quarta-feira, 5 de novembro de 2014

ALEMANHA: Queda de Blaise Capaoré é uma lição para o ditador Angolano

Queda de Blaise Compaoré é uma lição para Eduardo dos Santos

Alemanha - Depois da queda de Blaise Compaoré, receia-se um efeito de contágio em países africanos com presidentes quase vitalícios e regimes autocráticos, como Angola. Para manifestantes angolanos, o caso é uma lição a ser tomada.

Fonte: DW
Da lista de presidentes que estão há mais tempo no poder em África, e no mundo, pelo menos um já foi pressionado a sair: Blaise Compaoré, que há 27 anos conduzia os destinos do Burkina Faso.

Restam agora os Presidentes José Eduardo dos Santos, de Angola, Teodoro Obiang, da Guiné Equatorial, Robert Mugabe, do Zimbabué e Paul Biya, dos Camarões, todos eles há mais de 30 anos na liderança.
A queda de Blaise Compaoré é vista com uma atenção especial pelos países onde a população contesta também longas permanências no poder.
Insurreição popular em Angola?
Em Angola, os jovens do chamado Movimento Revolucionário, que exigem já há alguns anos a saída de José Eduardo dos Santos, acreditam na possibilidade de acontecer uma insurreição popular como a que aconteceu no Burkina Faso, uma vez que “o povo está saturado”, lembra Adolfo Campos.
“O povo angolano está cansado da política de José Eduardo dos Santos”, sublinha o jovem ativista angolano, lembrando que o chefe de Estado angolano se encontra “há mais de 35 anos no poder”.
Segundo Adolfo campos, o Movimento Revolucionário está já a analisar a possibilidade de organizar “uma manifestação que possa impugnar o poder de José Eduardo dos Santos”.
O ativista está certo de que o Presidente angolano receia uma ação para o depor e, por isso, na sua opinião, implementou uma situação de terror no país ao criar uma guarda pessoal militar muito bem preparada, a Unidade de Guarda Presidencial (UGP).
Apesar disso, Adolfo Campos considera que os descontentes não receiam esta força e a queda do Presidente burquinabê é certamente “uma lição muito grande” para o Movimento Revolucionário. “Afinal de contas aqui também existe a possibilidade de tirar um ditador [do poder], uma vez que as Forças Armadas angolanas se encontram vulneráveis”, afirma o ativista.
Consequências para o continente
Que consequências poderá ter a queda de Blaise Compaoré para o continente africano? A possibilidade de um efeito de contágio, à semelhança do que aconteceu com a chamada “Primavera Árabe”, seria um exagero ou algo bem mais perto da realidade? “Poderá ser as duas coisas”, explica Eugénio Costa Almeida.

O investigador do Centro de Estudos Internacionais do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL) lembra que se falava que as chamadas primaveras árabes podiam refletir-se no resto do continente africano, em situações onde a autocracia existe. No entanto, esse reflexo não chegou a observar-se noutros países africanos. Por isso, falar num efeito de contágio seria “um exagero” para o analista.
“Todavia, considerando que existem alguns casos de poderes quase absolutos, nalguns casos autoritários na região, penso que o que aconteceu no Burkina Faso pode ter alguma infl uência e algum espelho noutros países”, argumenta.
No que se refere à situação angolana, Eugénio Costa Almeida não acredita muito que os jovens que se opõem ao regime consigam o mesmo que os burquinabes. José Eduardo dos Santos foi eleito democraticamente e tem direito a candidatar-se ainda a um segundo mandato, lembra o analista. Por outro lado, acrescenta, o ex-Presidente Campaoré já alterou algumas vezes a Constituição para se manter no poder.
Ainda assim, o analista luso-angolano está certo de que o caso do Burkina Faso vai ajudar a alicerçar mais os objetivos do Movimento Revolucionário. “Acredito que haverá jovens, nomeadamente do chamado Movimento Revolucionário, que vão aproveitar o que aconteceu no Burkina Faso para alicerçar as suas manifestações e os seus poderes reivindicativos”.
Analistas dizem que o que aconteceu no Burquina Faso pode repetir-se em Angola
Os últimos acontecimentos que se registaram no Burquina Faso e que culminaram com a deposição do presidente Blaise Kampaore depois de 27 anos no poder podem ter lugar em Angola, caso o MPLA não alterar a sua forma de agir, defendem os analistas políticos da rádio Despertar. Os analistas consideram que a realidade dos factos no Burquina Faso não se diferem muito da angolana.

O analista da Despertar e secretário para Informação do PRS Joaquim Nafoia pediu ao Presidente da República a ficar atento ao que se passa no Burquina Faso: "O nosso presidente deve tirar algumas lições porque todos os ditadores terminam desta forma, como aconteceu a Hosni Mubarak, Mobutu, Ben Aly, Khadafi, se o MPLA não se prevenir isso pode acontecer em Angola", disse.
O dirigente do PRS sustenta a sua afirmação nos seguintes argumentos. "Nós estamos numa ditadura efectiva, os activistas cívicos são assassinados, não se permitem manifestações, os jovens são torturados e presos, os debates parlamentares não são transmitidos, enfim, o presidente já fez o que o outro tentou fazer no Burquina Faso, alterou a Constituição com o acórdão de 2005 do Tribunal Supremo que dizia que José Eduardo dos Santos ainda não tinha cumprido nenhum mandato no poder quer dizer que o seu mandato só começou em 2005"
No mesmo debate, esses argumentos foram reiterados pelo politólogo Antonio Saúde Cabina, para quem “também em Angola temos problemas de longevidade do Presidente da República com manobras constitucionais para se manter no poder, também o nosso presidente esta está rebocado nas legislativas talvez temendo que em eleições separadas perderia; no Burquina Faso o outro tentou fazer a mesma coisa só que o povo lá não deixou".
Para o jornalista e analista Alexandre Solombe, é preferível que ocorra o mesmo em Angola para acabar com as humilhações sofridas.

domingo, 26 de outubro de 2014

LUANDA: Jornal o CRIME revela que generais do regime estão envolvidos com o trafico de dooga internacional

Jornal “O Crime” revela que generais do regime estão envolvidos no tráfico de droga

Luanda - A sociedade angolana conta  desta sexta-feira, 24, com uma nova publicação, designada de Jornal “O Crime”, especializado na divulgação de assuntos de natureza criminal. Nesta primeira edicção, o jornal traz uma reportagem inédita sobre os meandros do tráfico de drogas em Angola, na qual revela não a participação de altas patentes da Polícia e das Forças Armadas Angolana neste negócio como também os pontos de venda.
Fonte: Club-k.net
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
26/10/2012
Este jornal, o primeiro do gênero no país depois da indepedência, foi criado por um grupo de jornalista preocupado com a segurança pública e a delapidação do erário público. Preenchendo vazio que se verificava neste segmento do mediático mercado da comunicação social, juntando-se a outros títulos de especialidade, como o Semanário Económico, Jornal dos Desportos e Jornal de Letras.
A honra de dirigir este órgão, racaiu para Mariano Brás  por ser o primeiro jornalista angolano a especializar-se neste estilo.  “Mais do que um sonho, o jornal O Crime constitui, na verdade, mais uma frente na luta contra o crescente índice de criminalidade e outras acções que em nada abona o bem-estar dos angolanos e o desenvolvimento global de uma Angola que ser cada vez mais próspera”, explicou o jornalista.
Assegurou ainda que “até onde for possível, a nossa equipa vai colocar as suas impressões digitais nas cruzadas contra a criminalidade, ao lado, claro, dos ministérios do Interior e da Justiça, assim como de organizações que trabalham na promoção dos direitos humanos.”
O Jornal “O Crime” é um jornal de periodicidade quinzenal, numa primeira fase, que se dedicara ao jornalismo de investigação, com profundo sentido deontológico e alicerçado no rigor e na isenção. Afastando para bem longe os fantasmas da perseguição pessoal, do boato e da calúnia, dando primazia a notícias que tenham como atrelado o cruzamento e o contraditório.
“A nossa equipa vai respirar o ar do combate ao crime, assumindo-se como “agentes severos” para com os autores – morais e materiais – de assaltos, roubos, violações e outros delitos que preenchem o quotidiano da nossa ainda ‘desprotegida’ sociedade. Sem esquecer do tráfico de influência, do tráfico de droga, do crime de colarinho branco e dos assassinatos.
“Estamos cientes de que os riscos estão à espreita, mas reiteramos, convictos também de que as liberdades exigem responsabilização, que não haverá abrigo para os que se sentem acima da lei, gabando-se de uma impunidade cada vez mais enraizada entre nós. Não se trata de bicada ao (s) autor (es) do assassinato do colega Ricardo de Mello, que partiu há já 19 anos. Não, não se trata disso. Limitamo-nos, isto sim, a reassumir o compromisso com os ideais de um jornalismo que tem no horizonte a responsabilidade social”, disse.
Indagado quem esta por detrás deste projecto, respondeu que “O Crime é independente administrativa e financeiramente. Não pertence a nenhum grupo empresarial, partido político, associação, ONG e, muito menos ao Ministério do Interior ou a alguma figura deste organismo. Viemos para ficar, reconhecemos as dificuldades para manter o projecto, mas não desistimos convictos de que em nome do bem, Deus nos vai abençoar”.  

LISBOA: Ex-guarda-costas de Fidel Castro diz que Cuba queria controlar os recursos naturais de Angola

Ex-guarda-costas de Fidel diz que Cuba queria controlar recursos em Angola

Lisboa - Ex-guarda-costas de Fidel revela, em livro de memórias, segredos inconfessáveis do "comandante", desde a forma como se apropriou de recursos angolanos até ao modo como comandava as tropas à distância,
Fonte: Observador
Divulgação:Planalto De Malanje Rio Capôpa
26/10/2014
Juan Reinaldo Sánchez, ex-guarda-costas de Fidel Castro, que revela num livro o alegado envolvimento do líder histórico cubano no tráfico de droga, disse à Lusa que Havana queria controlar os recursos naturais em Angola.
“Fidel Castro queria mais de Angola. Fidel Castro dizia que ia levar de Angola apenas os mortos, mas não foi assim. Eu vi no gabinete de Fidel Castro uma caixa de tabaco repleta de diamantes. Não eram diamantes grandes, eram diamantes pequenos, mas a caixa estava cheia”, relatou.
“Fidel, através do seu ajudante José Naranjo e do secretário Chomy, mandou vender esses diamantes e depositar o dinheiro nas suas contas bancárias fora de Cuba”, disse à Lusa o homem que foi guarda-costas do Presidente cubano durante 17 anos.
As memórias do elemento do círculo de segurança mais próximo da cúpula do regime cubano é autor do livro “A Face Oculta de Fidel Castro” que vai ser lançado em Portugal na quarta-feira e que inclui não apenas questões internas de Cuba, mas também o envolvimento de Havana na guerra em Angola, sobretudo a “Operação Carlota” em 1975 e a batalha do Cuíto Cuanavale, no final dos anos 1980.
“Eu tenho informações e além do mais vi. Fidel tinha outra ideia com Angola. Essa ideia sobre o internacionalismo proletário; essa ideia de ajudar os irmãos africanos; essa ideia de ajuda entre os povos é propaganda. É um mito”, sublinhou, referindo-se ao envolvimento de Cuba com o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).
“Fidel Castro não queria apenas o petróleo, mas também outros recursos naturais de Angola. Queria ir buscar mais depois da guerra, mas o que aconteceu foi que o aliado incondicional – Agostinho Neto – morre e José Eduardo dos Santos não lhe deu essa possibilidade”, explicou Juan Reinaldo Sánchez.
Segundo o guarda-costas, que vive atualmente exilado nos Estados Unidos, as primeiras “contrariedades” entre o chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, e Fidel Castro dão-se nas conversações de paz após a batalha do Cuíto Cuanavale.
“José Eduardo dos Santos faz tudo nas costas de Fidel Castro que se indigna e manda vir um representante do Bureau Político de Angola a Havana e queixa-se. Começam os problemas com José Eduardo dos Santos. Uma coisa é a política e as fotografias e outra coisa é o que vem do interior das relações”, afirmou.
Sanchéz, 65 anos, começou a ser “vigiado” porque a família abandona Cuba e é finalmente detido após ter pedido a reforma, em 1994.
Consegue abandonar o país em 2008 a bordo de uma balsa em direção à costa mexicana, onde iniciou o exílio e recordou que começou a ficar “profundamente desiludido” com o líder histórico cubano depois de se ter apercebido de que Fidel coordenava uma rede de tráfico de droga.
“Fidel era o meu deus. Não era o homem pelo qual estava preparado a dar a minha vida, mas muito mais: no fundo estava inclusivamente desejoso de dar a minha vida por Fidel mas um dia ouço uma conversa entre o ministro do Interior, José Abrantes, e o presidente, em que me dou conta que Fidel está a dirigir tudo. Fiquei em choque. Senti-me utilizado, enganado porque afinal eu estava a tomar conta de um narcotraficante”, acusou Sánchez.
O autor do livro recordou que, até essa altura, Fidel Castro dizia que as acusações eram uma “manobra do imperialismo” e que Cuba era o país que tinha menos problemas de droga de todo o continente.
“Afinal quem dirigia o tráfico era Fidel. Para financiamento da revolução e para ele mesmo, para proveito pessoal para as suas contas no exterior”, afirmou.
Para Sánchez, a revolução cubana é um fracasso porque “do ponto de vista económico” abraçou uma causa que falhou no mundo inteiro, considerando que o “caso chinês é uma mistura” que não pode ser relacionada com os fundamentos originais do socialismo.
“Na China, o partido comunista exerce poder sobre a população e sobre o Estado mas na economia é capitalista. Na América Latina, a partir de Hugo Chávez, na Venezuela, querem chamar-lhe ‘socialismo do seculo XXI’ mas isto assim não é socialismo”, disse.
Juan Reinaldo Sánchez acompanha a situação em Cuba a partir de Miami, nos Estados Unidos, mas não acredita em mudanças em Havana até porque a oposição e os dissidentes não estão organizados.
“O terror do governo cubano é que haja unidade na dissidência”, conclui o antigo guarda-costas de Fidel Castro.
A guerra comandada a partir de Havana
No livro “A Face Oculta de Fidel Castro” o antigo guarda-costas do líder histórico cubano relata também as incompatibilidades com o general Ochoa, que um mês depois de ter sido criticado pelo curso da guerra em Angola acaba fuzilado.
“No Palácio ou no ‘war room’ ouvi Fidel fazer a Raúl Castro observações do tipo: ‘o Ochoa está a dar sinais de incapacidade’, o ‘Ochoa não se apercebe da realidade’, ou ainda ‘Ochoa já não tem os pés na terra’”, relatou Juan Reinaldo Sanchéz, que vive exilado em Miami, Estados Unidos.
Herói da Revolução cubana, membro destacado da resistência contra Fulgêncio Batista, além de ter participado com Che Guevara na formação de grupos de guerrilha no Congo e mais tarde na Venezuela, Ochoa foi um elemento essencial no envio de tropas cubanas para Angola em 1975, comandou as forças expedicionárias na Etiópia em 1977-1978 e foi, a mando de Fidel, conselheiro especial do ministro da Defesa da Nicarágua.
Após dois grandes desastres militares soviéticos em Angola, Ochoa é enviado para o terreno, onde participa na batalha do Cuito Cuanavale, contrariando muitas vezes as ordens diretas do próprio chefe de Estado cubano.
Em janeiro de 1988, em plena batalha do Cuito Cuanavale, o general Ochoa, caído em desgraça, é chamado a Havana, tendo sido fuzilado um mês de depois, acusado de tráfico de droga.
Segundo o autor do livro, Ochoa acaba por ser o bode expiatório daquilo que poderia transformar-se num escândalo com proporções internacionais e que envolvia o próprio Fidel Castro em esquemas de tráfico de droga como meio de financiamento da revolução.
O livro que dedica um capítulo à participação de Cuba na guerra em Angola não deixa de notar as capacidades militares de Fidel.
“O feito é extraordinário, pelo que merece ser sublinhado: durante toda a guerra, Fidel dirigiu as operações militares a partir de Havana, quase do outro lado do mundo. Era vê-lo entregue ao trabalho, o estratego no ‘war room’, rodeado de mapas do Estado-Maior e de maquetas de campos de batalha” recordou o antigo guarda-costas do presidente sobre os meses em que se travou uma das mais importantes batalhas travadas no continente africano.
Em Cuito Cuanavale, Angola, registou-se o confronto final “entre Cuba e a África do Sul” durante seis meses, de setembro de 1987 a março de 1988, resultando num impasse em que ambas as partes reivindicam a vitória mas os sul-africanos admitiram que jamais derrubariam “o governo marxista” militarmente.
“Aceitaram negociar a paz nos seguintes termos: Fidel repatriaria o seu exército para Cuba, sob a condição de que o South African Defense Force (SADF) deixasse a Namíbia e outorgasse a independência total àquela ex-colónia alemã que desde 1945 se encontrava sob protetorado sul-africano”, recordou Sánchez.
Pouco depois, é proclamada a independência da Namíbia e na “mesma época o regime racista de Pretória” foi levado a fazer outras concessões, como a libertação de Nelson Mandela. “Três anos mais tarde, Nelson Mandela declarou: ‘Cuito Cuanavale pôs fim ao mito da invencibilidade do opressor branco. Foi uma vitória para toda a África”, recordou Sánchez.
O guarda-costas de Fidel Castro referiu-se ainda à “Operação Carlota”: a ponte aérea e marítima entre Havana e Luanda em 1975 a pedido de Agostinho Neto, que tinha conhecido Che Guevara dez anos antes no Congo.
No outono de 1975 na véspera da independência milhares de soldados cubanos estão já estacionados em Angola sem que Fidel tenha informado Moscovo das “grandes manobras” africanas. Em 1980, “após a morte natural de Agostinho Neto”, a situação complica-se com a invasão norte-americana de Granada onde são capturados 638 cubanos e depois em Angola, onde os sul-africanos relançam a ofensiva militar no sudeste do país.
“No terreno as baixas não param de aumentar. Decorridos dez anos do início do conflito, as mães cubanas vivem com um medo permanente”, escreveu Sánchez referindo que “ao todo” as baixas de Havana em Angola atingiram os 2.500 mortos.
No livro Sanchéz contou que assistiu às divergências entre cubanos e soviéticos sobre o curso da guerra e as críticas de Fidel contra as más decisões de Moscovo no teatro de operações.

sábado, 25 de outubro de 2014

LISBOA: Filhos de JES e Opus Dei dominam gabinete das privatizações no Governo maluco do PSD e CDS PPde Passos Coelho e Paulo `Portas

Portugal: Filhos de JES e Opus Dei dominam gabinete das privatizações no Governo


Portugal: Filhos de JES  e Opus Dei dominam gabinete das privatizações no Governo

Lisboa - Uma reportagem da revista Visão revela que o recém-nomeado chefe de gabinete do secretário de Estado das Finanças de Portugal  é diretor de uma sociedade de capital de risco ligada à família do presidente angolano.

Fonte:  Esquerda/Visao
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
25/10/2014

Rodrigo Balancho de Jesus tem 36 anos e é dois anos mais velho que o secretário de Estado das Finanças que o nomeou, Manuel Luís Rodrigues. Ambos pertencem à Associação de Antigos Alunos da IESE Business School, gerida pelo Opus Dei em Espanha. O secretário de Estado tem sob a sua tutela os dossiês das privatizações e das empresas públicas e pelo seu gabinete passa muita informação confidencial.


Segundo revela a edição desta quinta-feira da revista Visão, quando Balancho de Jesus foi requisitado pelo ex-colega para o governo de Passos Coelho, ocupava o cargo de diretor de investimento da Erigo, uma sociedade de capital de risco administrada por um filho de José Eduardo dos Santos, Paulino dos Santos, e o seu meio-irmão Tito Mendonça.

A sede da Erigo situa-se um andar abaixo do escritório de advogados SLCM, que assessorou a China Three Gorges na privatização da EDP. E partilha com este escritório o presidente da Assembleia Geral, Miguel Machete, filho do ministro dos Negócios Estrangeiros que pediu desculpas públicas ao governo angolano pelas investigações judiciais que visavam figuras próximas do círculo do poder em Luanda.

Ainda segundo a Visão, um dos administradores da Erigo também é administrador da Lagoon SGPS, empresa que tem sede na mesma morada. Ao lado de Tito Mendonça surge o nome de Dias Loureiro no Conselho de Administração desta empresa gerida por um filho do general angolano Carlos Hendrick da Silva, um dos acusados pelo ativista Rafael Marques no seu livro "Diamantes de Sangue" por cumplicidade com torturas e assassínios na região diamantífera da Lunda.

Para além do secretário de Estado e do seu chefe de gabinete, também o seu adjunto, Pedro Sampaio, pertence ao mesmo círculo de gestores formados na escola da Opus Dei. E o antecessor de Balancho de Jesus no cargo de chefe de gabinete do secretário de Estado das Finanças, Abel Mascarenhas, também frequentou a mesma escola. O peso da Opus Dei nas finanças públicas alargou-se ao gabinete de Carlos Moedas, com a contratação de Tomás Sanches da Gama - outro elemento da associação de antigos alunos da IESE Business School -, entre fevereiro de 2012 até agosto deste ano, primeiro através da encomenda de serviços por ajuste direto e depois nomeado técnico especialista do gabinete do atual comissário europeu para a Ciência.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

MAPUTO: Processo eleitoral moçambicano está completamente viciado, acusa pesquisador da CIP

"Processo eleitoral em Moçambique está viciado", acusa pesquisador da CIP

Nhamire Borges, do Centro de Integridade Pública, acusa os observadores internacionais de terem prestado um mau serviço ao país.

Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
Fonte: VOA/Alvaro Ludgero Andrade
O pesquisador do Centro de Integridade Pública(CIP) Nhamire Borges acusou o Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE) de ter falhado em toda a linha na organização das eleições do passado 15 de Outubro em Moçambique.
Além da desorganização total, Borges denuncia o facto de as empresas seleccionadas para trabalhar na produção dos materiais usados nas eleições pertencerem a pessoas da Frelimo e que só assim se justifica o facto de haver editais nas mãos de eleitores.
Em entrevista à VOA, na rubrica Agenda Africana, Nhamire Borges foi também muito crítico em relação aos observadores internacionais que "prestaram um mau serviço a Moçambique".
Para ele, os observadores apenas falaram do dia das eleições, quando "o problema está na organização e na contagem dos votos".
Para o pesquisador da CIP, os observadores "deviam ficar calados".
Oiça o programa:

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

MAPUTO: Observadores da UE preocupados com atraso que deteriora processo eleitoral em Moçambique

Observadores da UE preocupados com atraso que “deteriora” processo eleitoral em Moçambique

Denúncias de fraude continuam. Chefe de operações eleitorais da Beira detida por falsificar editais da votação.
As autoridades moçambicanas garantem que os prazos de divulgação de resultados serão cumpridos GIANLUIGI Fonte de origem: GUERCIA /AFP
O atraso no apuramento dos resultados das eleições da semana passada em Moçambique está a preocupar a Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (UE), para a qual a falta de explicações “deteriora o que tinha sido um início ordeiro da jornada eleitoral”.
A preocupação dos observadores europeus junta-se à da embaixada os Estados Unidos em Maputo, que lamentou os “actos de violência” pontuais do processo eleitoral e manifestou apreensão por “algumas irregularidades” no escrutínio.
A posição da missão da UE – que na sexta-feira tinha considerado a votação “ordeira” – e a da embaixada americana foram expressas na terça-feira, numa altura que continuam a surgir denúncias de atropelos às eleições de dia 15, e quando estão apenas divulgados resultados preliminares e parciais.
Os observadores europeus lamentam também os obstáculos que lhes foram colocados no acesso ao apuramento provincial em Cabo Delgado e na Zambézia e lembra que, ao abrigo da lei, "todo o processo eleitoral deve pautar-se pela transparência e integridade".
A missão considera que a contagem de votos se tem deparado com dificuldades resultantes da “falta de organização e conhecimento dos procedimentos de apuramento, tratamento incorrecto das actas e material de votação e métodos de apuramento demorados”. O seu apelo é para que os problemas sejam ultrapassados “de forma eficaz e transparente, incutindo nos cidadãos a confiança de que o processo eleitoral será concluído em total conformidade com os requisitos legais".
O apuramento distrital deveria ter terminado no sábado e nas províncias deveria ter sido concluído na segunda-feira. Até terça não estava concluído em quatro das 11 províncias. Apesar dos atrasos, o secretariado de administração eleitoral reafirmou que a demora não terá consequências no plano nacional e será respeitado o prazo de 15 dias, que vai até 30 de Outubro, para a divulgação dos resultados globais.
Para além dos partidos da oposição, que logo após as eleições se queixaram de casos de fraude, também organizações como o Centro de Integridade Pública, uma organização independente, e jornais têm vindo a divulgar alegadas irregularidades.
Uma das últimas situações foi noticiada pelo jornal Canal de Moçambique, que divulgou a notícia de que a chefe de operações da Comissão Eleitoral da cidade da Beira, identificada como Sónia Dzimba, foi detida por falsificar editais de um bairro onde Afonso Dhlakama, líder da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana, antiga guerrilha), e o seu partido terão vencido por larga margem. Os editais falsos “tinham 400 votos a mais em cada mesa”, disse fonte do jornal. O diário O País citou o presidente da comissão distrital de eleições, segundo o qual representantes da oposição detectaram neste caso a falsificação de um edital em que o número de votos na Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique, no poder) foi alterado de três para 223.
Os últimos resultados nacionais divulgados indicavam uma vantagem na corrida presidencial de Filipe Nyusi, candidato da Frelimo, com uma votação superior a  60% contra os cerca de 30% de Afonso Dhlakama e da Renamo.
Dhlakama disse, no final da semana passada, que a eleição “não foi livre nem justa”, mas prometeu não recorrer à violência e manifestou-se pronto a negociar com “os irmãos do Governo”, numa declaração entendida como disponibilidade para negociar a formação de um governo de unidade. “Não haverá mais guerra”, garantiu.
Governo e Renamo retomaram entretanto, na segunda-feira, o diálogo de paz interrompido na campanha eleitoral e fixaram o dia 29 de Outubro como data para o início do processo de desmilitarização e integração dos homens armados da antiga guerrilha. Moçambique viveu durante cerca de ano e meio, até há poucos meses, uma guerra intermitente que fez temer um regresso ao conflito generalizado que se prolongou de 1976 e 1992.
         

LISBOA: Uma Ferrari seria a próxima aquisição de Kangamba se a Policia Judiciaria permiti-se


Ferrari seria próxima aquisição de Kangamba... se PJ deixasse

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Ferrari seria próxima aquisição de Kangamba... se PJ deixasse



A Polícia Judiciária continua a investigar Bento Kangamba. A entrada de capital no Vitória de Guimarães está na mira dos investiagdores, mas não só. Sabe o Jornal de Notícias que a polícia continua a tentar perceber a origem dos milhões de euros que foram encontrados nas casas e contas bancárias do angolano, que estaria para comprar um Ferrari caso não fosse travado pela PJ.
Kangamba continua debaixo de olho da Policia Judiciária, que esta semana, através da sua Unidade de Combate à Corrupção e do Departamento Central de Investigação e Ação penal do Ministério Público, vai investigar a entrada de capital do empresário no Vitoria de Guimarães. O objetivo é perceber se esses investimentos eram lícitos ou se eram realizados com dinheiro sujo.
Na mira dos investigadores permanece também a enorme quantidade de dinheiro apreendido em casas, escritórios e cofres de bancos no valor de sete milhões de euros.
A apreensão feita esta semana foi uma das maiores alguma vez feitas em toda a Europa, refere o Jornal de Notícias. Além da apreensão em numerário, incluída está também a apreensão de saldos bancários e a suspensão de operações financeiras de Bento Kangamba.
Uma dessas operações fazia referência ao pagamento da compra de automóveis de gama alta, nomeadamente de um Ferrari.
Notícias Ao Minuto