Parlamento elege nova juíza do Tribunal Constitucional
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Luanda - A Assembleia Nacional (AN) aprovou nesta sexta-feira a eleição da jurista Josefa António dos Santos Neto para o cargo de juíza conselheira do Tribunal Constitucional.
Fonte: Angop
Reedição: Planalto de Malanje Rio Capopa
O Tribunal Constitucional é composto por 11 juízes conselheiros, sendo que quatro deles são indicados pelo Presidente da República incluindo o presidente do tribunal, quatro eleitos pela AN, por maioria de 2/3 dos deputados em efectividade de funções, incluindo o vice-presidente do tribunal, dois juízes eleitos pelo Conselho Superior da Magistratura Judicial e um seleccionado por concurso público curricular.
Os juízes do TC são designados para um mandato de sete anos não renováveis.
O Parlamento conferiu também posse aos juristas Carlos Alberto Ferreira Pinto e Antónia Flor Bela Rocha para os cargos de provedor de justiça e adjunta, respectivamente, em substituição de Paulo Tjipilica e Maria da Conceição Sango.
A tomada de posse do novo Provedor de Justiça e adjunta ocorreu durante a 5ª Reunião Plenária Ordinária da 1ª sessão Legislativa da IV Legislatura da Assembleia Nacional, orientada pelo presidente deste órgão de soberania, Fernando da Piedade Dias dos Santos.
O Provedor de Justiça é uma entidade pública independente que tem por objectivo a defesa dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, assegurando, através de meios informais, a justiça e legalidade da actividade da Administração Pública.
O Provedor de Justiça e o seu adjunto são eleitos pela AN, por deliberação de maioria absoluta dos deputados em efectividade de funções. Tomam posse perante o hemiciclo para um mandato de cinco anos, renováveis apenas uma vez.
Os cidadãos e as pessoas colectivas podem apresentar à Provedoria de Justiça queixa por acções ou omissões dos poderes públicos, que as aprecia sem poder decisório, dirigindo aos órgãos competentes as recomendações necessárias para prevenir e reparar as injustiças.
O deputado Benedito Daniel, PRS, espera que as entidades empossadas tenham condições políticas e integridade para exercerem os respectivos cargos.
Para si, a eficácia e o funcionamento de justiça depende do grau de democraticidade que o país atingir, a par da disponibilização de condições financeiras e técnicas.
Notou que a lei 12/15, que pretende tornar a justiça mais célere, eficaz e mais próxima do cidadão, por via do alargamento da rede dos tribunais e a aproximação geográfica, encontra dificuldades na sua implementação.
“Aos governantes, esperamos que haja vontade política para se fazer funcionar correctamente a instituição”, vincou.
Tomaram também posse, perante o hemiciclo, dois membros para o Conselho Directivo da Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERCA). Trata-se de Paulo Mateta, indicado pelo MPLA, e Félix Miranda, indicado pela coligação CASA-CE.
O parlamento procedeu também a votação final global do projecto de Lei de alteração à Lei nº 2/17, de 23 de Janeiro (Lei Orgânica da Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERCA).
A propósito, o deputado Lucas Ngonda, da FNLA, ressaltou que o antigo Conselho Nacional de Comunicação Social, que tinha sido instituído dentro do princípio da representatividade das forças políticas, não cumpriu com o seu papel como se esperava.
“Assistimos, ao longo deste tempo, uma comunicação social sem identidade e nem princípios de funcionamento e o então Conselho instituído para dirimir conflitos e repor a legalidade, tornou-se num instrumento de políticas de quem governava”, disse.
Espera, agora, que a ERCA cumpra com o seu papel de garantir uma informação isenta.
Os representantes dos partidos FNLA e PRS foram os únicos que tiveram direito a declarações políticas na plenária desta sexta-feira, porque as outras forças políticas já o tinham feito em outra ocasião.
A ERCA, constituída por 11 membros, foi instituída em Janeiro de 2017 para assegurar a regulação e supervisão à comunicação social.
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