domingo, 5 de janeiro de 2014

LUANDA: Imprensa estatal angolana é contra os interesses nacionais

Imprensa estatal angolana é contra os interesses nacionais - Domingos da Cruz

Jornalista diz que a imprensa estatal angolana é um intrumento de manipulação
    TAMANHO DAS LETRAS 

    A imprensa pode ser usada para fortalecer estados totalitários e o exemplo disso é Angola, defende em entrevista à Voz da América o jornalista e escritor angolano Domingos da Cruz.

    “O partido no poder faz dos órgãos de comunicação públicos seu instrumento de manipulação da propaganda política ou partidária,” disse o jornalista que tem publicado no mercado o livro “ A Liberdade de Imprensa em Angola – obstáculos e desafios no processo de democratização”, lançado no ano passado em Luanda.

    É um livro que resulta da dissertação de mestrado numa universidade brasileira em 2011.

    Domingos da Cruz disse que Angola é actualmente “um caso único no mundo” pois é um país “onde se pode identificar a imprensa ao serviço do poder”

    “A imprensa em vez de ser um instrumento que viabiliza o processo de democratização pelo contrário a imprensa angolana particular aquela que está sob controlo do poder hegemónico fortalece o autoritarismo, fortalece e exclusão,” disse.

    “Pode-se dizer que a imprensa angolana está a jogar um papel contra os interesses nacionais,” acrescentou.

    Referindo-se à falta de liberdade de imprensa Domingos da Cruz recordou os vários jornalistas assassinados em Angola ao longo dos anos.

    “Não se pode falar de liberdade de imprensa sem falar de liberdade de expressão,” disse Domingos da Cruz que se referiu ainda aos processo judiciais iniciados contra jornalistas como Rafael marques, William Tonnet  “e tantos outros”.

    O jornalista referiu-se ainda às dificuldades impostas ao registo de órgãos de informação ou autorização para transmissão de radio.

    LISBOA: Morreu o Rei Eusébio da Silva Ferreira "o Pantera Negra"

    MORREU O REI 
    Eusébio da Silva Ferreira, 71 anos, glória do Benfica, morreu esta madrugada devido a uma paragem cardio-respiratória.
    Fonte: Diário Economico
    Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
    05.01.2014
    Génio, ídolo, património nacional, embaixador, estátua viva - tudo isto está associado ao nome mítico de Eusébio da Silva Ferreira que fez História no Desporto e muito além dele, ganhou dimensão planetária, encheu de alegria os corações dos adeptos, alterando o próprio curso histórico do futebol português e internacional. Portugal e o Benfica conquistaram respeito pelos relvados do Mundo fora com as suas jogadas magistrais, os seus remates invulgares, os golos inesquecíveis. Aos 71 anos, o generoso coração de Eusébio parou. Mas os seus feitos vão perdurar na memória colectiva.
    África e as ruas pobres do bairro da Mafalala, na então Lourenço Marques, em Moçambique, foram, na década de 50, os primeiros palcos de expressão para o futuro talento do futebol mundial. Bola de trapos, pés descalços, o futebol era o passatempo favorito com os amigos. Laurindo, o pai que era angolano, morrera de tétano aos 35 anos, após uma vida de trabalho nos caminhos-de-ferro moçambicanos, tendo sido a mãe, Dona Elisa Anissabana, a cuidar sozinha da educação dos filhos.
    Entre os 12 e os 15 anos, depois de o cauteleiro Chico dar notícia das suas qualidades, foi num clube chamado "Os Brasileiros", ainda no bairro, que começou o brilhante trajecto. Porém, depressa iria chegar o interesse do Sporting através da filial de Lourenço Marques, após indicação de Hilário - amigo dos irmãos mais velhos de Eusébio -, que jogaria no clube de Alvalade. O menino preferiu o Desportivo, filial do Benfica, mas as duas experiências correram mal, foi rejeitado e, por isso, entrou no rival e ali jogou durante três anos.
    Do duelo ao primeiro aviso
    Com 18 anos já não restavam dúvidas quanto às suas reais capacidades, mas de Lisboa chegaram indicações de que o Sporting pretendia experimentá-lo. Seria Dona Elisa a decidir que o filho só viajaria para Portugal com um contrato assegurado. Isso mesmo foi apresentado pelos enviados do Benfica e, a 17 de Dezembro de 1960, Eusébio chegou à capital portuguesa para jogar na Luz.
    No entanto, durante cinco meses ainda decorreu um mini-folhetim rocambolesco a propósito da contratação - o documento de desvinculação não chegava do Sporting de Lourenço Marques, as diversas entidades analisavam o assunto e a oficialização tardava. Até que, a 13 de Maio de 1961, por 400 contos, a filial moçambicana dos sportinguistas enviou mesmo o documento e o assunto ficou resolvido.
    Passaram 10 dias até ao primeiro jogo com a camisola do Benfica, a 23 de Maio de 1961, frente ao Atlético (três golos na vitória por 4-2), mas já não foi a tempo de ser integrado na equipa que, um dia depois, rumou a Berna para conquistar o primeiro título europeu com o Barcelona. A estreia oficial no campeonato processou-se a 9 de Junho e Eusébio contribuiu com um golo para a goleada ante o Belenenses (4-0).     
    Uma semana mais tarde, no Torneio de Paris, aconteceu o primeiro encontro com o Rei Pelé, de quem seria amigo pela vida fora, e logo de modo marcante: o Benfica defrontava o Santos, perdia por 0-5, Eusébio entrou e, em cerca de um quarto-de-hora, apontou três golos, além de sofrer uma grande penalidade falhada por José Augusto. No final, o resultado seria de 6-3, mas o aviso internacional estava feito.
    Instinto desequilibrador
    A partir daqui, as espectaculares acções de Eusébio, a potência dos remates, a estonteante velocidade, os dribles desequilibradores, mudaram um pouco de tudo. No futebol português, a hegemonia começada pelo Sporting dos Cinco Violinos transferiu-se para a Luz, traduzindo-se na conquista de 11 títulos e cinco Taças; na Europa, dois golos na final da Taça dos Campeões Europeus de 1962, com o Real Madrid do seu ídolo Alfredo di Stéfano, valeram-lhe a Bola de Prata europeia, apenas atrás do checo Masopust (vice-campeão mundial frente ao Brasil) - ganharia o troféu em 1965, após a final europeia em que foi derrotado pelo Inter, perdendo o do ano seguinte por um ponto (jogara a final da Taça dos Campeões em 1963 ante o Milan e jogaria a de 1968 com o Manchester United, perdendo ambas); no Mundo, aos 25 anos, o papel que interpretou na campanha dos Magriços, tornando-se melhor marcador do Mundial em que Portugal garantiu a melhor presença de sempre (terceiro lugar) com nove golos, abriu as portas para um respeito universal que é eterno.
    Um ano antes, a Juventus apresentara uma proposta fabulosa para o contratar e tudo parecia decidido quanto à sua saída. Contudo, seria o próprio Salazar a interpor-se na decisão, recusando a transferência com o argumento de que Eusébio era "património nacional". Em 1966, cerca de um ano depois do casamento com Flora, o Inter convidou o casal para passar mini-férias em Milão com o objectivo de convencer Eusébio a ficar. Dessa vez só o Mundial evitou a saída, pois a Itália foi afastada pela Coreia do Norte e os responsáveis italianos vetaram a entrada de jogadores estrangeiros.     
    Dos 75 jogos e 57 golos nas competições europeias, a maior parte (65 encontros e 46 golos) foram na Taça dos Campeões, sinal evidente de um desempenho histórico. Na selecção nacional foi, durante muitos anos, líder com 64 jogos e 41 golos, além de ter sido convidado para selecções da FIFA (quatro) e da UEFA (cinco). Em 1972, na Minicopa realizada no Brasil, ainda ajudou Portugal a chegar à final, perdida (0-1) com o país anfitrião. Tudo somado, a carreira fez-se com mais de 700 jogos e 1.137 golos, 320 dos quais no campeonato nacional, 317 pelo Benfica. E chamaram-lhe Pantera Negra.
    Para sempre
    Em 1976, depois de seis dolorosas intervenções cirúrgicas no joelho esquerdo, fez o último jogo pelo Benfica. Ainda voltou a recusar o Sporting antes de actuar pelo Beira-Mar. Seguiu-se percurso no futebol norte-americano e o final da carreira no União de Tomar. Voltaria à Luz na década de 80, primeiro nas equipas técnicas de Sven-Goran Eriksson, mais tarde como embaixador do clube e, num papel mais recente, enquanto embaixador da Federação.  
    Uma vida feita de alta intensidade deixou marcas e o coração lançou vários avisos ao mito até falhar esta madrugada. "A minha infância foi igual à de tantos e tantos miúdos", contava Eusébio. Como um miúdo, chorou de tristeza na derrota com os ingleses que o afastou da final do Mundial em 1966. Como um miúdo, chorou de alegria ao ver a selecção qualificar-se para a final do Europeu em 2004. Como miúdos choramos todos nós agora, unidos no respeito a um fenómeno incomparável.     
    Currículo
    Eusébio da Silva Ferreira
    Data de nascimento: 25 de Janeiro de 1942, em Lourenço Marques (actual Maputo), Moçambique
    Clubes: Benfica, Beira-Mar, Rhode Island Oceaners, Boston Minuttemen, Monterrey, Toronto Metros, Las Vegas Quicksilver, New Jersey Americans e U. Tomar
    Taça dos Campeões: 1961/62
    Liga: 11 títulos (60/61, 62/63, 63/64, 64/65, 66/67, 67/68, 68/69, 70/71, 71/72, 72/73 e 74/75)
    Taça de Portugal: 5 troféus (61/62, 63/64, 68/69, 69/70 e 71/72)
    Melhor marcador da Liga em 63/64 (28 golos), 64/65 (28), 65/66 (25), 66/67 (31), 67/68 (42), 69/70 (21) e 72/73 (40)
    Selecção: 64 jogos/41 golos (melhor marcador no Mundial 66 com nove golos)
    Bola de Ouro: 1965
    Bota de Ouro: 67/68 (42 golos) e 72/73 (40 golos)
    Provas da UEFA: 75 jogos/57 golos
    Campeonato da NASL (liga norte-americana): 1976
    Medalha de prata da Ordem do Infante D. Henrique (1966); Grande Colar do Mérito Desportivo (1981); Águia de Ouro do Benfica (1982); Grande Colar de Honra ao Mérito Desportivo (1990); Ordem do Infante, medalha de ouro da cidade de Lisboa e estátua no Estádio da Luz (1992); Ordem de Mérito da FIFA (1994); Terceiro melhor jogador do século XX para a FIFA, a seguir a Pelé e Maradona (2000).  


    LUANDA: Antevisão de Angola para 2014

    Antevisão de Angola em 2014

    Assembleia Nacional Angola
    Assembleia Nacional Angola

    TAMANHO DAS LETRAS
     
    Fonte: VOA-Agostinho Gayeta
    Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa

    LUCAPA: Terror continua nas Lundas

    Terror Continua nas Lundas
     Fonte: Maka Angola 
    Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
    04 de Janeiro, 2014

    O supervisor da empresa privada de segurança Bikuar, conhecido como Ratinho, disparou à queima-roupa e atingiu, na cabeça, Maró Maria Franco, de 28 anos. O corpo do motorista inclinou-se ligeiramente para a frente. A cabeça tocou no volante, a chave continuou na ignição. O jovem morreu sentado, por volta das 13h45, na viatura que conduzia, a 27 de Dezembro, na área diamantífera de Calonda, no município do Lucapa, província da Lunda-Norte.

    A seu lado, o jovem que o acompanhava, no Toyota Land-Cruiser, saiu ileso.

    Matar tem sido o lema entre os guardas das empresas privadas de segurança, ao serviço das companhias diamantíferas, nas Lundas. A impunidade tem sido a palavra de ordem entre os proprietários das referidas empresas, por norma altos oficiais do exército e da Polícia Nacional.

    Nesse cortejo de mortes, a diferença tem estado apenas nos detalhes sobre como a vida alheia, nas Lundas, não vale nada.

    Segundo depoimentos prestados pelo irmão do malogrado, António Aleluia, de 19 anos, que se fez presente ao local, Maró Maria Franco foi morto porque se recusou a entregar a chave da viatura. O supervisor da Bikuar havia bloqueado a via com outra viatura e exigiu a chave para confisco do Toyota. “O meu irmão disse que estava conduzir na via pública e não tinha nada de entregar as chaves. Foi morto por isso”, reafirmou António Aleluia .

    Maró Maria Franco trabalhava para um comprador de diamantes de nacionalidade senegalesa, conhecido localmente como o Boss Petit Ba. Transportou uma equipa de garimpeiros, ao serviço do seu patrão, para uma zona de exploração artesanal. A abordagem fatal aconteceu na sua viagem de regresso.

    “Eu fui remover o corpo do meu irmão porque a polícia estava lá no local, incluindo o comandante da Polícia do Sector de Calonda, o intendente Mário Muandumba, mas não fazia nada e as horas passavam”, disse António Aleluia.

    “ Só depois de eu ter pegado no corpo, um dos oficiais disse para eu esperar, para eles tirarem dados. Como eu estava muito nervoso, colocaram-me na viatura do próprio comandante Muandumba”, afirmou o irmão da vítima.

    Na viatura do comandante encontrava-se já o motorista da Alfa-5, que transportava o supervisor da Bikuar e, segundo depoimentos recolhidos junto da polícia local, terá facilitado também a sua fuga da cena do crime.

    A Alfa-5 e a Bikuar prestam serviços privados de segurança à Sociedade Mineira de Angola (Somipa), a empresa diamantífera que actualmente faz a prospecção de diamantes no Calonda.

    O General JJ

    De acordo com o depoimento de António Aleluia, na viagem de regresso à vila de Calonda, “o comandante Muandumba falou com o general JJ, a quem tratava por sua excelência, para ficar tranquilo. ‘Sua excelência, vou pôr tudo em ordem, fica calmo’ dizia o comandante”.

    O general JJ, cuja verdadeira identidade a testemunha desconhecia, é o segundo comandante provincial da Polícia Nacional no Uíge, subcomissário José João. Até recentemente, o subcomissário exercia as mesmas funções na província da Lunda-Norte. É o principal responsável da empresa Bikuar, no relacionamento com as autoridades locais.

    Maka Angola tem acompanhado as intervenções pessoais do general JJ junto da polícia local, sempre que os guardas da empresa cometem actos de homicídio e outros crimes.

    João Inácio, tio do malogrado, interveio na narrativa para reafirmar o que é um segredo público na Lunda-Norte. “Os donos dessa empresa são o general JJ, o próprio governador provincial da Lunda-Norte, Ernesto Muangala, e o empresário Santos Bikuku. Não vamos esconder a realidade”.

    “Essa empresa é um exército clandestino que criaram para dar cabo do povo”, alegou o tio da vítima.

    Em reacção ao homicídio, centenas de populares tomaram de assalto o principal acampamento da Bikuar, situado fora do perímetro da mina, tendo os guardas abandonado o local em debandada. Efectivos policiais foram enviados ao local para dispersar a população a tiro, quando estes destruíam e saqueavam o referido acampamento.

    Já no comando policial de Calonda, o comandante Muandumba telefonou ao “general JJ”, diante de vários membros da família do malogrado, para negociar uma compensação. “Na nossa presença, o comandante perguntou-nos o que queríamos, para transmitir ao general JJ”.

    O tio João Inácio detalhou a conversa entre o padrasto, em representação da família, e o comandante, em nome do subcomissário José João. O padrasto recusou-se a negociar sem a presença dos familiares directos, na altura em viagem para o local, e exigiu apenas o montante devido para a realização das despesas do funeral, avaliadas em um milhão de kwanzas (US $10,000).

    “O comandante Muandumba ligou outra vez para o general JJ [o subcomissário] apresentou a proposta e recebeu instruções e um número de telefone para ligar à direcção da Somipa, para a empresa efectuar o pagamento”, revelou João Inácio.

    Maka Angola teve acesso às duas notas de entrega de um total de 900,000 kwanzas à família. A nota da Somipa, datada de 31 de Dezembro, indicava a contribuição de 500,000 kwanzas da concessionária diamantífera e foi assinada pelo seu director de operações, Viacheslav Savelyev. A segunda nota, de 400,000 kwanzas, como contribuição da Bikuar, foi assumida pela Esquadra policial de Calonda e assinada pelo seu comandante, Mário Muandumba.

    “Venho por intermédio desta informar que Esquadra Policial do Calonda que em função do incidente ocorrido no dia 27 de Dezembro de 2013, às 13:45 que vitimou o cidadão Maró Maria Frank procedemos à entrega de 400,000,00 Kz (quatrocentos mil kwanzas) valores provenientes da direcção da Bikuar à mãe da vítima senhora Maria Tchabua Ngamba (…)”, lia-se na nota de entrega da polícia.

    No entanto, os montantes só foram entregues a 2 de Janeiro.

    Injecções de Gasolina no Corpo

    Apesar dos grandes anúncios de desenvolvimento que têm ocorrido no país, a morte de Maró Maria Franco expôs a falta de uma morgue no município do Lucapa, uma área com mais de 80,000 habitantes e rica em diamantes.

    Os familiares tiveram de levar o corpo directamente para casa. O enterro seria realizado no dia seguinte, enquanto aguardavam pela chegada de mais familiares provenientes de Luanda e Cafunfo.

    “Para não inflamar e manter o corpo até ao enterro, tínhamos de injectá-lo regularmente com gasolina. É assim que fazemos aqui para conservarmos os nossos mortos até serem enterrados”, explicou João Inácio.

    sábado, 4 de janeiro de 2014

    MALANJE: Baixa de Cassange não foi conquista nem é apanagio do MPLA/JES - Por Raul Diniz

    BAIXA DE CASSANGE NÃO FOI CONQUISTA NEM É APANAGIO DO MPLA/JES

    Fonte club-k.net
    Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
    04.01.2014
    Torna-se doloroso e até mesmo intrigante a todo bom militante do MPLA ver o partido dos seus sonhos afundar-se completamente, e também assistir impávido o seu descarrilamento, pontificando de seguida para uma inigualável descaracterização, daquele que já foi considerado um dos maiores baluartes atuantes da cena politica e militar dentre os então movimentos, que ajudaram a libertar Angola do jugo colonial fascista.
    A QUEDA VERTIGINOSA DO PARTIDO QUE JÁ FORA CONSIDERADO O MAIOR MOVIMENTO POLITICO MILITAR EM ÁFRICA!
    O MPLA foi no passado recente considerado um potente desiderato da plenitude politica libertadora que a África já vira alguma vez atuar no contexto mobilizador do pós-guerrilha. Inexplicavelmente o partido que em outros tempos dera provas da sua grandeza e de fidelidade perante os angolanos, por ter estado sempre ao lado do povo na peleja contra a FNLA e UNITA no passado recente, para admiração de todos, agora vemos o partido dos camaradas claudicar e dar mostras de tamanha desfaçatez por desequilibrar sequencialmente no relacionamento salutar com o povo e sobretudo por perder junto do povo a sua identidade de partido de massas.
     A atual direção do MPLA/JES movimenta-se descompassadamente por subterrâneos obscuros onde a ganancia funciona juntamente com o nepotismo e a desqualificável ilicitude da corrupção há mais de trinta e quatro anos sob comando direto do enigmático líder mafioso José Eduardo dos Santos, que por sua vez se encontra circundado pelos seus confrades gatunos e assassinos.
    A muito que a vagabundagem mesquinha infiltrada no seio do MPLA sequestrou o partido acabando mesmo por assassinar os verdadeiros ideais do valoroso MPLA; essa situação levou a outras ainda mais estranhas, terminando por alterar tremendamente o modus operandi do grande partido de massas que fora no passado recente. Hoje o MPLA não passa de um farrapo transformado num horripilante partido elitista complexado, e está completamente descaracterizado e se encontra bastante longe dos objetivos para que foi criado.
    O MPLA DE OUTRORA E O DE HOJE NADA TÊM EM COMUM!
    O MPLA de hoje está perto do fim da linha, e atingirá com toda certeza o limite que o levará a derrocada total! Se o MPLA não se encontrar rapidamente e fortalecer-se buscando a sua identidade de partido popular, e modificar já a seu estilo impopular de fazer politica não haverá salvação possível que evite um total rompimento das relações substancialmente enfraquecidas entre a ensoberbada cúpula altista do partido já de si bastante quebrado, e o povo que se encontra ressabiado e desiludido ao extremo.
    Para se entender melhor essa minha preocupada observação, basta para isso retroceder um pouco no tempo, e verificarmos in loco, que o partido de outrora, e o de hoje nada têm em comum.
    Vislumbramos hoje um MPLA fraco, mentiroso, sem ritmo e completamente acuado e desestruturado, sem o reconhecimento aceitável, completamente inanimado e muito instável, que sobrevive apenas dos desencantados discursos do seu chefe de quadrilha.
    José Eduardo dos Santos a muito deveria ter-se ido embora e por acumulo que leva-se igualmente suas filhas e filhos e demais familiares e seus diletos amigos para que o partido aprende-se a lidar com os novos tempos para evitar eventuais tempestades, e, assim  pode-se vir sobreviver as experiências da nova era do pós-regime de partido único.
    Ninguém em sã consciência poderá afirmar que conhece a capacidade mobilizadora do atual MPLA nesses novos tempos da modernidade politica explicita, e pelo que sabemos ela é de facto nenhuma! Hoje deparamo-nos com um partido sem prestigio nenhum tanto a nível nacional como internacionalmente, na verdade o partido de Eduardo dos Santos vai de mal a pior por esta de tal maneira comprometido com a criminalidade do colarinho branco.
    É sim verdade, e todos sabemos que o MPLA/JES esta totalmente contaminado desde a cúpula até a  base com a corrupção, o nepotismo, o peculato; e essa grande vagabundagem estremada, encontram-se cercadas das riquezas varias roubadas ao seu legitimo dono, o povo. Esses senhores larápios acabaram por esquecer-se do seu ideal maior, que é servir o povo e não valer-se veladamente do eufemismo vulgarizado da roubalheira para se servirem da riqueza e do povo, para alimentarem a sua ganancia que lhes permite viver luxuosamente, como vemos acontecer nos dias de hoje!
    É inacreditável que o partido esteja a viver essa fase de triste vergonha sem que tenha a coragem de exercitar-se e fazer uma refutável inflexão mediática para assim tentar inverter a atual situação, que se agrava a cada dia mais e se torna existencialmente penosa. Taxativamente nego-me a deixar sucumbir o partido MPLA de aspiração popular, um partido vanguardista e de massas que sempre foi desde 1975, e deixa-lo navegar em águas estranhamente turvas situadas em praias elitistas do grande capital flutuante.
    O DIALOGO COM A SOCIEDADE POLITICA E CIVIL ANGOLANA, É A ÚNICA SAÍDA QUE O MPLA POSSUI, PARA SAIR DO OSTRACISMO EM QUE VOLUNTARIAMENTE ENVEREDOU! 
    Atualmente o partido MPLA/JES vive uma situação de tal modo insustentável e verdadeiramente incongruente, que o leva a atingir o apogeu desconfortável da mentira e da ignorância politica sistêmica, e não consegue mais interagir harmoniosamente com a sociedade angolana. O MPLA não é nem nunca foi um partido com experiência nem tem sabedoria suficiente para conviver democraticamente com os demais partidos fora do circulo do poder corrosivo e enganador, comandado pelo doentio ditador Dos Santos.
    Na verdade o futuro politico do valoroso MPLA esta de sobremaneira hipotecado e encontra-se aprisionado em mãos erradas e sujas de sangue, o que, faz-se necessário e urgente resgata-lo das mãos desses interpostos impostores de caráter sinuoso.
    É inevitável aceitar-se que o partido MPLA está completamente desnorteado, sem saída e sem aceitação que o leve a aportar as suas desesperantes memorias malévolas. Como se pode aceitar que o nosso MPLA esteja prisioneiro de gangster e de traficantes de carne humana de mulheres para a prostituição internacional? Como pode um líder que se diz democrata aceitar colocar o partido de rastos? Por acaso a lei não é cega em Angola? Ou ela funciona apenas para punir os ladrões de galinhas e os pretos pobres e vendedores de ovos cozidos?
    AFINAL QUANDO É QUE O PRESIDENTE VITALICIO DO MPLA E DA REPÚBLICA VAI NOTIFICAR O PAÍS, E DAR A CONHECER O POVO SOBRE O AFASTAMENTO NECESSÁRIO DAS LIDES POLITICAS DO SEU SOBRINHO TRAFICANTE DE CARNE HUMANA PARA PROSTITUIÇÃO INTERNACIONAL, E INVETERADO JOGADOR VICIADO DE BATOTA? E QUANDO DARÁ ORDENS AO SEU “PGR” PARA COLOCAR BANDIDO BENTO ANALFABETO KANGAMBA DOS SANTOS NA CADEIA?
    Afinal quando é que o presidente vitalício notificará o país da necessária desvinculação de toda atividade politica partidária do seu famigerado sobrinho Bento Analfabeto Kangamba dos Santos, protagonista de crimes nacional e internacionalmente conhecidos como trafico de carne humana para prostituição internacional e inveterado jogador de batota? Quando veremos o acuado e medroso presidente angolano a mandar colocar na cadeia essa escumalha de bandidos e de outros perigosos meliantes bem posicionados no ranking da comiseração politica degradante do imprestável MPLA/JES!
    A BAIXA DE CASSANGE NÃO É, NEM NUNCA FOI APANAGIO DO MPLA/JES, NEM DE NENHUM PARTIDO E/OU MOVIMENTO POLITICO.
    O caso que se convencionou chamar de os crimes da Baixa de Cassane nunca foi apanágio do MPLA/JES nem de nenhum outro qualquer partido politico. Tratou-se apenas e só de uma revolta do povo ambaquista que se sentiu ultrajado no seu próprio território, e desgastado com a situação, decidiu agir em defesa dos seus interesses contra a COTONANG, empresa colonial fascista vocacionada na altura ao cultivo do algodão.
    Essa antiga empresa do estado colonial, agia maliciosamente restringindo todos os direitos inalienáveis do povo trabalhador autóctone, e insistia tal como o MPLA hoje trata insistentemente os donos da terra como se fossem peregrinos estrangeiros na sua própria terra.
    Hoje podemos taxativamente afirmar que o MPLA/JES a muito ultrapassou o índice da marca dolorosa de proporções descomunais de criminalidade politica do Portugal colonialista, que feriu continuamente o respeitável povo malangino.
     As politicas exclusivistas do regime, que teimosamente nega o direito de integrar os autóctones para acompanhar verificação e fiscalização da gestão da coisa pública, que impudicamente tem sido presuntivamente roubada e desviada ilegalmente para paraísos fiscais em beneficio da família feudal que sequestrou o país politico e financeiro, e subverteu todas as liberdades de ir e vir e de expressão do povo nacional.
    FICARIA MUITO MELHOR AO BUREAU POLITICO DO PARTIDO DE EDUARDO DOS SANTOS FECHAR A MATRACA E APRESENTAR TRABALHO, AO INVÉS DE REIVINDICAR IRREFLETIDAMENTE ALEGÓRICAS VITORIAS VIRTUAIS, ONDE SEQUER TEVE ALGUMA VEZ, QUALQUER INTERVENÇÃO RELEVANTE JUNTO DA PÁTRIA QUIMBUNDO.
    É sim verdade que nessa Assembleia nacional e/ou do povo, tanto faz, o MPLA/JES tudo pode e tudo faz e como quiser fara, para que tudo decorra a seu bel prazer, pois tudo está preparado para que não haja nenhum debate politico verdadeiramente conciliador na Assembleia nacional a respeito do dia 04 de Janeiro dia do morticínio da Baixa de Cassange em malanje.
    Tudo acontece nesse hemiciclo chamado de Assembleia nacional, como se fosse uma nebulosa peça teatral onde sobressai a rotineira mentira enganosa parecida com a encenação de uma desastrada peça teatral desarticulada arrojadamente tragicômica com contornos arrogantes e completamente desarticulada. O MPLA/JES tem vindo a incrementar insistentemente politicas públicas medíocres de exclusão social para agradar apenas uma minoria muito rica em detrimento da maioria esmagadora do povo angolano cada vez mais empobrecido.
     Logo se subentende que o partido de Eduardo dos Santos vai constituir o dia 04 de Janeiro como o dia da repressão colonial. Ora, nós a oposição politica agregada a sociedade politica e cível ativa extrapartidária, podemos desde já, e urgentemente confluir em ideias com força de pensamento, e com atitude congregar os partidos extra parlamentares como o Bloco Democrático para juntos pressionarmos para que seja considerado o dia 27 de Maio de 1977 e o dia 19 de Março de 1992 como o marco da resistência contra repressão neocolonialista.
    Temos que responsabilizar de uma vez por todas o MPLA/JES da praticidade dos crimes claramente hediondos de características políticas neo-fascizantes.
    Fica claro para a sociedade angolana no seu todo dar urgentemente um basta às imensas tropelias e a todas investidas mortais protagonizadas pelo regime do velhote Dos Santos. Não podemos mais continuar a ignorar a letalidade criminosa do regime déspota do presidente bandido, dos seus familiares, e dos amigos meliantes, sob pena de sermos todos aniquilados pelos seus sequazes.

    Raul Diniz

    SÃO TOMÉ: Corrupção afasta mais um ministro

    São Tomé: Corrupção afasta mais um ministro

    É a segunda baixa no governo chefiado por Gabriel Costa alegadamente por prática de actos de corrupção.
    TAMANHO DAS LETRAS 
    Fonte: VOA-Óscar Medeiros
    Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
    Em São Tomé e Príncipe, o presidente da república exonerou o ministro da saúde e assuntos sociais.
    É a segunda baixa no governo chefiado por Gabriel Costa alegadamente por prática de actos de corrupção. Lionel Pontes foi demitido na sequência de um escândalo financeiro no Ministério da Saúde e Assuntos Sociais denunciado pelo partido Acção Democrática Independente no seu site oficial, na noite de passagem de ano.

    O maior partido de São Tomé e Príncipe, na oposição, tornou público uma folha de subsídios de chefia da direcção administrativa e financeira do Ministério da Saúde e Assuntos Sociais onde é atribuído ao Ministro da pasta um subsídio mensal de setecentos dólares norte-americanos para além do seu salário. O pior é que na mesma folha de subsídios de chefia a esposa do Ministro Lionel Pontes, uma cidadã sem qualquer vínculo à função pública santomense é contemplada com a quantia de quinhentos dólares.

    O irmão do Ministro da Saúde e Assuntos Sociais com residência fixa em Angola a mais de uma década também recebe outros quinhentos dólares. Perante a prática deste alegado ato de corrupção, o Presidente da República Manuel Pinto Da Costa sob a proposta do Primeiro-Ministro Gabriel Costa decidiu pela exoneração do Ministro da Saúde e Assuntos Sociais.

    De acordo com um outro despacho de Gabinete do Primeiro-Ministro são tomeense enquanto durar o processo de nomeação do novo ministro as funções de Ministro de Saúde e Assuntos Sociais serão exercidas pelo Primeiro-Ministro e Chefe do Governo, Gabriel Costa. O MDFM/PL, partido da coligação governamental detentor da pasta de Saúde e Assuntos Sociais reuniu entretanto esta sexta-feira a sua comissão política para analisar a exoneração do Ministro Lionel Pontes e a nomeação do novo titular da pasta.

    sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

    LUANDA: Comentário sobre o discurso de fim de ano do ditador angolano-Por Sofrimento Esperançoso


    Comentário sobre o discurso de fim de ano do Presidente da Republica

    Fonte: angola24horas.com
    divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
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     Comentário sobre o discurso de fim de ano do Presidente da RepublicaO discurso proferido por sua excelência Senhor Presidente da República de Angola - José Eduardo dos Santos – constituiu as guloseimas que compensam o amargo das chicotadas e dos tiros pelos quais ele mesmo responde às manifestações populares e em particular dos jovens, por intermédio do seu “braço armado” (UGP – Unidade da Guarda Presidencial).
    O objectivo real mais inconfessado é a permanência no poder, é a manutenção dos milionários é a consolidação do regime de exclusão, perpetuando deste modo a politica instituída: “ Os ricos tornam-se cada vez mais ricos e os pobres tornam-se cada vez mais pobres”.
    O Senhor Presidente apresenta uma apoteose dos “lados bons” dos milionários e um lamento melancólico e cobarde sobre os “lados maus”. Deseja que os paupérrimos continuem a existir sem mínimas condições de existência. Que a ambiguidade!... Opressor bom! Opressor mau! Explorador bom! Explorador mau! Ditador bom! Ditador mau! Saturno bom! Saturno mau!
    Os ricos trajados do uniforme (camisolas, chapéus, emblemas, etc.), do MPLA, para garantia do seu prestígio, mais euros, mais dólares, etc, escutavam atentamente o discurso, atraindo deste modo os miseráveis para aderirem ao “MPLA”.
    Os pobres, muitos deles também trajados do uniforme do MPLA por falta de roupa, escutavam o discurso para alimentar os seus sonhos vazios e abstractos.
    Tal como no passado o Senhor Presidente José Eduardo dos Santos, resume o seu sentimento no seu discurso, sobre o destino do “povo sofredor” de Angola (desempregados, camponeses, operários e funcionários marginalizados) da seguinte maneira: “Nenhum homem tornará algum dia melhor o que o criador fez mal, porque o Senhor Presidente não é o causador da pobreza em Angola; os seus pais assim como ele já encontraram a pobreza em Angola.”

    Por Sofrimento Esperançoso