sábado, 19 de outubro de 2013

LISBOA: O Abc do Poder angolano

O Abc do Poder Angolano

Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
as figuras angolanos as figuras angolanos
Os angolanos são os investidores estrangeiros como maior peso no PSI-20. O conjunto das suas posições vale cerca de 2,8 mil milhões de euros, valor que oscila em função da volatilidade das acções. A sua influência, contudo, está longe de se esgotar na bolsa. O poder angolano tece-se em várias teias.
António Mosquito e Álvaro Sobrinho. O primeiro tornou-se mediático em Portugal por ser dado como putativo comprador da Controlinveste, empresa que detém, entre outros, o "DN", a "TSF" e o "JN" e "O Jogo". Enquanto esta operação se mantém num impasse, Mosquito vai concretizar a compra de 66,7% do capital da Soares da Costa por 70 milhões de euros. O empresário tem 12% do Banco Caixa Geral Totta e em Angola está em áreas como o imobiliário, o automóvel e o petróleo. Representa as marcas Audi e VW e um dos seus maiores clientes é o Estado angolano. Em Angola há quem o elogie e quem o questione, dizendo que não se lhe conhecesse um negócio que funcione. Já Álvaro Sobrinho, o rosto da família Madaleno (directa ou indirectamente através da Newshold), é dono do jornal "Sol", tem um contrato de gestão do "I", 15% da Cofina (proprietária do Negócios), 1% da Impresa ("Expresso e SIC) e 23,5% da SAD do Sporting. A Newshold comprou também 80% da Cofaco, uma empresa conserveira que tem marcas como o Bom Petisco. Sobrinho foi presidente executivo e não executivo do Banco Espírito Santo da Angola, de onde saiu em conflito nunca assumido publicamente com o BES.
Banca. Os angolanos têm interesses fortes na banca nacional. Assim, Isabel dos Santos controla 19,5 % do capital do BPI e 25% do BIC Português e BIC Angola, dois bancos que têm uma estrutura accionista similar. O BIC Português é liderado por Mira Amaral, o BIC Angola por Fernando Teles. Américo Amorim também tem 25% destes dois bancos. O BIC comprou o BPN ao Estado português no final de 2011 por 40 milhões de euros. Já o general Manuel Hélder Vieira Dias (Kopelipa) detém 10,19% do banco BIG. O maior destaque vai para o BCP, onda a Sonangol é a maior accionista (19,5%) e outra empresa angolana, a Interoceânico, possui 2,6% do capital, alinhando posições com os brasileiros da Camargo Côrrea.
Carlos Silva. É o rosto da Interoceânico e presidente do angolano Banco Privado Atlântico (BPA). É também vice-presidente do BCP e tido como próximo de Manuel Vicente, actual vice-presidente da República de Angola. Está também ligado à Mota-Engil Angola, através de duas empresas, a Globalpactum e a Finicapital (empresas associadas da Sonangol e do BPA) Quanto foi apresentada em Portugal, em Fevereiro de 2011, a Interoceânico anunciou ter 75 milhões de euros para investir em sectores como o financeiro, agro-indústria e a energia. A Interoceânico, através da Finicapital, teve uma parceria com a Impresa em Angola através da qual nasceu a revista "Rumo". A publicação fechou em Janeiro de 2013, numa altura em que o semanário "Expresso" vinha noticiando investigações da justiça portuguesa a altura figuras de Angola.
Daniel Proença de Carvalho. O advogado é presidente não executivo da Zon, cujo maior accionista é Isabel dos Santos. Proença de Carvalho foi também um dos advogados que tratou da restituição de 150 milhões de dólares que Angola havia transferido para um advogado para comprar 49% do Banif. O caso iniciou-se em 1994, mas o Estado angolano só se considerou ressarcido em 2010. É um também um dos accionistas da Interoceânico. O advogado é igualmente presidente não executivo da Cimpor, dominada pela Camargo Corrêa, aliada da Interoceânico no BCP.
Escom. Empresa que o Grupo Espírito Santo acordou vender à Sonangol. O desfecho desta operação, acordada em 2010, tem-se arrastado. Pelo caminho a empresa viu-se sob investigação do DCIAP por causa do dinheiro envolvido na transacção. Entretanto, três gestores terão também sido constituídos arguidos no chamado caso dos submarinos. A polémica em torno da Escom faz também parte de uma "guerra" entre duas facções do poder angolano.
Filipe Vilaça Barreiros. É uma figura discreta que representa o general Kopelipa nos muitos negócios que este tem em Portugal, da banca aos vinhos, através da empresa World Wide Capital. É um apaixonado pelo desporto automóvel e costuma disputar provas ao volante de um Ferrari.
 Galp. Tem dados bons dividendos mas é uma pedra no sapato dos investidores angolanos, Sonangol e Isabel dos Santos, que detêm indirectamente 15% da petrolífera portuguesa, a partir da posição de 45% que possuem na Amorim Energia. Esta 'holding', controlada a 55% por Américo Amorim, tem uma posição de 33,34% da Galp. Os angolanos sempre quiseram ter uma participação mais activa na gestão da Galp, mas Amorim tem-se constituído como um obstáculo a esta pretensão. Este é um dos motivos do seu mau relacionamento com Isabel dos Santos.
Higino Carneiro. Discreto, influente e muito rico. São-lhe atribuídos investimentos em Portugal nas áreas da hotelaria e restauração. Já foi ministro das Obras Públicas de Angola. É actualmente governador da província do Kuando Kubango. Terá perdido influência política.
Isabel dos Santos. É a empresa com investimentos mais elevados e notórios em Portugal. Concretizou agora a fusão da Zon com a Optimus, é accionista do BPI, do BIC e da Galp e a "Forbes" classificou-a como a primeira multimilionária africana. Além do casamento com a Optimus tem um acordo com a Sonae para implantar a cadeia de hipermercados Continente em Angola. O facto de ser filha do presidente da República, José Eduardo dos Santos, coloca-o sob constante escrutínio. Os seus defensores realçam os seus méritos como empresária e as suas apostas acertadas. Os seus críticos dizem que só chegou a este nível por ser filha de quem é.
José Eduardo dos Santos. É presidente de Angola desde 1979 e esta sua longevidade na liderança, a maior em África, diz praticamente tudo sobre o seu poder. Tem conhecimento, directo ou indirecto, de todos os investimentos em Portugal e tem sido, no interior do MPLA, um dos defensores da aproximação entre os dois países. O relacionamento a nível governativo melhorou significativamente a partir da chegada de José Sócrates a primeiro-ministro. O grande receio reside em saber se após a saída de Eduardo dos Santos, Angola conseguirá manter a sua estabilidade social e política.
Kopelipa. Nome pelo qual é conhecido o general Manuel Hélder Vieira Dias. Ministro de Estado e chefe da Casa Militar de José Eduardo dos Santos. A seguir ao presidente, será provavelmente a segunda figura mais poderosa em Angola. Em Portugal tem investimentos pessoais em imobiliário, avaliados em mais de 10 milhões de euros, quintas no Douro, e uma participação de 10,19% no banco BIG. Kopelipa é o homem em que José Eduardo dos Santos tem total confiança. E isto basta para ilustrar a sua influência.
Lopo do Nascimento. Foi primeiro-ministro, ministro e secretário-geral do comité central do MPLA. No início da primeira década do século XXI houve quem olhasse para ele como um figura credível que poderia congregar as elites descontentes com o Governo do país. Hoje é deputado eleito pelo MPLA. Em 2010 integrou um consórcio que adquiriu 49% da Coba, uma empresa portuguesa de consultoria em engenharia civil e ambiental. É actualmente presidente do conselho geral e de supervisão desta empresa.
Mário Leite da Silva. Discreto. O economista que Isabel dos Santos foi resgatar aos quadros de Américo Amorim é o número dois da empresária angolana e uma pessoa da sua máxima confiança. Está, por exemplo, nas administrações da Zon, BPI e De Grisogono, uma empresa suíça de jóias e relógios que Isabel dos Santos comprou.
 Noé Baltazar. Ex-presidente da Endiama e que manteve negócios no sector dos diamantes. É muito próximo de José Eduardo dos Santos e um dos muitos ilustres angolanos que comprou um apartamento no Estoril Sol Residence. A "Maka Angola" baptizou-o de "prédio dos angolanos". Lá têm casa, entre outros, José Pedro Morais (ex-ministro das Finanças), António Domingos Pitra Neto (actual ministro da Administração Pública), Álvaro Sobrinho (Newshold) e Teresa Giovetty, mulher do general Kopelipa.
 Oloeoga. Empresa que se dedica à produção de azeite e que tem como accionista Monteiro Pinto Kapunga, deputado do MPLA eleito pelo círculo de Malanje. Em 2008 juntou-se ao elvense João Garção e investiram dois milhões de euros num lagar de azeite.
 Strong/Strong--Paulo Azevedo. O seu pai, Belmiro de Azevedo, tinha dúvidas em relação a Angola. Paulo, se as tem, não as mostra. Aliou-se a Isabel dos Santos para fundir a sua empresa de telecomunicações, a Optimus, com a Zon, e também acordou com a empresária a instalação de hipermercados Continente em Angola. Isabel dos Santos criou a empresa Condis que terá uma participação de 51% neste projecto, ficando a Sonae com uma posição minoritária.
 Quintas. Quinta da Marinha, Quinta do Lago ou Quinta da Beloura. São três exemplos de empreendimentos imobiliários de luxo onde a elite angolana tem casa. Estes investimentos revelam o seu poder financeiro, mas são também um porto seguro caso a situação social e política em Angola se deteriore, em resultado do processo de sucessão de José Eduardo dos Santos.
 Rafael Marques de Morais. O jornalista e líder do site Maka Angola é porventura o crítico do regime com maior notoriedade. Recentemente foi co-autor de um artigo publicado pela "Forbes" que atribui o enriquecimento de Isabel dos Santos a favores do pai. É autor do livro "Diamantes de Sangue: Tortura e Corrupção em Angola" e alvo de processos movidos por generais angolanos. A sua exposição mediática irrita solenemente a nomenclatura angolana.
 Sindika Dokolo. Marido de Isabel dos Santos. É membro da administração da Amorim Energia. Possui a mais importante colecção de arte africana contemporânea, com cerca de três mil obras. É cada vez mais influente no círculo restrito de José Eduardo dos Santos.
Tobis. A empresa portuguesa produtora de cinema foi comprada por investidores angolanos em 2012, os quais pagaram ao Estado português sete milhões de euros. A Tobis foi adquirida pela Filmdrehtsich , detida a 100% por uma sociedade com sede em Angola, a Berkeley Gestão e Serviços, cujos accionistas se desconhecem. Em 2007, Pepetela, um dos mais aclamados escritores angolanos, havia publicado um livro intitulado "O Terrorista de Berkeley, Califórnia". A participação da Berkely foi posteriormente comprada pela Elokuva, também angolana. A Filmdrehtsich tem como gerente Maria Pereira Vinagre.
 Unitel. É a principal empresa de telecomunicações de Angola. Isabel dos Santos é accionista de referência e a PT tem uma participação de 25%. Com a fusão Zon/Optimus esta aliança será certamente reavaliada. O processo de separação terá tanto de natural como de demorado.
 Viauto. Empresa de comércio automóvel que Manuel Hélder Vieira Dias "Júnior", filho de Kopelipa, comprou em 2012 à Santogal, do Grupo Espírito Santo. Representa em Portugal as marcas de luxo Ferrari e Maserati.
 Welwitschia. Nome de baptismo de Tchizé dos Santos, filha de José Eduardo dos Santos. Em 2012 comprou 30% da Central de Frutas do Painho, através da empresa Goodness Country. Esta empresa é uma organização de produtores de pêra rocha do Cadaval, região de onde é originário o seu marido, Hugo Pêgo.
 Xadrez. A maior parte dos investimentos angolanos são feitos através de várias empresas que partilham accionistas. Um autêntico jogo.
 YUAN. Moeda simboliza as relações fortes entre a China e Angola, dois países que têm um peso determinante no PSI-20: a China através da EDP, Angola com posições diversas.
 Zon. Isabel dos Santos tornou-se accionista maioritária da empresa e depois lançou-se no processo de fusão da empresa com a Optimus. A Zon é uma das estrelas cintilantes na constelação dos seus interesses no sector das telecomunicações.
Por Celso Filipe
Jornal de Negócios

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

LISBOA: Euro-Deputada Ana Gomes pressiona Comissão Europeia sobre a prisão politica do adolescente Nito Alves

Ana Gomes Pressiona Comissão Europeia sobre Nito Alves
por Maka Angola - 18 de Outubro, 2013
A eurodeputada Ana Gomes enviou ontem, 17 de Outubro, uma carta ao presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e à Alta Representante da UE para a Política Externa, Catherine Ashton, sobre Nito Alves, um menor de 17 anos detido em Luanda desde 12 de Setembro.
 
Manuel Chivonde Baptista Nito Alves foi detido a 12 de Setembro por alegado crime de ultraje ao presidente da República e continua preso sem acesso a advogado ou a visitas. Nito Alves foi detido por alegadamente ter encomendado a impressão de 20 camisolas com os dizeres “José Eduardo Fora! Ditador nojento”.
 
Durante vários dias, a Direcção Provincial de Investigação Criminal de Luanda (DPIC) manteve Nito Alves em regime de prisão solitária. O menor foi transferido para a Comarca Central de Luanda a 3 de Outubro, onde se encontra de momento a partilhar cela com adultos acusados de crimes violentos. Devido às más condições sanitárias da cela onde se encontra, o estado de saúde de Nito Alves tem vindo a deteriorar-se e ele sofre de vómitos e diarreia. As autoridades penitenciárias não têm permitido a sua assistência médica.
 
A eurodeputada sublinha que a detenção de Nito Alves é ilegal de acordo com a legislação angolana uma vez que, sendo menor, ele não pode ser mantido em prisão preventiva.
 
Na carta, a eurodeputada pergunta a Durão Barroso se a delegação da UE em Angola tentou visitar Nito Alves na prisão e se foram tomadas medidas pelas autoridades europeias para pressionar o governo angolano a libertar o menor.
 
O Maka Angola, o Club-K e a Associação Mãos Livre estão a fazer circular uma petição pública exigindo a liberdade imediata de Nito Alves. A petição pode ser encontrada aqui (português) eaqui (inglês) .

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

LISBOA: O PRAVDA - Jornal de Angola propriedade do ditador angolano José Eduardo dos Santos condiciona a cooperação estratégica as futuras atuações da justiça em Portugal! Pode isso estar a acontecer em Portugal? Um país preso pelo ditador mais corrupto do universo politico?

Jornal de Angola condiciona cooperação estratégica a actuação da Justiça em Portugal

Portugal é apontado como “país onde estão a ser cozinhadas todas as campanhas contra a honra e o bom-nome de altas figuras do Estado” angolano, escreve o jornal um dia depois do discurso do Presidente angolano. Rui Machete afirma que vai ser encontrada uma solução para o conflito diplomático aberto.
O Presidente angolano durante a visita oficial a Portugal em 2009 
 NUNO FERREIRA SANT
Jornal de Angola elogia, esta quarta-feira, o Presidente José Eduardo dos Santos por denunciar “pela primeira vez” e “corajosamente as fontes de intrigas" que em Lisboa "são lançadas para manchar a honra de altas figuras do Estado”. Já o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Rui Machete, se mostra confiante de que vai ser encontrada uma solução para o conflito diplomático aberto.
Num editorial, não assinado e publicado um dia depois de José Eduardo dos Santos dizer num discurso na Assembleia do seu país que “o clima político actual” com Portugal “não aconselha à construção da parceria estratégica antes anunciada”, o Jornal de Angola começa por referir que “os fomentadores do sistema” e as “organizações ocidentais” que impuseram a “democracia representativa” e “a economia de mercado” a Angola, agora, gostando ou não, têm de se “habituar à realidade” e a realidade é aquela que foi “exposta pelo chefe de Estado” no seu discurso sobre o estado da nação.
E a realidade, continua, é que “os angolanos comandam a economia e dominam o mercado”, deixando claro que “em Angola ninguém troca matérias-primas estratégicas” por “elogios enganadores”.
Só na segunda parte do editorial intitulado “A nação é assim”  Portugal é directamente apontado como “país onde estão a ser cozinhadas todas as campanhas contra a honra e o bom-nome de altas figuras do Estado”. E fazem-no, sugere, porque “os representantes dos grandes interesses internacionais não querem a concorrência dos empresários angolanos”, para depois dizer: “Ela existe, está sempre presente. No desespero, aqueles que levam de Angola milhares de milhões de lucros todos os anos mandam também os seus agentes lançar calúnias contra altas figuras do Estado. Isso não pode ser.”
O autor implicitamente sugere que a referência a Portugal no discurso de José Eduardo dos Santos é também um aviso ao poder português, além de ser “um marco histórico na cena política”, porque denuncia “pela primeira vez” e “corajosamente as fontes de intrigas e calúnias que diariamente são lançadas para manchar a honra de altas figuras do Estado”.
O editorial centra o problema numa cooperação estratégica que irá, em muito, depender da postura do Ministério Público e dos titulares do poder judicial em Portugal.
À chegada à Cidade do México, onde acompanha uma visita oficial do primeiro-ministro português, Rui Machete descartou responsabilidades na actual situação diplomática. Questionado sobre se vai ser encontrada uma solução para o problema com Angola, o ministro responde: “Vamos encontrar, vamos.”
Por sua vez, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, remeteu declarações à comunicação social para mais tarde.
Poder judicial como alvo
Tendo em fundo as notícias da abertura de uma investigação na Procuradoria-Geral da República portuguesa a altos representantes do Estado angolano ou figuras próximas de José Eduardo dos Santos, a partir do final do ano passado, o jornal não ataca directamente o poder judicial português, mas deixa dito que, pela forma como as coisas se estão a desenrolar, “não há condições para prosseguir uma parceria estratégica”.
O jornal, que funciona como órgão oficial do MPLA de José Eduardo dos Santos, conclui que Portugal não é digno de uma relação com Angola, enquanto a situação se mantiver num país onde “os criminosos são impunes e podem caluniar e desonrar altas figuras do Estado angolano” e onde os portugueses “reconhecerem que é impossível impedir o Ministério Público de violar gravemente o segredo de justiça”.
E avisa: “Se em Portugal titulares do poder judicial podem violar o segredo de justiça para desonrar os nossos legítimos representantes, à boa maneira colonialista, então o melhor é os responsáveis políticos assumirem com coragem que Portugal não tem condições para se relacionar, de igual para igual, com Angola.”


 

MÉXICO: Rui Machete diz que Portugal vai encontrar uma solução para resolver o diferendo que existe entre o regime do ditador angolano e o Portugal decadente de hoje

Machete: "Vamos encontrar" uma solução

Econômico com Lusa
Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com 
16/10/2013
Rui Machete hoje



Rui Machete descartou hoje responsabilidades na situação da relação entre Portugal e Angola.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros descartou hoje responsabilidades na situação da relação entre Portugal e Angola e afirmou que vai ser encontrada uma solução para esta matéria.
À chegada à Cidade do México, onde acompanha uma visita oficial do primeiro-ministro, questionado se vai ser encontrada uma solução para o problema com Angola, o ministro responde: "Vamos encontrar, vamos".
Interrogado se entende que tem responsabilidades na actual situação da relação entre Portugal e Angola, Rui Machete disse que não. Por sua vez, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, remeteu declarações à comunicação social para mais tarde.
Na terça-feira, o presidente angolano, José Eduardo dos Santos, considerou que "o clima político actual" da relação entre Portugal e Angola "não aconselha à construção da parceria estratégica antes anunciada" entre os dois países.
Ainda na terça-feira e em reacção a estas palavras, o Governo português manifestou surpresa com as palavras do presidente angolano sobre a relação entre Portugal e Angola e reiterou a importância e o "alcance estratégico" que tem atribuído a esse relacionamento bilateral.
Portugal e Angola têm previsto realizar, em Luanda, em Fevereiro do próximo ano, a primeira cimeira bilateral, anunciada em Fevereiro pelo então ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Portas.


LUANDA: Torna-se inviável a permanência de José Eduardo dos Santos no poder! - Por Raul Diniz

TORNA-SE INVIÁVEL A PERMANÊNCIA DE JES NO PODER!

Fonte: club-k.net
Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com

As constantes derrapagens do poder oculto instalado no epicentro da administração do estado JESSEANO, ilustra bem a narrativa manipuladora, que traduz a dinâmica torpe das politicas que se desenham negativamente por todo nosso país. São esses demonstrativos enquadramentos políticos que declaradamente transformaram o poder em Angola numa consentânea empobrecida e apodrecida de enternecidas apoteoses provenientes de tresloucadas excentricidades místicas, e tudo patrocinado apenas por uma só família, que intelectualmente se perpetua em  inusitados paradigmas que beirão a loucura lucida.
OS EFEITOS NEFASTOS DO SISTEMA MONOLÍTICO
A sistematização do oportunismo na exercitação da nossa politica domestica tem vindo a inviabilizar firmemente uma decisiva ação ativa positivista. Desse modo, torna-a inútil, e mesmo desfasada do seu conteúdo de aprumo disciplinar, que se igualam na sua forma e conteúdos nocivos, como se de um verme epidêmico se tratasse. Essa cada vez mais crescente peculiaridade tem vindo a facilitar insistentemente a crescente viabilidade pragmática de transformação, que de certa maneira quantifica a possibilidade de uma eventual mediática atitude desprezível de baixa politica nada regeneradora! Tenho como certo, que a politica, uma vez bem administrada e feita com rigor torna-se num objeto fascinante, mas, no nosso caso especifico, em Angola, torna-se relevante afirmar que estamos numa demencial situação composta de endemias varias, que impossibilitam a franqueza na arte de fazer politica.
A MAIORIA DOS ANGOLANOS  ESTA MARGINALIZADA
No país torna-se inviável a possibilidade de se construir ações demonstrativas de alta politica, uma vez que, o estado de espirito dos atores diretos encontra-se terrivelmente, uma vez o regime esta infestado de procedimentos nefastos que descaracterizam qualquer atitude real de fazer politica saudável, por essa razão o regime fica de sobremaneira enfraquecido por não gozar do apoio popular dos proponentes da nossa Angola real. Faz-se necessário a existência de uma única ação consertada na base receptora das ambiguidades politicas, que consomem os efeitos nocivos da nossa politica domestica. Reconheço que JES transformou-se numa pessoa excêntrica, e leva uma vida monástica baseada em valores dúbios e de sentimentos levianamente totalitaristas, todos os governados, sobretudo os verdadeiros democratas ne nacionalistas sentem-se totalmente marginalizados.
TENHO AUTORIDADE MORAL E POLITICA NECESSÁRIAS PARA CRITICAR O REGIME E O DITADOR RETROGRADO
Não vou nem quero tomar as dores daqueles que sofrem as árduas incisões doloridas provocadas pelo absurdo poder JESSEANO, uma vez que deles faço parte. Mas tomo as dores pessoais que junto aos demais companheiros, que como eu esperamos pelo despertar dos eventuais aliados do povo nessa luta pela liberdade insistentemente atropelado pelo despudorado absolutismo, que caracteriza o poder antidemocrático e antirrepublicano na nossa Angola. Pessoalmente, não preciso de permissão para criticar um regime do qual infelizmente ajudei a edificar, nesse sentido acuso o direito de me debelar contra tudo e todos que astutamente constroem errados castelos no ar, julgando estar eles a construir o que os angolanos sonharam!. Assim como muitos cidadãos, sinto-me com autoridade politica necessária para criticar o regime retrógrado que fora imposto a todos angolanos, e sinto-me absolutamente a vontade e com vigorosa autoridade moral para criticar o feiticeiro mor do inferno JESSEANO, o próprio ditador José Eduardo dos Santos em tudo que pratica com acirrada malvadez contra o nosso povo sofrido e abandonado a sua sorte. Assim falo eu sem rodeios, porque se faz necessário defender a democracia e o povo das mãos desses aventureiros comandados pelo grande “Ali Baba” JES e da sua turma de malfeitores os quatro mil ladrões com carteira de identidade reconhecida pelo cartório da cidade alta. Acredito que o nosso país necessita urgentemente de sair da fronteira da democracia desnatada das elites, temos de integralizar Angola no caminho reto das democracias participativas, isso é um dever de todos os honoráveis democratas e nacionalistas angolenses.
O MISERÁVEL PATRIARCA DO ESTADO DE GATUNAGEM GENERALIZADA NÃO PODE SER O GARANTE DA NOSSA CIDADANIA
O patriarca da gatunagem, do nepotismo e da corrupção em Angola José Eduardo dos Santos tem de ser deposto a bem ou a mal, não existem outras opções alternativas! A muito o teríamos corrido do poder, não fosse o apelo partidário no passado recente, hoje amplamente reconhecido como sendo um falso sentimento apelativo, JES estaria no olho da rua! JES não perde por esperar, porem tenho toda certeza, que JES não engana a mais ninguém,  felizmente para Angola e para os angolanos ele perdeu toda credibilidade que eventualmente algum dia a teve! Certamente, todos aqueles que aceitaram desprezar e explorar a maioria do povo indefeso, com ele igualmente se afundarão dentro da mesma embarcação tripulada pelo ditador, que a mar aberto ruma velozmente para o inferno! José Eduardo dos Santos tornou-se numa pessoa excêntrica, que vive monasticamente isolado da verdade real da nossa politica e social. É triste para um militante de mais de quarenta anos ter que afirmar o que vou aqui dizer: Mas a verdade é que o MPLA e JES tornaram-se inimigo perigoso para o povo e para eles mesmos, o MPLA e o seu presidente verdugo não conseguem respeitar a letra fria da lei, e por esse motivo, não podem continuar a ser os irrestritos responsáveis do acervo politico e judiciário do país, que ele s transformaram no país do pai banana! Alguém que não ama o povo, e também não respeita dignamente os códigos de conduta social que regem a nossa sociedade contemporânea, também não podem ser o garante da cidadania da nossa angolanidade.
A CULPA NÃO É DA UTOPIA, ACREDITO QUE NÃO SE PODE CONSTRUIR NADA A PARTIR DE ALGO NOVO!
Sou pessoalmente apologista e acérrimo defensor da utopia politica. Tenho a certeza que a culpa dessa obsessão pelo poder por parte de José Eduardo dos Santos não é da utopia. O que temos mesmo que fazer em Angola é procedermos corretamente com a coisa pública, realizarmos procedimentos viáveis, como a realização de politicas sérias, que tracem objetivos, e que esses objetivos tragam renovadas sinergias de melhoramento da vida dos angolanos em geral. Tem de haver uma saída para existência de um novo modelo de administração regimental que não seja o que vivenciamos hoje, tenho em mente a certeza, que não se pode construir alguma coisa a partir do novo, tudo que se constrói tem de obedecer a uma linha firme e estruturada de um pensamento programático, que crie um perfil pragmático de desenvolvimento criativo. Entristece-me e fico deveras preocupado que um partido que está no poder a quarenta anos e um vil presidente da republica que se encontra a mais de trinta e quatro anos no poder, ainda queiram ambos permanecer no poder por tempo indeterminado, Como pedem esses construtores da desgraça nacional não sentirem necessidade de colocarem o poder a disposição para uma eventual disputa legitima, que não seja  fraudulenta como acontecerá já em três pleitos falsificados seguidamente; seria bom para toda nação dispersa angolana, e para o próprio bem dos usurpadores do poder, que mesmos ficassem temporariamente num largo período de nojo, para que outros tenham também a oportunidade de mostrar as suas competências e habilidades na administração da coisa pública nacional.
TEMOS COMO CERTO, QUE EM ANGOLA VIGORA HÁ QUARENTA ANOS UM GOVERNO AMORAL
Fica claro que temos um governo amoral que, diz querer mudar o país sem que no entanto esse governo tenha a coragem de moralizar o país, e retirarem-se definitivamente do poder, para voluntariamente irem-se embora para o inferno. JES e o seu grupo de malfeitores falam em moralizar o país para não ei o quê, mas, apenas o roubam descaradamente. A família de JES não consegue resistir a pratica do peculato, do nepotismo e da corrupção, desse modo irresponsável esses cleptomaníacos transformaram Angola numa esplendorosa cleptocracia para eles mesmos se serviram a la vontade.  Temos um regime que diz querer disciplinar o país e teima em desqualificar a imprensa escrita, falada e áudio visual, desprovendo-a dos valores essenciais de liberdade democrática inerente a uma informação pluralista! Essa imprensa tornou-se por outro lado submissa e servil, e se agacha na presença do titular da ditadura desestruturando-se por completo. Se quisermos de facto ser livres para construirmos uma nova sociedade sem JES e sem a sua família, temos de deixar apenas de sonhar, e passarmos a ousar mais com atitudes desenvoltas e aprendermos a dizer não ao nosso enigmático ditador. O nosso sonho tem de ser maior que toda a adversidade sofrida, e a que ainda vamos sofrer, temos de ser determinados em relação ao que nos propusemos alcançar. Perante as nossas possibilidades de vitória sobre o regime neocolonialista fascistizante e repugnante, temos de confiar em alguém, e que esse alguém seja maior que todas as nossas impossibilidades, vistas as coisas nesse prisma, esse alguém só poderá ser o Senhor Deus todo poderoso. Só Deus pode tudo realizar em nosso beneficio, ele conhece o nosso sofrimento e conhece os defraudadores da nossa verdade politica, Deus está acima de todas as possibilidades, tendo nós os democratas cristãos, consciência das nossas atuais impossibilidades, devermos conscientemente confiar na sua ajuda.
PARA TERMINAR
Termino apelando decididamente a lutarmos todos juntos, para que de uma vez por todas acabarmos definitivamente com as manigâncias fraudulentas da obtenção do poder pelo poder, como José Eduardo dos Santos, o vice decano dos ditadores funesto de todo mundo politicamente nos habituou. Mesmo porque, afinal, o nosso povo merece respeito.
Raul Diniz


LUANDA: O ditador angolano Eduardo dos Santos suspende parceria estratégica com Portugal.

Dos Santos suspende parceria estratégica com Portugal

Em discurso ao parlamento presidente diz que situação em Angola é estàvel e promete diversificar economia; diz que acusações de corrupção são falsidades do ocidente
TAMANHO DAS LETRAS 
Manuel José
Divulgação: Radz Balumuka
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O estado da nação na óptica do presidente da república e chefe do executivo angolano vai bem, mas as relações com Portugal vão mal.
José Eduardo dos Santos falava na abertura de mais uma sessão legislativa do Parlamento angolano num discurso em que também criticou o “ocidente” por alegadamente  ligarem a riqueza de africanos ricos a corrupção.

"A situação do país 'e estável e a paz está consolidada," disse o presidente que assegurou que para esta legislatura o seu governo vai privilegiar a diversificação da economia, para que deixe de depender de um só produto: O petróleo.

"O grande objectivo da política económica nesta legislatura consiste na promoção da diversificação da nossa economia para tornar o nosso processo de desenvolvimento menos vulnerável e mais sustentável," disse o presidente angolano.

Eduardo dos Santos falou sobre vários assuntos: As autarquias, educação, saúde, combate à pobreza e corrupção. Sobre este mal José Eduardo dos Santos acusou o ocidente de estar a deturpar as coisas.

"Hà uma confusão deliberada feita por organizações de países ocidentais, para intimidar os africanos que pretendem constituir activos e ter acesso a riqueza, porque se cria a imagem que o homem africano rico é corrupto mas não há razões para nos intimidarmos," disse

O chefe do executivo deixou claro que as relações bilaterais com Portugal estão azedas.

"Angola tem relações estáveis com quase todos os países do mundo, só com Portugal, lamentavelmente as coisas não estão bem, tem surgido incompreensão ao nível da cúpula, um clima político actual reinante nesta relação que não aconselha à construção da parceria estratégica antes anunciada," disse

Nas reacções, Abel Chivukuvuku presidente da CASA-CE considerou que Eduardo dos Santos tentou com o seu discurso legitimar as várias formas de corrupção que se verificam em Angola.

"O Presidente da republica quer branquear e legitimar a riqueza adquirida de forma ilegal," disse Chivukuvuku

Pela UNITA, o deputado Abílio Kamalata "Numa"  disse que o presidente tinha feito um discurso para os militantes do seu partido e não para os angolanos no geral.

"Ele falou para os empresários do MPLA, do Comité de especialidades de empresários do MPLA, foi para estes que o presidente falou e não para os angolanos," disse.

O presidente do PRS, Eduardo Kuangana considerou que se a questão da exclusão social não for resolvida, os discursos do presidente da república ficam sem valor.

"Enquanto continuar a existir exclusão em Angola todo discurso que o presidente da republica fizer não terá nenhum cabimento para o povo e para a nação," disse

Quem pensa exactamente o contràrio 'é o deputado do MPLA João Pinto que pensa que foi um discurso muito bom.

"Foi um discurso estruturante, muito frontal sobre as questões e os dados sobre economia, isto vem provar que que alguns discursos críticos não são os mais inteligentes do ponto de vista político," disse.

Na analise do discurso, a política Alexandra Simeão acredita que não houve nada de novo sobre o estado da nação.

"Sobre o estado da nação eu acho que não nos foram dadas muitas novidades," disse

Sobre o que Dos Santos disse sobre corrupção, a analista política defende que este 'e um fenómeno grave cuja origem não deve ser atribuída a outros.

"Quando falamos de corrupção não devemos, do meu ponto de vista atribuir as culpas a quem quer que seja, da mesma maneira que dissemos que a corrupção foi inventada nos outros países e nós coitadinhos sem outra hipótese assumimos, então devíamos assumir também coisas boas como a democracia, a liberdade de expressão, vamos assumir tudo," disse

LUANDA: Discurso do ditador Angolano Eduardo dos Santos provoca asco, duvidas e também indiferença.

Discurso de Eduardo dos Santos provoca dúvidas e também indiferença

Riqueza e corrupção são os temas mais controversos
  Luanda
LuandaTAMANHO DAS LETRAS
Coque Mukuta
Divulgação: Radz Balumuka
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O discurso do presidente José Eduardo dos Santos encontrou indiferença ou critica nas ruas de Luanda.

Num breve contacto com cidadãos nas ruas de Luanda o ponto mais controverso parece ter sido a questão da corrupção e da pobreza

“Não consegui ouvir o discurso porque não temos luz,” disse  Amélia de Fátima.

Já outro cidadão que pediu ao anonimato afirma que o contrário do que disse o Presidente, a pobreza em Angola está cada vez mais alta e que as riquezas de muitos angolanos são duvidosas por não se saber as suas origens.

“O que é sério é que há mais pobres e quando o presidente vem dizer que o dinheiro dos africanos é odiado não sei como é que ele diz isso,” disse.

“Porque o presidente sabe que as pessoas estão aí ricas e não sabemos de onde vem este dinheiro; retiram dos avós, dos pais, da onde?” questionou.

Já estudante que se identifica apenas por Marcia afirma que o que mais lhe tocou é o facto do presidente ter afirmado que tem se feito esforço na luta ao combate a pobreza mais na prática vê-se o contrário.

“É muito complicado se aqui no Zango tem casas vagas disseram que iam distribuir às pessoas mas as pessoas nascem e crescem na rua,” disse

A estudante afirma ainda que se Angola fosse o que o presidente da Republica espelhou no seu discurso não haveriam reclamações populares todos os dias.

“Se a riqueza fosse legítima não haveria tantas reclamações assim,” disse.