Rádio de Bissau suspende emissão
De acordo com um comunicado divulgado pela Bombolom, a suspensão das emissões é o "único meio de manifestar solidariedade" com Justino Sá. A rádio diz que só voltará a emitir quando o caso estiver encerrado.
Contactada pela Lusa, fonte oficial do Estado-Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau confirmou que Justino Sá está a ser ouvido pelo Tribunal Militar, que vai decidir "se vai continuar com o processo ou se este transita para o Ministério Público".
A mesma fonte não soube precisar qual é a queixa que recai sobre o comentador, nem quem foi o seu autor.
Luís Vaz Martins, presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, quer que Justino Sá seja imediatamente libertado de quaisquer interrogatórios por parte dos militares. O comentador está a ser interrogado há dois dias.
Dia 11 foi chamado pelos serviços de inteligência militar, interrogado durante várias horas. No dia seguinte, compareceu no Tribunal Militar, e hoje está outra vez lá.
O responsável da Liga Guineense dos Direitos Humanos diz que esta forma de agir é uma forma de os militares "intimidarem quem os critica".
As críticas às promoções de oficiais feitas por Justino Sá, surgiram depois do Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, ter atribuído no passado dia 4 de setembro novas insígnias a 18 oficiais, nomeadamente ao Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, António Indjai.