Irmandade Muçulmana não quer integrar o Governo egípcio
EPA Conflitos no Egito continuam
A Irmandade Muçulmana não quer fazer parte do Governo de transição egípcio, que será liderado pelo economista liberal Hazem el-Beblawi.
O movimento que apoia o Presidente deposto Mohamed Morsi justifica que "não pactua com os golpistas", segundo Tareq al-Morsi, porta-voz da Irmandade, citado pela agência AFP.
"Nós não pactuamos com os golpistas. Nós rejeitamos tudo o que emana desse golpe" explicou, referindo-se à oferta formulada pelo novo primeiro-ministro, anunciado ontem pelo Presidente interino Adli Mansour.
Durante a noite, um porta-voz da presidência, Ahmed al-Muslimani, citado pela agência oficial Mena, indicara que o novo primeiro-ministro iria oferecer "alguns cargos" no Governo de transição ao Partido da Liberdade e da Justiça, o braço
político da Irmandade Muçulmana.
político da Irmandade Muçulmana.
Após a violência registada na segunda-feira no Cairo, que segundo os serviços de emergência fez pelo menos 51 mortos num encontro pró-Morsi, a Irmandade Muçulmana apelou à "revolta (...) contra aqueles que estão a tentar (...) roubar a revolução com tanques".
(notícia atualizada às 13h52)
Morsi em "lugar seguro" e livre de acusações
O Presidente egípcio deposto pelos militares está "num lugar seguro" e, até ao momento, não existem acusações formais contra ele, assegurou o Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio.
"Morsi encontra-se num lugar seguro, para a sua própria segurança, e está a ser tratado com dignidade", afirmou um porta-voz do Ministério, Badr Abdelatty, em declarações aos jornalistas. O mesmo representante disse que "até ao momento, [o Presidente deposto] não é acusado de nada".
O exército egípcio depôs e deteve na passada quarta-feira Mohamed Morsi, o primeiro Presidente democraticamente eleito do Egito, há um ano no poder, depois de dias de violentos protestos para exigir a sua demissão.
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