteiro Pinto Kapunga, deputado do MPLA eleito pelo círculo de Malanje. Em 2008 juntou-se ao elvense João Garção e investiram dois milhões de euros num lagar de azeite.
 Strong/Strong--Paulo Azevedo. O seu pai, Belmiro de Azevedo, tinha dúvidas em relação a Angola. Paulo, se as tem, não as mostra. Aliou-se a Isabel dos Santos para fundir a sua empresa de telecomunicações, a Optimus, com a Zon, e também acordou com a empresária a instalação de hipermercados Continente em Angola. Isabel dos Santos criou a empresa Condis que terá uma participação de 51% neste projecto, ficando a Sonae com uma posição minoritária.
 Quintas. Quinta da Marinha, Quinta do Lago ou Quinta da Beloura. São três exemplos de empreendimentos imobiliários de luxo onde a elite angolana tem casa. Estes investimentos revelam o seu poder financeiro, mas são também um porto seguro caso a situação social e política em Angola se deteriore, em resultado do processo de sucessão de José Eduardo dos Santos.
 Rafael Marques de Morais. O jornalista e líder do site Maka Angola é porventura o crítico do regime com maior notoriedade. Recentemente foi co-autor de um artigo publicado pela "Forbes" que atribui o enriquecimento de Isabel dos Santos a favores do pai. É autor do livro "Diamantes de Sangue: Tortura e Corrupção em Angola" e alvo de processos movidos por generais angolanos. A sua exposição mediática irrita solenemente a nomenclatura angolana.
 Sindika Dokolo. Marido de Isabel dos Santos. É membro da administração da Amorim Energia. Possui a mais importante colecção de arte africana contemporânea, com cerca de três mil obras. É cada vez mais influente no círculo restrito de José Eduardo dos Santos.
Tobis. A empresa portuguesa produtora de cinema foi comprada por investidores angolanos em 2012, os quais pagaram ao Estado português sete milhões de euros. A Tobis foi adquirida pela Filmdrehtsich , detida a 100% por uma sociedade com sede em Angola, a Berkeley Gestão e Serviços, cujos accionistas se desconhecem. Em 2007, Pepetela, um dos mais aclamados escritores angolanos, havia publicado um livro intitulado "O Terrorista de Berkeley, Califórnia". A participação da Berkely foi posteriormente comprada pela Elokuva, também angolana. A Filmdrehtsich tem como gerente Maria Pereira Vinagre.
 Unitel. É a principal empresa de telecomunicações de Angola. Isabel dos Santos é accionista de referência e a PT tem uma participação de 25%. Com a fusão Zon/Optimus esta aliança será certamente reavaliada. O processo de separação terá tanto de natural como de demorado.
 Viauto. Empresa de comércio automóvel que Manuel Hélder Vieira Dias "Júnior", filho de Kopelipa, comprou em 2012 à Santogal, do Grupo Espírito Santo. Representa em Portugal as marcas de luxo Ferrari e Maserati.
 Welwitschia. Nome de baptismo de Tchizé dos Santos, filha de José Eduardo dos Santos. Em 2012 comprou 30% da Central de Frutas do Painho, através da empresa Goodness Country. Esta empresa é uma organização de produtores de pêra rocha do Cadaval, região de onde é originário o seu marido, Hugo Pêgo.
 Xadrez. A maior parte dos investimentos angolanos são feitos através de várias empresas que partilham accionistas. Um autêntico jogo.
 YUAN. Moeda simboliza as relações fortes entre a China e Angola, dois países que têm um peso determinante no PSI-20: a China através da EDP, Angola com posições diversas.
 Zon. Isabel dos Santos tornou-se accionista maioritária da empresa e depois lançou-se no processo de fusão da empresa com a Optimus. A Zon é uma das estrelas cintilantes na constelação dos seus interesses no sector das telecomunicações.
Por Celso Filipe
Jornal de Negócios

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

LISBOA: Euro-Deputada Ana Gomes pressiona Comissão Europeia sobre a prisão politica do adolescente Nito Alves

Ana Gomes Pressiona Comissão Europeia sobre Nito Alves
por Maka Angola - 18 de Outubro, 2013
A eurodeputada Ana Gomes enviou ontem, 17 de Outubro, uma carta ao presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e à Alta Representante da UE para a Política Externa, Catherine Ashton, sobre Nito Alves, um menor de 17 anos detido em Luanda desde 12 de Setembro.
 
Manuel Chivonde Baptista Nito Alves foi detido a 12 de Setembro por alegado crime de ultraje ao presidente da República e continua preso sem acesso a advogado ou a visitas. Nito Alves foi detido por alegadamente ter encomendado a impressão de 20 camisolas com os dizeres “José Eduardo Fora! Ditador nojento”.
 
Durante vários dias, a Direcção Provincial de Investigação Criminal de Luanda (DPIC) manteve Nito Alves em regime de prisão solitária. O menor foi transferido para a Comarca Central de Luanda a 3 de Outubro, onde se encontra de momento a partilhar cela com adultos acusados de crimes violentos. Devido às más condições sanitárias da cela onde se encontra, o estado de saúde de Nito Alves tem vindo a deteriorar-se e ele sofre de vómitos e diarreia. As autoridades penitenciárias não têm permitido a sua assistência médica.
 
A eurodeputada sublinha que a detenção de Nito Alves é ilegal de acordo com a legislação angolana uma vez que, sendo menor, ele não pode ser mantido em prisão preventiva.
 
Na carta, a eurodeputada pergunta a Durão Barroso se a delegação da UE em Angola tentou visitar Nito Alves na prisão e se foram tomadas medidas pelas autoridades europeias para pressionar o governo angolano a libertar o menor.
 
O Maka Angola, o Club-K e a Associação Mãos Livre estão a fazer circular uma petição pública exigindo a liberdade imediata de Nito Alves. A petição pode ser encontrada aqui (português) eaqui (inglês) .