quarta-feira, 10 de julho de 2013

MALANGE: Isaías Samakuva o presidente na UNITA encontra-se na província de Malange

Samakuva em Malanje

Líder da UNITA quer saber como vai o seu partido e se o governo cumpre o que diz
Isaías Samakuva
Isaías SamakuvTAMANHO DAS LETRAS
 
Isaías Soares
Radz Balumuka
www.planaltodemalangeriocapopa.blogspot.com
O líder da UNITA Isaías Samakuva encontra se a efectuar uma visita de cinco dias á província de Malanje

Samakuva disse que o objectivo da sua visita é inteirar-se do desenvolvimento da UNITA na província e também inteirar-se se o governo está a cumprir com o programa governamental.

Samakuva planeia reunir-se com dirigentes e militantes locais do partido, com o governador provincial e ainda com entidades tradicionais e religiosas.

MÓNACO: O Bandido Bento Analfabeto Kangamba, Sobrinho do Bandido Ditador corrupto angolano Escapou da Prisão no Mónaco, por ser portador de um Passaporte Diplomatico

O general Bento dos Santos “Kangamba” escapou à detenção, há dias, no principado de Mónaco, por ser portador de um passaporte diplomático.
As autoridades francesas, segundo apurou o Maka Angola, tentaram a detenção do general, que se encontrava hospedado no Hotel Metrópole, em Monte-Carlo, com um séquito de 20 amigos. A polícia local pretendia interrogar e encarcerar o general por branqueamento de capitais, crime organizado e associação de malfeitores, mas o general invocou imunidade diplomática para evitar a detenção.
Em causa está a apreensão de dinheiro, no valor de quase 3 milhões de euros (cerca de US$ 4 milhões), e da detenção de cinco indivíduos, que transportavam o dinheiro, de Portugal para a França, para pagamento do vício do general pelo jogo. O Hotel Metrópole fica a 50 metros do Casino Monte-Carlo, o local preferido para os jogos do general, que também é o secretário do comité provincial de Luanda do MPLA para organização e mobilização periférica e rural. Os cinco indivíduos encontram-se detidos por branqueamento de capitais, crime organizado e associação de malfeitores.
As apreensões tiveram lugar em duas ocorrências separadas no dia 14 de Junho, no sul de França, envolvendo dois veículos de matrícula portuguesa. Na primeira ocorrência, à uma hora da manhã, nas portagens de Arles, foram apreendidos 2 milhões de euros, transportados na bagageira de um Mercedes, acomodados em 40 maços de notas, num saco de plástico e numa caixa de sapatos. O motorista do veículo, Daniel de Andrade Moreira, de nacionalidade portuguesa, que se fazia acompanhar da sua esposa, disse às autoridades francesas que o dinheiro lhe havia sido confiado por um amigo angolano, Carlos Silva. O casal tinha por missão entregar o dinheiro a Carlos Silva, no hotel Le Métropole, em Monte Carlo, no Mónaco, onde este organizava uma festa para o general Bento Kangamba, que ali se encontrava de férias com um grupo de cerca de vinte amigos. Daniel de Andrade Moreira disse ainda que Carlos Silva é empregado de Bento Kangamba. As diárias de quarto mais barato, no referido hotel, são em média 600 euros (acima dos US $770) e uma simples refeição ultrapassa os 200 euros por pessoa.
A segunda apreensão ocorreu cerca de sete horas mais tarde, nas portagens de Saint-Jean de Védas (Hérault), a cerca de 80 quilómetros do local da primeira ocorrência. A polícia deteve os ocupantes de um segundo Mercedes, Anércio Martins de Sousa e Gaudino Vaz Gomes, de nacionalidade angolana e cabo-verdiana respectivamente, que transportavam 910 mil euros. O motorista explicou que o dinheiro se destinava à compra de um imóvel em Nice e que ele receberia 10 porcento do montante por fazer o transporte até ao seu proprietário, José Francisco.
Os ocupantes do segundo Mercedes foram levados para a esquadra de Montpellier, onde outros quatro indivíduos se apresentaram para os libertar e recuperar o dinheiro. Os quatro foram também detidos, entre eles José Francisco. Outro dos detidos, Carlos Filomeno de Jesus Lima da Silva “Carlos Silva”, era portador de 60 mil euros e de um cartão bancário em nome do general Bento dos Santos “Kangamba” e disse às autoridades que estava de férias no Mónaco com um grupo de amigos. O mesmo Carlos Silva revelou à justiça francesa a leveza e a regularidade com que o general Bento Kangamba movimenta milhões de dólares, em sacos e malas, em Angola. “Em Angola, é normal [ele o Bento Kangamba] transportar o seu dinheiro assim.”
Segundo declarações de Nuno Jorge Avelar Santos Vieira, motorista profissional, ao juiz de instrução, Carlos Silva é secretário do general Bento Kangamba.
Maka Angola contactou o advogado Jorge Mendes Constante, indicado como sendo o defensor dos detidos. Este referiu que ainda não foi constituído advogado, mas confirmou a que alguns dos suspeitos continuam detidos, sem ter avançado nomes ou o teor das acusações.
Afirmou ainda que o bastonário da Ordem dos Advogados de Marselha, Erick Campana, foi contratado para defender os suspeitos. Maka Angola tentou o contacto com Erick Campana, sem sucesso.
O General da Impunidade
Bento Kangamba goza da protecção incondicional do Presidente José Eduardo dos Santos, de quem é sobrinho por afinidade. É casado a Avelina dos Santos, sobrinha do Presidente e directora-adjunta do seu gabinete, num caso flagrante de nepotismo. O general Bento Kangamba ocupa um gabinete na Casa de Segurança do Presidente da República, dirigida pelo general Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa”. Nesse gabinete é reverenciado por ter um “saco azul”, com milhões de dólares à sua disposição e sem prestação de contas, para operações tenebrosas e satisfação dos seus caprichos pessoais, como o vício do jogo.
O mais grave é o uso impune de Portugal e a cumplicidade das autoridades deste país. Regularmente, tem havido denúncias de utilização do aeroporto de Lisboa como ponto de passagem anual de milhões de dólares, em malas e sacos, por “mulas” de membros do regime angolano. Portugal é hoje uma autêntica lavandaria para branqueamento de capitais saqueados em Angola.
Quando está em Lisboa, Bento Kangamba é conhecido por ocupar, com regularidade, um andar inteiro no Hotel Sheraton, para si e a sua corte. Normalmente viaja com uma coluna de Mercedes pela Europa, em parte, para evitar viajar de avião.
HotelMetropolitane Bento Kangamba Escapa Prisão com Passaporte Diplomático
O Hotel Metrópole, em Monte-Carlo, onde se encontrava hospedado o general Bento dos Santos “Kangamba” e um séquito de 20 amigos

CAIRO: A Irmandade Muçulmana não quer integrar o Governo de Transição No Egipto

Irmandade Muçulmana não quer integrar o Governo egípcio


Movimento que apoiava o Presidente deposto rejeitou uma oferta para estar presente no novo Governo de transição.
Mariana Cabral
Radz Balumuka
www.planaltodemalangeriocapopa.blogspot.com
 
Conflitos no Egito continuamEPA Conflitos no Egito continuam
A Irmandade Muçulmana não quer fazer parte do Governo de transição egípcio, que será liderado pelo economista liberal Hazem el-Beblawi.
O movimento que apoia o Presidente deposto Mohamed Morsi justifica que "não pactua com os golpistas", segundo Tareq al-Morsi, porta-voz da Irmandade, citado pela agência AFP.
"Nós não pactuamos com os golpistas. Nós rejeitamos tudo o que emana desse golpe" explicou, referindo-se à oferta formulada pelo novo primeiro-ministro, anunciado ontem pelo Presidente interino Adli Mansour.
Durante a noite, um porta-voz da presidência, Ahmed al-Muslimani, citado pela agência oficial Mena, indicara que o novo primeiro-ministro iria oferecer "alguns cargos" no Governo de transição ao Partido da Liberdade e da Justiça, o braço
político da Irmandade Muçulmana.
Após a violência registada na segunda-feira no Cairo, que segundo os serviços de emergência fez pelo menos 51 mortos num encontro pró-Morsi, a Irmandade Muçulmana apelou à "revolta (...) contra aqueles que estão a tentar (...) roubar a revolução com tanques".
(notícia atualizada às 13h52)

Morsi em "lugar seguro" e livre de acusações


O Presidente egípcio deposto pelos militares está "num lugar seguro" e, até ao momento, não existem acusações formais contra ele, assegurou o Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio.
"Morsi encontra-se num lugar seguro, para a sua própria segurança, e está a ser tratado com dignidade", afirmou um porta-voz do Ministério, Badr Abdelatty, em declarações aos jornalistas. O mesmo representante disse que "até ao momento, [o Presidente deposto] não é acusado de nada".
O exército egípcio depôs e deteve na passada quarta-feira Mohamed Morsi, o primeiro Presidente democraticamente eleito do Egito, há um ano no poder, depois de dias de violentos protestos para exigir a sua demissão.


LISBOA: Companhias de Angola, Moçambique e São Tomé estão na lista negra da União Europeia (UE)

Companhias aéreas de Angola, Moçambique e São Tomé permanecem na "lista negra" da UE

Linhas Aéreas de Moçambique registaram progressos, ainda insuficientes. Angolana TAAG só opera no espaço europeu com Boeing 777. STP Airways voa uma vez por semana para Lisboa com aviões de Cabo Verde.
A angolana TAAG só pode operar no espaço europeu com Boeing 777 MANUEL ROBERTO
As companhias aéreas de Angola, Moçambique e São Tomé e Príncipe permanecem na “lista negra” da União Europeia (UE), proibidas de operar no espaço europeu, enquanto a venezuelana Conviasa saiu, divulgou nesta quarta-feira a Comissão Europeia.
A lista actualizada da UE relativa ao nível de segurança aérea inclui todas as companhias aéreas certificadas em 20 países, ou seja, as 278 companhias objecto de proibição total de operação no espaço aéreo da UE.
A Comissão Europeia destaca os “progressos registados” em Moçambique - cuja companhia, Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), está proibida de voar no espaço europeu desde 2011 - mas considera-os ainda insuficientes.
Em relação a Angola, a TAAG - Linhas Aéreas de Angola continua a poder operar “sob condições estritas”, ou seja, apenas com os Boeing 777, enquanto outras 13 companhias estão proibidas.
Impedida de operar em espaço europeu, a STP Airways (de São Tomé e Príncipe) voa uma vez por semana para Lisboa com aviões fretados aos Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV).
Os países que integram a “lista negra” são, para além dos três africanos lusófonos, Afeganistão, Benim, Cazaquistão (à excepção de uma companhia que opera com restrições e sob determinadas condições), República do Congo, República Democrática do Congo, Eritreia, Filipinas (à excepção de uma companhia), Gabão (à excepção de três companhias que operam com restrições e sob determinadas condições), Guiné Equatorial, Indonésia (à excepção de cinco companhias), Djibuti, Libéria, Quirguistão, Serra Leoa, Suazilândia, Sudão e Zâmbia.
Estão ainda na lista duas companhias aéreas a título individual: a Blue Wing Airlines, do Suriname, e a Meridian Airways, do Gana, o que perfaz um total geral de 280 transportadoras.
Entretanto, a Conviasa, linha aérea venezuelana, saiu da lista após ter sido proibida de operar, em 2012, o mesmo acontecendo com a Philippine Airlines, que é a primeira transportadora aérea das Filipinas a operar no céu da UE, desde 2010.
Bruxelas refere também que a Líbia registou igualmente progressos, mas as autoridades do país concordaram que as suas companhias aéreas não seriam autorizadas a operar na Europa até serem objecto de um processo de certificação.
A decisão adoptada nesta quarta-feira pela Comissão baseou-se no parecer unânime do Comité da Segurança Aérea da UE, em que participam peritos em matéria de segurança de cada um dos 28 Estados-Membros, bem como da Noruega, da Islândia, da Suíça e da Agência Europeia de Segurança Aérea.

 

LUANDA: A minha gente anda estranha

A MINHA GENTE ANDA ESTRANHA 
Ana Cristina Martins Pereira
Radz Balumuka
www.planaltodemalangeriocapopa.blogspot.com
A minha gente anda estranha. onde está a miseria está também a matriz do luxo: Reclama que o salário não chega pra despesas, mas, comprou o ifone 4,5,6(estranho).

Tem um carro no valor de Cem mil dolares , mas não tem casa própria (estranho). Come sempre em restaurantes e diz que em casa não tem nada (estranho). Diz que o salário é pouco mas a indumentaria é louis vuitton, prada, lacost o sweeg não é barato (estranho).

Não tem como entrar numa faculdade privada ,mas tem sempre o cabelo brasileiro pra aplicar, e olha que o cabelo brasileiro custa 200,300,400 até mesmo 500 usd (que estranho).

Nunca tem dinheiro pra nada, mas pra birras e bitolas tem sempre e parece sagrado (estranho). diz que a vida esta mal, mas vive gastando e festejando (confuso e muito estranho). estamos sempre a marcar passos maiores do que a perna.


Quando aceitares e compreenderes a tua condição de vida, terás mais chances de melhora-la , porque a consciência de si, é a chave da tua própria evolução. Não viva de ilusão, coloque os pés ao chão e faça bom uso do pouco que tens e o pouco se multiplicará.

terça-feira, 9 de julho de 2013

PARÍS: Policia Francesa apreende quatro milhões de Euros destinados a lavagem regular de dinheiro, pertencentes a quadrilha do sobrinho de José Eduardo Dos Santos o ladrão mor angolano Bento Analfabeto Kangamba

A polícia francesa apreendeu perto de 3 milhões de euros (cerca de US $4 milhões) e deteve cinco indivíduos, acusados de branqueamento de capitais e crime organizado, num caso que envolve o general Bento dos Santos “Kangamba”, dirigente do MPLA e figura próxima do presidente José Eduardo dos Santos. A informação foi divulgada pelo jornal francês La Provence.
As apreensões tiveram lugar em duas ocorrências separadas no dia 14 de Junho, e as viaturas que transportavam o dinheiro partiram de Portugal. À uma hora da manhã, nas portagens de Arles, no sul de França, a policia alfandegária encontrou na bagageira de um Mercedes de matrícula portuguesa, acomodados num saco de plástico e numa caixa de sapatos, 40 maços de 50,000 euros cada. O motorista do veículo, Daniel de Andrade Moreira, de nacionalidade portuguesa, disse que se dirigia ao Mónaco para entregar o dinheiro.
Sete horas mais tarde, nas portagens de Saint-Jean de Védas (Hérault), a cerca de 80 quilómetros do local da primeira apreensão, a polícia deteve os ocupantes de um segundo Mercedes, Anércio Martins de Sousa e Gaudino Vaz Gomes, de nacionalidade angolana e cabo-verdiana respectivamente, que transportavam 910 mil euros. O motorista explicou que o dinheiro se destinava à compra de um imóvel em Nice e que ele receberia 10 porcento do montante por fazer o transporte do dinheiro até ao seu proprietário, José Francisco.
Os ocupantes do segundo Mercedes foram levados para a esquadra de Montpellier, onde outros quatro indivíduos se apresentaram para os libertar e recuperar o dinheiro. Os quatro foram também detidos. Um deles, Carlos Filomeno de Jesus Lima da Silva, era portador de 60 mil euros e de um cartão bancário em nome do general Bento dos Santos “Kangamba”.
Por sua vez, José Francisco, disse ser o proprietário de apenas 100 mil euros, de entre o montante apreendido, que se destinaria a gastos de jogo no casino Metrópole no Mónaco. José Francisco reconheceu também, como seus, vários registos de movimentos bancários, no valor de vários milhões de euros, também apreendidos, relativos a transações de diamantes entre a Suíça, Angola e Israel.
O angolano Carlos Filomeno de Jesus Lima da Silva, de 47 anos, natural de Malange, disse ao juiz Charles Duchaine, na audiência em tribunal, que o dinheiro não teria origem criminosa: “Em Angola é normal transportar dinheiro assim. Eu não sou criminoso”. Em 2004, o suspeito obteve a nacionalidade portuguesa.
Durante a sua audição, José Francisco revelou o suposto destino que seria dado ao dinheiro, argumentando também ser normal, em Angola, a circulação com malas e caixas de dinheiro. “O Bento [Kangamba] explicou-me que as apostas nos casinos do Mónaco são muitos elevadas e podemos chegar a gastar oito mil euros em cinco minutos”, justificou.
Quem é Bento Kangamba?
A 7 de Maio de 2012 , um tribunal de Sintra, Portugal, ordenou a penhora de bens detidos por Bento Kangamba, nesse país europeu, para a execução de uma dívida de mais de um milhão de euros ao cidadão português Manuel Lapas. Entre os bens penhorados constavam um apartamento de Bento Kangamba na freguesia de Oeiras, duas viaturas de luxo Mercedes-Benz e seis contas bancários no Millenium e Banco Espírito Santo, com um valor irrisório e total de €15,035. No entanto, recentemente, o general adquiriu um apartamento de Luxo (uma penthouse) para o seu sogro, na zona da Expo, em Lisboa e adquiriu, há dias, uma vivenda de luxo no principado de Mónaco, avaliada em vários milhões de euros.
Bento Kangamba é membro da família presidencial por via do seu casamento com Avelina Escórcio dos Santos, filha de Avelino dos Santos, o irmão mais velho de José Eduardo dos Santos.
Em Abril de 2012, o presidente José Eduardo dos Santos, na qualidade de comandante-em-chefe das Forças Armadas Angolanas (FAA), promoveu Bento Kangamba ao grau militar de general de três estrelas.
A 27 de Outubro de 2000, o Tribunal Supremo Militar havia condenado o então brigadeiro na reserva, a uma pena única de dois anos e oito meses de prisão maior, por cúmulo jurídico, como autor de crime de conduta indecorosa, burla por defraudação e dois crimes de falsificação de documentos. O empresário foi ainda condenado a pagar uma indemnização no valor de US $427,531 à empresa portuguesa Filapor – Comércio Internacional Lda, com sede em Portugal, que foi vítima de burla.
A 19 de Junho de 2002, Bengo Kangamba foi de novo condenado pela justiça angolana, quando o Tribunal Supremo condenou Bento Kangamba a uma pena de quatro anos de prisão maior, por crime de burla por defraudação, bem como ao pagamento de uma indemnização de US $75 mil às empresas Nutritiva e Lokali.
Em Outubro passado, José Eduardo dos Santos nomeou a sua sobrinha, Avelina dos Santos, para o cargo de directora-adjunta do gabinete do Presidente da República.
Bento Kangamba passou a dispor de um gabinete na Casa de Segurança do Presidente da República, a partir da qual tanto dirige os seus negócios como intervém em assuntos de Estado. A 14 de Maio passado, ligou, à meia-noite, para o ministro do Interior, Ângelo Tavares, tendo solicitado que este enviasse logo pela manhã, ao seu gabinete, o director da Direcção Nacional de Investigação Criminal, (DNIC), comissário-chefe Eugénio Pedro Alexandre.

ISLAMABADE: A Policia paquistanesa foi incompetente sobre a forma de procurar e capturar Ossana Bin Laden


Relatório do Paquistão sobre Bin Laden aponta incompetência do país



Por Maria Golovnina
Radz Balumuka
www.planaltodemalangeriocapopa
08 de Julho de 2013
ISLAMABAD - Osama bin Laden conseguiu viver à vista de todos por quase uma década -- tendo sido inclusive parado uma vez por excesso de velocidade --, por causa da incompetência dos serviços paquistaneses de inteligência e segurança, disse um relatório oficial do Paquistão sobre a morte do líder militante islâmico.
Após dez anos de caçada, a CIA localizou em 2011 o fundador da Al Qaeda morando em um sobrado a poucos metros de uma importante academia militar em Abbottabad, nos arredores de Islamabad.
Em missão secreta na calada da noite, uma força especial da Marinha dos Estados Unidos invadiu o local e matou Bin Laden, num episódio que humilhou os militares paquistaneses e abalou fortemente os laços entre os dois países.
O relatório oferece detalhes fascinantes sobre a vida do homem mais procurado do mundo, que, segundo aponta o documento, usava um chapéu de cowboy para evitar ser visto de cima.
Escrito por uma comissão liderada por um juiz, o relatório é baseado em entrevistas com 201 fontes, incluindo membros de sua família e vários funcionários.
Em um depoimento mostrando o quão perto Bin Laden esteve de ser capturado, "Maryam", a esposa de um de seus assessores mais confiáveis​​, contou que seu carro foi parado pela polícia paquistanesa na região de Swat.
"Uma vez, quando estavam todos ... em uma visita ao bazar eles foram parados por excesso de velocidade por um policial", diz o relatório. "Mas o marido dela (Maryam) rapidamente resolveu a questão com o policial e seguiu adiante."
Para evitar ser identificado do alto, Bin Laden passou a usar um chapéu de cowboy quando se deslocava sobre seu complexo na cidade de Abbottabad, disseram suas esposas aos investigadores.
O aguardado relatório de 336 páginas, obtido e divulgado na segunda-feira pela TV Al Jazeera, do Catar, aponta sinais de incompetência em praticamente todos os níveis do vasto aparato de segurança paquistanês, e também critica a liderança nacional por não ter conseguido detectar as atividades da CIA em seu território antes da ação.
Já os EUA são criticados pela “maneira ilegal” como a operação foi conduzida. "“Os EUA agiram como bandidos”", disse a chamada Comissão de Abbottabad, instituída um mês depois da morte de Bin Laden.
"“Mas, acima de tudo, a tragédia se refere ao abrangente fracasso do Paquistão em detectar a presença de Osama bin Laden em seu território durante quase uma década, ou de discernir a direção da política dos EUA para o Paquistão, que culminou na inevitável humilhação do povo do Paquistão."
O relatório, cheio de termos duros, não descarta explicitamente o possível envolvimento de elementos infiltrados no próprio serviço paquistanês de inteligência, uma questão delicada de ser abordada mesmo em um documento desse nível.
“"Quanto a (não ter detectado) a rede da CIA, houve negligência culpável e incompetência. Quanto à conivência, isso não foi estabelecido em nenhum nível”", diz o texto. “"Embora a possibilidade de algum grau de conivência dentro ou fora do governo não possa ser inteiramente descartada, nenhum indivíduo pode ser identificado como culpado de conivência."
O governo e as autoridades de segurança do Paquistão não se pronunciaram sobre o relatório na segunda-feira.