quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

LUANDA: Ditador angolano ordena a detenção do antigo ministro do interior Sebastião Martins, que também foi o chefe da Segurança de Estado SINSE

 Ordenada detenção de Sebastião Martins

    Lisboa  - O Presidente José Eduardo dos Santos deu aval para detenção do ex- Chefe do Serviço de Inteligência e Segurança de Estado, Sebastião José Martins em consequência dos assassinatos dos activistas  Alves Kamulingue e Isaías Cassule.

 Fonte: Club-k.net
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
15.01.2014
Martins pertence a classe do generalato, com a patente de Comissário-Chefe e estes só podem ser detidos com o consentimento   do comandante-em-chefe, a menos que tenham sigo flagrados  numa  anomalia.

A aprovação da detenção do ex- patrão da secreta angolana surgiu no seguimento de  um interrogatório ao qual o delegado do Serviço de Inteligência  e Segurança de Estado (SINSE) em Luanda, António Manuel Gamboa Vieira Lopes depôs dizendo que ele e os seus colegas receberam a ordem de execução dos dois ativistas por telefone e dadas pelo  seu antigo superior hierárquico via telefone.

 Sebastião Martins que neste preciso momento  se encontra nos Estados Unidos da América  foi ordenado  na  manha desta  Terça-feira  que regressasse imediatamente ao país para tratar de um alegado  “assunto  de serviço”.

O mesmo deverá ser colocado na cadeia de São Paulo. Na manha de terça-feira, foram visto trabalhadores a  pintar e arranjar duas celas (pinturas, casas de banho, portas, janelas, camas etc.) para receberem Sebastião Martins e o Comissário Dias do Nascimento, Segundo comandante da polícia de Luanda,   que no dia da execução orientou os disparos mortais  contra Alvés Kamulingue.

Em meios de inteligência angolana, há fortes  suspeitas de que o delegado do SINSE, António Vieira Lopes terá sido persuadido  pelas autoridades no sentido  de  apresentar uma versão a implicar o antigo Chefe da Secreta, Sebastião Martins, no sentido de salvaguardar a imagem de um alto dirigente do BP do MPLA, estava a ser identificado como o mandante da operação.  

Autoridades procedem com mais  detenções

As autoridades judiciais angolanas prenderam preventivamente, na manha desta terça-feira (14), em Luanda, mais quatro agentes dos órgãos de Segurança de Estado implicados no assassinato dos ativistas Isaías Cassule e Alves Kamulingue, em 2012.

Os novos detidos são António Manuel Gamboa Vieira Lopes, delegado do Serviço de Inteligência e Segurança de Estado em Luanda; Manuel Miranda, chefe da Investigação Criminal da Ingombota, Luís Miranda, chefe dos Serviços Sectores do Comando de Divisão da Ingombota e um investigador identificado por “Osvaldo”. Todos eles estão na comarca de Viana.

O quarteto  encontravam-se já na condição de arguidos, embora em liberdade desde os primeiros  interrogados procedidos pela Procuradoria Geral da República.

Os mesmos deverão juntar-se na cadeia  outros colegas que se encontram detidos desde a primeira etapa do processo.

A saber

1- Tcheu - ex-chefe de escolta do governador de Luanda, Bento Bento,
2 - Paulo Mota, delegado adjunto do SINSE/Luanda;
3 - Francisco Pimentel Tenda Miguel, tcp Kiko, agente DPIC
4 - A.Loy, agente SINSE/Luanda; Todos os acima mencionados encontram-se na cadeia do São Paulo, em Luanda
5 - Lourenço Sebastião, chefe do SINSE/Viana
6 - Tucayanu, agente SINSE/Luanda
7 - Fragoso, agente SINSE/Luanda; todos estes encontram-se na cadeia do Supremo Tribunal Militar

Isaías Cassule e Alves Kamulingue foram raptados pelas autoridades por tentarem realizar uma manifestação a 27 de Maio de 2012 para reivindicar  pensões dos antigos combatentes da Unidade Guarde Presidencial (UGP). Após o rapto, ambos foram torturados, e um deles, Alves Kamulingue  lançado num rio com jacarés na  província do Bengo enquanto que Isaías Cassule  foi executado com  um tiro na cabeça.


Não obstante as detenções, figuras da sociedade civil ligadas as Mãos Livres tem desafiado as autoridades  em relação a entidade do regime que deu as ordens para os agentes procederam com os assassinatos dos dois ativistas.

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