Violência continua em Moçambique, diálogo não
Enquanto isso, a Renamo indica nomes de mediadores internacionais para as negociações, uma proposta que o executivo de Armando Guebuza continua a recusar.
Os confrontos registaram-se perto da vila de Tambarara, tendo uma pessoa perdido a vida nos arredores da Gorongosa, onde foi morto um comerciante local, que teve os seus bens saqueados.
Em Nhatsapa e Tazoronda, outras duas pessoas morreram atingidas por projécteis.
Em declarações à agência portuguesa Lusa, um morador disse que “os ataques foram intensos na quinta e sexta-feira, e no sábado de manhã já na vila de Gorongosa demoraram quase três horas.
As investidas intensificaram-se desde que o exército tomou de assalto e a base de Sadjundjira, onde vivia há um ano o líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Afonso Dhlakama.
A guarda presidencial da Renamo viria a recuperar ao exército a base nos finais de Novembro.
As escaramuças entre as partes têm provocado o aumento de deslocados das zonas rurais, sobrecarregando a vila da Gorongosa.
As estatísticas governamentais indicam que 552 famílias refugiaram-se na vila da Gorongosa, nos últimos dois meses devido aos ataques no interior, atribuídos a guerrilheiros da Renamo.
Enquanto isso, em Maputo os líderes dos dois principais partidos, a Frelimo, no poder, e a Renamo, continuam o diálogo de surdos dos últimos meses.
Depois de o Governo ter aceitado dois observadores nacionais propostos pela Renamo e de ter recusado a presença de observadores internacionais, aquele partido da oposição refaz a proposta em carta enviada ao presidente da República no passado dia 5.
Na carta, o partido de Afonso Dhlakama quer que o diálogo que insiste em chamar 'negociações”, seja mediado pelo constitucionalista moçambicano, Gilles Cistac, o bispo italiano Matteo Zuppi, o ex-presidente su-africano, Thabo Mbeki e um representante não identificado da União Europeia.
A composição - um moçambicano e três mediadores estrangeiros – é a mesma da equipe de mediadores nas negociações de paz havidas em Roma entre 1990 a 1992.
Quanto aos observadores, a Renamo propõe quatro moçambicanos – o bispo anglicano Dinis Sengulane; o académico e Reitor da Universidade Politécnica, Lourenço do Rosário; o ex-reitor da Universidade Eduardo Mondlane, Filipe Couto; e Alice Mabota, a presidente da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos.
Na lista de propostas, Renamo avança também seis observadores estrangeiros, mas todos são países no lugar de indivíduos: os Estados Unidos, China, Portugal, Cabo Verde, Quénia e Botswana.
O Governo, através do chefe da sua delegação, José Pacheco, reiterou que o Executivo não vai aceitar a presença de observadores estrangeiros.
Ou seja, mais uma segunda-feira, mais uma semana de impasse na crise que marca Moçambique neste 2013.
Em Nhatsapa e Tazoronda, outras duas pessoas morreram atingidas por projécteis.
Em declarações à agência portuguesa Lusa, um morador disse que “os ataques foram intensos na quinta e sexta-feira, e no sábado de manhã já na vila de Gorongosa demoraram quase três horas.
As investidas intensificaram-se desde que o exército tomou de assalto e a base de Sadjundjira, onde vivia há um ano o líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Afonso Dhlakama.
A guarda presidencial da Renamo viria a recuperar ao exército a base nos finais de Novembro.
As escaramuças entre as partes têm provocado o aumento de deslocados das zonas rurais, sobrecarregando a vila da Gorongosa.
As estatísticas governamentais indicam que 552 famílias refugiaram-se na vila da Gorongosa, nos últimos dois meses devido aos ataques no interior, atribuídos a guerrilheiros da Renamo.
Enquanto isso, em Maputo os líderes dos dois principais partidos, a Frelimo, no poder, e a Renamo, continuam o diálogo de surdos dos últimos meses.
Depois de o Governo ter aceitado dois observadores nacionais propostos pela Renamo e de ter recusado a presença de observadores internacionais, aquele partido da oposição refaz a proposta em carta enviada ao presidente da República no passado dia 5.
Na carta, o partido de Afonso Dhlakama quer que o diálogo que insiste em chamar 'negociações”, seja mediado pelo constitucionalista moçambicano, Gilles Cistac, o bispo italiano Matteo Zuppi, o ex-presidente su-africano, Thabo Mbeki e um representante não identificado da União Europeia.
A composição - um moçambicano e três mediadores estrangeiros – é a mesma da equipe de mediadores nas negociações de paz havidas em Roma entre 1990 a 1992.
Quanto aos observadores, a Renamo propõe quatro moçambicanos – o bispo anglicano Dinis Sengulane; o académico e Reitor da Universidade Politécnica, Lourenço do Rosário; o ex-reitor da Universidade Eduardo Mondlane, Filipe Couto; e Alice Mabota, a presidente da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos.
Na lista de propostas, Renamo avança também seis observadores estrangeiros, mas todos são países no lugar de indivíduos: os Estados Unidos, China, Portugal, Cabo Verde, Quénia e Botswana.
O Governo, através do chefe da sua delegação, José Pacheco, reiterou que o Executivo não vai aceitar a presença de observadores estrangeiros.
Ou seja, mais uma segunda-feira, mais uma semana de impasse na crise que marca Moçambique neste 2013.