quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

LUANDA: MPLA de ontem não tem nada a haver com o de hoje

MPLA de ontem não é o de hoje

MPLA de ontem não é o de hoje
O MPLA foi fundado há 57 anos em Angola no contexto da luta colonial. Hoje, o partido que sempre governou o país é visto como cada vez mais distante do povo, ao contrário do que preconizam os seus ideais.
O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) aparece na História de Angola com a data de fundação de 10 de dezembro de 1956. Até hoje, mantém-se a polémica sobre quem foi o seu verdadeiro fundador: Ilídio Machado ou Mário Pinto Leite de Andrade.
O MPLA é fruto da fusão dos movimentos de libertação que tinham como objetivo a libertação do país, nomeadamente Partido de Luta Unida dos Africanos de Angola (PLUAA), Movimento para a Independência de Angola (MIA), Movimento pela Independência Nacional de Angola (MINA) e Partido Comunista de Angola (PCA).
Foram várias as vicissitudes e divisões internas que os membros do MPLA procuraram ignorar, como por exemplo o caso do controverso militante do MPLA Daniel Júlio Chipenda, líder da chamada "Frente Leste na luta contra os colonizadores portugueses, que chegou a deixar o partido para se juntar à Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), ou o 27 de maio de 1977, que resultou na morte de muitas pessoas e outras tantas desapareceram sem deixar rasto em nome de um golpe de Estado nunca provado.
O atual Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, era membro do Bureau Político que tinha como missão clarificar o caso aos angolanos.
Estes e outros elementos fizeram com que os ideais do MPLA - que se resumem na célebre frase de um dos seus presidentes, António Agostinho Neto, "o mais importante é resolver os problemas do povo" - estejam hoje muito distantes dos membros do partido.
Um partido em mutação
Marcolino Moco, membro do MPLA e secretário-geral do referido partido de 1991 a 1992, afirma que "o MPLA tem uma grande história e também se foi transformando."
O também ex-primeiro ministro do país frisa as mutações que o partido que governa Angola sofreu. "O MPLA que eu deixei, que construímos sem quebrar as responsabilidades do passado, não é este MPLA que está a atuar. É um MPLA que também está preso", diz.
Marcolino Moco defende uma reconciliação nacional para que Angola possa realmente ser um país democrático e de direito como reza a Constituição. "O pior será continuarmos assim. Muita gente até dentro do MPLA acha que é melhor continuar assim e depois castigar os culpados, mas eu acho que não”, sublinha.
O membro do MPLA adverte: "Quando se chegar a esta altura as situações serão incontornáveis. Portanto, angolanos de todas as franjas políticas peçamos ao Presidente da República, José Eduardo dos Santos, a abertura de uma Angola democrática porque isto cabe a todos."
Rever a História
"Quando alguma coisa não está a correr de acordo com aquilo que está estipulado, naturalmente que toda a sociedade, incluindo os partidos políticos , devem e têm a responsabilidade social de tornar público, de denunciar as situações menos boas", defende o professor de História António Francisco.
Se o mais importante é resolver os problemas do povo, na prática as coisas são diferentes, afirma Elias Isaac, da organização não governamental Open Society. "Quando num sistema político e de governação não existem fronteiras entre o Governo e o partido, mas sim um sincretismo, então todos os órgãos de Estado, em particular o sistema judicial e até mesmo o sistema legislativo, perdem a sua utilidade política e tornam-se reféns do Executivo ou de um grupo de indivíduos que detém o monopólio político. Este é o caso de Angola”, esclarece.
Também António Chimuco, cidadão angolano de 53 anos de idade, considera que o MPLA tem de estar mais próximo do povo: "O Governo não vê, não procura, não visita e então põe-nos em pânico”, afirma, acrescentando que os cidadãos angolanos estão entregues à sua própria sorte.
 DW.DE

LISBOA: Democracia portuguesa em cheque com ultimátum de Dos Santos

Democracia portuguesa em cheque com “ultimátum” de Santos

Democracia portuguesa em cheque com “ultimatum” de Santos

Portugal é o elo mais fraco no diferendo com Angola resultante do “ultimatum” de José Eduardo dos Santos. Mais do que isso, é possível que o Governo português se sinta tentado a subverter um princípio fundamental da democracia – a independência do poder judicial perante interesses particulares, alertam economistas e universitários como Alves da Rocha, da Universidade Católica de Luanda, em recente entrevista à Euronews.
No imediato não se prevê um abrandamento dos atrasos e complicações que decorrem da instabilidade nas relações comerciais e políticas. Independentemente das questões internas angolanas é, para Portugal, que sobram as consequências mais gravosas da declaração de Santos.
A vulnerabilidade portuguesa tem a ver com o volume dos seus interesses económicos em Angola. Além dos montantes significativos das remessas dos 150 a 200 mil emigrantes,  Angola é o principal destino das exportações portuguesas para fora da Europa cujos números oscilam entre os 3.000 a 4.000 mil milhões de dólares/ano. Por outro lado,  os dividendos e lucros das empresas portuguesas em Angola atingem verbas entre os 700 e 800 milhões de dólares/ano. Tratam-se de números muito significativos para um país actualmente em crise económica.
Em contrapartida Angola tem alternativas: tem o Brasil, a China e a África do Sul. Para além de outros países, como a França e os Estados Unidos, poderem reforçar as suas relações económicas com Angola.
O diferendo entre os dois países surgiu na sequência da divulgação de processos de investigação, entretanto já arquivados, instaurados pela justiça portuguesa contra altas figuras do Estado angolano, nomeadamente o Procurador-Geral e o Vice-Presidente. Restam apenas processos contra alguns ministros de estado e membros daa Casas Civil e Militar do PR.
O não respeito pelo segredo de justiça irritou Luanda e levou o Presidente José Eduardo dos Santos a tomar a iniciativa do “rompimento” ou, pelo menos, de anunciar a suspensão de um processo já em curso que visava transformar Portugal num parceiro privilegiado de Angola.
As consequências gravosas desta decisão política começam já a fazer-se sentir de uma forma prática e concreta, através de dificuldades na renovação de contratos por parte de algumas empresas portuguesas, sobretudo na área da construção civil, e também na contratação e consequente emigração de quadros portugueses para Angola que aumentara consideravelmente nos últimos três anos. Igualmente registam-se dificuldades na obtenção de vistos de trabalho havendo mesmo registo, ainda que sem números oficiais, de recusas liminares por parte de consulados angolanos em Portugal.
A súbita limitação da entrada de trabalhadores qualificados portugueses em Angola é também entendida localmente como uma forma de evitar o desemprego de quadros angolanos. Ainda que, em termos teóricos, a maciça emigração portuguesa dos últimos três anos tenha tido consequências positivas no país, na prática as enormes diferenças salariais (4 ou 5 vezes maiores para os portugueses) a juntar a melhores condições de habitabilidade e transportes, têm causado alguns diferendos sérios entre portugueses e angolanos que o Governo de Luanda nem sempre consegue resolver. Com a agravante de ter ainda de gerir as frustrações desses quadros angolanos face a uma emergente classe social muito rica, cujos rendimentos são difíceis de explicar, sobretudo dada a rapidez como foram conseguidos.
Luso Monitor

JOANESBURGO: O presidente Obama dos Estados Unidos enaltece legado de Nelson Mandela

Presidente Obama enaltece legado de Nelson Mandela

No seu discurso, perante a multidão reunida num estádio de Joanesburgo, o presidente Obama enalteceu a força e o sentido de justiça de Mandela.

TAMANHO DAS LETRAS
 
Fonte: Redação VOA
Mais de 60 mil pessoas participaram hoje, 10, em Joanesburgo nas cerimônias em memória do antigo presidente sul-africano, Nelson Mandela.
Muitos líderes mundiais não quiseram deixar de prestar uma última homenagem a Mandela. Na sua intervenção o presidente americano Barack Obama disse que Mandela foi um gigante da história que conseguiu levar o seu país na direção da justiça conquistando no processo os corações de milhares de milhões de pessoas através do Mundo.

Agradeceu também ao povo sul-africano terem-no partilhado com o resto do Mundo.
“A sua luta foi a vossa luta. O seu triunfo foi o vosso triunfo. A vossa dignidade e esperança exprimiram-se na sua vida e a vossa liberdade e democracia constituem o seu caro legado”, disse o presidente Obama.

No seu discurso perante a multidão reunida num estádio de Joanesburgo, o presidente Obama enalteceu a força e o sentido de justiça de Mandela, mas acima de tudo louvou a sua capacidade de perdoar e o seu reconhecimento de que toda a humanidade partilha o mesmo destino.

“ Foi necessário um homem como Madiba para libertar não apenas o prisioneiro como o seu captor. Para mostrar que devemos confiar nos outros para que eles possam confiar em nós. Para dizer que a reconciliação não é sinónimo de ignorar um passado cruel mas sim um meio de confrontá-lo com inclusão, generosidade e verdade. Ele mudou as leis mas mudou também os nossos corações”, disse o presidente americano.

LUANDA: Em Angola cinco partidos da oposição acusam governo de violar direitos humanos

Em Angola Cinco partidos da oposição acusam governo de violar direitos humanos


TAMANHO DAS LETRAS
 
Fonte:  VOA
Manuel José
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
Por ocasião do dia universal dos direitos humanos uma plataforma de cinco partidos políticos com e sem assento no parlamento chamaram a imprensa para exigir do executivo de José Eduardo dos Santos que acabe com as violações constantes dos direitos fundamentais dos angolanos.

Falando em nomes dos partidos, o chefe da bancada parlamentar da UNITA Raul Danda disse que estes "exigem que o chefe do estado aplique consequentemente os princípios das liberdades fundamentais e como sinal demita imediatamente toda a cadeia repressiva do país"

Os partidos que subscreveram a declaração são a UNITA, CASA-CE, FNLA, Bloco Democrático e PDP-ANA.

A plataforma chegou á conclusãoque quem viola os direitos humanos no país são as próprias instituições do estado angolano, sob a responsabilidade do partido que governa Angola.

O presidente da UNITA, Isaías Samakuva, que esteve presente ao acto acusou as autoridades de não investigarem assassinatos políticos.

representada ao mais alto nível, com o seu presidente, Isaías Samakuva considerou de ridículo os actos do executivo angolano.

"Com que respeito vou olhar para pessoas que mentem assim,” disse o dirigente d aoposição.

“O  ministro (do interior) diz que estão a investigar os crimes, eu sei que não estão a investigar nada, as mortes de Kamuko e Chakussanga no Kikolo até aqui não foi investigado, nada," idsse
...
Outro presidente, do Bloco Democrático, Justino Pinto de Andrade pensa que o regime no poder em Angola está a cair no ridículo pelos métodos repressivos que usa contra manifestações pacíficas.

"O regime deve deixar de manipular os factos e as pessoas, com esta postura só vai cair no ridículo, como esteve ridicularizado na manifestação da UNITA, ao utilizar meios de guerra contra pessoas que se manifestavam pacificamente e voltou a repetir no funeral do Ganga,” disse.

“Isto 'e de facto ridículo," acrescentou.

Pela CASA-CE, falou o vice-presidente Manuel Fernandes que disse temer pelo regresso ao sistema de partido único no país.

"Estamos a ver na intenção do MPLA que há uma vontade política de se regredir às táticas do sistema monolítico, viemos do partido único e a tendência é caminharmos para um único partido," disse

A FNLA representou-se por Ndonda Nzinga que afirmu que a oposição está determinada a lutar por mudanças.

"Não cruzaremos os braços enquanto não houver mudanças neste país, estamos determinados a dizer ao MPLA que não é o único proprietário deste país," afimrou
Na mesma linha de pensamento e usando adágios populares esteve o líder do PDP-ANA Sidiangani Mbimbi.

" Eles dificilmente vão mudar, um pedaço de pau posto no rio nunca se transforma em jacaré, o MPLA nasceu comunista e vai morrer assim comunista," afirmou

LUANDA: Presidência, Defesa, Interior, e empresas estratégicas não apresentam contas dos seus gastos

Presidência, Defesa, Interior e empresas estratégicas não apresentam contas

Oposição descreve Conta Geral do Estado de embuste, insulto e brincandeira. MPLA rejeita acusações

TAMANHO DAS LETRAS
 
Fonte: Redacção VOA
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
Os partidos da oposição acusaram o governo de desonestidade na primeira Conta Geral do Estado votada no parlamento Segunda feira.

A oposição  absteve-se da aprovação final  por, alegadamente, não incluir os relatórios das empresas estratégicas, dos Ministérios da Defesa, Interior e da Presidência da República.

O chefe da bancada parlamentar da UNITA, Raul Danda disse na ocasião  que o documento presentado pelo ministro das Finanças, Armando Manuel, não passava de “uma brincadeira” .

O deputado do PRS , Benedito Daniel disse, disse por seu turno que    a transparência na gestão da coisa pública é um exigência de governar com urbanidade e   verdade.

No entender do chefe da bancada parlamentar da CASA-CE, André Mendes de Carvalho a Conta geral do Estado   proposta do Executivo  é um embuste e um insulto  aos deputados.

O MPLA na voz do  chefe da sua bancada parlamentar, Virgílio de Fontes Pereira,  considerou como sendo corajosa a proposta do Executivo e repudiou as observações da oposição.

  A Conta Geral do Estado, único ponto inscrito na agenda da sessão orientada pelo presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, foi aprovado com 135 votos a favor, 31 contra e quatro abstenções, depois de acessos debates.

LUANDA: Ativista que desconhece realidade angolana deixa escapar informação descontextualizada sobre os angolanos. A intolerancia que existe em Angoal é patrocinada exclusivamente pelo regime que controla tudo e todos e nada faz para que a paz seja de facto uma realidade .

Activista lamenta falta de tolerância política dos angolanos

Falta de respeito dos direitos das crianças é um grade problema

TAMANHO DAS LETRAS
 
Fonte: Coque Mukuta
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
Um activista dos direitos humanos lamentou o que disse ser a falta de aceitação dos angolanos da diversidade política.

João Castro Freedom do  Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos, disse que o maior problema para a resolução das diferenças é o facto  dos angolanos não aceitarem-se um aos outros.

“Ainda vemos um como do partido Y ou X e não conseguimos aceitar-nos mutuamente,” mencionou João Castro Freedom, Presidente da Liga Internacional da defesa dos Direitos Humanos e Ambiente que falava no acto para assinalar mais um dia mundial dos direitos humanos que se assinala hoje.

No acto o Conselho Nacional de Direitos Humanos  que congrega várias organizações cívicas defensoras dos direitos humanos, um “Manifesto sobre a Realidade dos Direitos Humanos” em Angola.

A maior preocupação relativamente aos direitos humanos em Angola concentra-se nas áreas políticas, sociais e económicos, assim como os direitos das criança, disse  Freedom para quem a falta de acesso de crianças as escolas e outros problemas sociais e económicos são os grandes desafios na área dos direitos humanos em Angola.

JOANESBURGO: Homenagem a Nelson Mandela na África do Sul - Siga os slides

Homenagens a Nelson Mandela na África do Sul

Publicação VOA
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
10.12.2013

1
As pessoas cantam à porta da casa de Nelson Mandela em Joanesburgo, Dez. 9, 2013.

2
Deixam-se mensagens para Nelson Mandela num passeio ornamentado com bandeiras sul-africanas nas árvores, em Rosebank, distrito muito movimentado em Joanesburgo, Dez. 9, 2013.

3
Entre flores, à porta da casa de Mandela em Joanesburgo, está um quadro de Nelson Mandela rodeado por Martin Luther King, Mohandas Gandhi, John F. Kennedy, Abraham Lincoln, Winston Churchill e Barack Obama, Dez. 9, 2013.

4
Kiran, um bebé com cerca de dois anos descansa num ursinho de peluche que entre flores à porta de casa de Nelson Mandela em Joanesburgo, Dez. 9, 2013.

5
Um casal com a sua bebé à porta do Estádio FNB onde decorreu a cerimónia fúnebre de Estado, de Nelson Mandela, nesta terça-feira. Dez. 9, 2013.

6
Trabalhadores alinham-se à porta do Estádio FNB onde decorreu a cerimónia fúnebre de Estado pelo Presidente sul-africano Nelson Mandela, esta terça-feira, Joanesburgo, Dez. 9, 2013.

7
A cara de Nelson Mandela e o seu nome de clã, Madiba, são projectados na Table Mountain, na Cidade do Cabo, África do Sul. Dez. 8, 2013.