domingo, 19 de maio de 2013

LUANDA: Os donos da comunicação social-Por Raul Diniz - www.planaltodemalangeriocapopa.blogspot.com


OS DONOS DA COMUNICAÇÃO SOCIAL


Eu e todos os angolanos atentos as muitas trapalhadas protagonizadas pelos detentores do poder que buscam a muito assassinar o semanário e o seu diretor fundador sem êxitos, de igual modo,todos quantos amam a liberdade e a diversidade informativa, não nos vamos solidarizar com o folha 8. A razão para assim proceder esta acentuada na marca que transportamos ao longo dos mais de 30 anos de convivência comum e que de perto assistimos a peleja travada pelo semanário folha 8  contra a vil tirania. Desse modo pessoalmente não devo de maneira alguma solidarizar-me com o resistente folha 8, pelo simples facto de (EU) ser igualmente folha 8.

Nós somos Radio Despertar e nós somos folha 8 

Quanto a radio despertar, ouvi elogios bastante elegantes acerca da sua ilustríssima programação. A juventude não inclusa pelo despótico regime nutre grande simpatia, e sente elevada estima por essa tão desejada radio angolana! Agora sinto necessidade de estabelecer contato urgentemente com essa dinâmica emissora, que tanto perturba a verticalidade da ditadura! O medo instalou-se definitivamente no seio do regime e as vitimas escolhidas como bode expiatório para destilar o ódio e o desprezo que sentem pelo povo angolano, recaiu sobre a competente informação livre e independente produzida pela radio despertar e pelo magnifico semanário folha 8. É irônico assistir as trapalhadas de competência do ministro da comunicação social que estamos com ele. É no mínimo estranho que o ministro venha publicamente insurgir-se contra dois órgãos de comunicação do setor privado angolano sem que exista nenhuma razão plausível!
São verdadeiras as enormes discrepâncias assimétricas que existem entre o desejo de JES se perpetuar no poder e desse modo tudo faz para anular o desejo intimo do povo lutar para mudar de vida distanciando-se da mordaça que lhe fora imposta pela ditadura. Para JES e para o seu governo é pecado falar-se a verdade na nossa terra, JES e o seu governo desejam continuar a enganar com mentiras para melhor explorarem os sentimentos do povo sedento de liberdade! A essa situação acresce-se a miserável oferta da paz podre envenenada com indesejada fome alimentar, de saúde, água e luz, que desfilam por todo nosso país a mais de 39 anos de gestão inescrupulosa MPLISTA e a quase trinta e quatro anos de uma desastrosa gestão ininterrupta de JES e seus capangas!
Desse modo não tenho porque me solidarizar com essa emissora do povo que tanto desperta a fúria do regime! Os angolanos querem seguir outro caminho diferente daquele que a desgraçada dinastia do soberano (rei Eduardo Ultimo) tem-nos obrigado a seguir cegamente. Por isso, eu não preciso de modo algum solidarizar-me com a rádio despertar, porque ela também é minha.
O ministério da comunicação Social tende a desprestigiar cada vez mais a informação independente tão necessária e cara ao nosso país. Sinceramente ninguém no seu perfeito juízo percebeu patavina do que o ministério da comunicação EDUARDINA quis dizer ao país no seu tenebroso e desarticulado comunicada expandido ontem com sintomas inglórios de uma vitória antecipada sobre o nada! A sinfonia vitoriosa difundida pelos meios de comunicação do estado que trabalham especificamente para o MPLA e para o chefe do regime ditatorial foi no mínimo degradante e insidiosa.
O estado angolano como detentor e dono dos meios de comunicação social estatizados, não pode ser simultaneamente o mentor da linha editorial da imprensa privada. Também a ordem democrática da informação não pode obedecer à mesma ética deontológica que controla a imprensa pertencente ao estado angolano, por outro lado a imprensa privada de maneira alguma pode ser tratada como uma extensão dimensional da imprensa controlada com rédeas de aço pelo regime! Ou pode? Por fim, o ministério da comunicação social não pode como pretende ser o organismo catalizador da discórdia de um regulamento regimental nunca discutido em Angola para gerenciar a informação publica, nem deve ser escolhida uma desajustada forma precipitada para alunar o crescimento do ibope da imprensa independente para favorecer com exclusividade o partido que sustenta o governo aleijado do MPLA/JES! Ou pode?
 Ninguém em angola deseja de novo a volta do centralismo democrático! Ou querem? A informação em Angola tem de ter uma conduta livre e independente, e, tem de obedecer a critérios verdadeiramente democráticos e que sejam de facto equidistantes da vontade repressiva e cheia de ambiguidades varias expressamente reconhecidas no regime. Por isso tudo deve ser cuidadosamente bastante discutidas, antes de se lançar ameaças gratuitas a quem se diferencia no modo de fazer e de expandir uma programação com acuidade para servir o seu publico.
Também não se entende que estado na pessoa desse ministro queiram substituir-se aos tribunais e aos demais organismos criados para fiscalizar a conduta dos meios de informação privada. A função do ministro da comunicação social nunca foi e não pode ser o de policiar a imprensa privada e muito menos a independente! Ou será que a função do ministro é mesmo a de perseguir os meios de comunicação privada e eu não sabia? Se os órgãos de comunicação perseguidos pelo Ministro arrivista não independem financeiramente do erário publico angolano, quais seriam então os mecanismos a serem utilizados pelo ministro em obediência ao organograma do ministério que preside para enclausurar e ou encerrar o semanário folha oito e a radio despertar?
Tenho pena desses iluminados senhores, tanto do novo ministro da comunicação quanto a pessoa do corrupto Manuel Rabelais que recorrem a tudo para presentearem o seu patrão fazem de tudo que seria improvável a um dirigente de outros países de matriz democrática. Esses dois utilizam meios de natureza desprezível com o intuito de demonstrar ao seu chefe, que todos estão errados em relação à conduta que os órgãos de comunicação independentes devem seguir.
Acredito que, se alguém ainda tivesse dúvidas do tipo descarado de regime que nos está imposto por tão vil opositor das liberdades democráticas em Angola, agora não precisa mais ter duvidas sobre o caráter dubio do regime que vigora a mais de 34 anos sobre comando do presidente ditador. O estranho comunicado expelido pela comunicação privada do estado criado por José Eduardo Dos Santos não surpreendeu a nenhum angolano minimamente atento e nem aqueles que se debatem com afoiteza contra a ditadura.
Afinal, o MPLA/JES sempre deu a entender a todos, que Angola pertence somente a eles, e todos os demais cidadãos têm de caminhar segundo a vontade dos pretensiosos chefões frustrados! Na verdade o medo instalou-se dentro do regime, até mesmo aqueles que não pretendiam deixar de acompanhar o regime até o seu fim, agora tiram novas ilações sobre o que realmente se passa no nosso país, e o que se passa pela cabeça do chefe do regime e do seu capanga maior o general Kopelipa chefe da casa de segurança militar do ditador!
Afinal, do quê que o regime tem medo? Será que o regime teme o povo que se revê nesses dois temerosos meios de comunicação social? Será que o regime começou a entender que necessita começar a ouvir os donos da terra que quererem fazer parte ativa dos destinos da nossa terra? Ou temos que fazer outra leitura mais audaciosa e mais autentica do novo momento politico desfavorável ao regime e ao seu chefe o ditador imortal? Percebemos hoje mais que ontem que o fim de JES e da sua camarilha finalmente esta chegar ao fim! Tenham em atenção senhores da oligarquia EDURDINA, tudo tem um fim e a maldita ditadura inevitavelmente vai bater com os dentes na terra que vos vão comer. Sim, a terra que vos vão comer é a terra escavada em torno dos poços de petróleo e dos buracos abertos das áreas diamantíferas roubadas ao nosso abençoado povo de Deus.
 Ao ministro aprendiz de feiticeiro deixo um recadinho simples, os angolanos não precisão de mais nenhum insinuante vendedor de sonhos imprestáveis, o que angola e os angolenses precisamos é de uma informação dinâmica, diversificada que atenda a todas as matrizes da sociedade angolana contemporânea. Precisamos urgentemente de uma informação sem medo, critica e que faça a diferença necessária prestativa de um bom serviço regular, uma imprensa que mostre sem tabus o momento politico que vivemos. Não desejamos mais conviver com a programação insipiente que seguimos na TPA, na RNA nem podemos continuar a ler a verborreia transcrita no vespertino do MPLA/JES, o Jornal de angola (JA) que é escrito com o jeito JESSEANO de ser. O que queremos para Angola é de uma informação republicana com um jeito angolano de ser.
Raul Diniz

sexta-feira, 17 de maio de 2013

LUANDA: Morte a espreita: O jovem politico Mfuka Muzemba corre perigo, o deputado afirma que tem sido vigiado por pessoas ligadas ao regime , pelo que sabemos o regime pode sim atropelas as regras do jogo democrático e assassinar o jovem dirigente politico do maior partido da oposição, e presidente da juventude do partido UNITA a JURA.


Deputado teme pela sua vida

Indivíduos que vigiavam a sua casa tinham "ligações com a polícia" - Mfuka Muzemba
Vigiado - Mfuka Muzemba
Vigiado - Mfuka Muzemba

TAMANHO DAS LETRAS
 
Coque Mukuta
Reedição: Radz Balumuka
www.planaltodemalangeriocapopa.blogspot.com
Dois indivíduos detidos brevemente quando vigiavam a casa do deputado da UNITA Mfuka Muzemba, tinham ligações à polícia, disse á voz da América aquele parlamentar.

Mfuka Muzemba disse temer pela sua vida depois dos dois homens terem sido detidos quando a vigiar e a fazer perguntas aos vizinhos sobre a sua residência no bairro do Palanca

O deputado disse que vizinhos o tinham inicialmente  informado de movimentações estranhas por parte de indivíduos não identificados

“Procuravam saber quantos quartos tem a minha casa, se eu tenho cão, com quem vivo, a que horas é que eu saio e a que horas é que eu entro,” disse o deputado que acrescentou que os homens queriam também saber  quantos carros possui tendo sido vistos ainda “a fazerem fotografias” á sua casa.

Muzemba disse ter informado a polícia do ocorrido.

Esta Sexta-feira, foi reconhecido pela vizinhança um dos supostos malfeitores e os elementos da segurança daquele deputado conseguiram encaminha-lo à Divisão Municipal do Kilamba Kiaxi

Segundo uma fonte policial a corporação está a investigar, mas a Voz da América sabe que os supostos malfeitores já se encontram e liberdade.

Mfuka Muzemba acredita mesmo que os indivíduos estão próximas da policia Nacional.

Muzemba disse que os indivíduos não eram jovens sendo “pessoas assim de 50 anos” e que tinham ligações com a policia.

Os telemóveis que eles tiveram oportunidade de ver depois de apreender o individuo indicaram que telefonemas estavam a ser feitos para o numero que era identificado como “comandante da policia”.

Tentamos sem sucesso ouvir o Gabinete de Comunicação e Imagem da Polícia Nacional em Luanda mas sem sucesso
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LISBOA: Novo capitulo da historia angola referente ao aludido golpe de estado protagonizado pelo então ministro da administração interna de Angola Nito Alves.


27 DE MAIO DE 1977 
O 27 DE MAIO DE 1977 APANHOU MOSCOVO DE SURPRESA
O autor do novo livro "'Golpe Nito Alves' e Outros Momentos da História de Angola Vistos do Kremlin" diz ter novas informações sobre os meandros do alegado golpe de Estado contra Agostinho Neto e o que se passou depois.

José Milhazes é o autor do novo livro "'Golpe Nito Alves' e Outros Momentos da História de Angola Vistos do Kremlin". A publicação, de 219 páginas, foi apresentada esta quarta-feira (15.05.) na livraria Alêtheia, em Lisboa.
Capa do novo livro de José Milhazes

No livro, o jornalista e historiador português, a viver há mais de 30 anos na Rússia, recorre a documentos inéditos tornados públicos pelos arquivos soviéticos. Milhazes faz novas revelações sobre os momentos mais importantes da história de Angola no pós-25 de Abril de 1974 e aborda ainda como a ex-União Soviética os acompanhou e neles interveio.

Um destes momentos, marcantes na história recente daquele país africano, é o chamado “golpe” de Nito Alves, ocorrido em Angola a 27 de maio de 1977.

"O 'golpe' é apenas um dos capítulos do livro", explica José Milhazes. "Há numerosas revelações, não só em relação ao complexo problema que foi o 27 de maio, mas também noutras áreas. O livro tem, por exemplo, um capítulo dedicado às relações entre Agostinho Neto e os dirigentes soviéticos, que nem sempre foram pacíficas. E muitas das vezes foram até bastante complicadas, porque os soviéticos nem sempre confiavam nos líderes africanos."

27 de maio foi surpresa para soviéticos


José Milhazes explica no prefácio que tentou perceber como, em pouco mais de um ano, Nito Alves, então ministro do Interior, passou de representante do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) no XXV congresso do Partido Comunista soviético a “fraccionista” e “agente do imperialismo" em maio de 1977.

O autor não obriga o leitor a chegar à sua conclusão, mas diz que "há uma coisa que parece ser evidente e que fica provado neste livro. Os soviéticos não estavam à espera do 'golpe' de Nito Alves."
Segundo José Milhazes, Agostinho Neto poderá ter provocado golpe como pretexto para silenciar a oposição

"Golpe" como pretexto?


No título do livro, José Milhazes escreve "golpe" entre aspas porque, provavelmente, este não se tratou de um golpe, diz. Esta poderá ter sido "uma ação provocada por Agostinho Neto, Lúcio Lara e outros dirigentes do MPLA para terem um motivo para lançarem um purga dentro do próprio partido e acabar de uma vez por todas com a oposição."

Neste que é considerado um dos episódios mais negros da história angolana ainda envolto em grande mistério, são citados por exemplo os nomes de Sita Valles e José Van-Dúnem, que viriam a ser fuzilados entre os milhares de vítimas.

"Por que razão é que José Eduardo dos Santos escapou?"


Ao longo do livro, José Milhazes dedica também um capítulo à presença de militares e conselheiros soviéticos em Angola, às dificuldades que encontraram no terreno e ao reconhecimento de que conheciam muito mal África e Angola em particular.

José Milhazes faz também referência a memórias de militares e de agentes dos serviços secretos soviéticos e realça a visão do Kremlin sobre o processo de conversações de paz. "Os soviéticos tinham muito receio que a qualquer momento a direção angolana mudasse de posição ideológica, como depois até acabou por acontecer", conta.


Ainda sobre o 27 de maio de 1977, o historiador admite que o atual Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, não estava alheio aos acontecimentos daquele período.

"Naquela altura, ele já ocupava cargos importantes", lembra Milhazes. A pesquisa do autor também levantou questões: "Os próprios soviéticos constatam que houve uma perseguição muito forte a militantes do MPLA que estudaram na União Soviética, de que Agostinho Neto tinha uma desconfiança muito grande. E não se sabe bem por que razão José Eduardo dos Santos escapou à purga. Esse é um dos episódios que seria interessante aprofundar no futuro."

O livro não responde em definitivo a todas as interrogações à volta do 27 de maio. Daí que José Milhazes deseja que estes escritos possam chegar a Angola e sejam úteis aos historiadores e angolanos interessados em aprofundar o estudo sobre estes acontecimentos.

"Acho que este tipo de livros deve contribuir inclusivamente para que a história de Angola seja mais clara. Isso também permitirá um melhoramento das relações entre Angola e Portugal, por exemplo."








Fonte : DW.DE
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quinta-feira, 16 de maio de 2013

LUANDA: Resposta do conselho de governadores da MISA ANGOLA em face das ameças do conselho nacional da comunicação social do ministério da informação do regime de José Eduardo Dos Santos de encerrar a radio renascer e o semanário folha 8


                                     
                                                                                           DECLARAÇÃO

O MISA-Angola seguiu com interesse a publicação do comunicado do ministério da Comunicação Social sobre a conduta editorial do Folha-8 e da rádio Despertar.
Da  justeza dos argumentos aduzidos, reservamo-nos a um julgamento ulterior devido ao modo generalizado como a critica ministerial tem lugar no referido comunicado tornado público.
Desde logo está-se diante de dois órgãos distintos: um é periódico e outro é radiofónico.
Porém, neste inusitado posicionamento, enquanto organização regional ressurgida com o fim de  ocupar o seu espaço de utilidade pública,  o MISA-Angola não deixa de assinalar a estranheza o comunicado ministerial, não sendo sua vocação, configura usurpação de competências do  Conselho Nacional da Comunicação Social, a quem está atribuída por lei a missão de supervisionar o perfil editorial.
E sobre eventuais carências legais do Conselho não nos aprofundaremos, cientes de que este órgão,  desempenharia com proficiência as suas atribuições, se o Estado lhe conferisse  dignidade e áurea legislativa necessária de que há muito reclama.
Com efeito, o  MISA-Angola enquanto instituição de promoção da liberdade de imprensa trabalhará na advocacia para remoção dos obstáculos que se colocam presentemente na consolidação do papel das instituições, doutro modo  aos servidores públicos restará apenas a teatral exposição ao papel de dois pesos duas medidas, senão veja-se:
  1. O Executivo não consegue explicar do porquê do prolongado processo legislativo, incluindo o facto de não conseguir apresentar um regulamento para a lei de Imprensa nº7/06;

  1. O inobservância dos princípios constitucionais para a concretização da pluralidade de informação e de imprensa;

  1. Pela linguagem que canaliza dos seus actores, ao privilegiar uns e não dar tratamento condigno a outros principalmente os líderes, os órgãos financiados com os fundos públicos,  colocam-se numa posição parcial e faltam á verdade, da diversidade do Estado plural democrático  de direito;
É neste quadro o MISA-Angola, desaconselha o extremar de posições e de pedagogias, recomendando ao lugar daqueles posicionamentos rapidamente repercutidos na imprensa do Estado,  caminhos para novos ensaios e soluções:
  1. O dialogo com todos aqueles que estão envolvidos no processo mediático, capaz de corrigir as actuais tendências de  crescimento desequilibrado de monopólio na media, conferirão segurança e perspectiva;

  1. O problema de Angola, tem nome: quadro mediático desequilibrado;

  1. Por fim, o MISA-Angola, nos fundamentos que norteiam a Declaração de Windhoek, reafirma a sua vocação de fortaleza e de vigilância sobre o desenvolvimento da imprensa1.

                                     Luanda, 16 de  Maio de 2013

                             CONSELHO DE GOVERNADORES



1 Informação adicional, queira contactar 914 031 348

LUANDA: A juventude apartidária angolana organizam vigília por Alves Kamulingui e Isaías Cassule, desaparecidos a mais de um ano do convívio dos seus familiares, amigos e camaradas de armas.


Angola: Jovens organizam vigília por Kamolingue e Cassule

Passa um ano desde o rapto e desaparecimento dos dois activistas
Há quase um anKamulingue e Cassule
Há quase um ano Kamulingue e Cassule

TAMANHO DAS LETRAS
 
Coque Mukuta
Reedição: Radz Balumuka
www.planaltodemalangeriocapopa.blogspot.com
Activistas angolanos vão organizar uma vigília para assinalar o primeiro aniversário do desaparecimento de dois activistas, Isaías Cassule e Alves Kamolingue.

Os dois desapareceram quando estavam envolvidos na organização de manifestações de veteranos das forças armadas.

A vigília está marcada para o próximo dia 27 em Luanda e segue-se a um apelo de Elisa Rodrigues, esposa de Alves Kamolingue, para um maior envolvimento da sociedade para ajudar a esclarecer o que se passou com os dois activistas.

Em respostas ao apelo o Movimento dos Jovens Manifestantes, decidiu marcar para o o dia 27 deste mês uma vigília para pressionar e demonstrar ao executivo o descontentamento dos cidadãos contra o desaparecimento dos activistas.

Nito Alves um dos assinantes da carta que informa o executivo angolano sobre a realização do acto diz que a vigília  se destina a “exigir ao executivo angolano o esclarecimento sobre o desaparecimento dos nossos manos”.

Para Nito Alves não se pode perceber o desaparecimento de dois jovens durante um ano sem qualquer explicação de quem governa o país.

“Vamos completar um ano e numa democracia  o desaparecimento de cidadãos sem qualquer explicação durante um ano é muito” acrescentou.

MAPUTO: Em Moçambique duplicam-se as violações de menores


Moçambique: Duplicam violações de menores

Seis organizações que lutam pelos direitos da mulher e da criança pedem à Assembleia da República penas agravadas para os agressores.
Imagem nocturna de Maputo
Imagem nocturna de MaputoRamos MiguelReedição: Radz Balumukawww.planaltodemalangeriocapopa.blogspot.com

TAMANHO DAS LETRAS
 
Em Moçambique, o número de casos de violação sexual de menores disparou de cerca de 340 em 2011 para 677 em 2012, e mulheres moçambicanas exigem o agravamento das penas, para desencorajar este fenómeno.
Estes são apenas os casos conhecidos, pois muitos outros não chegam ao conhecimento das autoridades judiciais, que em 2012 instauraram perto de 700 processos-crime por abuso sexual de menores, contra cerca de 400 em 2011.

Seis organizações moçambicanas que lutam pelos direitos da mulher e criança dizem-se muito preocupadas com as violações e pedem à Assembleia da República penas agravadas para os agressores, sobretudo quando estes são agentes da Justiça ou da Saúde.

Maria Luísa, da MULEIDE-Mulher, Lei e Desenvolvimento, uma das seis organizações signatárias do apelo dirigido ao parlamento moçambicano, disse que a violação sexual é um dos crimes mais violentos e que mais danos causam às vítimas.
“O Código Penal é uma lei tão importante para a defesa dos direitos fundamentais dos cidadãos”, realçou Maria Luísa, para quem a violação sexual não só é sub-reportada como também encontra dificuldades em ser levada à justiça, devido a falta de provas, ao menosprezo dos agentes da justiça aos vários níveis e à prática frequente da negociação para pagamento de compensações pecuniárias extrajudiciais pela família da vítima.

Refira-se que o apelo ao agravamento das penas para violadores sexuais surge numa altura em que na Assembleia da República está em debate a reforma do Código Penal.

Para Joana Macia, jornalista que lida com assuntos da mulher e criança, as actuais penas que vão de dois a oito anos, só incentivam as violações sexuais. “Penso que as penas deviam ser agravadas para 30 anos, porque só assim eh que os violadores vão pensar duas vezes antes de cometerem o crime”, disse.

Para as mulheres moçambicanas, a subvalorização do crime de violação sexual na lei e pelos agentes da justiça, cria espaços de impunidade que incentivam a prática indiscriminada deste crime que tem vindo a assumir contornos alarmantes no país.
Segundo elas, tendo em conta que a Constituição da República consagra o princípio de igualdade do género, este conceito é incompreensível “e constitui um insulto a todas as mulheres do país”.

BRASIL: Quem engana os Cabindas? - por Raul Diniz


QUEM ENGANA OS CABINDAS?
Porque Eduardo Dos Santos e o seu regime não conversam com os percussores da chamada luta de libertação do território Cabinda? Qual a razão que os levam a esquivarem-se de estabelecerem contato direto e regular com representantes do povo Cabinda em luta? Para que aquela parcela do território nacional ficasse definitivamente em paz seria necessário existir abertamente um dialogo, espontâneo, livre e honesto entre as partes beligerantes. Assim sendo, com equidade e verdade, as querelas que os separam, e que afeta a todos nós angolanos e os naturais de Cabinda ficarão completamente sanadas?
Será que Agostinho Neto, Rosa Coutinho e o agora presidente angolano José Eduardo Dos Santos são os venerandos detentores do monopólio da verdade explicita da politica nacional angolana? Ou será que o MPLA com JES serão os visionados detentores dessa questionável e inexplorada verdade? E com relação aos pontos de vista defendidos por JES e pelo seu MPLA, gostaríamos todos nós angolanos de conhecê-los. Afinal, quais são mesmo os pontos de vista defendidos por JES em relação à Cabinda, que tanto os separa da vontade explicita do povo angolano de Cabinda? O que de verdade nós povo angolano já discutimos alguma vez com o governo do MPLA/JES acerca da nossa verdadeira e complexa origem bantu, e quando discutiremos com plenitude e esmerado altruísmo a verdade da nossa perturbante angolanidade que nos é imposta pelos princípios imperialmente defendidos com exclusividade por JES? Todo o angolano está dia após dia a perder a nossa identidade tribal autóctone, que futuramente com toda certeza nos trarão no futuro conflituosas dificuldades incontornáveis!
Quem acompanha o quotidiano da governação em Angola percebera que não existe nem existiu nunca um saudável dialogo entre governantes e governados. O governo constituído pelo MPLA/JES apenas governa para os membros afetos ao seu próprio partido o que torna uma governabilidade intrinsicamente insensível e deveras vulnerável com pouca ou de quase nenhuma aceitação popular. Não é a população quem evita dialogar com a cúpula do partido de JES, mas sim o contrario, pois, o MPLA/JES nunca conseguiu iludiu o povo a ininteligente angolano, pois, a sua bem sucedida pratica de evitar a todo custo o dialogo com povo dono da terra tem sido imensuravelmente bem sucedida! É uma pratica que data ao tempo do partido único quando cometemos a trapalhada de colocarmos o ditador acuado de meia tigela que para nossa alegria se encontra em final de carreira.
Não concordo nem aceito de maneira alguma o estilo como JES e a sua gangue roubam toda a riqueza dos nossos irmãos CABINDAS! Os comportamentos do partido dos camaradas em face as suas inconsequentes politicas completamente nefastas e inconsumíveis transformaram-se numa espécie de doença perigosa de proporções alarmantes, que, podemos mesmo considera-la de uma endemia viral de contornos epidêmicos horripilantes, impropria para consumo na sociedade politica e cívica que hoje vivenciamos nessa nossa defraudada Angola. Não se consegue chegar a um consenso em Cabinda porque JES o senhor petróleo não aceita dividir as suas enormes comissões resultantes da comercialização fraudulenta do óleo angolano.
Para um homem descaracterizado de qualquer sentimento angolano com JES, ele não consegue reconhecer a legitimidade de integral participação na gestão do crude angolano explorado em terras de Cabinda e De Banza Congo. Não vou sequer falar da riqueza em diamantes do povo das Lundas e de Malange que se encontram arbitrariamente nas mãos de estranhos.
Se tentarmos ser minimamente racionais, perceberemos que a par dos povos Bakongo e Tchokwe, a maioria de todo povo angolano pertencente a todas as etnias que compõem o tecido nacional da população angolana de todas as tribos sem exceção, vive em situação lastimável de estrema pobreza comparável a uma situação análoga de escravidão plena e real que nos esta imposta perpetuamente pela ditadura que vigora na nossa terra mártir.
Fica fácil falar-se que Cabinda é Angola sem nos inteirarmos da verdade dos factos verídicos resultantes dessa angolanidade imposta aos nossos irmãos Cabindas sem que antes tenha havido qualquer tipo de dialogo entre o povo marginalizado e as autoridades de Angola.
A ânsia e a ambição desmedida de José Eduardo Dos Santos e de sua turma levou-lhes a cegueira total, que em momento algum perceberam que não se tratava apenas e só de se apoderar do petróleo Cabinda, mas, que se tratava e se trata até hoje de entender o povo dessas regiões em todas as suas vertentes, tanto sociais, econômicas culturais como tradicionais. Temos de entender aqueles que conheceram e estabeleceram um dialogo aberto no passado com o povo simpático de Cabinda e Banza Kongo compreendermos de imediato a infelicidade espelhada no rosto de cada elemento destas matrizes do povo angolano, pelo estilo como são conduzidas a exploração de suas riquezas que de modo algum são inesgotáveis.
Hoje mais do que nunca, entendo a razão e a sensibilidade como o grande comandante Gika natural daquelas paragens do hoje território nacional Cabinda se socializava politicamente com o povo daquela parcela do território hoje Angolano. Gika era um grande observador e inveterado intelectual estudioso do MPLA, e conhecia a feição oportunista que Agostinho Neto tinha sobre o território Cabinda, por isso hoje entendo porque o valoroso comandante Gika fora assassinado pelos seus próprios camaradas de peleja guerrilheira. No modo de Agostinho Neto entender Angola, Gika certamente nunca faria parte do plano cobarde de Neto e dos Portugueses capitaneados pela velha raposa de nome Rosa Coutinho, vendo as coisas hoje como as vejo, entendo que o comandante Gika de modo algum poderia continuar vivo e fazer parte do plano que Agostinho neto, Lucio Lara e Iko Carreira tinham para o território cabindense.
Vendo as coisas por este prisma, o projeto de angolanidade alargada supervisionado pela ala radical do MPLA na altura, ficaria de sobremaneira comprometido, pois, tornava-se cada vez mais evidente a impoluta decisão do comandante Gika não querer engolir o sapo que o então presidente Neto preparará para que ele o engolisse. O carisma e amor que Gika nutria pelo povo da sua terra e a atenção politica que ele dispensava ao território Cabinda tornara-se veemente perigoso para o projeto da angolanidade do MPLA na altura. Acredito que os portugueses não estavam emocionalmente preparados para perderem o território de Cabinda para os povos francófonos fronteiriços. A anexação dessa parcela do território africano ficaria irremediavelmente comprometida caso o plano da então direção do MPLA e dos portugueses resvalasse por alguma razão inesperada que conflitasse com a disposição dos portugueses passarem Cabinda para as mãos de Agostinho Neto que por sinal coincidiam com a sua ambição desmedida em anexar rapidamente Cabinda ao território angolano Neto a muito demonstrara expresso pelo território Cabinda, porém esse interesse estava rodeado de previsível receio cuidadosamente tratados em surdina para que a vontade de viabilizar a anexação de cabinda a Angola não suspirasse no estrangeiro por medo análogos interesse em anexar apressadamente Cabinda ao território Angolano com o explicito de poder haver uma eventual invasão ao território Cabinda por parte da interessada França e também pelos interesses da OTAN e dos Estados Unidos da América na região!
Ao longo dos 33 anos de ditadura implantada por nós em Angola, essa amarga e depreciativa experiência que dura já quase 40 anos tem trazido amargos dissabores a todas as nações que compõem o tecido social nacional angolano. É terrível como o país de repente tornou-se um autentico feudo comandado por eternos dirigentes parasitas que desestruturaram a o vinculo que existira no passado, entre o país politico e a raiz da nossa angolanidade real e profunda.
José Eduardo Dos Santos apoderou-se cínica e comicamente do poder em Angola, e com isso mantem sequestrada a nossa terra há quase 34 anos. Hoje vemos um MPLA enfermo, debilitado sem o consequente animo necessário para procurar ganhar a simpatia e o carinho a quem fora arbitrariamente posto de lado por tão vil carrasco e deprimente ditador. JES e o seu MPLA tornaram-se em absoluto os capatazes que empoem a sua vontade ao povo sofrido, eles fogem ao dialogo porque não estão habituados a serem confrontados com ideias mais iluminadas que em absoluto entram em rota de colisão com as ideias situacionistas de um regime apodrecido na cúpula e na sua base plataforma miserável de expurgação da vontade popular que não deseja mais continuar a servir um regime totalitarista.
Raul Diniz