quarta-feira, 12 de março de 2014

LUANDA: Ministro do interior defende a corrupção

Ministro do Interior Defende a Corrupção
Por Alfredo Muvuma 
Fonte: Maka Angola
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
11 de Março, 2014
Após receber relatório que denuncia rede de corrupção no Serviço de Migração e Estrangeiros (SME), com emissão ilegal de vistos no valor de mais de US $90 milhões, de que nada reverteu para os cofres do Estado, o ministro do Interior, Ângelo de Barros Veiga Tavares, sentencia os responsáveis com penas disciplinares. O director nacional e o director adjunto do SME, assim como outros elementos-chave do esquema de corrupção, mantêm-se em funções, e não foi por ora instaurado qualquer processo de acção judicial.
 
Rede de Corrupção
 
Uma inspecção realizada pelo Ministério do Interior, iniciada a 6 de Novembro passado, concluiu que uma rede de 14 elementos, liderada por José Paulino da Silva, emitiu ilegalmente mais de 14 mil vistos de trabalho em apenas um ano. A rede tem cobrado entre US $5,000 e US $15,000 por cada visto emitido, segundo a inspecção. O esquema de corrupção, já antes descrito no Maka Angola, terá rendido, em estimativas conservadoras, mais de US $90 milhões, para enriquecimento ilícito da rede e associados.

A inspecção detectou ainda a emissão ilegal, entre Outubro de 2012 a Outubro de 2013, de 391 autorizações de residência, “com predominância para as nacionalidades portuguesa, 181, e brasileira, 34. O relatório indica que, para o mesmo período, o SME reportou ao ministério de tutela a emissão de 686 autorizações de residência.

Por outro lado, os inspectores constataram que “o Departamento de Controlo de Refugiados (DCR) “tem estado a emitir recibos válidos por um período de 180 dias, prorrogáveis sucessivamente, a favor de estrangeiros ilegais como se requerentes de asilo se tratassem…”. Para o efeito, os estrangeiros ilegais têm pago entre 30,000 kwanzas e 100,000 kwanzas (US $300 a US $1,000). Como evidência, os inspectores notaram que, no dia 5 de Novembro de 2013, fucionários do DCR inseriram, de forma irregular, no sistema informático, os nomes “de cento e trinta e dois (132) supostos requerentes de asilo de diversas nacionalidades, com incidência para Guineense-Conakry”.

Corruptos e Sanções Aplicadas

O ministro do Interior, Ângelo de Barros Veiga Tavares, aplicou, a 11 de Fevereiro passado, uma estranha multa de 45 dias, sem valor pecuniário estabelecido, ao director nacional do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME), José Paulino da Silva, por crimes de emissão ilegal de vistos de trabalho. Segundo o despacho do ministro (01519/GAB.DIR.MININT/2014), é-lhe aplicada a “pena disciplinar de multa pelo facto de, entre outras irregularidades, ter autorizado a emissão de vistos de trabalho sem a anuência do ministro do Interior, e de não ter fiscalizado os actos irregulares de inserção de processos incompletos no sistema virtual praticados pelos seus funcionários”.

O director nacional adjunto do SME, Eduardo de Sousa Santos, foi sancionado com a “pena disciplinar de censura registada pelo facto de ter autorizado a emissão de vistos de trabalho sem a competente anuência do ministro do Interior e de não ter observado as normas legais para a emissão de passaportes para estrangeiros”.
 
Foi esta a forma que o ministro considerou adequada para penalizar os dois altos funcionários, que foram “autores directos e activos das irregularidades detectadas na inserção de processos no sistema virtual e consequente emissão de vistos de trabalho sem a observância das normas legais”.
 
O chefe do Departamento de Estrangeiros do SME, Gilberto Teixeira Manuel, foi despromovido por um período de 18 meses. O ministro não especifica se se trata de despromoção de patente ou de cargo. Todavia, o Maka Angola apurou que o referido funcionário se mantém em funções com a mesma patente.
 
Por sua vez, o chefe do Departamento de Documentação, Registo e Arquivo, Teixeira da Silva Adão, recebeu apenas 90 dias de despromoção. De igual modo, o ministro não especifica os termos da despromoção, e o prevaricador mantém-se em funções.
 
A “admoestação verbal” do ministro serviu como sanção para 13 funcionários que participaram “na tramitação e inserção de processos irregulares no sistema virtual e consequentemente na emissão de vistos de trabalho sem a observância de requisitos legais para o efeito, independentemente de terem sido orientados pelos seus superiores hierárquicos”.
 
Entre estes funcionários encontram-se os chefes das repartições de Vistos de Trabalho e Administrativa, respectivamente Simão José N’gola e Cordeiro João. Também constam os coordenadores da Sala de Emissão de Vistos de Trabalho, Gaspar José Alexandre, e da Repartição de Expediente Migratório, Flávia Conceição Dias Vigário. As secretárias do director nacional do SME e do seu adjunto, nomeadamente Teresa Ermelinda Furtado Pires e Emanuela André João Luís Sebastião, também estão entre os sancionados com o ralhete do ministro. A lista inclui ainda os assistentes do director nacional do SME e do seu adjunto, Francisco José Carlos Aleixo.
 
Por que não se instaurou um procedimento judicial?

O relatório de inspecção, certificado pelo ministro, é claro em afirmar sobre a ilegalidade dos actos praticados pelos referidos funcionários.
Segundo o documento:
“Existem irregularidades no domínio da recepção, tramitação, concessão e entrega de vistos de trabalho, em violação das disposições legais contidas no nº 1 do Art.º 51º da Lei nº 2/07 de 31 de Agosto, sobre o Regime Jurídico dos Estrangeiros na República de Angola, que estabelece que o visto de trabalho é concedido pelas missões diplomáticas e consulares angolanas.
 
A inspecção detectou ainda a emissão ilegal, entre Outubro de 2012 a Outubro de 2013, de 391 autorizações de residência, “com predominância para as nacionalidades portuguesa, 181, e brasileira, 34. O relatório indica ainda que, para o mesmo período, o SME reportou, ao ministério de tutela, a emissão de 686 autorizações de residência.
Por outro lado, os inspectores constataram que “o Departamento de Controlo de Refugiados (DCR) “tem estado a emitir recibos válidos por um período de 180 dias, prorrogáveis sucessivamente, a favor de estrangeiros ilegais como se requerentes de asilo se tratassem…”. Para o efeito os estrangeiros ilegais têm pago entre 30,000 kwanzas e 100,000 kwanzas (US $300 a US $1,000). Como evidência, os inspectores notaram que, no dia 5 de Novembro de 2013, fucionários do DCR inseriram, de forma irregular, no sistema informático, os nomes “de cento e trinta e dois (132) suspostos requerentes de asilo de diversas nacionalidades, com incidência para Guineense-Conakry”.
 
Consultado pelo Maka Angola, o advogado Afonso Mbinda, considera que o esquema de corrupção da direcção nacional do SME “põe em perigo a segurança interna do Estado e a soberania nacional”.
 
“O ministro do Interior não deve fazer vista grossa ou pretender abafar o escândalo, porque há matéria de crime”, diz Afonso Mbinda.
 
Para o advogado, o ministro deveria ter solicitado, de imediato, a instrução de procedimento criminal contra esses funcionários, junto dos órgãos competentes de justiça, como a Procuradoria-Geral da República. E questiona: “Estaria o senhor ministro a compactuar com os actos praticados pelos seus funcionários?”.
 
Afonso Mbinda afirma ainda que a decisão de aplicar multa ao director nacional do SME, tomada pelo ministro, é ilegal: “Nos actos administrativos, quem aplica a multa é o tribunal.” Ao determinar sentença, o ministro Veiga Tavares pode “estar a fazer justiça por mãos próprias e a cometer o crime de abuso de autoridade”, conclui.
 
Da Boca para Fora
 
A 30 de Dezembro passado, na cerimónia de cumprimentos de fim de ano, o ministro do Interior prometeu combater a corrupção no SME. Nessa ocasião, o ministro confirmou que, apesar da inspecção por si ordenada, “continuam a registar-se irregularidades no tratamento de actos migratórios, particularmente em relação a vistos de trabalho e cartões de residente”.
Numa analogia com as regras do futebol, o ministro referiu que “alguns (quadros) já estão com acumulação de cartões amarelos e outros a trabalhar lesionados, o que certamente recomendará algumas alterações no plantel para melhor responder às exigências do momento e mostrar o vermelho directo àqueles que cometerem faltas graves…”.
 
Porém, mesmo antes da cerimónia, Ângelo Veiga Tavares tinha já em sua posse, desde o dia 4 de Dezembro, o relatório elaborado pelo Gabinete de Inspecção do Ministério do Interior sobre o SME.
 
O relatório detalha actos de corrupção, insubordinação, má gestão de fundos e incompetência da direcção nacional do SME.
 
Apesar da abundância de provas e evidências, o ministro do Interior praticamente renovou o voto de confiança na direcção do SME. A promessa de amostragem de cartões vermelhos não passou de uma imitação do discurso do presidente José Eduardo dos Santos, em 2009, sobre a então nova política do governo de tolerância zero contra a corrupção.
 
De então para cá, a grande corrupção tem sido a força motriz da actuação dos governantes e o factor de unidade e coesão entre dirigentes, que se protegem uns aos outros no saque dos recursos do país.

terça-feira, 11 de março de 2014

SÃO PAULO: Barbie humana ucraniana

A Barbie ucraniana

Valeria Lukyanova não fala de política, teve barraco com o Ken e sua meta é viver de luz

Fonte: Estadão
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
11.03.2014
Valeria Lukyanova não fala de política, teve barraco com o Ken e sua meta é viver de luz (© Divulgação)
A carreira de Valeria Lukyanova segue numa direção oposta à de Pinóquio. Enquanto o desafio do boneco de Gepeto era se tornar um menino de verdade, o sonho de consumo dessa ucraniana de 23 anos é virar uma Barbie humana.
A avaliar pelo aspecto, ela já tem meio caminho andado. Com 1,63 m, pesa 46 kg e pavoneia uma cintura de 50 cm. A cada segundo, Valeria fica mais parecida com a boneca da Mattel. Ela jura que não fez tantas plásticas quanto Frankenstein – foi só um mísero implante de silicone nos seios. O segredo são umas toneladazinhas de maquiagem diária, lentes de contato turquesa e malhação a granel.
Mas Valeria não quer se confundida com uma loira fútil e burra. Ok, ela concorda com Oscar Wilde, para quem “somente as pessoas superficiais não julgam pelas aparências”. Contudo, se Valeria é a cara da Barbie, não brinca em serviço: a primazia dela é a beleza interior. “A personalidade é mais importante que estrear um casaco de peles ou comprar um carro”, pontifica.
Certo, ela assume que gasta parte da rotina se embonecando (literalmente). Mas nada de exageros: são só 90 minutos por dia para ficar com aquele cabelo cor de champanhe, a pele de cetim e a boca de botãozinho de rosa. “Não acredito em planificação, pois sou uma criativa e deixo rolar. Não escolhi a imagem de Barbie. Claro que me agrada quando apontam as semelhanças.” E ainda dizem que não há coincidências.
Quando Valeria despontou no cenário mundial, teve gente que duvidou até de sua existência tridimensional. Isso apesar do milhão de seguidores que angariou no Facebook e das legiões de visitantes de seus vídeos no YouTube. Daí surgiu o convite para um pulinho a Nova York, para tirar a prova dos nove em programas de TV.
Valeria foi de mala e cuia, nem desconfiando o que os anfitriões haviam descolado para ela: nem mais nem menos que sua alma gêmea, um Ken de carne e osso. Ou seja, o americano Justin Jedlica, que aos 32 anos já torrou US$ 250 mil (cerca de R$ 580 mil) para se transfigurar em avatar humano do boneco topetudo de malares salientes.
Pena que o encontro tenha terminado em barraco. Justin resmungou que Valeria era “uma fraude”, pois se limitava a se vestir e a se maquiar como a Barbie, e mais parecia uma drag queen. Ao passo que ele já fez quase cem cirurgias plásticas e tem botox e silicone espalhados por cada poro do corpo. E acrescentou: “Vou continuar aperfeiçoando meu visual. Não fico por aqui. Seria como pedir a Picasso para parar de pintar”.
Valeria respondeu com luva de pelica: “Nunca escondi que só fiz uma plástica. Justin é bonito, mas acho que no enchimento dos lábios ele surtou um pouquinho”.
Parece incrível, o visual não é a coisa mais estrambólica na ucraniana. Além de modelo, é professora de meditação e viagens. Mas não das viagens manjadas que as agências de turismo apregoam, e sim de jornadas transcendentais no tempo e no espaço. “Já visitei outros planetas e universos, e o passado e o futuro.” E aí começa a cair a ficha: obviamente, Valeria é uma alienígena – embora não necessariamente lunática.
Com ela, as coisas vão ficando sempre cada vez mais estarrecedoras. Como se não bastasse se intitular um ET clone da Barbie, recentemente deu outra pirueta extravagante – e, dessa vez, perigosa. Muito perigosa.
Essa semana, anunciou sua adesão ao respiracionismo, culto que preconiza a sobrevivência humana sem alimentos nem água, apenas através de ar e luz. O ascetismo vai a ponto de os fiéis usarem uma máscara na boca para evitar a ingestão involuntária de germes (não para protegerem a eles, mas os germes). O líder do respiracionismo é o guru Prahlad Jani. Aos 82 anos, garante que passou os últimos 74 sem comer nem beber. Outra ideóloga respiracionista, a australiana Ellen Greve, vai mais longe: até engolir saliva é um pecado abominável. Glup!
Com sua cintura de vespa, cabeleira platinada e olhar vítreo, a Barbie humana sugere mais do que o enésimo sucedâneo do narcisismo contemporâneo. Transparece nela uma síntese icônica do mal-estar das sociedades pós-comunistas, que saíram do totalitarismo para caírem numa espécie de limbo social, morbidamente fascinadas com a cultura pop americana.
Valeria mora em Odessa, Ucrânia, que já foi o mais importante porto comercial da União Soviética e uma relevante base naval. Foi lá que Pushkin, o poeta nacional russo, viveu exilado. E também lá foi rodada uma das cenas mais marcantes da história do cinema, no Encouraçado Potemkin, de Sergei Eisenstein. É a lendária sequência das escadarias, onde marinheiros revoltosos e civis inocentes são massacrados pela guarda do czar. Neste momento, o simbolismo não podia ser mais sensível.
Mas não adianta o Estado cutucar a crise Ucrânia/Rússia: Valeria não fala de política (Caetano Veloso tem muito que aprender com a Barbie humana). Prefere anunciar as novas metas da carreira. Escrever um livro? Plantar uma árvore? Ter um filho? Frio, frio. Até porque já escreveu um livro, sobre seus rolezinhos fora do corpo. A prioridade dela agora é a música, como cantora de um treco que define como “ópera new age”. Já tem “mais de cem” canções compostas.
Assim, Valeria pretende demonstrar que, apesar da aparência de boneca loira e da dieta radical de faquir, não é uma bobinha de miolo mole. Pastel de vento, sim. Cabeça de vento, jamais!
* PAULO NOGUEIRA, ESCRITOR E JORNALISTA, É AUTOR DE O AMOR É UM LUGAR COMUM (INTERMEIOS)
Valeria Lukyanova quer se tornar boneca humana com quilos de maquiagem e lentes de contato - 1 (© Facebook Divulgação)
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LUANDA: Julgamento dos suspeitos no caso Cassule e Kamulingue ainda está longe

Luanda: Julgamento dos suspeitos no caso Cassule/ Kamulingue ainda está longe

Procuradoria disse que o caso já foi entregue a um tribunal.
Kamulingue e Cassule
Kamulingue e CassuleFonte: VOADivulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa

TAMANHO DAS LETRAS
 
O advogado David Mendes, líder da Associação Mãos Livres, diz ser muito cedo para se falar em julgamento do processo que envolve nove suspeitos da morte dos activistas Isaías Cassule e Alves Kamulingue em Maio de 2012.

Mendes reagia à declaração da Procuradoria segundo a qual já terminram as investigações sobre o caso tendo o processo já sido entregue a um tribunal.

Em declarações à Voz da América, David Mendes disse que há muitos procedimentos a serem cumpridos antes do processo ir a tribunal. O causídico angolano não revelou a identidade dos nove cidadãos suspeitos.

“O procurador junto do Tribunal provincial vai fazer a acusação e só depois da acusação do Ministério Público é que é aberta a instrução contraditória e só depois do despacho de pronúncia”, disse.

A Procuradoria Geral da República, num comunicado, lido no principal serviço de notícias esclareceu, na última semana, que o processo-crime instruído pela Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP), foi remetido ao Tribunal Provincial de Luanda já no passado dia 31 de Janeiro.

O anúncio foi feito poucos dias depois dos familiares dos activistas Alves Kamulingue e Isaías Cassule se terem queixado mais uma vez de não estarem a ser informados do andamento do processo.

Alves Kamulingue e Isaías Cassule foram raptados na via pública, em Luanda, nos dias 27 e 29 de Maio de 2012, quando tentavam organizar uma manifestação de veteranos e desmobilizados contra o Governo do Presidente José Eduardo dos Santos.

Em Novembro do ano passado,  o Procurador-Geral Adjunto da República, Beato Paulo, identificou os cidadãos, Júnior Maurício, Francisco Pimentel Daniel, Augusto Mota e João Fragoso, que pertencem à Polícia Nacional e aos Serviços de Informação e Segurança (SINSE), como sendo os suspeitos de assassinato dos activistas Isaías Cassule e António Alves Kamulingue.

Na altura, Beato Paulo tinha  garantido que quando fossem concluídos todos os exames periciais, relatórios e outros elementos necessários, o processo seria remetido ao Tribunal Provincial de Luanda.

LUANDA: Três militantes da UNITA mortos no Kwanza Sul

Três militantes da UNITA mortos no Kwanza Sul

Dois outros membros presos pela polícia após confrontos junto à província do Huambo
Bandeiras Unita MPLA
Bandeiras Unita MPLATAMANHO DAS LETRAS
 
Fonte: Redacção VOAFernando Caetano
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
Três militantes da UNITA foram mortos na província do Kwanza Sul por militantes do MPLA quando tentavam celebrar a fundação do seu partido.

O incidente ocorreu numa aérea junto à fronteira da província do Huambo.

O Secretário provincial da UNITA para a Informação e Marketing, Celestino Bartolomeu, disse que os dirigentes do seu partido naquela zona tinham seguido todas as normas legais para avisarem as autoridades da intensão da “movimentação” que tencionavam fazer.


Um dos militantes mortos era o secretário do comité local da UNITA.

Bartolomeu disse que os militantes tinham sido mortos “à catanada e pedrada”.

A UNITA tinha contactado o governador provincial sobre o incidente mas este disse tratar-se de uma ocorrência policial.

Segundo o porta-voz da UNITA, a polícia disse que os confrontos se tinham dado devido ao facto dos militantes da UNITA não terem obedecido às ordens da polícia e terem cometidos “desacatos”.

O secretário municipal e o secretário para a organização do partido foram detidos pela polícia, disse Bartolomeu.

“A UNITA considera que 11 anos depois da assinatura dos acordos de paz não há a necessidade de se estarem a perder vidas humanas quando se está realmente preparado para os desafios da reconciliação nacional,” disse

“O que se passou não se justifica”, disse este dirigente que avisou que se o seu partido “não contiver a emoção dos militantes isto pode acabar mal”.

domingo, 9 de março de 2014

LUANDA: Procuradoria diz já ter concluído processo Kamulingue/Cassule

Luanda: Procuradoria diz já ter concluído processo Kamulingue/Cassule

Acusações contra nove indivíduos foram entregues ao tribunal em Janeiro
TAMANHO DAS LETRAS 
Fonte: Redacção VOA
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
A Procuradoria-Geral da República de Angola disse em Luanda que está concluído o processo-crime contra nove presumíveis autores de rapto e homicídio de dois activistas em Maio de 2012.

O anúncio foi feito poucos dias depois dos familiares dos activistas Alves Kamulingue e Isaías Cassule se terem queixado mais uma vez de não estarem a ser informados do andamento do processo.

Os familiares queixam-se ainda de não saberem se as autoridades já encontraram os corpos dos activistvas

Num comunicado, lido no principal serviço de notícias da Televisão Pública de Angola, esclarece-se que o processo-crime instruído pela Direção Nacional de Investigação e Ação Penal (DNIAP), foi remetido ao Tribunal Provincial de Luanda já no passado dia 31 de Janeiro.

Alves Kamulingue e Isaías Cassule foram raptados na via pública, em Luanda, nos dias 27 e 29 de maio de 2012, quando tentavam organizar uma manifestação de veteranos e desmobilizados contra o Governo do Presidente José Eduardo dos Santos.

Os dois, ex-militares raptados foram alegadamente assassinados por agentes da Polícia Nacional e da Segurança do Estado.

Em Novembro as autoridades tinham anunciado quatro prisões e dois dias depois o chefe do Serviço de Inteligência e de Segurança do Estado (SINSE) de Angola, Sebastião Martins, foi demitido do cargo pelo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos.

Os motivos da demissão não foram revelados, mas estarão relacionados com o envolvimento de agentes do SINSE no homicídio dos dois ex-militares.

O caso da morte dos dois ex-militares esteve na base da subida da tensão política verificada em novembro passado em Angola, com a realização, no dia 23 daquele mês, de manifestações em vários pontos do país, convocadas pelo principal partido da oposição, União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), consideradas previamente ilegais pelas autoridades.

O segundo maior partido da oposição, a coligação eleitoral Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE), associou-se à causa e, na sequência de uma colagem de cartazes, também em várias províncias, um seu dirigente viria a ser abatido, em Luanda, por efetivos da Guarda Presidencial, por alegada violação do perímetro de segurança do Palácio Presidencial.

O funeral deste dirigente, no dia 27 de novembro, voltou a fazer subir a temperatura política, com os participantes na cerimónia a quase confrontarem-se com a polícia, por insistirem em acompanharem o caixão a pé, numa distância de quatro quilómetros, dentro de Luanda.

No dia seguinte, foi a vez dos deputados das quatro forças políticas da oposição abandonarem os trabalhos do parlamento, em virtude do partido no poder, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), ter inviabilizado a realização de um debate sobre os acontecimentos.

SÃO PAULO: Se toque: 10 dicas para colocar a masturbação na sua vida

Se toque: 10 dicas para colocar a masturbação na sua vida

Se toque: 10 dicas para colocar a masturbação em sua vida

Fonte: Redação/MSN Informação
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
09.03.2014


Se toque: 10 dicas para colocar a masturbação em sua vida - 1 (© Foto: Thinkstock)
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Da REDAÇÃO
Falar em masturbação ainda é um tabu para algumas mulheres. Já para os homens, de uma forma geral, essa prática é encarada como algo "normal" e sem o menor "pudor". Mas falar sobre masturbação feminina ainda traz ressentimentos. Isso porque muitas mulheres, por razões que vamos explicar mais à frente, só de ouvirem essa palavrinha se incomodam.
Para se ter uma ideia, 6% das mulheres afirmam que se masturbam com frequência de duas a três vezes por semana. O dado é da pesquisa "Mosaico Brasil", coordenada pela sexóloga Carmita Abdo, que também é psiquiatra e professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e fundadora e coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) da USP. O estudo foi divulgado em 2009, mas ainda é um dos mais completos sobre a sexualidade dos brasileiros.
Outra pesquisa revelou que 28% das mulheres chegam mais facilmente ao orgasmo quando se masturbam. A pesquisa "Durex Global Survey Sex", divulgada em 2014 com a chancela de Carmita Abdo, entrevistou 1.004 homens e mulheres brasileiros, entre 18 e 65 anos. "Conhecendo mais o seu corpo, elas acabam tendo mais facilidade, tanto na masturbação quanto na parceria sexual", analisou a psiquiatra durante o lançamento da pesquisa.
Fatores como a repressão ou educação sexual que algumas mulheres tiveram ou têm, ou mesmo a falta de comunicação dos pais sobre o assunto, estimularam a ausência de conversa sobre masturbação. A sexóloga e personal Sexy, Karina Brum, está acostumada a atender mulheres que não falam, literalmente, sobre masturbação e sexo porque foram criadas de maneira "mais fechada".
"Atendo, em média, 30 mulheres por dia, e todas relatam que não precisam de sexo ou que não pensam em sexo. Quando pergunto se elas se masturbam e qual a frequência, elas me olham espantadas como se eu tivesse dito alguma palavra obscena, com medo de responder", conta Karina.
Mas a masturbação, livre dos velhos tabus e preconceitos, é uma prática importantíssima que traz benefícios à vida íntima e sexual da mulher. "A masturbação é um tabu por causa da educação sexual inadequada que recebemos desde criança e o desconhecimento da própria sexualidade", explica a fisioterapeuta e sexólogaFabiane Dell' Antônio.
Um fator para algumas mães hoje não conversarem sobre masturbação com as filhas, assinala a sexóloga, é que elas mesmas não estão bem resolvidas sexualmente. "E elas não têm conhecimento adequado sobre o assunto. Quando é realizada de forma adequada e com equilíbrio, é muito importante para a sexualidade de homens e mulheres" completa.
Para Regina Racco, colunista de amor e sexo do Tempo de Mulher e professora de Ginástica Íntima, a masturbação feminina é importante demais para a mulher. Isso porque, sem a prática, dificilmente ela alcançará boa compreensão dos seus pontos de prazer e, consequentemente, terá uma boa resposta sexual.
"E sabemos bem que um grande número de mulheres não tem o hábito de se masturbar, seja por motivos religiosos, vergonha (dela mesma!), efeito de uma educação repressora, entre outros aspectos", avalia Regina. Ela também é autora dos livros "O livro de Ouro do Pompoarismo", "A Conquista do Prazer Masculino" e "Sexo para Mestres na Arte da Sedução".
"Gosto de dizer que a masturbação feminina auxilia nos exercícios dos músculos vaginais, o que favorece a produção das secreções (lubrificação). Estas que são tão importantes para manter nossa região íntima segura e protegida. Fora que o hábito 'masturbatório' torna a saúde das genitálias mais 'viva'," explica a personal sexyKarina Brum.
Ela recomenda sempre ter ao alcance das mãos um bom lubrificante, de preferência, para usar na masturbação. Pode ser algo à base de silicone que vai permitir movimentos ágeis, macios e com maior sensibilidade ao toque. "Reforçando: você pode melhorar tudo! Experimente utilizar uma dedeira vibratória ou uma luva de silicone texturizada. Assim, as manobras 'masturbatórias' vão fazer você ir ao paraíso", completa a personal sexy.
Conheça mais benefícios sobre a masturbação e confira as dicas dos especialistas sobre como desfrutar desse prazer, sem culpa!

sábado, 8 de março de 2014

MAPUTO: Governo moçambicano aceita NEGOCIAR COM RENAMO força de paz

Governo moçambicano aceita negociar com RENAMO força de paz

Renamo convidada a apresentar termos de referência da força de manutenção da paz.
TAMANHO DAS LETRAS 

A Renamo voltou hoje a exigir a presença de uma força estrangeira de interposição da paz em Moçambique  para supervisonar o cessar-fogo que deve ser acordado em breve entre o antigo movimento rebelde e o Governo.

Esta posição foi apresentada pelo chefe da equipa negocial da RENAMO, Simon Macuiane, na mesa de diálogo com o Governo que, pela segunda semana consecutiva, discute o desarmamento das milícias sob comando do maior partido da oposição.

O Governo disse ter anotado a exigência, mas defendeu que a RENAMO apresente os termos de referência para uma melhor apreciação.

Segundo o chefe-adjunto da delegação governamental, Gabriel Muthisse, está tudo em aberto para um final consensual, mas é preciso ver se o que a Renamo quer da chamada força de interposição pode ou não ser feito pelos próprios moçambicanos.

Enquanto o diálogo abana na mesa diplomática, o centro do país continua um campo de batalha em que, apesar de não haver dados oficais, há quase que diariamente informações de mortes e feridos.