sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

WASHINGTON: EUA E Coreia do Sul condenam execução de tio do ditador Kim Jong-Un

EUA e Coreia do Sul condenam execução de tio de Kim Jong-un

Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
TAMANHO DAS LETRAS 
Os Estados Unidos e a Coreia do Sul condenaram veementemente a execução de tio do líder norte-coreano Kim Jong-un, enquanto a China, aliada de Pyongyang, demonstrou que a medida não iria afectar as relações entre os dois países.

Jang Song-thaek, o número dois do regime comunista, foi acusado de traição e chamado de “pior do que um cão”, segundo a agência de notícias estatal KCNA.

“Se confirmado, este é mais um exemplo da brutalidade extrema do regime norte-coreano. Estamos acompanhando de perto os acontecimentos na Coreia do Norte e consultando os nossos aliados e parceiros na região”, disse a Casa Branca.

O governo sul-coreano, por sua vez, expressou “profunda preocupação”. Um porta-voz do governo disse que o país está “preparado para todas as possibilidades”, numa aparente referência à possível instabilidade na região que poderia resultar com a sentença de morte de Jang Song-thaek.

LISBOA: Regime norte coreano executa tio de líder Kim Jong-Un

Regime norte-coreano executa tio do líder Kim Jong-Un 

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=0FiuTJuFJf8#t=0

Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa

O tio do número um da Coreia do Norte, Kim Jong-Un, foi executado hoje, depois de ter sido condenado à morte por um tribunal militar especial, anunciou a agência noticiosa norte-coreana KCNA, que o qualifica de «traidor».
A Coreia do Norte tinha confirmado oficialmente na segunda-feira a demissão, por praticar «atos criminosos» e dirigir «uma fação contrarrevolucionária», do influente Jang Song-Thaek, tio de Kim Jong-Un e considerado até há pouco como a segunda figura do regime.

LISBOA: Os guerrilheiros não são terroristas, referência a delapidação e transferência do erário publico angolano para ajudar Portugal a sair da crise em detrimento do bem estar dos angolanos

Os guerrilheiros não são terroristas

Esclareceu o Presidente português que “as autoridades de Angola estão informadas e sabem que, nos termos da Constituição Portuguesa, os nossos tribunais gozam de independência. Agora não podemos é permitir que as instituições portuguesas possam ser usadas como instrumentos da luta política em Angola”.
O recado à Procuradoria-Geral da República, embora não assumido, parece claro: devem ser desconsideradas as denúncias criminais contra dirigentes angolanos, quando a sua promoção tenha origem em cidadãos angolanos, para não permitir que a Justiça portuguesa seja instrumentalizada ao serviço de qualquer dos intervenientes na luta politica interna de Angola. Qualquer pessoa, minimamente informada sobre estas realidades, não pode deixar de pensar imediatamente em Rafael Marques, o jornalista e activista dos direitos humanos que tão incómodo se tem revelado para o poder politico em Angola.
Rafael Marques ainda há pouco mais de um mês recebeu, em Berlim, o Prémio Integrity, atribuído pela Transparency International, justificado pelo "trabalho incansável e corajoso na investigação e denúncia de casos de corrupção em Angola", tarefa que, recorde-se, já lhe valeu diversas estadias nas prisões angolanas.
É evidente que, ao apresentar ou acompanhar queixas criminais em Portugal contra actuações de dirigentes angolanos, Rafael Marques está a travar o seu combate político angolano. Mas também parece evidente que tal facto deve ser irrelevante para as autoridades portuguesas, que só têm de decidir se são competentes ou não para investigar os crimes denunciados e, em caso afirmativo, de obedecer a critérios de objectividade e de legalidade na condução das investigações e na análise das provas apuradas.
Sucede que, nesta complexa sociedade globalizada em que vivemos, as fronteiras entre os países são, cada vez mais, ficções, ao mesmo tempo que se assiste a um brutal reforço do poder dos Estados, em detrimento dos direitos dos cidadãos. A actuação de pessoas como Rafael Marques ou Edward Snowden ou, ainda, Julian Assange é, assim, cada vez mais essencial para garantir espaços de liberdade, para além daqueles que os omnipotentes e omniscientes Estados entendem dever conceder aos cidadãos.
Estas personagens são verdadeiros guerrilheiros globais, mas não podem ser confundidos com terroristas. Não utilizam tácticas de destruição, mas de desocultação. Permitem-nos conhecer aquilo que nos é vedado saber, nacional ou internacionalmente. E mesmo quando, perante a evidência da importância e gravidade daquilo que revelam, os Estados se vêem obrigados a reconhecer as ilegalidades e arbitrariedade praticadas, nem por isso deixam de perseguir e de tentar silenciar estes cavaleiros andantes da nossa época digital.
Em Inglaterra, o comportamento do primeiro-ministro, David Cameron, tentando silenciar o jornal The Guardian, que tem vindo a revelar as informações coligidas por Edward Snowden, a que se veio somar um intimidatório inquérito parlamentar, permite-nos perceber que o facto de um regime ser democrático não garante o respeito dos direitos dos seus cidadãos ou de cidadãos estrangeiros, nomeadamente no que concerne ao direito à privacidade ou à informação quando confrontados com os interesses do Estado definidos de uma forma secreta e, quantas vezes, ilegítima, por meia dúzia de pessoas que dirigem o poder politico executivo em cada Estado ou mesmo um mero departamento ou organização estatal.
Vivemos numa época em que por causa da necessidade da luta contra o terrorismo, as possibilidades tecnológicas, a complexidade e falta de transparência do poder, os pantagruélicos interesses económicos e a inevitável natureza humana levam os Estados, democráticos ou não, a assumir comportamentos profundamente violadores dos direitos humanos, quando não terroristas.
Acresce que, a par e passo com estes novos domínios onde o poder do Estado passou a ser exercido de forma desmesurada, continuam a existir as mesmas práticas de há séculos no que respeita à definição e defesa de interesses vitais dos Estados, nomeadamente territoriais, independentemente da vontade ou desejos dos cidadãos.
No Egipto, a realidade veio demonstrar o acerto das posições radicais: aos partidos islâmicos, não vale a pena jogar no terreno da democracia porque, mesmo que democraticamente eleitos, serão afastados manu militari do poder, com a conivência dos Estados democráticos. E na Ucrânia, por maiores que sejam as manifestações, é evidente que a Rússia não permitirá grandes veleidades.
Abençoados sejam, assim, os Assanges, os Snowdens, os Marques.



 

LISBOA: A Boca de Cavaco Silva Sobre Angola



A Boca de Cavaco sobre Angola
Por Rafael Marques de Morais 
Fonte: Maka Angola
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
Reedição: Radz Balumuca
 12 de Dezembro, 2013
O presidente português, Aníbal Cavaco Silva, prestou ontem declarações públicas sobre Angola que são, ao mesmo tempo, animadoras e alarmantes.
 
Segundo a imprensa portuguesa, após um breve encontro com o vice-presidente angolano, Manuel Vicente, à margem do memorial de Mandela em Joanesburgo, África do Sul, Cavaco Silva disse que a “luta política em Angola é feita entre os angolanos e deve ser feita em Angola”.
 
Essas declarações visavam repudiar as denúncias de corrupção e branqueamento de capitais feitas por cidadãos angolanos contra dirigentes angolanos, mas que envolvem empresas portuguesas e o uso de Portugal como lavandaria para o branqueamento de capitais saqueados em Angola. Na sequência dessas denúncias, a justiça portuguesa abriu vários inquéritos preliminares contra dirigentes angolanos e seus familiares suspeitos de branqueamento de capitais, fraude e outros crimes financeiros.
 
Segundo Cavaco Silva, citado pela imprensa portuguesa, os tribunais portugueses não podem ser usados como “instrumentos de luta política em Angola”.
 
As declarações do presidente português, seguindo a lógica cavaquista, são animadoras porque contêm uma fórmula de solução política e económica para as relações entre Portugal e Angola, marcadas por tensões constantes.
 
Os angolanos devem resolver os seus problemas políticos no seu país. Os angolanos também devem usufruir das suas riquezas no seu país. Assim, Portugal deve repatriar os fundos saqueados ao Estado angolano e depositados em bancos portugueses, investidos em empresas portuguesas e em propriedades nesse país. A Angola o que é dos angolanos!
 
Por conseguinte, as riquezas e os investimentos em nome de Manuel Vicente, Isabel dos Santos, general Kopelipa e outros agentes nefários do Estado angolano, que se acham em Portugal, devem imediatamente ser retornados a Angola, para que as suspeitas de branqueamentos de capitais sejam um problema exclusivo da justiça angolana.
 
Seguindo ainda a lógica cavaquista, a situação de crise económica em que actualmente se encontram os portugueses deve ser resolvida pelos portugueses em Portugal. Não devem ir para Angola em busca de emprego, oportunidades de negócios e dinheiro. A crise económica em Portugal não diz respeito aos angolanos e, por isso mesmo, devem procurar emprego em Aljubarrota.
 
No entanto, a visão bizarra de Cavaco Silva sobre o que é a justiça e sobre Angola é mais paternalista do que tacanha.
 
As primeiras investigações a dirigentes angolanos em Portugal, geradoras da polémica actual, resultaram de uma matéria escrita por mim, em 2010, intitulada Presidência da República: O Epicentro da Corrupção em Angola. O referido texto investigativo revelava, entre outros casos, que Manuel Vicente e os generais Kopelipa e Leopoldino Fragoso do Nascimento, então proprietários da Portmill, transferiram a titularidade da empresa para oficiais da guarda presidencial de José Eduardo dos Santos. Estes, por sua vez, surgiram como os compradores de 25 porcento das acções do Banco Espírito Santo Angola (BESA), por US $375 milhões, ao Banco Espírito Santo, um banco português. Publiquei o texto no meu website Maka Angola. Meses depois, recebi uma notificação da polícia judiciária portuguesa para prestar depoimentos e desloquei-me a Portugal para o efeito.
 
É preciso lembrar a Cavaco Silva que eu apresentei queixa em Angola, sobre os casos expostos no referido artigo. A justiça portuguesa cuidou da parte que lhe coube, ao investigar, de acordo com a legislação portuguesa, o envolvimento de uma instituição financeira portuguesa listada na bolsa de valores, numa operação de vulto e sob suspeita. A mim, como cidadão angolano de pleno direito, coube a responsabilidade de intervir junto da justiça angolana.
 
As declarações de Cavaco Silva são alarmantes porque deliberadamente procuram misturar questões de foro judicial, como são as suspeitas de branqueamento de capitais, com as de natureza meramente política.
 
No seu discurso, a 19 de Julho de 2010, na Assembleia Nacional de Angola, o presidente Cavaco Silva disse: “Os valores em que acreditamos — a liberdade, o respeito pela dignidade da pessoa humana, o primado do direito, a justiça, a igualdade de oportunidades — são um factor de progresso e de aproximação e de reforço da cooperação entre os nossos países”.
 
O saque das riquezas de Angola, pelo regime do presidente José Eduardo dos Santos, com a cumplicidade também de sectores políticos e económicos portugueses, têm violado os valores que Cavaco Silva diz acreditar e constituírem os pilares das relações entre Portugal e Angola.
 
Por isso, as declarações de Cavaco Silva são mais alarmantes ainda pela sua falta de memória. Não é preciso recordar que, em 1991, Cavaco Silva, enquanto primeiro-ministro, foi o mentor dos Acordos de Paz de Bicesse, um processo puramente político sobre a paz em Angola. Também não é preciso lembrar que o mesmo Cavaco Silva, enquanto primeiro-ministro, apoiou o MPLA, com a sua participação num comício partidário realizado no Moxico, em Setembro de 1991. Três meses antes Portugal assumira o papel, juntamente com a Rússia e os Estados Unidos, de mediador no processo de paz angolano. Cavaco Silva quebrou assim o princípio de imparcialidade de Portugal. Porque é que Cavaco tinha de se envolver em questões políticas que só aos angolanos dizia respeito, segundo o seu princípio?
 
Cavaco Silva demonstra a sua indiferença face à realidade angolana, procurando apenas manter-se atinado ao que o regime angolano pode proporcionar para o resgate da economia portuguesa e para os negócios portugueses. É uma mentalidade ainda mais deprimente que a de Salazar que, ao menos, presidia também à gestão do quotidiano dos angolanos. Cavaco só quer o dinheiro e a amizade dos corruptos.
 
O presidente de Portugal pode ter a certeza de que o seu amigo Manuel Vicente, tarde ou cedo, sentar-se-á no banco dos réus, em Angola, para responder por crimes de lesa-pátria. Enquanto presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Manuel Vicente dirigiu um esquema de saque, sem precedentes, de biliões de dólares dos fundos de petróleo através da China-Sonangol e de Portugal.
 
Nesse dia, o senhor presidente Cavaco Silva, tenha muita saúde, mudará o seu posicionamento porque a sua memória política sobre Angola é movida pelo vento.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

LUANDA: Jovens angolanos homenageiam Nelson Mandela

Jovens angolanos homenageiam Nelson Mandela

Os jovens vão se vestir de preto nos dias 14 e 15 para simbolizar o luto em memória a figura de Nelson Mandela.
Nelson Mandela numa foto de arquivo (2007)Nelson Mandela numa foto de arquivo (2007)Fonte: VOACoque MukutaDivulgação: Planalto De Malanje Rio capôpaRadz Balumuka
 
Um grupo de jovens angolanos decidiu homenagear no próximo sábado a figura de Nelson Mandela e estabeleceu um período de dois dias como Luto Nacional em homenagem ao primeiro presidente África do Sul pos-apartheid.

Uma homenagem a Nelson Mandela pela sua grandiosidade humana e espiritual vai unir mais de 50 jovens no próximo sábado na cidade de Luanda de acordo com a informação prestada a Voz da América por Adão Ramos, um dos organizadores do acto.

Na verdade queremos com este acto homenagear aquele homem que é Nelson Mandela”, disse.

Segundo Adão Ramos o acto vai ser antecedido de deposição de flores na embaixada Sul Africana em Luanda e visa reflectir sobre os feitos de Mandela

“Temos muitas experiências para bebermos de Nelson Mandela e por isso vamos reflectir sobre os seus feitos”, concluiu.

Os jovens vão se vestir de preto nos dias 14 e 15 para simbolizar o luto em memória a figura de Nelson Mandela.

LUANDA: Bloco Democrático diz que o ditador angolano deve ordenar inquérito á morte de Hilberto Ganga dirigente da CASA-CE assassinado pela tropa da guarda presidencial

Angola: Presidente deve ordenar inquérito à morte de Hilbert Ganga, diz Bloco Democrático

Investigação serviria para limpar o nome da presidência - Pinto de Andrade
Hilbert GangaHilbert GangaFonte: Redacção da VOA12.12.2013Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
TAMANHO DAS LETRAS 
As autoridades angolanas ainda não iniciaram qualquer investigação formal à morte do militante da CASA CE Manuel Hilbert Ganga abatido a tiro por elementos da Guarda Presidencial no passado dia 23 de Novembro.
Ganga colava cartazes alusivos ao rapto e desaparecimento de dois activistas quando com outros companheiros foi interpelado e morto.

As autoridades disseram que Ganga tinha violado o perímetro de segurança da presidência. Testemunhas oculares negam isso mas as autoridades não investigam contudo a morte

O líder  do  Bloco Democrático Justino Pinto de Andrade  disse  à Voz da América que o Presidente da República devia ordenar um inquérito sério e urgente sobre o caso se quiser limpar a imagem do seu  governo.

O deputado do MPLA Virgílio de Fontes Pereira acusou a oposição política de ser a principal responsável pelo que ocorreu.

MAPUTO: Frelimo avança com nomes de candidatos á sucessão de Guebuza

Moçambique: Frelimo avança com nomes de candidatos à sucessão de Guebuza

Os três candidatos têm uma particularidade em comum: nenhum deles é do Sul.
Presidente Armando Guebuza
Presidente Armando Guebuza  Divulgação: Planalto De malanje Rio capôpa                                                                                                                         TAMANHO DAS LETRAS
 
Em Moçambique, a Frelimo indicou Alberto Vaquina, José Pacheco e Filipe Nyussi como candidatos à substituição de Armando Guebuza na presidência da república, mas os críticos do partido no poder em Moçambique, dizem que nenhum deles tem o perfil nem o carisma para ser chefe de estado.
Um destes três pré-candidatos, nomeadamente, José Pacheco, ministro da Agricultura e chefe da delegação do governo às negociações com a Renamo, Alberto Vaquina, actual primeiro-ministro e Filipe Nyussi, ministro da defesa, vai ser eleito candidato da Frelimo às eleições presidenciais de 2014, numa sessão do Comité Central do Partido, prevista para breve.

Os três candidatos têm uma particularidade em comum: nenhum deles é do sul, e a sua indicação surge numa altura em que aumentam as vozes contestando o facto de até aqui todos os presidentes de Moçambique serem do sul do país. Algumas dessas vozes surgem de dentro da própria Frelimo.

O analista Marcos Sitoi diz que não reconhece, em nenhum deles, um trajecto que tenham feito no país para merecerem esta escolha pela comissão política da Frelimo.

“Para mim, nenhum deles tem perfil para ser presidente de Moçambique”, disse Sitoi.
Entretanto, a Presidente da Liga dos Direitos Humanos, Alice Mabote, que não ficou surpreendida pela proposta, tem a mesma opinião e diz que Filipe Nyussi poderá ser o sucessor do presidente Armando Guebuza. “Ele é o mais provável de todos eles”.

Na sua opinião, Moçambique está a copiar o modelo angolano, “porque, como se sabe, José Eduardo dos Santos chegou ao poder, em Angola, nas mesmas circunstancias que em Moçambique. Filipe Nyussi, ao atacar a Renamo, estava a assumir um compromisso, disseram-lhe faça isso para abrir o caminho”.
Mabota disse ainda que o facto de nenhum dos três pré-candidatos ser do sul de Moçambique , isso nao é relevante, porque as pessoas devem ser eleitas tendo em conta a competência e o carisma.