sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

LUANDA: Angola é o segundo maior país do mundo na morte de crianças menores de cinco anos

Angola: 2º pior país no mundo, na morte de crianças menores de cinco anos

Representante da UNICEF em Luanda, Francisco Songane diz que a cifra é alta mas deve ser vista na perspectiva de um país que sai de duas guerras que foram muito severas.
O representante da UNIFEC em Angola, Fransico Songane comentou o relatório sobre a situação da infância no mundo, publicado hoje em Nova Iorque, e disse que esforços estão a ser feitos pelo governo angolano para melhorar a situação da infância no país.

De acordo com os indicadores, Angola tem uma taxa de mortalidade infantil com 164 mortes por cada mil nascidas no país em 2012.


Em entrevista à Voz da América o Dr. Songane afirmou haver ainda muitos problemas e evocou o facto de os indicadores do relatório colocarem Angola no segundo lugar no grupo de países com maiores taxas de mortalidade infantil.

O representante da UNICEF saudou contudo os esforços do governo e de organizações parceiras na melhoria das condições de saúde e dos direitos da infância em Angola.

Quando questionado por que razão o bom crescimento económico angolano não tem reflectido na melhoria das condições de saúde e protecção dos direitos das crianças em Angola, Songane respondeu ser este um desafio que se tem de momento e que já foi abordado várias vezes com as autoridades angolanas que por sinal já estão cientes sobre o que fazer.

LUANDA: Deputada da CASA-CE agredida pela policia

Deputada da CASA-CE agredida pela polícia

O presidente da coligação eleitoral diz ir convidar o Presidente da República a visitar o bairro para ver as condições em que os angolanos vivem.
TAMANHO DAS LETRAS 
Fonte: Voanews/Manuel José
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
30.01.2014
O líder da CASA-CE Abel Chivukuvuku e uma delegação do partido foram impedidos de visita visitar hoje cerca de 50 famílias retiradas da Chicala, bairro do Quilombo onde viviam em casas, para habitarem em tendas sem condições.
À chegada forcas policiais impediram a visita e a deputada Odeth Joaquim foi agredida pelos agentes.

"Um agente da policia agarrou-me no peito, empurrou-me para impedir que eu entrasse, p que é muito mau e repugnante num pais que
se diz democrático e de direito", disse Joaquim.

O presidente da coligação eleitoral Abel Chivukuvuku depois do que viu prometeu escrever uma carta ao Presidente da República para que este va ver com os próprios olhos como estão a viver os seus concidadãos.

"O que constatamos aqui neste acampamento é tão desumano que é quase impossível descrever a situação, mas preocupante é a consciência de que isto é feito por angolanos contra outros angolanos", comentou Chivukuvuku.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

LUANDA: Lei de branqueamento de capitais exclui desvios cometidos até agora em Angola

Lei de branqueamento de capitais exclui desvios cometidos até agora em Angola

Oposição diz que lei exclui desvios cometidos há mais de 10 anos e não aprovou também a lei sobre buscas e revistas por aumentar a repressão.

Fonte: Voanews/Manuel José
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
29.01.2014
TAMANHO DAS LETRAS 
Os principais partidos da oposição angolana recusaram-se a votar  uma lei sobre o branqueamento de capitais apresentada como parte essencial no combate à corrupção.

A oposição afirma que a lei exclui de punição todos aqueles que desviaram dinheiro há vários anos atras pelo que não aprovaram a legislação

A CASA CE votou contra e a UNITA absteve-se. A FNLA votou a favor juntamente com a bancada do MPLA fazendo aprovar a lei por 144 votos a favor 5 contra e 27 abstenções.

O chefe da bancada parlamentar da UNITA Raúl Danda fez notar que a lei prescreve após 10 anos pelo que crimes cometidos para lá desse tempo não serão punidos.

"Estão a fazer uma lei para protegerem os que praticaram estes crimes, isto não pode ser", disse Danda.

O chefe do grupo parlamentar do PRS, Benedito Daniel deu um exemplo da lei sobre branqueamento de capitais que o faz crer na falta de seriedade destes documentos.

"A exploração ilícita de diamantes tem um peso enorme na questão do branqueamento de capitais entretanto este aspecto não está tipificado neste código, por isso não acreditamos que estas leis sejam transparentes", disse.

Por outro lado o parlamento aprovou também uma lei que  regula as revistas, buscas e apreensões e foi aprovada com 144 votos do MPLA, 34 contra (UNITA, CASA-CE e PRS) e abstenção da FNLA.

Para o MPLA, estas leis representam maiores garantias às liberdades dos cidadãos como diz o deputado dos camaradas Tomàs da Silva.

"Esta lei vem não só clarificar mas também introduzir maiores garantias de protecção do cidadão, corresponde a perspectivas das convenções internacionais sobretudo o pacto Internacional dos Direitos Humanos", disse

Um dos aspectos que pesou no chumbo da oposição em relação a lei sobre buscas e revistas é o facto da mesma permitir que a partir de uma simples suspeita a policia poderá invadir a casa de um cidadão.

Para a oposição isto pode aumentar a repressão.

LUANDA: Investigador diz que sistema angolano é incontornável

Investigador diz que "sistema" em Angola é incontornável

O tema é tese de doutoramento de Jon Schubert a ser defendida em Março na Universidade de Edimburgo, na Escócia.
Jon SchubertJon SchubertFonte: Voanews/Alvaro Lodgero AndradeDivulgação:Planalto De Malanje Rio capôpa29.01.2014
TAMANHO DAS LETRAS 
As novas gerações, recordações e sonhos deram o mote para uma tese de doutoramento em estudos africanos que será defendida no próximo mês de Março na Universidade de Edimburgo, na Escócia.

Jon Schubert viveu em Angola de 1984 a 1991 e depois dos seus estudos superiores, regressou em 2007 para preparar o seu mestrado e mais tarde para concluir o seu doutoramento, cuja tese foi entregue à Universidade de Edimburgo no passado mês de Dezembro.

Shubert estudou em pormenor a comuna de Sambizanga durante muito tempo à procura das memórias da nova angola, com particular interesse no pós-27 de Maio de 1977 e pós- eleições de 1992. E concluiu que as pessoas não se revêem no projecto actual do MPLA.

Para o autor da tese, existe uma Angola a duas velocidades, em que apenas uma pequena minoria beneficia-se do tão propalado crescimento do país.

Nas suas investigações, Jon Schubert descobriu o que se conhece por "sistema" que, segundo ele, é o emaranhado de interesses e estruturas montado pelo Mpla em quase 40 anos de governação e contra o qual, aparentemente, não se pode lutar.

A tese de doutoramento de Jon Schubert sobre o caso de Angola será defendida na Universidade de Edimburgo na Escócia no próximo mês de Março e o seu autor pretende publicar a mesma em livro ainda este ano.

MAPUTO: Recenseamento eleitoral começa amanhã em Moçambique e abrange 10 milhões de votantes

Moçambique: Recenseamento eleitoral começa amanhã e abrange 10 milhões de votantes

Fonte: Voanews
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
29.01.2014

O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral de Moçambique (STAE) prevê recensear cerca de 10 milhões de eleitores para as eleições presidenciais e legislativas de 15 de outubro, indicou hoje o director-geral do organismo, Felisberto Naife.


Em entrevista à emissora pública Rádio Moçambique, Felisberto Naife afirmou que o STAE já tem as condições criadas para o arranque do recenseamento eleitoral, no dia 30.
Um total de 6.698 postos de recenseamento foram criados para a operação, para a qual foram contratados 12.244 brigadistas, distribuídos por 4.078 brigadas, disse Felisberto Naife.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

LISBOA: Detidos dois indivíduos por tr-afico de menores em Lisboa, rota incluía Luanda

Detidos dois indivíduos por tráfico de menores em Lisboa, rota incluía Luanda

Fonte: Voanews
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
TAMANHO DAS LETRAS 
Segundo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), as detenções ocorreram sábado e domingo. No primeiro caso, o suspeito chegou a Portugal "proveniente de Luanda, acompanhado de três menores, dois rapazes e um rapariga, todos de origem africana, de quem se dizia ser pai ou tio consoante o caso, sendo portadores de documentação que se suspeita falsificada e/ou emitida de forma indevida".

Tinham como destino final Paris, utilizando para o efeito a rota Libreville-Casablanca-Lisboa. Ao detido foi aprendida avultada quantia monetária e três cartões de crédito, adianta o SEF.

O suspeito confirmou cobrar vários milhares de dólares pela deslocação de cada criança. Submetido já a interrogatório judicial, o detido ficou sujeito à medida de coação de Termo de Identidade e Residência (TIR) e ao pagamento de 4.000 euros de caução.

Por outro lado, o segundo detido deslocou-se, de Paris a Lisboa, na posse de documentos com "fortes indícios" de serem falsificados e tentou reaver um dos menores, afirmando ser o seu pai biológico. Será levado a um juiz de instrução criminal português para lhe serem aplicadas medidas de coação.

Os menores encontram-se à guarda de instituições e foram entregues hoje ao Tribunal de Menores que acompanha o seu processo de acolhimento
.

LUANDA: O governador da província de Luanda combate zungueiras com prisão

Governador de Luanda Combate Zungueiras
Fonte:  Maka Angola 
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
28 de Janeiro, 2014
A Polícia Nacional mantém encarceradas, numa mesma cela, homens, mulheres e bebés, no âmbito de uma operação iniciada, no fim-de-semana, passado contra vendedoras ambulantes: as chamadas “zungueiras”.

Perto de 50 detidos partilham, em simultâneo, uma cela no Posto Policial do Marçal, em Luanda, para onde estão a ser encaminhadas as vendedorãs ambulantes desde sexta-feira passada.

Maka Angola soube, junto de um oficial do referido posto, que “a polícia está a cumprir orientações do governador de Luanda, Bento Bento”.

Segundo o oficial, cuja identidade Maka Angola mantém sob anonimato, a suposta ordem de Bento Bento visa eliminar a prática de venda ambulante nas artérias da cidade de Luanda, “porque dão uma má imagem à cidade”.

Ângela André, de 39 anos, foi detida por posse de cinco bolinhos secos, na sexta-feira passada, no Mercado dos Congolenses.

“Eu já tinha feito o meu negócio e ia para casa com cinco bolinhos secos, quando os fiscais do governo provincial me perseguiram. Deixei cair os bolos e fui detida sem nada”, explicou a vendedora ambulante, mãe de quatro filhos.

“Até pessoas que estavam apenas a fazer compras foram levadas para a cadeia pelos fiscais”, acrescentou.

Depois de três dias de detenção, a portadora dos bolinhos secos foi libertada na tarde de ontem.

Ângela André contestou a política de repressão contra as vendedoras ambulantes promovida pelo governador Bento Bento.

“Isso não vai dar certo. O governo tinha de encontrar mercados alternativos para vendermos. Ao invés disso, estão a dizer-nos na polícia que devemos vender apenas frente às nossas portas de casa ou procurar outro sítio”, referiu.

“O meu marido é segurança e ganha 25,000 kwanzas (US $250) mensais. Eu tenho de vender para ajudar na cozinha e para arranjar-lhe dinheiro para o transporte, para ele ir trabalhar. O salário dele não chega.”

Lúcia António, também zungueira, foi detida por fiscais do governo provincial, no sábado, enquanto vendia roupa no Mercado dos Congolenses. “Os fiscais dividiram a roupa. Eles ficam com os nossos negócios.”

Segundo declarou, Lúcia António ficará detida por mais uma noite.

“A polícia está a fotografar-nos, a registar-nos e a ameaçar-nos que se formos detidas outra vez seremos encaminhadas para a Cadeia de Viana e responderemos em tribunal por crime de desobediência”, relatou a vendedora de roupa.

Um outro caso: Fátima Luciano, de 42 anos, passou três dias de cárcere, detida junto ao Mercado do São Paulo quando vendia couve e gimboa.

“Misturaram-nos quase 50 pessoas na mesma cela, com mães a amamentar filhos junto de homens. Estávamos muito apertados. Depois veio o administrador do Marçal para sossegar-nos e dizer que nos tratariam bem”, revelou Fátima Luciano.

“Deus é quem sabe como vou sustentar os meus oito filhos. O meu marido é desempregado. O governo não apoia, só nos castiga”, prosseguiu.

Após a libertação do grupo de detidos de sexta-feira, várias outras vendedoras ambulantes e meras suspeitas de exercerem essa prática foram detidas, ficando presas na cela do Posto Policial do Marçal.

Segundo os agentes policiais no local, a operação de “limpeza das zungueiras” continuará até novas ordens.

Como prova da extensão da campanha de detenções do governo provincial contra vendedoras ambulantes, o marido de Ângela André, Vicente Ngola, reportou a detenção da sua irmã, Serafina Vicente, ontem, 26 de Janeiro, no município de Viana. “A minha irmã está detida porque vende iogurtes para sobreviver”, lamentou o cidadão, depois da libertação da sua esposa.

Serafina Vicente encontra-se detida no Posto Policial do Bita, em Viana.

Abominação e Ilegalidades da Polícia

Salvador Freire, presidente da organização de direitos humanos Associação Mãos Livres, manifestou o seu repúdio e disse ao Maka Angola que a detenção de homens e mulheres na mesma cela, por parte da polícia, constitui “um acto abominável”.

“As mulheres são nossas mães, irmãs e filhas. A polícia tem de ter postura e noção de respeito pela mulher. Quem deu essa ordem deve ser responsabilizado criminalmente. É um acto ilegal”, argumentou Salvador Freire.

Sobre a detenção das vendedoras, o advogado da Associação Mãos Livres considera ilegais os procedimentos da polícia. “As vendedoras não são acusadas de terem cometido um crime. Logo, mantê-las na cadeia e fotografá-las são actos de ilegalidade”, afirmou.

Maka Angola consultou a Lei Penitenciária (Lei n.º8/08) no que diz respeito à compartimentação dos reclusos. Segundo a mesma, “é proibida a junção de reclusos de sexos opostos no interior de qualquer estabelecimento prisional”.

Para além da ilegalidade do acto, uma jurista, que preferiu não ser identificada, considerou a junção de detidos de ambos os sexos “como um acto de violência moral e psicológica contra as mulheres, por razões ligadas à sua própria condição sexual”.

“O princípio da dignidade humana pressupõe que haja limites, como o respeito da intimidade da mulher”, referiu a jurista.