MENA ABRANTES - “A TEORIA DO GOLPE DE ESTADO SUAVE” E AS PROPORÇÕES
DAS PRISÕES DOS JOVENS REVOLUCIONÁRIOS
A tentativa de Mena Abrantes tentar desconstruir o mérito da
luta dos jovens confinados nas varias cadeias de Luanda, não obteve o resultado
esperado pelas autoridades do regime.
Fonte: Planalto De Malanje rio Capopa
22/07/2015
NÃO COMPETE AOS JOVENS PROVAR A SUA INOCÊNCIA ACERCA DO
PROPALADO GOLPE DE ESTADO, O ÔNUS DA PROVA É DA ALÇADA DO GOVERNO TRAPALHÃO DE
JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS. O TEMPO COMPROVARÁ INDUBITAVELMENTE QUE O GOLPE DE
ESTADO NÃO PASSA DE MAIS UMA DAS MUITAS FRAUDES REGIME. PARA MANTER-SE NO PODER
NÃO SE COIBIU EM SACRIFICAR A LIBERDADE DE JOVENS INOCENTES ATIRANDO-OS PARA AS
MASMORRAS.
É preciso ter mesmo
muita lata para fazer o papel de bobo da corte como camarada Mena Abrantes representou.
O texto do escriba Mena Abrantes nasceu eunuco e caminhou coxo por ser um texto
totalmente descontextualizado, inverídico e completamente desconectado da
realidade lastimável que o país e o povo vivem.
Alias o camarada Mena
Abrantes tem consciência que 36 anos de poder discursando a mesmice, é demais
para qualquer mortal tolerar com normalidade. Também tem Mena Abrantes sabe que
ninguém suporta mais ver o rosto envelhecido do presidente Dos Santos nem
ouvi-lo vociferar os mesmos discursos desconexos durante anos a fio.
Quando aderi à luta armada de libertação de Angola no MPLA
tinha cerca de 20 anos, era solteiro e não tinha filhos, sequer sabia fazer
amor por ser na altura virgem. Quando JES foi conduzido para presidência, eu
não tinha ainda filhos.
Hoje minha filha mais velha tem 34 anos, a do meio 33 e o
mais novo 27 anos, meu neto mais velho está com 15 anos, porem, infelizmente
nunca conheceram nenhum outro líder que não seja o presidente José Eduardo dos
Santos, não conheceram até a data outro governo que não seja o do malfadado
glorioso MPLA!
Conheci O Mena Abrantes jovem, era um homem galante,
charmoso com uma cabeleira negra farta, hoje o vejo a envelhecido, sem
sentimentos, enfim um enfeado fuinha careca bajulador. Afinal o que se passa
com o Mena Abrantes?
Bajular um ditador infame como Dos é obra meu camarada, mas
pior que tudo é vê-lo definhar atracada a carroçaria de um regime completamente
desgastado, do qual sabemos todos estar falido a todos os níveis.
A CONSCIÊNCIA CRIMINOSA DO REGIME COMEÇA A DAR SINAIS DO
MEDO E SUSTO.
O Nena Abrantes tem consciência que o passado do regime vos
condena, o MPLA não precisa ter inimigos, pois os inimigos do MPLA é a atual
direção que conspira negativamente contra a democracia e contra o povo
angolano, temos consciência que para salvar o MPLA temos que varrer a atual
direção do MPLA do mapa politico nacional.
Nós os angolanos do MPLA que estamos em luta contra José
Eduardo dos Santos não queremos aniquilar o partido nem tão pouco somos iguais
aos militantes adestrados que servem o regime que desejam desesperadamente a
nossa morte.
Entendo que o camarada Mena Abrantes esteja equivocado ou
talvez mesmo perdido de medo por desconhecer o futuro que o espera na angola do
provir.
Entendo e é factual que o Mena Abrantes esteja equivocado ou
talvez perdido de medo pela situação de mudança que o país exige de todos
angolanos. O texto escrito por Mena
Abrantes falha em todas as vertentes por estar longe de ser consensual e também
por colidir com a logica temporal da verdade explicita.
EM POLITICA A MENTIRA É UM INSTRUMENTO PERIGOSO
O medo tomou conta das hostes do regime, essa situação é
visível, pois, nunca vimos em Angola membros ligados à nomenclatura tentar
explicar o inexplicável acerca da inventona golpista da qual só mesmo o MPLA e
o regime acreditam.
Minimizar e/ou manipular a verdade dos factos foi o real
motivo que levou Mena Abrantes a tentar desconstruir os factos relevantes da
luta que todos travamos contra a ditadura, O tiro saiu-lhe pela culatra,
acirrou a luta trazendo mais para cima a verdade.
A intelectualidade de dentro e da diáspora angolana juntaram-se
dando a cara em apoio aos jovens presos pedindo a libertação de todos ativistas
políticos presos. Artistas de todas as classes e escalões juntaram-se a luta,
escritores, poetas, atores, músicos, pintores simpaticamente solidários vieram
dar voz as vozes silenciadas pelo regime truculento do presidente Dos Santos.
O REGIME NÃO PERCEBE OU NÃO QUER PERCEBER QUE OS TEMPOS
MUDARAM,
Mena Abrantes e seus pares têm que aceitar que os tempos
mudaram, o muro de Berlim caiu faz muito tempo, estamos na era da internet, das
redes sociais e dos movimentos de massas, o mundo globalizou-se, hoje
pertencemos todos a todos e cada vez mais somos mais iguais apesar das
diferenças, não há mais espaço para violência politica.
O texto de Mena Abrantes mais se parece com o falsete
poético de uma cantiga bolchevique, que em nada virá acrescentar de positivo
para que os jovens e os demais ativistas políticos presos pelo regime venham a
ser libertados sãos e salvos. Entenda o Mena Abrantes que o terror praticado
contra os jovens é real, não se trata de uma encenação de uma espetacular peça
teatral macabra shakespeariana.
ESPERAVA-SE MUITO MAIS DE MENA ABRANTES QUE NÃO FOSSE ESSE
EMBRULHAR E DESEMBRULHAR DE TEORIAS INDIGESTAS NUM MOMENTO DE TRISTEZA QUE
MUITOS SENÃO MESMO A MAIORIA DO POVO VIVENCIA COM TRISTEZA A PRISÃO DOS FILHOS
DE ANGOLANOS PRESOS POR EXTERNAREM O SEU PENSAMENTO QUE COLIDE COM O PENSAR DE
DOS SANTOS.
O encenador Mena Abrantes esta fora do contesto da luta que
é travada fora dos meandros do pode por encontra-se a tempo demais ao serviço
de sua majestade o rei sol que a muito vai nu. O cenário politico apresentado
pelo texto de Mena Abrantes por si só demonstra a falta de simpatia pela luta
travada pelos angolanos para derrubar o regime partido estado, que opera
acintosamente no país com intrigas palacianas.
A infeliz intervenção de Mena Abrantes só veio comprovar o
que todos já sabíamos a respeito dele e do regime que representa com exagerada
lealdade. Ao pretender minimizar a dor
que o país vive motivada pela violência infligida contra os jovens
revolucionários presos, só se pode entender que o regime perdeu completamente o
tino, e dessa maneira decidiu utilizar alguns dos seus especialistas em
desinformação para pretensamente tentar confundir a verdade dos factos.
CAMARADA MENA ABRANTES PO POVO ESTA A SER ASSASSINADO DE
VERDADE
Tenho-me Interrogado sobre a razão do Mena Abrantes nunca
ter saído do seu casulo e arrojadamente apontar o dedo aos assassinos de
Cassule e Kamulingue, também me pergunto acerca do motivo de Mena Abrantes
nunca ter elevado a voz em defesa do assassinato do jovem filho da Angola
profunda, o engenheiro Ganga, fuzilado pelas forças militares afetas a casa de
segurança militarizada do presidente da república.
Em Angola não existe mais espaço para torturas e
assassinatos políticos de cidadãos indefesos. Sabemos todos que o país está de
facto a atravessar momentos horripilantes de uma indisfarçável transição
promiscua de ditadura latente para o fascismo integralizado.
DESDE QUANDO É QUE APENAS UM LIVRO SE TRANSFORMA NA BASE DA VALENTIA
REVOLUCIONÁRIA DA PESSOA HUMANA? MENA
ABRANTES PRETENDER NUM MOMENTO COMO ESTE TRANSFIGURAR A VERDADE E CONFUNDIR
ALHOS COM BOGALHOS É OBRA.
Tentar extinguir a responsabilidade do regime na crise
institucional por ele criada é no mínimo um acto faccioso. Mas tentar transferir
o ônus da prova do golpe de estado a um livro que narra o tema de golpe de
estado suave e assacar responsabilidades do inexistente golpe de estado aos
jovens presos políticos também não colhe.
Essa necessidade implícita do regime subjugar a nossa inteligência
com dribles sinuosamente inconsistentes, ofende de sobremaneira a nossa
consciência politica. Ao tentar arrastar a sociedade civil na aventura do
presidente dos Santos de permanecer incólume no poder por tempo indeterminado,
marca de facto o principio do fim desastroso do regime e da vida politica de
Dos Santos.
A LITERATURA APRENDIDA NO ENSINO COLONIAL PORTUGUÊS NÃO NOS
FEZ SERMOS ANIMADAMENTE MAIS PORTUGUESES.
O escritor e ensaísta Mena Abrantes assim coas as pessoas da
nossa geração que estudamos a cartilha do ensino público do regime colonial
fascista português na época, não transformamos a educação recebida como a base
consciente de conversão ao colonial fascismo, antes pelo contrario, essa
educação foi à mola impulsionadora da nossa consciência nacionalista!
É verdade que documentalmente éramos cidadãos portugueses,
mas nunca foi pacifico aceitarmos o tratamento de cidadãos portugueses, apesar
de na altura Angola ser considerada território português.
Acredito que o camarada
Mena Abrantes nunca aceitou nem acreditou e tão pouco confundiu o regime de
Oliveira Salazar e de Marcelo Caetano como uma democracia em ascensão, e olha que
a ditadura salazarista em nada se compararia a atual ditadura infernal angolana
regida por José Eduardo dos Santos.
Qual será agora a ação
interpretativa do texto Mena Abrantes quanto tenta vender a sua banha de cobra?
Foi a de ofender a nossa integridade e honestidade intelectual com essa
estupida forma de demonstrar que o livro de Gene Sharpe é material justificável
para que os jovens sejam acusados de tentar dar um golpe de estado ao regime
mais militarizado de toda África?
Raul Diniz