terça-feira, 24 de dezembro de 2013

LUANDA: Acusado sem crime



Acusado Sem Crime
Fonte:  Maka Angola 
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
23 de Dezembro, 2013
A Procuradoria-Geral da República e a Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC) atingiram um novo patamar na interpretação da legislação em vigor.
 
O cidadão José Carlos Francisco, de 51 anos, apresentou-se hoje, 23 de Dezembro, no Departamento de Buscas e Capturas da DNIC, para cumprir com o termo de identidade e residência que lhe foi imposto, por suspeita não especificada.
 
Segundo o arguido, na breve avaliação que teve hoje, no referido departamento, o investigador Duzentos informou-o “sobre a inexistência de qualquer suspeita contra mim”.
 
“Os investigadores estão a tentar ver se se trata de um erro de informática ou outro problema qualquer”, disse.
 
O cidadão José Carlos Francisco, de 51 anos, apresentou-se hoje, 23 de Dezembro, no gabinete do procurador da República-chefe junto à DNIC, para cumprir com o termo de identidade e residência que lhe foi imposto, por uma suposta confusão de identidades.
 
José Carlos Francisco foi detido no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, a 18 de Novembro passado, ao passar os Serviços de Migração e Fronteiras (SMF), proveniente da Coreia do Sul.
 
“Fui detido sem que me tivessem mostrado algum mandato de captura ou algo assim para justificar a minha prisão”, disse o comerciante de automóveis.
 
“Um dos oficiais leu-me um documento, que não me deixou ver, a dizer que eu tinha interdição de saída desde 2005”, explicou José Carlos Francisco.
 
Maka Angola obteve cópia do passaporte de José Carlos Francisco e no mesmo constam nove carimbos de saída do país, desde 2007, para a África do Sul, Namíbia, Emiratos Árabes Unidos e outros destinos internacionais.
 
Segundo José Carlos Francisco, um oficial da imigração alegou que o seu nome e filiação são idênticos aos de um suposto sócio-gerente da empresa JMS, que se encontrava sob investigação policial e cujo processo se perdeu quando o edifício da DNIC desabou, em 2005.
 
“Mesmo assim, tinham de me explicar a suspeita ou a acusação que pende contra mim ou contra o indivíduo com o nome parecido com o meu. Sou suspeito de quê?”, interroga-se.
 
Ao segundo dia de prisão, o detido foi encaminhado ao investigador Famorosa, do departamento de Buscas e Capturas, para interrogatório. “O instrutor perguntou-me qual era o meu crime. Eu respondi que não sabia”, explicou o suspeito.
 
De acordo com João Carlos Francisco, o investigador informou-o que estava interdito de se ausentar do país, referindo-se apenas a um suposto processo que desapareceu nos escombros do antigo edifício da DNIC, por altura do seu colapso.
 
“O próprio investigador confirmou-me que não estava a ver qual era o crime ou acusação que pendia contra mim”, disse João Carlos Francisco.
 
Só no quarto dia, o detido foi ouvido pelo procurador-geral junto da DNIC, Deodato José Paim Santos Inácio.
 
“O procurador também me perguntou qual era o meu crime. Perguntou-me porque fui detido, porque ele não tinha nenhum dado que me incriminasse”, revelou o cidadão.
 
Na sequência do interrogatório, o procurador emitiu o mandado de soltura e o termo de entrega do seu passaporte, que havia sido confiscado no aeroporto.
 
Sob o processo nº 1492/013-DBC, o referido procurador constituiu José Carlos Francisco em arguido e estabeleceu o termo de identidade e residência. O arguido está proibido de se ausentar de Luanda e tem de comparecer, mensalmente, junto do instrutor dos autos.
 
“É um procedimento ilegal o acto cometido contra o cidadão José Carlos Francisco. É um desrespeito às normas legais vigentes no país”, protestou o advogado Zola Ferreira, da Associação Mãos Livres, ao tomar conhecimento do caso.
 
Segundo o advogado “é irracional deter um indivíduo para perguntar-lhe que crime terá cometido”. Zola Ferreira argumenta ainda que “só se pode impor um termo de identidade e residência a quem está indiciado de cometer um crime”.
 
Maka Angola tentou ouvir a PGR junto da DNIC sem sucesso.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

LUANDA: Rafael marques pede arquivamento de 11 processos judiciais contra ele

Rafael Marques pede arquivamento de 11 processos judiciais contra ele

O advogado Luís Nascimento alegou o facto de o prazo para se proceder à acusação ter sido extrapolado e a norma constitucional que impede que o mesmo caso seja julgado duas vezes.
Capa do livro "Diamantes de Sangue", de Rafael MarquesCapa do livro "Diamantes de Sangue", de Rafael MarquesFonte: Maka AngolaDivulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa23.12.2013
TAMANHO DAS LETRAS 

O jornalista Rafael Marques, autor do livro «Diamantes de Sangue: Tortura e Corrupção em Angola», e a editora Bárbara Bulhosa foram alvo de um processo civil instaurado por generais angolanos em Portugal, depois de  o Ministério Público ter arquivado, em Fevereiro, a queixa-crime «por difamação e injúria» que nove generais angolanos ligados a empresas de extracção mineira apresentaram naquele país europeu, contra Marques.

Em Angola, no entanto, em Julho, o activista e jornalista tomou conhecimento de 11 processos, todos relacionados com a denúncia feita no seu livro.

De então a esta parte, a Procuradoria-Geral da República não proferiu acusação, extrapolando assim o prazo de dois meses que a lei angolana impõe para a conclusão de qualquer instrução preparatória.

Sendo assim, o advogado Luís Nascimento, avançou com um pedido de anulação da instrução preparatória.

Além do prazo que já expirou, o advogado recorre ainda a uma normal constitucional para pedir a anulação do caso: "a Constituição impede que alguém seja julgado duas vezes sobre o mesmo caso, e, como corre o caso em Portugal, acreditamos ser melhor arquivar o processo aqui em Angola".

Enquanto em Portugal, o caso continua agora com acusações particulares dos generais angolanos proprietários das duas empresas de diamantes em causa, em Angola, ou a Procuradoria-Geral da República arquiva o caso ou profere a acusação e o caso vai a julgamento.

As duas empresas de diamantes e os nove generais angolanos acusam Rafael Marques de calúnia e injúria no seu livro "Diamantes de Sangue: Tortura e Corrupção em Angola".

Na obra, que resulta de uma investigação iniciada em 2004, o jornalista e activista cita alegadas violações dos direitos humanos, incluindo torturas e assassínios de trabalhadores da extracção mineira na região das Lundas.

MAPUTO: Diálogo de surdos continua em Moçambique entre a Frelimo e a Renamo

Diálogo de surdos continua em Moçambique

Nesta segunda-feira, como em todas as outras dos últimos meses, Governo e Renamo falaram apenas à imprensa.
Armando Guebuza, Presidente de MoçambiqueArmando Guebuza, Presidente de MoçambiqueFonte: Redação VOADivulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa23.12.2013
TAMANHO DAS LETRAS 
Em Moçambique o diálogo de surdos continua apesar de tanto o Governo como a Renamo reiterarem cada segunda-feira o seu interesse e emprenho em retomar as negociações.

Hoje, uma vez mais, o Governo voltou a deslocar-se à sede das negociações e a Renamo voltou a não aparecer. Ambos apresentaram, uma vez mais, as mesmas posições das últimas semanas, aparentemente irreconciliáveis.

O Governo e a Renamo continuam a falar e marcar posições, mas o diálogo é inexistente, um autêntico diálogo de surdos.

Nesta segunda-feira, como em todas as outras dos últimos meses, o governo deslocou-se à sede das negociações e ficou a falar sozinho.

O ministro da Agricultura e chefe da Delegação do Governo José Pacheco falou sim, mas para a imprensa e voltou a dizer que o Executivo aceitou a exigência da Renamo para a inclusão de observadores nacionais.

Pacheco diz não entender a ausência do principal partido da oposição na reunião de hoje que devia discutir os termos de referências dos observadores.

José Pacheco, um dos pré-candidatos da Frelimo à Presidência da República para as eleições de 2014, não avançou detalhes sobre a proposta da Renamo em incluir observadores internacionais.

Por sua vez, e acto contínuo, o chefe da Delegação da Renamo Saimon Macuiane devolveu o impasse das negociações ao Governo, particularmente ao Presidente da República.

Enquanto continua este ping-pong entre as duas principais forças moçambicanas, o líder da Renamo Afonso Dhlakama assegurou, numa entrevista telefónica à Lusa, continuar a viver na zona onde foi atacado pelo exército, mas escondido das forças governamentais.

O dirigente do antigo movimento guerrilheiro moçambicano diz estar a viver nas "zonas rurais", no "mesmo bairro do posto administrativo de Vanduzi", mas não sabe quando é que vai deixar a zona.

Afonso Dhlakama revelou estar muito cauteloso quanto a um possível encontro com o chefe de Estado, Armando Guebuza.

Por sua vez, o Presidente da República reiterou, no discurso sobre o Estado da Nação na passada quinta-feira, 19, a sua vontade em encontrar-se com o líder da Renamo.

SÃO PAULO: As sub-celebridades que se notabilizaram no circulo do chefão da prostituição em Angola. São elas; Mulher Melancia, Mulher Moranguinho, Adriana Bonbom, Mulher Melão e Mulher Jaca, dentre outras mais ou menos conhecidas do publico brasileiro e angolano.


















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Ponto de interrogação das famosas da TV Brasileira que se prostituíram em Angola


Famosas da TV Brasileira que se prostituíram em Angola-Todas tinham um preço e foi-lhes pago pelo general chefão da prostituição em Angola. Conheça algumas delas..

Fonte: AF

Divulgação: Planalto De malanje Rio capôpa


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Muito se falou nos últimos dias das brasileiras que vão para Angola a trabalho... Elas sempre dizem que vão para fazer shows e presença VIP.
Mulher Moranguinho é uma das sub-celebridades daqui que já rodou muito por lá tirou foto com acusado de trafico de mulheres brasileiras o empresário angolano LS Republicano sócio do general angolano Bento dos Santos Kangamba.
Adriana Bombom ex Global e assistente de palco, também já viajou bastante. Ela vivia dando cano nas gravações do TV Fama, da Rede TV!, dizendo que precisava ir para Angola.
Mulher Melão, Melancia e Jaca são outras "famosas" brasileiras bem conhecidas em Angola ou já estiveram em angola.
Mais no relatório constam uma bela e famosa atriz global também é citada por uma das brasileiras por, supostamente, já ter participado do esquema de prostituição de luxo. Mas não há comprovação do envolvimento dessa atriz. Na denúncia apresentada pela procuradora, no entanto, constam as duas dançarinas famosas e várias outras mulheres que já foram capas de revistas, duas “miss bumbum”, assistentes de palco e integrantes de programas noturnos na TV e grupos musicais, elas são citadas em uma denúncia de tráfico de mulheres brasileiras para Angola, Portugal e África do Sul.
O principal financiador da operação era o general e empresário angolano Bento dos Santos Kangamba, casado com uma sobrinha do presidente de Angola, José Eduardo dos Santos. O general encomendava sempre “mulheres grandes e com corpos bem desenhados”.
Brasileiras de origem humilde também eram aliciadas.
A vida não está fácil para ninguém, não é mesmo? Elas precisam trabalhar... as acusações de trafico de mulheres brasileiras com as viajem destas celebridades brasileira em angola é mera coincidência e não acusamos ninguém que foi se prostituir em angola e todos são inocente perante as leis.
AF

domingo, 22 de dezembro de 2013

LUANDA: Natal em Luanda: Uma história de realidades opostas de duas cidades diferentes

Natal em Luanda: Uma história de duas cidades

Para os muitos pobres "Feliz Natal" não é uma realidade que existe para outros

Fonte: VOA
Luanda
LuandaTAMANHO DAS LETRAS
 
Por: Agostinho Gayeta
Em véspera da quadra festiva a capital angolana é dominada por alguma agitação. São centenas de veículos automóveis que circulam nas estradas, congestionamento nas principais vias rodoviárias, enchentes nos supermercados e lojas.

A movimentação de citadinos em grande número nas ruas e mercados para compra e venda de diversos produtos caracterísiticos da quadra festiva é uma forte demonstração de uma aparente alegria montam o cenário de festividade numa das mais caras cidades do mundo.

A Psicóloga Maragarida Pederneira explica as razões de tanta agitação durante a época de festas. Para a especialista a data em si meche com a componente emocional das pessoas.

Em busca do bem-estar para as suas famílias durante a quadra festiva estão os homens e mulheres zungueiras (vendedeiras que com banheira na cabeça, balde com produtos diversos circulam dezenas de quilómetros a pé pelas principais artérias de Luanda) que se mostram incansáveis e pressionadas a garantir um óptimo dia da família aos seus parentes. Porém, para algumas este desejo não passa apenas de uma miragem, pois não será materializado. Entre as razões elas apontam: a subida dos preços dos produtos no mercado e principalmente a falta de meios financeiros, facto que se agrava quando a polícia fiscal as impede venderem na rua.

A Psicóloca Margarida Pederneira adverte que a insatisfação de um desejo pode causar frustração familiar. Para a especialista é muito comum nesta época existirem famílias pressionadas e emocionadas, por isso aconselhoa uma boa gerência da situação.

Marta Paulo Ngana, com 63 anos de idade, vende funje de calulo. Ela não tem um posto fixo de trabalho, zunga em vários pontos de Luanda. Para ela interessa apenas não ter problemas no seio familiar e ter bastante saúde para passar uma quadra festiva feliz. Marta Paulo que falou aos microfones da Voz da América  em Kimbundu, sua língua de materna, lamentou dizendo que o que ganha não satisfaz, são apenas 200 kwanzas por cada prato de comida, o que não dá para sustentar a família...
António Coche Kapinga portador de dificiência, antigo funcionário da já falida empresa Macambira, recua no tempo para explicar como comemorava o natal nos anos anteriores. Para ele, a falta de salários e a subidas do preço dos produtos essencias marcam pela negativa a presente época.

Alguns dos nossos entrevistados alegam que a cada ano que passa a situação está a piorar, cada vez mais vêm reduzido o seu poder de compra. Para uns os tempos passados foram melhor, um pouco de tudo não falta à mesa.
Se para alguns na condição de vendores de rua o natal não vai ser feliz, outros na mesma condição procuram com o pouco agradar a família e passar o Natal bem ao seu jeito.

Dizem as sagradas escrituras que o pouco com Deus é muito, e muito sem Deus é nada. Job Sambanje jovem de 33 anos de idade é zungueiro há dois anos, ele vende diveros produtos. Proveniente de uma família humilde de matriz religiosa ele explica como será o seu natal, onde o mais importante a presença de Deus.

Mas as festas não serão infelizes para todos.  Se para alguns falta pão à mesa a outros tem até que sobra. Enquantos uns lamentam quem se farta de compras. À porta de um supermercado no Distrito do Rangel, Bairro Vila Alice em Luanda conversamos com alguns citadinos.

Julene José e Valódia Morais preparam-se para comemorar o Natal em família. No programa para seia à meia noite de 24 de Dezembro consta a troca de presentes e outros atractivos

Os preços no mercado não estão favoráveis, mas há sempre um jeito para adquirir os produtos disse um dos nossos entrevistados.

Olhando para o aumento dos preços de bens no mercado, o Consultor Social Menzes Domingos diz que medida que o tempo vai passando o espírito natalino vai se perdendo. Para o também Antropólogo o Natal em Angola e no mundo em geral ganhou uma dimensão mais comercial.

MAPUTO: Comandante do avião da LAM provocou internacionalmente o acidente

Comandante do avião da LAM provocou intencionalmente o acidente

No momento do acidente, o co-piloto estava fora da cabine e o comandante aproveitou para precipitar o avião intencionalmente, segundo o Instituto de Aviação Civil de Moçambique.
Linhas Aéreas de MoçambiqueLinhas Aéreas de MoçambiqueFonte: VOADivulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa22.12.2013
TAMANHO DAS LETRAS 

O presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Aviação de Moçambique (INAM) disse em conferência de imprensa ontem, 21, que o relatório preliminar, quase concluído, mostra ter havido o que chamou de "clara intenção" do comandante em provocar o acidente sem, no entanto, explicar a sua conclusão.

“A Comissão de Investigação comprovou que todas as acções observadas nas gravações requerem um conhecimento dos sistemas automáticos do avião, uma vez que toda a descida foi executada em piloto automático ligado. Isto denota uma clara intenção. A razão para todas estas acções é desconhecida e a investigação prossegue”, disse João Abreu.

Os dados do radar revelaram que na posição EXEDU, ponto de relatório obrigatório de informação na região de Gaberone, o avião começou a descer repentinamente do nível do voo normal de cruzeiro de 38 mil pés. O centro de controlo perdeu contactos de radar e voz, daí encetadas buscas eo  salvamento que conduziram à localização dos destroços no Parque Nacional de Bwabwata.

“Segundo João Abreu, o avião das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) caiu com o piloto aceso mas afirmou desconhecer as razões que teriam originado esta atitude. 

O PCA da INAM disse que minutos antes do acidente, o co-piloto deixou a cabine para os lavabos, tendo permanecido no cockpit apenas o comandante Hermínio dos Santos. 

Então, a selectora de altitude foi manualmente actuada três vezes de 38 mil pés para uma altitude de 592 pés abaixo do nível do solo. 

Os parâmetros do manípulo dos freios aerodinâmicos indicam que foi accionado para abrir os painéis dos “spoilers (superfícies de resistência aerodinâmica), e mantiveram-se nesta posição até ao fim das gravações dos parâmetros, prova de que a manete foi manualmente comandada.

“Durante estas acções foram audíveis toques de alerta de baixa e alta intensidade bem como repetidas pancadas na porta como solicitação de entrada na cabine”, dando a entender que o co-piloto se deu conta que algo ia mal e queria entrar.

João Abreu disse, no entanto, que as invstigações prosseguem, tentando descobrir todos os promenores do acidente.


A aeronave, do voo TM470, que seguia com destino a Luanda, despenhou na tarde de 29 de Novembro na região norte da Namíbia, no Parque Nacional de Bwabwata, vitimando 33 pessoas, sendo 27 passageiros e seis membros da tripulação.

MOSCOVO: Putin amnistia o seu adversário politico, o antigo magnata russo Mikhail Khodorkovski

Putin amnistia antigo magnata russo

Presidente russo anunciou perdão de Mikhail Khodorkovski. Preso em 2003, ao ex-magnata do petróleo faltavam oito meses para concluir uma pena de 11 anos por evasão fiscal, apropriação indevida e fraude.
João Xará
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
A condenação de Khodorkovski terá sido também motivada por razões políticas, porque o magnata e o seu sócio, também detido,  eram financiadores dos partidos da oposição russaGrigory Dukor/Reuters A condenação de Khodorkovski terá sido também motivada por razões políticas, porque o magnata e o seu sócio, também detido, eram financiadores dos partidos da oposição russa
O Presidente russo anunciou esta quinta-feira a amnistia de 
Mikhail Khodorkovski, 
preso há dez anos. O julgamento, em 2003, do antigo chefe da companhia 
de pretróleo
 Yukos foi alvo de muitas críticas por, supostamente, esconder motivações 
políticas de
 Vladimir Putin.

"Passou mais de dez anos atrás das grades. É um castigo suficiente. 
Ele alegou
 motivos humanitários - a mãe está doente", justificou hoje Putin em
 conferência de imprensa.

A decisão do Presidente russo surge depois de, alegadamente, ter recebido um pedido de
 perdão de Khodorkovski, que estava a oito meses de ser posto em liberdade. Segundo 
a BBC, o advogado do ex-magnata não confirma o envio de qualquer documento, mas
 incentiva a amnistia.

Khodorkovski foi detido na Sibéria em outubro de 2003 por crimes de fraude, evasão fiscal e apropriação indevida.
 O líder da petrolífe
ra Yukos e o seu sócio Platon Lebedev foram condenados depois de se manifestarem contra o aumento dos
 impostos aplicados à indústria do petróleo.

O caso foi manchete em inúmeras publicações internacionais, que levantaram a hipótese de o caso judicial conter
 motivações políticas. A verdade é que Khodorkovski e o sócio  financiavam partidos da oposição. E os Estados
 Unidos falaram em abuso do sistema legal russo.

Em maio de 2011, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos considerou a detenção de Khodorkovski "ilegal", 
por ter sido "feita com uma finalidade diferente da expressa" na sentença.

A decisão de Putin surge um dia depois do Presidente russo ter amnistiado igualmente os elementos da banda
 Pussy Riot, que já cumpriam pena, e os 30 membros da Greenpeace, que ainda aguardavam por julgamento. 
Os elementos desta organização não-governamental foram presos em setembro quando protestavam junto de 
platafoma petrolífera russa no Árctico.O apoio a Obama

Numa altura em se adensa a tensão entre a Rússia e os Estados Unidos, Putin estendeu o seu apoio a 
Barack Obama ao reconhecer a importância da NSA (agência de segurança nacional norte-americana) 
no combate ao terrorismo.

"O programa da NSA não é motivo de alegria, mas também não é de arrependimento" disse hoje Putin. Ainda assim,
 o Presidente russo recomenda a alteração das regras da agência.
Na quarta-feira, foi divulgado um estudo elaborado por uma comissão de especialistas, a pedido de Obama, que 
pediram uma "maior transparência, divulgação sobre programa de informação não secreta e mais restrições à 
vigilância de cidadão de outros países", segundo refere o "The New York Daily News".
Na mesma conferência de imprensa, Putin negou ainda qualquer tentativa de contacto ou vigilância a 
Edward Snowden, a quem garantiu dar asilo.
A decisão de Putin surge numa altura em que a Rússia recebe cada vez mais críticas pela violação dos 
Direito Humanos e se prepara para receber os Jogos de Inverno de 2014, na cidade de Sochi.