segunda-feira, 15 de abril de 2013

CARACAS: PARTIDO NO PODER NA VENEZUELA A MAIS DE 14 ANOS DESCONTROLADO PELO JULGAMENTO DO POVO FACE A DITADURA IMPLANTADA DISFARÇADA DE DEMOCRACIA, CLAMA POR SOCORRO AO POVO VENEZUELANO PARA SE MOBILIZAR EM TORNO DO SUCESSOR DE HUGO CHAVES MORTO ESSE ANO.


Venezuela convoca ato para proclamar Maduro como presidente

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FLÁVIA MARREIRO
ENVIADA ESPECIAL A CARACAS
Fonte alargada: Radz Balumuka (www.planaltodemalangeriocapopa.blogspot.com)


O governo da Venezuela está convocando seguidores pela TV estatal para acompanhar na tarde desta segunda-feira o ato de proclamação de Nicolás Maduro como presidente eleito do país pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral) enquanto a oposição pede recontagem dos votos e se recusa a reconhecer os resultados.
O evento está marcado para as 14h (15h30 em Brasília) na praça diante da sede do CNE, no centro de Caracas.
"O povo uma vez mais ratifica o seu compromisso democrático e celebra junto a seu presidente eleito essa nova vitória da paz e da justiça", diz o vídeo exibido desde o começo da manhã de ontem no canal estatal VTV.

Eleições na Venezuela

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Luis Acosta/AFP
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Maduro cumprimenta eleitores diante do Palácio de Miraflores, em Caracas, após vencer eleição presidencial na Venezuela
O presidente interino Maduro venceu as eleições deste domingo 50,66% dos votos, contra 49,07% do adversário Henrique Capriles, que exige a auditoria de 100% dos votos --o que é possível, já que, diferentemente do Brasil, para cada voto eletrônico há um comprovante em papel.
A proposta de recontagem foi feita por Vicente Díaz, o único dos cinco integrante da cúpula do CNE próximo da oposição, e foi aceita na sequência por Maduro, em seu discurso da vitória.
A proposta de Capriles era que nenhum resultado fosse declarado até o fim da auditoria, mas o presidente interino rejeitou a possibilidade, dizendo que o país não podia permanecer semanas na incerteza.
Além do resultado em si, Capriles contesta utilizando um dado imensurável: o peso do "vantajismo" do governo durante a campanha, como uso dos meios públicos e nenhum limite para liberação de verbas e inaugurações. Para analistas e especialistas do sistema eleitoral, ele é praticamente inviolável, mas a campanha é injusta.
Para David Smilde, professor de sociologia da Universidade da Geórgia (EUA) que acompanha a política venezuelana desde 1992 e mantém blog sobre o tema para a ONG americana Wola, é difícil dizer que as condições desiguais da campanha na Venezuela que favorecem o governo chavista sejam determinantes para o resultado nas urnas, mas a situação mina a confiança no sistema eleitoral e é problemática para a democracia.
"Se analisarmos os resultados das votações, em condições mais ou menos iguais nos últimos dez anos, e compararmos com a popularidade de Chávez, os números são bem próximos. Seria mais preocupante se um presidente pouco popular ganhasse", disse Smilde à Folha.
"Mas, claro, é preocupante porque há muitas coisas nas campanhas que são injustas --liberação de verba, inaugurações, uso da TV. Isso faz as pessoas perderem a confiança no sistema eleitoral e não é bom para a democracia. É lamentável, e o Conselho Nacional Eleitoral tem de atacar essa situação, controlar as condições de campanha", seguiu ele.
Nesta segunda, Maduro chegou a convocar uma entrevista coletiva com a imprensa estrangeira, que horas depois foi cancelada.

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