Angolano na Lista de Sanções dos Estados Unidos por Corrupção
Os Estados Unidos da América (EUA) incluíram recentemente um homem de negócios angolano na sua lista de alvos de sanções económicas, devido ao seu envolvimento em actos de sabotagem do processo democrático no Zimbabué e a indícios de corrupção.
Trata-se do cidadão António Famtosonghiu Sampo Menezes, de 56 anos. Mas, na realidade, estamos a falar do cidadão chinês Xu Jinghua, mais conhecido por Sam Pa, para além de outros nomes.
Sam Pa é o principal esteio das relações entre Angola e a China, na sua qualidade de patrão do China International Fund (CIF), que, desde 2004, em troca de petróleo, tem controlado e prosperado com a intervenção massiva da China no processo de reconstrução nacional em Angola.
O sino-angolano preside também à China-Sonangol, detida em 70 por cento pela New Bright International Development (NBID), enquanto a Sonangol detém 30 por cento. Por sua vez, quem controla 70 por cento da NBID é Veronica Fung, consorte e testa-de-ferro de Sam Pa. Ou seja, quem controla na verdade é Sam Pa.
A China-Sonangol tem servido de veículo para o descaminho de biliões de dólares de receitas do petróleo angolano, para além de outros recursos do país, beneficiando claramente a China, os seus operadores privados, como é o caso de Sam Pa, e alguns dirigentes angolanos. No seu processo de expansão internacional, a China-Sonangol tem sido uma presença constante no Zimbabué, onde investiu nos sectores dos diamantes e do imobiliário.
Segundo o Departamento de Tesouro dos EUA, a 17 de Abril passado, Sam Pa foi incluído na lista de alvos de sanções económicas por “subverter os processos democráticos e institucionais no Zimbabué, facilitar a corrupção pública por altos dirigentes zimbabueanos através do tráfico ilícito de diamantes, assim como pelo apoio financeiro e logístico ao governo do Zimbabué e a pessoas designadas como especiais”.
Na sua nota de imprensa, as autoridades americanas acusam ainda Sam Pa de ter dado mais de um milhão de dólares, bem como suprimentos e equipamentos, a dirigentes zimbabueanos para apoio à Organização Central de Inteligência (CIO), os serviços secretos de Robert Mugabe. Com efeito, os Americanos argumentam que a CIO está ligada a actividades destinadas a minar a democracia no país. Sam Pa é acusado de ter auxiliado a secreta zimbabueana a sobreviver durante a grave crise económica que afectou este país. O referido apoio extra-orçamental de Sam Pa, de acordo com o Departamento de Justiça, contribuiu para, entre outras coisas, fomentar os programas da CIO destinados à intimidação pré-eleitoral no Zimbabué.
Por estas razões, todos os bens de Sam Pa localizados sob jurisdição dos Estados Unidos deverão ser congelados. Por outro lado, todas as transacções com os Estados Unidos ou com cidadãos estado-unidenses que envolvam Sam Pa estão proibidas. As sanções aplicam-se também a um advogado de Singapura, associado de Sam Pa, e a um dirigente zimbabueano.
As autoridades estado-unidenses ainda não especificaram os bens de Sam Pa que serão alvo de congelamento. Nos Estados Unidos, a China-Sonangol é proprietária de um grande edifício na famosa Wall Street, adquirido em 2008 por US $150 milhões.
Em círculos restritos da nomenklatura, Sam Pa também é conhecido como o “vice-presidente angolano”, pela forma como dispõe do poder em Angola, sobretudo o do presidente da República, José Eduardo dos Santos, que lhe concedeu a cidadania angolana e com quem mantém uma relação de amizade. O ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do PR, general Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, bem como o vice-presidente Manuel Vicente sujeitam-se à sua influência.
Sam Pa tem ainda como seus associados duas figuras distintas dos grandes esquemas de corrupção que envolvem a nomenklatura angolana: trata-se de Pierre Falcone, o mercador de armas franco-brasileiro, e de Hélder Bataglia, presidente da Espírito Santo Commerce (Escom). José Eduardo dos Santos não só concedeu a cidadania angolana a Pierre Falcone, mas também imunidade diplomática, de modo a livrá-lo da cadeia em França, devido ao escândalo Angolagate.
Trata-se do cidadão António Famtosonghiu Sampo Menezes, de 56 anos. Mas, na realidade, estamos a falar do cidadão chinês Xu Jinghua, mais conhecido por Sam Pa, para além de outros nomes.
Sam Pa é o principal esteio das relações entre Angola e a China, na sua qualidade de patrão do China International Fund (CIF), que, desde 2004, em troca de petróleo, tem controlado e prosperado com a intervenção massiva da China no processo de reconstrução nacional em Angola.
O sino-angolano preside também à China-Sonangol, detida em 70 por cento pela New Bright International Development (NBID), enquanto a Sonangol detém 30 por cento. Por sua vez, quem controla 70 por cento da NBID é Veronica Fung, consorte e testa-de-ferro de Sam Pa. Ou seja, quem controla na verdade é Sam Pa.
A China-Sonangol tem servido de veículo para o descaminho de biliões de dólares de receitas do petróleo angolano, para além de outros recursos do país, beneficiando claramente a China, os seus operadores privados, como é o caso de Sam Pa, e alguns dirigentes angolanos. No seu processo de expansão internacional, a China-Sonangol tem sido uma presença constante no Zimbabué, onde investiu nos sectores dos diamantes e do imobiliário.
Segundo o Departamento de Tesouro dos EUA, a 17 de Abril passado, Sam Pa foi incluído na lista de alvos de sanções económicas por “subverter os processos democráticos e institucionais no Zimbabué, facilitar a corrupção pública por altos dirigentes zimbabueanos através do tráfico ilícito de diamantes, assim como pelo apoio financeiro e logístico ao governo do Zimbabué e a pessoas designadas como especiais”.
Na sua nota de imprensa, as autoridades americanas acusam ainda Sam Pa de ter dado mais de um milhão de dólares, bem como suprimentos e equipamentos, a dirigentes zimbabueanos para apoio à Organização Central de Inteligência (CIO), os serviços secretos de Robert Mugabe. Com efeito, os Americanos argumentam que a CIO está ligada a actividades destinadas a minar a democracia no país. Sam Pa é acusado de ter auxiliado a secreta zimbabueana a sobreviver durante a grave crise económica que afectou este país. O referido apoio extra-orçamental de Sam Pa, de acordo com o Departamento de Justiça, contribuiu para, entre outras coisas, fomentar os programas da CIO destinados à intimidação pré-eleitoral no Zimbabué.
Por estas razões, todos os bens de Sam Pa localizados sob jurisdição dos Estados Unidos deverão ser congelados. Por outro lado, todas as transacções com os Estados Unidos ou com cidadãos estado-unidenses que envolvam Sam Pa estão proibidas. As sanções aplicam-se também a um advogado de Singapura, associado de Sam Pa, e a um dirigente zimbabueano.
As autoridades estado-unidenses ainda não especificaram os bens de Sam Pa que serão alvo de congelamento. Nos Estados Unidos, a China-Sonangol é proprietária de um grande edifício na famosa Wall Street, adquirido em 2008 por US $150 milhões.
Em círculos restritos da nomenklatura, Sam Pa também é conhecido como o “vice-presidente angolano”, pela forma como dispõe do poder em Angola, sobretudo o do presidente da República, José Eduardo dos Santos, que lhe concedeu a cidadania angolana e com quem mantém uma relação de amizade. O ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do PR, general Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, bem como o vice-presidente Manuel Vicente sujeitam-se à sua influência.
Sam Pa tem ainda como seus associados duas figuras distintas dos grandes esquemas de corrupção que envolvem a nomenklatura angolana: trata-se de Pierre Falcone, o mercador de armas franco-brasileiro, e de Hélder Bataglia, presidente da Espírito Santo Commerce (Escom). José Eduardo dos Santos não só concedeu a cidadania angolana a Pierre Falcone, mas também imunidade diplomática, de modo a livrá-lo da cadeia em França, devido ao escândalo Angolagate.