segunda-feira, 3 de março de 2014

LISBOA: "Angola Connection", o caso "Monte Branco" estendido de Luanda até Lisboa

“Angola Connection”, o caso “Monte Branco” estendido de Luanda até Lisboa

Fonte:CAI/VISÃO/JN
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
03.03.2014
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Ligações perigosas,Governo de Angola,Empresária angolana Isabel dos Santos,empresário israelita Lev Leviev, China Sonangol,empresário francês Pierre Falcone, empresário português Helder Battaglia,tanta coisa encoberta,dinheiros desviados,  parcerias e negócios obscuros,corrupção ao mais alto nível com o pior que há da máfia internacional,e aos angolanos sem qualquer tipo de explicação ou justificação, continuamos a ser enganados , ludibriados, injustiçados e roubados sem nenhuma contestação,pacificamente,e assim vai Angola…
Corrupção com rosto ,com nomes,mas no nosso País como a impunidade anda de mãos dadas com a cumplicidade, “resta-nos esperar que a justiça em Angola seja igual para todos..« O mundo tornou-se muito pequeno para os responsáveis governamentais que pensam que eles podem pilhar, com toda impunidade, os recursos dos seus países ».A corrupção é uma ameaça ao desenvolvimento, à democracia e à estabilidade. Distorce os mercados, trava o crescimento económico e desencoraja o investimento estrangeiro. Corrói os serviços públicos e a confiança nos funcionários.
Bataglia tem Angola aos seus pés
Helder Battaglia, um empresário Português com laços estreitos com o presidente angolano José Eduardo dos Santos, bem como Chávez e Kirchner. Battaglia tem vários investimentos em Angola, Congo e na América Latina
Bataglia tem Angola aos seus pés. Se não é assim, parece. Nascido em Portugal,tinha meses quando foi parar a Baía Farta, no Namibe,Angola. Fez o serviço militar em Cabinda, especializando-se nas ações psicológicas. Estreou-se nos negócios em 1972, em Benguela, a vender produtos alimentares e na seca do bacalhau.
Após aindependência, e durante uma década, foi comerciante no Médio Oriente. Os anos 80 trouxeram-lhe pontes para os mercados de Leste e, em 1992, ligou-se ao banco de Ricardo Salgado, criando a svb-holding Espírito Santo Commerce, em estreita colaboração com Luís Horta e Costa, seu braço direito.
Por uma soma que terá oscilado entre os 400 e os 500 milhões de euros, a Sonangol – acionista de peso do BCP, da GALP e da Amorim Energia – adquiriu a ESCOM ao GES, em 2011. Bataglia ficou com 10% do capital e manteve o comando do grupo. O investimento foi conduzido por Manuel Vicente, o homem que, já este ano, deixou a liderança da petrolífera para se tornar ministro de Estado e da Coordenação Económica e provável sucessor do Presidente José Eduardo dos Santos.

O «n.° 2» do regime foi recentemente associado a suspeitas de peculato e branqueamento de capitais, na sequência de uma investigação do conhecido jornalista angolano Rafael Marques.
A ESCOM mantém especiais interesses nos recursos naturais angolanos. Associada a russos, chineses e parceiros locais (entre os quais o grupo GEMA, de José Leitão, antigo chefe da casa civil da Presidência), gere negócios nos setores do gás, petróleo, agricultura, energia, mineração, imobiliário, diamantes e obras públicas.
Bataglia é ainda administrador executivo do BES Angola, de cuja estrutura acionistafazem parte Isabel dos Santos, a poderosa filha do Presidente, e a Portmill, holding ligada a Hélder Dias Vieira, mais conhecido por Kopelipa, antigo general e chefe da casa militar da Presidência, cujo os investimentos no Douro têm dado brado.
O banco era, até há pouco tempo, presidido por Álvaro Sobrinho, agora suspeito de participação num esquema de lavagem de dinheiro que corre os seus termos em Portugal e ele contesta.
O grupo ESCOM, esse, continua imparável em Angola
O grupo ESCOM, esse, continua imparável. Há três anos, tinha em carteira projetos no valor de 951 milhões de euros e prometia investimentos de 1,4 mil milhões de dólares até 2014. O edifício ESCOM, na colina de Luanda, é o símbolo imponente da grandeza do império. Trata-se de uma torre a rondar os 150 metros, a maior da capital. Custou 92 milhões de euros e quase alcança o domínio dos deuses: nos pisos superiores, existem habitações de luxo e duas penthouses que, em 2007, estavam avaliadas em 3 milhões de euros cada. Na torre, estão instalados, entre outros, os escritórios angolanos da Ongoing e a redação local do semanário Sol.
Hélder Bataglia considera Angola um «país democrático», de «gente séria».
Por isso, os investimentos daquele país em Portugal só podem ser olhados «de cima.
TESTA-DE-FERRO CHINÊS?
As influências e negócios do grupo, com cerca de 2 mil trabalhadores,estendem-se aos EUA, Venezuela, Argentina, Congo,Zimbabuée África do Sul, entre outros países.Mas nem sempre os negócios correram bem: em Angola, a ESCOM escorregou nas pescas, nos aviões da Air Gemini e nas bananas da Chiquita.
Em Portugal, o grupo viu o seu nome referenciado em ilícitos fiscais, na Operação Furacão, nas investigações do caso Portucale e no processo das contrapartidas das aquisições da Defesa, ao tempo do ministro Paulo Portas, cuja compra de submarinos foi sendo associada a suspeitas de financiamento partidário ao CDS. Cônsul honorário do Burkina Faso, membro da associação de cooperação ELO, Bataglia esteve em Angola com Sócrates e Passos Coelho, a quem reconhece méritos na abertura de portas à cooperação bilateral. A ele atribuem-lhe especiais influências na renegociação da dívida de Angola a Portugal. Hélder foi investido comendador pelo Presidente da República, Cavaco Silva, homenagem ao seu papel no estreitar das relações luso-angolanas.
O administrador da ESCOM tem casas em Lisboa, Luanda e na ilha do Mussulo, mas também no seleto bairro da Recoleta, em Buenos Aires. É proprietário de um barco e comenta-se que comprou uma ilha no delta do rio Paraná (Argentina),rumor que ele desmente. «Angola é o meu país, foi lá que vivi, é onde gosto de estar e onde mantenho relações do meu tempo de infância e de escola. A maioria dos meus amigos está lá», referiu, numa entrevista.
«O Hélder é uma das poucas pessoas que conheci que se enquadra nesse perfil de empresário global. É um excelente relações públicas em qualquer parte do mundo», disse dele Ricardo Salgado, dono do Grupo Espírito Santo, à Exame.
Para os EUA, Hélder Bataglia não tem, de facto, um estatuto menor. Bem pelo contrário: o seu peso nos negócios planetários far-se-á sentir em zonas menos transparentes, mesmo não se identificando ilegalidades.
The 88 Queensway Group, A Case Study in Chinese Investor’s Operations

De acordo com um relatório do Congresso norte-americano divulgado em meados de 2009 – The 88 Queensway Group, A Case Study in Chinese Investor’s Operations in Angola and Beyond, no original – Bataglia é um dos três empresários mais influentes do planeta na promoção dos interesses chineses fora das fronteiras do país e nos negócios da China com Angola. O magnata dos diamantes israelita, Lev Leviev, e Pierre Falcone, condenado em 2009 por tráfico de influências e comércio de armas, no processo chamado Angolagate, são os outros dois. O empresário franco-argelino viria, entretanto, a ser absolvido das acusações, em abril último, após recurso.
Os norte-americanos associam Bataglia a investidores com ligações a ministérios e aos serviços de inteligência chineses e angolanos, apesar de algumas demarcações do Governo comunista.
Michel Canals é o cabecilha da rede
Resta saber o que Canals pensa disto e se um dia podera’ comprometer tudo e todos se os seus interesses ficarem desprotegidos…?
“Nas suspeitas da Justiça, Michel Canals é o cabecilha da rede. Canals terá uma lista de clientes cuja existência já pôs meia Lisboa, Cascais inteira e algumas pessoas em Angola em estado de alerta. Até porque há receio justificado de misturar alhos e bugalhos: a gestão de fortunas é uma coisa legal, o planeamento fiscal é outra coisa legal, a fraude e lavagem de dinheiro são crimes. E todas são serviços que podem ser prestados por gente da mesma natureza. Uma beleza.”
Ana Bruno a Dama de Ferro 
Ana Bruno dá a cara por dezenas de empresas que vão do imobiliário ao turismo e a sua sociedade de advogados, na torre 3 das Amoreiras, estará na mira dos investigadores da Operação Monte Branco. Suspeita-se que este e outros escritórios possam ser a fachada legal de negócios relacionados com a Akoya, nos quais estariam envolvidos advogados que funcionariam como correios de dinheiro para Francisco Canas, o «Zé das Medalhas», detido preventivamente sob suspeita de ter feito circular ilegalmente milhões de euros entre Portugal e a Suíça, ao sabor do carrossel idealizado por Canais.
Segundo fontes da investigação, o suíço teria contactos com inúmeras pessoas, sobretudo advogados, a quem proporia a angariação de clientes com dinheiro para abrirem contas em bancos suíços, primeiro via ÜBS e depois através da Akoya. A contrapartida passaria por uma comissão indexada aos montantes que os clientes dos advogados colocavam no estrangeiro.
O esquema obrigava a depositar fortunas no estrangeiro, através de sociedades portuguesas detidas por off-shores e fundações para
esconder o verdadeiro titular.
Ana Bruno é tida como angariadora de clientes angolanos para Canais e, na conta de uma familiar sua, os investigadores terão já identificado valores que passaram pelo processo de branqueamento no exterior. Michel Canais é defendido neste processo por Francisco Mendonça Tavares, advogado do escritório Ana Bruno & Associados e administrador de várias empresas, entre as quais a South Atlantic Capital, SA, também de compra e venda de imóveis, que mantém com outro advogado do escritório de Ana Bruno.
O outro entalhe do caso “Angola Connection”
O outro entalhe do caso. O de uma espécie de “Angola Connection”, uma estrutura de poder que se estende de Luanda até Lisboa, passando pelo BES Angola, um ramo do Grupo Espírito Santo que de Espírito Santo pouco mais tem do que o nome, pois parece ter vida própria e paralela, controlado por accionistas locais. Em Lisboa, essa estrutura angolana está a ganhar um poder grande, que inclui operações imobiliárias, ambições na  comunicação social e relações na política, como conta a “Visão”. Nem todos os  angolanos são iguais, mesmo os ricos. Como nem todos os portugueses são iguais, mesmo os ricos. E se é verdade aquilo de que a Justiça suspeita e os jornais noticiam, esse poder tem de ser questionado. Fazer perguntas não é fazer uma cruzada. “No pasa nada”.
Fonte CAI/Visão/JN

sábado, 1 de março de 2014

LISBOA: Polícia Liberta Regedor Capenda-Camulemba

Polícia Liberta Regedor Capenda-Camulemba
Fonte: cwhommes 
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
 28 de Fevereiro, 2014
Por Lusa
O ativista de direitos humanos angolano Rafael Marques afirmou à Lusa que foi libertado o chefe tradicional angolano sua testemunha no processo Diamantes de Sangue, que tinha sido detido hoje de manhã em Angola.

“Mwana Capenda acabou de ser libertado mas está sob termo de identidade e residência e não pode ausentar-se da localidade onde vive, em Angola, sem autorização policial”, disse à Lusa Rafael Marques, jornalista e ativista de direitos humanos que chamou o soba das Lundas, zona diamantífera angolana, como testemunha no caso que está a ser julgado em Portugal.

Nove generais angolanos recorreram à justiça portuguesa para processarem por difamação Rafael Marques, autor de “Diamantes de Sangue”, um trabalho de investigação sobre as Lundas.

De acordo com Rafael Marques, a polícia disse ao soba Mwana Capenda que a detenção está relacionada com um caso que envolveu uma arma de fogo, pouco antes da deslocação do chefe tradicional a Lisboa, este mês.

O caso foi mencionado em Portugal por Mwanda Capenda, que acusou um polícia de o ter ameaçado com uma pistola, numa tentativa de o intimidar para não prestar depoimento como testemunha de Rafael Marques.

O polícia acabou por ser desarmado pelos acompanhantes do soba, que entregaram de imediato a pistola na comissaria da polícia.

Segundo Rafael Marques, durante a detenção, que ocorreu hoje às 09:00 (08:00 em Lisboa) Mwana Capenda foi também questionado sobre a deslocação a Lisboa, onde prestou testemunho em tribunal.

O chefe tradicional angolano esteve presente também num colóquio sobre direitos humanos em Angola que decorreu no dia 07 de fevereiro no Gabinete do Parlamento Europeu, em Lisboa, organizado pela eurodeputada socialista Ana Gomes.

“É muito feio e uma desonra para o país que estas testemunhas estejam a ser estejam a ser perseguidas de forma vil e que a polícia tenha tido a coragem de os questionar sobre o que vieram fazer a Portugal”, disse ainda Rafael Marques, que relatou também hoje alegadas ameaças contra Linda Moisés da Rosa, outra testemunha sua no mesmo caso.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

LISBOA: Regedor Capenda-Camulemba detido no municio do mesmo nome na província da Lunda Norte



Regedor Capenda-Camulemba Detido nas Lundas
Por cwhommes 
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
 27 de Fevereiro, 2014
Lisboa (Lusa) – O ativista e jornalista angolano Rafael Marques afirmou hoje à Lusa que a polícia angolana prendeu um chefe tradicional que foi sua testemunha no julgamento do processo Diamantes de Sangue, no qual responde por difamação.

“Está detido desde as 09:00 (08:00 em Lisboa) no Comando Municipal da Polícia de Capenda Camulemba e quem me prestou a informação foi o próprio secretário” (do chefe tradicional), disse à Lusa Rafael Marques.

De acordo com o jornalista e ativista de direitos humanos angolano, não foi formalizada qualquer queixa contra o soba Mwana Capenda ,que prestou declarações a um tribunal em Lisboa, este mês, em conjunto com Linda Moisés Rosa, outra testemunha de Rafael Marques no processo que o opõe a vários generais angolanos, que o acusam de difamação pelo conteúdo do livro “Diamantes de Sangue”.

Além de serem testemunhas no processo judicial, os dois angolanos denunciaram abusos de direitos humanos que se vivem na zona nas Lundas, numa conferência que decorreu no Gabinete do Parlamento Europeu, em Lisboa, organizada no passado dia 07 de fevereiro pela eurodeputada socialista Ana Gomes.

“A única coisa que lhe disseram (ao soba Mwana Capenda) é que ele está a falar muito e que nem a Ana Gomes o vai tirar desta situação. Um dos polícias disse: ‘vamos lá a ver o que a Ana Gomes vai fazer’”, acrescentou Rafael Marques, que está em contacto com os assessores do chefe tradicional.

Segundo Rafael Marques, também Linda Moisés da Rosa está a ser alvo de vigilância da polícia angolana no local onde reside.

“Por volta das 08:30 (07:30 em Lisboa) a polícia esteve a rondar a casa de Linda Moisés da Rosa, que fica a 90 quilómetros da residência do chefe tradicional. Acabei de falar com ela”, acrescentou Rafael Marques que considera que as duas testemunhas estão a ser alvo de uma “clara perseguição” comandada por “figuras poderosas do Estado”.

“Fico apreensivo quando uma camponesa, esta senhora, me diz que vai fugir para as matas mas não sabe exatamente para onde fugir e como ficar porque lhe disseram claramente que a missão da polícia é vigiar a casa até ser apanhada”, disse Rafael Marques, que tenciona apresentar novas testemunhas.

“Os generais querem julgamento, vão ter julgamento e mais pessoas falarão. O próprio soba e a Linda Moisés disseram que não têm medo. Foram extremamente abertos”, disse ainda o ativista, que se encontra atualmnente em Lisboa.

A última sessão do julgamento do processo relacionado com o livro “Diamantes de Sangue” decorreu no dia 11 de fevereiro, em Lisboa, com a audição de Mwana Capenda e de Linda Moisés Rosa.

Os dois cidadãos angolanos já se encontravam mencionados no livro “Diamantes de Sangue” e relataram abusos de direitos humanos que dizem ter testemunhado na região das Lundas.

Nove generais angolanos recorreram à justiça portuguesa para processarem Rafael Marques, autor de “Diamantes de Sangue”, trabalho de investigação sobre as Lundas.

LUANDA: O maior elefante de África

O Maior Elefante Branco de África
Fonte: Maka Angola 
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
26 de Fevereiro, 2014
Pela terceira vez, em nove anos, o presidente José Eduardo dos Santos visitou, a 19 de Fevereiro passado, as obras de construção do novo aeroporto internacional de Luanda.

Desde o início do projecto, em 2005, os custos iniciais da obra passaram de US $300 milhões para US $9 biliões. Segundo a Aid Data, uma organização que tem monitorado os empréstimos da China a Angola, este país asiático concedeu inicialmente um empréstimo de US $450 milhõespara o aeroporto.

As obras têm estado a cargo da China International Fund (CIF), uma empresa obscura, criada em 2003, que não tinha construído o que quer que fosse à data da adjudicação da obra. A CIF é conhecida como “a intermediária que obtém os contratos do governo e os vende a outras empresas chinesas por lucros fabulosos”, segundo declarações de um especialista chinês ao World Affairs Journal.

Segundo fonte ligada à obra, o então Gabinete de Reconstrução Nacional, sob comando do general Manuel Hélder Vieira Dias, avançou inicialmente com um orçamento irrisório para a construção do “maior aeroporto de África”, de modo a iludir os membros do governo, do MPLA e da Assembleia Nacional.

O aeroporto foi projectado para receber um tráfego anual de mais de um 1,5 milhões de passageiros, com pistas adequadas a um dos maiores aviões do mundo, o Airbus 380. A obra foi portanto iniciada como a maior realização do processo de reconstrução nacional. Os membros influentes e atenciosos do regime alinharam num coro de apoio incondicional ao projecto. E a sonegação oficial de informação sobre os custos reais passou a ser uma questão de segredo de Estado.

Neste momento, a exorbitância do orçamento estimativo de US $9 biliões, a opacidade das fontes de financiamento e das despesas, bem como os atrasos e a qualidade da obra tornam-na no maior elefante branco de África.

Através de uma revista de imprensa, o Maka Angola estabelece uma cronologia com informações sobre a empreitada disponibilizadas ao público desde 2005 até à última visita presidencial.

9 de Julho de 2005

A 2 de Julho de 2005, o então ministro dos Transportes, André Luís Brandão, dirigiu-se à comuna do Bom Jesus para proceder à apresentação da maqueta do futuro aeroporto internacional de Luanda.

Estava prevista a presença do presidente José Eduardo dos Santos, cancelada à última hora.

A apresentação da maquete, apoiada por um forte aparato militar e policial, foi bruscamente interrompida por camponeses locais, descontentes com a invasão e confisco das suas lavras, sem a devida compensação.

Semanário Angolense notou o silêncio dos órgãos de comunicação social do Estado, presentes no acto, a propósito da manifestação dos populares.

8 de Setembro de 2005

Para contornar o secretismo sobre a construção do novo aeroporto, o Agora entrevistou populares da Comuna de Bom Jesus, circunvizinhos ao projecto, que confirmaram o início das obras em Agosto de 2005.

O projecto, suportado por fundos da linha de crédito da China, na altura, não passou pela aprovação do Conselho de Ministros, segundo apurou o semanário Agora.

Entretanto, um alto funcionário do Ministério dos Transportes, órgão de tutela, quando instado sobre a construção do aeroporto em Bom Jesus, manifestou surpresa. Admitiu que não sabia de nada, e referiu-se apenas à concessão do plano director para o aeroporto internacional de Luanda, cujos custos rondavam os 300 milhões de dólares.

7 de Dezembro de 2005

Persistente, o Agora abordou novamente o assunto. Revelou o desconhecimento sobre a construção do novo aeroporto por parte do então primeiro-ministro, Fernando da Piedade Dias dos Santos “Nandó”, do ministro dos Transportes, Luís Brandão, da própria empresa estatal de gestão de aeroportos, a ENANA, e do Instituto de Aviação Civil, órgão que substituiu a Direcção Nacional de Aviação Civil.

O semanário reportou que, para além do desconhecimento por parte dos membros do governo, os deputados aprovaram o orçamento para 2006 sem questionarem a origem dos fundos para a construção da empreitada.

Conforme constatação do Agora, o dossiê do aeroporto, nessa data, era do exclusivo domínio da Casa Militar da Presidência da República, dirigida pelo general Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa”, que acumulava as funções de director do Gabinete de Reconstrução Nacional (GRN).

15 de Novembro de 2007

O então ministro dos Transportes, André Luís Brandão, foi ao Parlamento, a 15 de Novembro de 2007, reconhecer o atraso das obras do novo aeroporto internacional, de acordo com a Angop.

Segundo o ministro, o atraso deveu-se à (re)avaliação do projecto e à necessidade de captação de recursos financeiros.

23 de Novembro de 2008

O presidente da República visitou, pela primeira vez, as obras de construção do novo aeroporto internacional de Luanda.

Um dos responsáveis do Gabinete de Reconstrução Nacional, António Flores, referiu à imprensa que o projecto, sob construção pela China Internacional Fund, estaria concluído em 2010.

Segundo a Angop, António Flores “comunicou que, neste momento, se está na fase de reformulação do projecto, existindo ainda problemas com a expropriação de 140 famílias residentes na área contemplada pelo empreendimento”.

18 de Outubro de 2011

O presidente José Eduardo dos Santos anunciou na Assembleia Nacional, durante o seu discurso sobre o estado da Nação, a inauguração da primeira fase do novo aeroporto internacional de Luanda em 2012.

“No próximo ano, será concluída a primeira fase do novo aeroporto internacional, em Luanda, cuja fase final terá capacidade para 15 milhões de passageiros por ano”, disse.

22 de Outubro de 2011

Pela segunda vez, o presidente José Eduardo dos Santos visitou as obras do novo aeroporto.

Na ocasião, o ministro dos Transportes, Augusto Tomás, anunciou a conclusão da obra, na sua totalidade, num período de 26 meses, ou seja, em Dezembro de 2013.

O ministro reiterou que a inauguração da primeira fase da construção do novo aeroporto de Luanda teria lugar em finais de Agosto de 2012.

Segundo o ministro dos Transportes, até Agosto do próximo ano (2012) estarão concluídos as obras da torre de controle, edifício da administração aeronáutica, terminal VIP, área dos bombeiros, zona de voos norte e edifício do terminal principal.
 
 
O ministro disse à imprensa, de acordo com a Angop, que “a obra decorre a bom ritmo e os prazos estabelecidos serão respeitados”.

Na altura a China International Fund Limited, apresentou, como constrangimentos à execuçãoo da obra a suposta existência de 3,000 famílias no local. O governo, de acordo com as notícias, garantiu que as referidas famílias seriam desalojadas.

15 de Maio de 2012

O Ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás, anunciou, que a primeira fase da construção do aeroporto deve estar concluída ainda este ano (2012).
http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/transporte/2012/4/20/Novo-aeroporto-internacional-Luanda-sera-dos-maiores-Africa,00e88c3f-c227-4571-bcf6-e48886b2729d.html

19 de Fevereiro de 2014

presidente da República realizou a sua terceira visita de campo às obras do novo aeroporto.


Segundo declarações do representante da CIF, Ju Litzhao, à imprensa “achamos que a visita do Presidente da República vai permitir que as obras andem mais rápido, porque nós vamos aproveitar para informar todos os constrangimentos desde o financeiro até ao material”.

A conclusão da obra está prevista para 2016.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

KIEV: Ianukovitch ex-presidente da Ucrânia com mandato internacional de captura

Ianukovitch com mandado internacional de prisão

A Ucrânia pediu hoje "um mandado internacional de prisão" para o Presidente deposto, Viktor Ianukovitch, anunciou o procurador-geral interino, Oleg Makhnitski.
Manuela Goucha Soares
Fonte: Expresso
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
 
A Ucrânia pediu um mandado internacional de detenção contra o ex-Presidente Victor Ianukovitch EPA A Ucrânia pediu um mandado internacional de detenção contra o ex-Presidente Victor Ianukovitch

A Ucrânia pediu hoje "um mandado internacional de prisão" para o Presidente deposto, 
Viktor Ianukovitch, anunciou o procurador-geral interino, Oleg Makhnitski.
"Ianukovitch está a ser procurado à escala internacional". Os ucranianos acusam-no de
 "assassínios em massa", disse Makhnitski em conferência de imprensa, citado pela agência 
francesa AFP.
Viktor Ianukovitch abandonou Kiev no último sábado. O site da BBC dá informações 
contraditórias sobre o seu paradeiro: ao mesmo tempo que menciona rumores de que o 
ex-Presidente poderá estar atualmente na Rússia, cita o procurador Mykola Golomcha: "Temos
 informações de que Ianukovitch ainda está na Ucrânia". 


CAIRO: Tribunal egípcio condena 26 pessoas á pena de morte

Tribunal egípcio condena 26 pessoas à pena de morte

Sentença terá de ser validada pelo responsável máximo islâmico.  Veredito final está marcado para 19 de março.
Liliana Coelho
Fonte: Expresso
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
26.02.2014
 Última atualização há 48 minutos
O veredito final está marcado para 19 de marçoReuters/Mohamed Abd ElGhany O veredito final está marcado para 19 de março
Um tribunal egípcio condenou hoje 26 pessoas à morte pela criação de um "grupo terrorista", 
com o objetivo de atacar embarcações no canal Suez.
Segundo a Reuters, os alegados criminosos foram também acusados de fabricarem misséis
 e explosivos que eram utilizados nos ataques, que "minaram a unidade nacional."
"O grupo planeava ataques em embarcações que passaram o canal [do Suez] no ano
 passado, que incluiam turistas, cristãos e polícias", refere a AP.
A sentença terá que ser ainda validada pelo mufti, responsável máximo islâmico, estando o 
veredito final marcado para o dia 19 de março.
Esta sentença acontece um dia depois do novo primeiro-ministro interino, Ibrahim Mahlab, ter garantido que iria "combater o terrorismo em 
todos os cantos do país."
Ibrahim Mahlab foi nomeado chefe do Governo pelo Presidente interino Adly Mansour, após a demissão de Hazem el-Beblawi, nomeado
 pelo exército na sequência da deposição de Mohamed Morsi.   

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

SÃO PAULO: Justiça manda libertar ator gclobal preso porr engano

JUSTIÇA MANDA LIBERAR ATOR GLOBAL PRESO POR ENGANO


Fonte: Estadão
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
26.02.2014


vinicius-romaolado-a-lado2Depois que a Polícia Civil do Rio reconheceu que o ator da Globo estava preso por engano desde o dia 10 sob acusação de roubo, a Justiça mandou soltar na tarde desta terça-feira, 25, Vinícius Romão de Souza. A vítima do roubo prestou novo depoimento na manhã na delegacia.
Desta vez, a mulher, uma copeira do Hospital Pasteur, de 51 anos, disse que se confundiu ao reconhecer Souza como o homem que roubou sua bolsa na Avenida Amaro Cavalcanti, no Méier, zona norte do Rio.
“A vítima disse que estava nervosa e estava escuro no local do roubo, mas não tinha firmeza em apontar Souza como o autor do crime. Ela foi levada ao erro e afirmou que, desde o dia seguinte, pretendia retornar à delegacia para dizer isso, mas não o fez porque não tinha o dinheiro da passagem. A polícia não tem interesse em manter um inocente preso, por isso, vou pedir à Justiça que solte o rapaz”, afirmou o delegado.
Lima disse ainda que não foram encontradas imagens do momento do assalto. O único vídeo obtido pela polícia era da vítima saindo do Hospital Pasteur, onde trabalha, pouco antes de ter sido assaltada em um ponto de ônibus próximo.
O processo ao qual Souza responde pelo crime de roubo está tramitando na 33.ª Vara Criminal do Rio. Não há previsão de quando o habeas corpus será analisado.
Caso. O caso ganhou repercussão depois que a família e amigos do ator Vinícius Romão, de 27 anos, que atuou na novela Lado a Lado, da Rede Globo, iniciaram uma campanha nas redes sociais por sua libertação. Ele está preso desde o dia 10, acusado de ter assaltado uma mulher, no Méier, zona norte do Rio. Negro e com cabelo black power, Vinícius teria sido confundido com o assaltante.
“Meu filho foi completamente injustiçado, principalmente pelos policiais, que não apuraram nada. Só chegaram para a moça assaltada e disseram: ‘Foi ele, não foi’? Ela acabou confirmando. Era apenas a palavra dela”, disse o tenente-coronel da reserva do Exército Jair Romão, de 64 anos.
Romão contou que, depois da novela, o filho passou a trabalhar como vendedor no Norte Shopping. Ele saiu da loja Toulon depois das 22 horas de segunda-feira, 10, e caminhava para casa, a cerca de 20 minutos dali. Quando estava sobre o Viaduto de Todos os Santos, foi abordado por PMs, que ordenaram que ele deitasse no chão. Vinicius foi revistado e levado algemado para a 25ª Delegacia de Polícia (Engenho Novo). Lá, foi reconhecido por uma copeira do Hospital Pasteur, assaltada naquela noite a 600 metros de onde Vinícius foi preso.
Estadão