Indjai - Pede identificação dos “verdadeiros” traficantes da droga na Guiné-Bissau
04.09.2013
BISSAU — O Presidente de Transição na Guiné-Bissau, Manuel Serifo Nhamadjo, promoveu hoje cerca de vinte oficiais das Forças Armadas à patentes correspondentes aos salários que já estavam a auferir de há muitos anos a esta data.
Entre os promovidos, figura o Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas, António Indjai, que saiu do General de três estrelas a General de quatro estrelas.
Para o Presidente de Transição a decisão se inscreve no quadro de uma justiça de função nas Forças Armadas.
Horas depois da cerimónia, o Estado-maior General das Forças Armadas convocou a imprensa para tornar publico o discurso do Chefe de Estado-maior na mais recente reunião do Conselho do Chefe de Estado-maior alargado.
Um discurso que, segundo o agora Brigadeiro General, Dahaba Na Walna, ficou marcado, nomeadamente no apelo a paz, no eventual regresso de Carlos Gomes Júnior, antigo Primeiro Ministros deposto pelos militares ao país; na reforma no sector da Defesa e Segurança; na polémica questão dos agentes da Policia Nacional de Cabo-verde; nas projectadas Eleições Gerais e no Trafico de Droga.
Sobre este ultimo, conforme o Porta-voz das Forças Armadas guineenses, o General António Indjai, apela a criação de uma Comissão Internacional para investigar e identificar os “verdadeiros” traficantes da droga na Guiné-Bissau.
Esta farto de ouvir seu nome a ser badalado, ele pede e lança apelo a Comunidade Internacional que sei crie quanto antes uma comissão, cuja missão é investigar e descobrir se de facto ele está envolvido ou se há outras pessoas envolvidas no tráfico de droga, porque se continuar esta especulação continuará pôr em causa o prestígio das Forças Armadas enquanto instituição.
No discurso apresentado por Dahaba Na Walna, o Chefe de Estado-maior General das Forças Armada faz alusão a recente incidente que envolve a diplomacia guineense cabo-verdiana na novela dos dois agentes presos em Bissau pelos Serviços de Informação do Estado.
Cabe aos guineenses zelarem pela sua defesa. Se o guineense não zelar pela sua defesa, ninguém mais o fará. Não temos nada contra Cabo-verde e nem contra os cidadãos cabo-verdianos.
A história uniu a Guiné-Bissau a Cabo-verde de uma forma inseparável, é bom que isso fique bem claro.
Quanto as eleições que se vizinham, com muitas probabilidades de promiscuidade entre elementos militares e os políticos, uma advertência do Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas.
O Porta-voz das Forças Armadas guineense, o Brigadeiro General, Dahaba Na Walna, transmitindo o discurso do Chefe de Estado-Maior General, António Indjai, na mais recente reunião do Conselho de Chefe de Estado maior alargado, decorrido em Bissau.