sexta-feira, 25 de outubro de 2013

LUANDA: Os responsáveis da nossa desgraçada vergonha - Por Raul Diniz

OS RESPONSÁVEIS DA NOSSA DESGRAÇADA VERGONHA


Antes de começar esse texto quero afirmar a minha indignação e tristeza pelo que estamos sujeitos na nossa terra. Tanto se fala no país e nada e nada de concreto se faz, sobretudo nada de construtivo tem acontecido na nossa terra que favoreça evolutivamente o nível de vida do povo nacional angolano.
PEPETELA PERSISTE NO ERRO E AGORA ATÉ SE TORNOU ESPIRITUALMENTE O MAIOR DOS CEGOS, ELE NÃO QUER OLHAR COM OLHOS DE VER!
As crispações que existem entre o povo angolano, na sua maioria no interior do MPLA, são bastante sérias para o amanhã de Artur Pestana Pepetela, que se torna necessário e urgente Ao nosso escritor mais renomado começar a respeitar os autóctones do país quem ele lutou para que o mesmo se tornasse livre e independente. Tudo o que se passa de mal no país do pai banana para Pepetela não é grave por se tratar de pessoas de pele escura e filhos de gente pobremente explorada. Como pode Artur Pestana Pepetela, um escritor iluminado não seguir as noticias que não só afetam a toda comunidade nacional, mas também afeta toda a sociedade intelectualmente moderna e democrática contemporânea! Será que o nosso prêmio Politzer não se enxerga e percebe que dele se espera modernidade expressiva no seu discurso direto? Como ignorar e/ou aceitar com normalidade, que a vida de uma adolescente como Nito Alves com apenas 12 anos possa ser preso sem que o escritor branco Angolano exprima a sua indignação?
E SE MENOR FEITO PRESO POLITICO FOSSE UMA DAS FILHAS DE PEPETELA, QUAL SERIA O PROCEDIMENTO DO ESCRITOR?
 Se se tratasse de uma de suas filhas ainda que maiores, e fosse injustamente tratada como prisioneira politica por um regime dito democrático, o escritor Pepetela conservaria a mesma tranquilidade face ao acontecido? As prerrogativas de Artur Pestana estão a esgotar-se dia após dia, o povo começa a desdenhar até a sua existência como escritor por não nutrir qualquer sentimento pelo povo que lê os seus escritos, entendo agora que em Artur pestana Pepetela lhe falta o sentimento mais nobre que gerencia o UNIVERSO, o amor pelo próximo. Pepetela chegou mesmo ao cumulo de afirmar que não segue de perto a tristeza recorrente que o povo vivencia decorrente de uma eterna má gestão da coisa publica. Fiquei estarrecido pelas palavras expressas do respeitável escritor, que afinal vive apenas de esgotantes momentos de fantasia dos protagonistas adjetivados nos seus escritos, sem ligar importância alguma aos verdadeiros horrores de que o povo da sua terra padece sobre a rígida batuta controlada pelo amalucado ditador JES! Sim, é verdade que o país não evoluiu tanto quanto desejaríamos todos, porém temo não obter resposta alguma de Pepetela se lhe perguntar diretamente, o que, afinal terá crescido em Angola, que leve Pepetela a dar crédito à ditadura instalada no país? Afinal qual é a razão de Artur Pestana creditar JES como um bom gestor da coisa pública nacional?
O HOMEM ESCRITOR NÃO PODE FECHAR OS OLHOS NEM DISSOCIAR-SE  REALIDADES SOCIAIS QUE O SEU POVO VIVE, PORQUE O ESCRITOR EM PRIMEIRO LUGAR  PERTENCE AO SEU POVO.
 As palavras soltas proferidas por esse escritor admirado por mim comportam uma grave irresponsabilidade quando esperava eu dele outro comportamento menos diletante. Quando um homem com a estatura de Pepetela e com as responsabilidades a ele inerentes, e, lhe são conferidas pelo seu posicionamento como escritor, não me passaria pela mente esperar banalidades exageradas saídas da sua boca. Pepetela sabe tão bem quanto eu, que o país não cresceu nada nos trinta e quatro anos do consolado de JES, e depois da guerra, o país cresceu apenas em corrupção, peculato, nepotismo, e aumentou o estado de miséria e os constantes assassinatos do povo. Acho triste a miserável à avaliação estapafúrdia feita pelo escritor Artur Pestana Pepetela quando se refere como uma fase positiva o momento terrifico que o país vive. Pepetela diz que não se pode ter o país das maravilhas de um dia para outro, mas o que o escritor de fantásticas fantasias caucasianas não explicou a que tipo de maravilhas se referia! O país por acaso tem passado por momentos fantásticos sim, mas tratam-se de momentos fantásticos de exclusivas perseguições sistemáticas perpetradas injustamente contra o povo, as liberdades ganhas constitucionalmente foram arbitrariamente abolidas, os sequestros e assassinados são uma constante do regime e deliberadamente protegidos pelo ditador, apenas uma família recebeu o dom para governar e administrar as nossas riquezas e por aí vai! Como podemos aceitar tais palavras vindas de um cidadão de quem, aliás, se esperava dele outro tipo de atuação mais condizente com o seu estatuto de escritor. Pepetela sabe muito bem que toda sociedade escravizada espera dele muito mais que o melhor! Meu amigo Artur Pestana, o senhor sabe muito bem que o regime não criou absolutamente nada de substancial, que beneficia-se o povo nesses 10 anos de paz podre!
  VERGONHA NACIONAL ESTÁ NO DISCURSO BÉLICO E MENTIROSO DO REGIME
Para Pepetela dez anos governados por JES juntando aos outros 24 anos, é muito pouco tempo para resolver os problemas da fome, da eletricidade, da água no país, mas, foram dez suficientes anos para construir uma filha do ditador nascida na Rússia como bilionária em Angola e em simultâneo na nossa África! O Pepetela sabe que a guerra no nosso país nunca foi apanágio da UNITA, e também ela não foi transportada para as cidades pela UNITA, fomos nós os do MPLA quem trousse a guerra para a cidade. E mesmo quando ela se instalou furtivamente em algumas cidades e vilas do país, ainda assim a UNITA rebocou-a novamente para as matas infinitas do nosso solo pátrio, a prova dessa minha afirmação prende-se no facto do Dr Jonas Savimbi líder da UNITA ter sido morto no interior em plena mata isolada de tudo e de toda civilização! O que pretendo dizer, é que em países como a Irlanda onde a guerra se instalará e se processava no centro das cidades, no entanto, esse país europeu nunca deixou de realizar eleições nos lugares livres da guerra; e precisamente em menos de 11 anos os Irlandeses colocaram o seu país nos anais da civilidade e do desenvolvimento socioeconômico. E nós porque não realizamos na altura eleições nos lugares sobre controlo do MPLA/JES? Em dez anos o país tornou-se mais feudal que antes da entronização de JES como dono da verdade MPELISTA, e tudo isso porquê meu amado companheiro Pepetela?
HIGINO CARNEIRO E BENTO ANALFABETO KANGAMBA IGUAL À VERGONHA NACIONAL
Parafraseio aqui uma inusitada situação de indubitável vergonha nacional que todos atravessamos nesse preciso momento em Angola. Fica claro que JES não conseguirá mais creditar internamente no seio dos angolanos nem no exterior do país o seu regime despótico! Quem duvida dessa minha afirmação só podem ser aqueles que pretendem desagregar definitivamente o único ele de ligação de que gozam ainda as muitas nações, que compõem o tecido nacional do povo angolano hoje transformado numa toalha de retalhos. De todos os lados nos chegam noticias pintadas a preto e branco, tristes na sua natureza conjuntural; ontem vieram noticias que anunciavam a crispação das relações entre o regime angolano e o Portugal democrático, apenas e só porque um país livre e independente como Portugal não aceitou em retirar nem arquivar os processos abertos contra cidadãos angolanos corruptos pertencentes ao clã de Eduardo dos Santos. Hoje chegaram noticias vindas do Brasil onde um general foi investigado e acusado de trafico de carne humana versos prostituição internacional. Antes porem, ouvimos noticias vindas de França, que acusavam outro general pertencente igualmente ao clã Dos Santos de lavagem de dinheiro, essa situação fica bastante conflitante com o estatuto que norteia o generalato de outro qualquer país democrático que se prese. Porém não ouvimos da parte do ditador angolano qualquer animosidade ou até mesmo nenhuma qualquer ameaça de corte nas relações de cooperação contra a república francesa e muito menos contra o Brasil! Apesar de estar envolvido nessa ultima investigação internacional movida pelas autoridades brasileiras o general angolano Higino Carneiro, torna ainda mais grave a situação por esse general do regime estar ligado a governação do país. Higino Carneiro é o primeiro general angolano afeto ao regime a constar de uma lista de personalidades evadidas da justiça e procuradas pela INTERPOL. Vergonha maior que essa aí não pode haver, o que torna ainda mais negra à face abesoura do regime comandado pelo infame e degenerado ditador angolano. Até quando vamos ter de tolerar essas tropelias todas? Será que Dos Santos não tem consciência da velocidade abismal que o seu regime segue rumo à destruição total?
Raul Diniz

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

LISBOA: Da China e de Angola com amor - Por Ricardo Costa - Expresso

Da China e de Angola com amor

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Ricardo Costa

No meio de tanta confusão à volta do Orçamento, poucos deram importância à carta que a China Three Gorges enviou ao governo português. Os responsáveis da eléctrica chinesa mostraram o seu desagrado com o novo imposto sobre a produção de electricidade. Até aqui nada de mal. O problema é que a carta insinua que o Estado português não é uma pessoa de bem e ameaça que esta situação pode pôr em causa quaisquer futuros investimentos da China em Portugal.

Porque é que esta carta é grave? Porque a China Three Gorges comporta-se como aquilo que é. Uma poderosa companhia detida a cem por cento por um Estado estrangeiro e que fala em nome desse Estado.

Quando a EDP foi privatizada, chamei várias vezes a atenção para o facto de uma privatização a favor de um Estado estrangeiro ser, na prática, uma renacionalização. Mas o nosso governo "liberal" olhou para o cheque e esqueceu esta evidência. A escassez de capital e de financiamento era tal, que só conseguiu olhar para os muitos resultados positivos da venda.

O problema deste tipo de negócios só surge quando alguma coisa corre mal. Só nesse momento é que o governo português percebe que, afinal, não tem pela frente uma empresa estrangeira que comprou uma empresa portuguesa, mas sim um Estado estrangeiro que comprou uma empresa portuguesa. Um pormenor que faz toda a diferença e que o governo "liberal" esqueceu quando entregou a EDP ao controlo de uma estado profundamente antiliberal.

Ainda mal refeito do susto da China, o governo recebeu hoje o golpe mais violento das últimas décadas nas relações com Angola. As frases de José Eduardo dos Santos sobre o fim da parceria estratégica com Portugal são indiscutivelmente graves. Vão ser analisadas de várias formas, nas linhas e entrelinhas, e têm, seguramente, por detrás várias manobras diplomáticas que ainda não conhecemos.

Angola pode ter muitas razões de queixa - como Portugal tem - mas comete um erro nesta absurda declaração. José Eduardo dos Santos sabe que nem este governo, nem qualquer outro, podem impedir que o Ministério Público português abra e prolongue investigações judiciais, mesmo que pouco fundamentadas. E nem este governo, nem qualquer outro, conseguem impedir que a Comunicação Social portuguesa noticie esses processos ou outras histórias eventualmente desagradáveis, no meio de muitas outras seguramente simpáticas e fabulosas para um país com a história e a pujança de Angola.

Sem perceber isso, o gesto de Eduardo dos Santos é desproporcionado e em vão. Nada que me espante, mas que deixa muita gente surpreendida, sobretudo os que nunca perceberam que a lógica de guerra continua a dominar boa parte das cabeças do Palácio da Cidade Alta, em Luanda.



LISBOA: Eu e o Jornal de Angola - Por Ricardo Costa - Expresso

Eu e o 'Jornal de Angola'

Ricardo Costa
Divulgação: Radz Balumuka
www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com

Não quero que o "Jornal de Angola" mude o seu estilo, muito menos os adje+tivos que caíram em desuso ou a prosa tonitruante que irrompe nalgumas colunas. Mas gostava de dar uma pequena ajuda ao jornal. Neste caso, uma ajuda sobre mim, só para evitar referências ou insinuações erradas, que envolvem terceiros. Vem isto a propósito do artigo "O mandante dos crimes contra angolanos honrados está identificado", assinado por Álvaro Domingos.

A citação que me motiva é esta: "Os turistas da Jamba e os seus filhos agora tentam sacar umas migalhas ao patrão Pinto Balsemão, considerado o mandante de todos os insultos e ataques à honra de altas figuras do Estado Angolano". Não vou relevar a parte referente ao "mandante", que o meu colega Henrique Monteiro já dissecou ontem no Expresso online. Vou ficar apenas pela primeira parte, pelos "turistas da Jamba e os seus filhos". O autor está obviamente a referir-se a Maria Antónia Palla e a mim, como seu filho.

Primeiro, os problemas factuais. Maria Antónia Palla foi casada com o meu Pai, é Mãe do meu irmão António, mas dá-se o caso de eu ser filho do segundo casamento do meu pai. Não sou, portanto filho de Maria Antónia Palla. Mas atenção, é uma pessoa que admiro infinitamente e de quem gosto muito de ser familiar, no sentido mais lato e profundo do termo. Damo-nos muito bem e temos umas quantas divergências. Uma delas é sobre Jonas Savimbi e a Unita.

Toda a gente sabe que Maria Antónia Palla é uma confessa admiradora de Jonas Savimbi e da Unita. As suas viagens à Jamba são públicas, os seus trabalhos estão todos publicados, a biografia de Savimbi pode ser lida por quem quiser. Coisas naturais numa mulher que nunca teve medo de dizer o que pensa nem de fazer o que lhe apetece, mesmo quando isso era arriscado ou condenável num país retrógrado, atávico e estupidamente conservador.

Acontece que o mundo em que eu cresci não era a preto e branco. O meu pai, por exemplo, sempre foi um apoiante do MPLA. Foi amigo de Agostinho Neto, do Mário e do Joaquim Pinto de Andrade ou do Arménio Ferreira, e como bom militante do PCP nunca duvidou do seu apoio ao MPLA, mesmo quando o marxismo de Angola se dissolveu no ar. Eu sei que o "Jornal de Angola" tem dificuldades em perceber estas coisas. O maniqueísmo não se compadece com pessoas que pensem livremente, muito menos pela sua própria cabeça.

Felizmente, pensar pela própria cabeça é a primeira regra em minha casa. Aprendi isso com o meu Pai e com a minha Mãe. Também fui aprendendo isso com a Maria Antónia nos muitos jantares ou festas de família que felizmente vamos tendo. Não peço ao "Jornal de Angola" que perceba estas coisas. Seria pedir-lhes demais. Mas acreditem numa coisa: nem todas as pessoas do mundo cabem numa etiqueta. Se quiserem dedicar-me mais textos ou insinuações, comprem uma resma de etiquetas. Vão precisar de muitas.      

MAPUTO: Em Maputo aconteceram seis raptos nas ultimas 72 raptos

Seis raptos em Maputo nas últimas 72 horas

Na capital de Moçambique as crianças são o novo alvo dos raptores que agem à porta das escolas e em pleno dia. 
Manuela Goucha Soares

Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
 
Habitantes de Maputo na entrada de um centro comercial da cidadeEPA Habitantes de Maputo na entrada de um centro comercial da cidade
Nas "últimas 72 horas foram raptadas seis pessoas em Maputo", disse ao Expresso Fernando Veloso, diretor do jornal "CanalMoz". "De há três ou quatro meses a esta parte, começaram a raptar crianças", e esta é a grande e ainda mais preocupante diferença que se verifica no modus operandi dos raptores.
Ontem, foi raptado um aluno do 12.º ano da Escola Portuguesa de Moçambique, conforme confirmou à agência Lusa Dina Trigo de Mira, diretora daquela escola. O rapto ocorreu por volta das 18h30 (17h30 em Lisboa) no Bairro da Coop, numa das zonas centrais da capital Moçambicana.
No dia 22, à porta da Escola Portuguesa, foi raptada a mãe de um aluno daquele estabelcimento de ensino que ali tinha acabado de deixar o filho para ir às aulas.
A população de Maputo está preocupada com o aumento da insegurança. Uma advogada portuguesa contacta pelo Expresso diz que "os raptos são o maior motivo de preocupação" no momento. Fernando Veloso diz que "Maputo já não é o que era, as pessoas evitam andar na rua e não saem de casa depois do jantar".
As duas pessoas raptadas nas imediações da Escola Portuguesa tinham nacionalidade moçambicana.

LONDRES: Filha do emir do catar Al-Mayssa al-Thani foi eleita a mulher mais poderosa do mundo das artes

Filha de emir do Catar é eleita a mais poderosa do mundo da arte


 
DA REUTERS, EM LONDRES

Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com

A filha do emir do Catar foi considerada a personalidade mais poderosa do mundo da arte, segundo um ranking divulgado nesta quinta-feira (24), por liderar agressivas aquisições do pequeno país árabe em leilões e vendas particulares do mundo todo para encher seus novos museus.



Al-Mayassa al-Thani, de 30 anos, diretora da Autoridade Museológica do Catar, lidera a lista anual "Power 100" da conceituada revista "ArtReview". É o segundo ano consecutivo que uma mulher encabeça esse ranking.
Formada nos Estados Unidos, Mayassa foi escolhida "por causa do vasto poder aquisitivo da sua organização e da disposição de gastar a um ritmo estimado em US$ 1 bilhão por ano --a fim de obter obras de arte superiores para seus museus em Doha", segundo a "ArtReview".
Karim Jaafar/AFP
A filha do emir do Catar, Al-Mayassa al-Thani, considerada personalidade mais poderosa do mundo da arte
A filha do emir do Catar, Al-Mayassa al-Thani, considerada personalidade mais poderosa do mundo da arte
"Acho que as cifras definitivamente falam por si mesmas, e da importância que ela tem para o mercado da arte", disse o editor da revista, Mark Rappolt, em entrevista por telefone.
Acredita-se que a Autoridade Museológica tenha sido responsável pela aquisição, no valor recorde de US$ 250 milhões, de uma pintura de Cézanne retratando duas cartas de baralho, em 2011. O valor da transação foi aproximadamente o dobro do recorde anterior para uma pintura.
Essa aquisição instantaneamente colocou a Autoridade Museológica do Catar na primeira divisão dos acervos internacionais. As demais peças dessa série de Cézanne estão no Museu d'Orsay, em Paris, no Metropolitan, de Nova York, no Courtauld, em Londres, e na Fundação Barnes, em Filadélfia.
Depois disso, Mayassa e a Autoridade Museológica adquiriram obras de Picasso, Damien Hirst e outros, e também iniciaram um gigantesco projeto para a construção de uma sede em Doha, segundo Rappolt.
"Acho que também se pode dizer de certa forma que a Autoridade Museológica do Catar seja sintomática de uma cultura artística global em que a arte é culturalmente intercambiável", disse.
"Gente endinheirada sempre comprou e comercializou commodities, e a arte é uma delas. De certa forma, não há novidade, mas talvez a escala disso se torne um pouco mais nova."
No ano passado, a liderança da lista ficou com a curadora ítalo-búlgara de origem norte-americana Carolyn Christov-Bakargiev, que é pouco conhecida fora dos círculos artísticos. Foi a primeira vez que uma mulher liderou essa lista.
A lista deste ano, compilada por um júri internacional de 13 integrantes, caracteriza-se por refletir a transição dos recursos públicos para os privados no mercado da arte. Segundo a "ArtReview", os detentores desses recursos privados estão se tornando mais inventivos no seu uso.

SÃO PAULO: Foi presa a quadrilha que explorava prostitutas brasileiras em Angola

Quadrilha que explorava brasileiras para prostituição em Angola é presa em SP

Fonte: Repórter da Agência Brasil: Marli Moreira
Novinhas da net! Fotos achadas e fotos amadorasDivulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com: Radz Balumuka
São Paulo - Cinco brasileiros foram presos hoje (24) por meio da Operação Garina da Polícia Federal de São Paulo sob a acusação de envolvimento em esquema de tráfego internacional de mulheres. Eles aliciavam as vítimas em casas noturnas da capital paulista com a promessa de que receberiam valores altos em dólares para se prostituirem, em Angola, país que fica na costa ocidental da África.


Segundo nota da PF, as mulheres eram oferecidas a clientes de alto poder aquisitivo. Dois estrangeiros ligados à quadrilha no exterior também tiveram prisão preventiva decretada pela Justiça Federal e os nomes foram incluídos na lista mundial de procurados pela Interpol. Além das prisões, foram expedidos 11 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo, Cotia e Guarulhos.
O caso começou a ser investigado pelos agentes federais há um ano, período em que conseguiram juntar provas de que as vítimas eram aliciadas pelo grupo criminoso em casas noturnas paulistanas. Para atraí-las ofereciam pagamento de US $ 10 mil dólares para se prostituirem pelo período de uma semana.
'Há fortes indícios de que parte das vítimas foi privada temporariamente de liberdade no exterior e obrigada a manter relações sexuais sem preservativos com clientes estrangeiros. Para essas vítimas, os criminosos ofereciam um falso coquetel de drogas anti-aids', diz o comunicado.
A ação criminosa, que vinha sendo praticada desde 2007, rendeu em torno de US $ 45 milhões. Os investigados serão indiciados por crime de participação em organização criminosa, tráfico internacional de pessoas, favorecimento à prostituição, rufianismo (exploração de prostituição), estelionato, cárcere privado e perigo para a vida ou saúde de outrem. As penas máximas somadas chegam a 31 anos de prisão.
Segundo esclareceu a PF, o nome dado à operação - Garina, significa menina na gíria do português de Angola, principal local de ação dos criminosos.
Edição: Denise Griesinger
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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

LISBOA: A verdade sobre o que Angola quer

A verdade sobre o que Angola quer

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Presidente AngolanoPresidente AngolanoDivulgação: www.plamaltodemalanjeriocapopa.blogspot.comTinha pensado em não escrever mais sobre esta telenovela entre Angola e Portugal. Mas a verdade é que o Jornal de Angola insiste em escrever e - raro privilégio - falar de mim. Um tal Álvaro Domingos, que escreveu domingo passado, acha que eu e o Daniel Oliveira fazemos parte de uma central qualquer que recebeu dinheiro da Unita.

Como sabe, quem costuma ler o Expresso, eu e o Daniel Oliveira somos de espetros políticos e ideológicos iguais e ambos fervorosos adeptos da UNITA, movimento que aliás tinha entre os seus quadros a única pessoa que me ameaçou diretamente de morte. Mas adiante...
Mais grave é o próprio editorial do Jornal dizer que "a cúpula portuguesa está a ser desleal em relação aos entendimentos que tem com Angola. A postura atual do Estado português representa uma verdadeira agressão a Angola". Mais grave porque nunca o diretor (ou alguém por ele) escreveria algo não devidamente sancionado; mas também porque - ao contrário do outro autor - José Ribeiro não é alguém que faça do insulto a arte de viver. Ao contrário do tal Álvaro Domingos, que me ataca a mim, ao Daniel e ao Expresso, devemos lê-lo com respeito.
Ora esta insistência de Angola só pode querer dizer uma coisa: que os angolanos querem o processo resolvido o mais depressa possível. E como seria estulto (e não próprio de alguém com dois dedos de testa) pensar que o arquivamento puro e simples, nestas circunstâncias, seria uma saída digna para o nosso Ministério Público, tal significa que querem rapidamente justificações, notificações, acusações.
E aqui está como me associo às pretensões angolanas. Venham as provas, o mais rápido possível. Separem os prevaricadores dos cidadãos honestos. Façam horas extra, ponham mais gente a trabalhar no processo, mas despachem-se.
Se para outra coisa não servir este desaguisado, que ao menos ajude a tornar a Justiça portuguesa mais rápida e ágil do que tem sido. Por que assim é, de facto, desesperante e já ninguém aguenta o tom de alguns escrevinhadores ao serviço do regime de Luanda, que ainda por cima parecem mais papistas do que o papa.
Por Henrique Monteiro
Expresso.sapo.pt