sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

MAPUTO: EUA e Moçambique não renovam segundo compacto de MCA

Moçambique: EUA não renovam segundo compacto do MCA

A decisão foi baseada no desempenho moçambicano durante o primeiro compacto, nos acontecimentos políticos em curso e no empenho em completar e sustentar os investimentos iniciais.
Fonte: Redacção VOA
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
O governo americano não vai contemplar Moçambique com o segundo compacto do “Millennium Challenge Account” (MCA), destinado a financiar infra-estruturas socioeconómicas em países em desenvolvimento.

Contactado pela VOA, um porta-voz do MCC, a agência que gere os comptactos, afirmou que a decisão tinha a ver com a escassez de verbas devido à crise económica dos últimos anos e ao facto de haver novos países candidatos que se inseriram nos padrões necessários para a inclusão no programa.

Moçambique e outros três países candidatavam-se a um segundo pacote.

A mesma fonte acrescentou que a decisão agora tomada não significa que no futuro Moçambique não possa ser de novo incluído se continuar a inserir-se nos padrões estabelecidos.

Por agora a decisão foi baseada no desempenho moçambicano durante o primeiro compacto, nos acontecimentos políticos em curso e no empenhamento em completar e sustentar os investimentos iniciais dos projectos do primeiro compacto.

A este propósito contactamos o ministro moçambicano da Planificação e Desenvolvimento, Auba Cuereneia, para obter a reacção do governo moçambicano.

SÃO TOMÉ: Policia em greve sentem-se coagidos pelo governo

São Tomé: Polícias em greve sentem-se coagidos pelo Governo

Há 24 dias que os agentes da polícia de investigação criminal estão em greve e sem prestação dos serviços mínimos.
Fonte: VOA - Óscar Medeiros
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
Em São Tomé, a comissão dos grevistas da polícia de investigação criminal acusa o governo de coagir os agentes em greve.

Há mais de três semanas que a PIC paralisou as suas actividades para exigir o pagamento dos subsídios de risco e de piquete. É a mais longa greve da história da função pública santomense.

Tony Leal porta-voz da comissão dos grevistas acusa o governo de coacção aos agentes em greve.

A comissão dos grevistas denuncia ainda outras manobras do governo para tentar fracassar a paralisação, entre elas a nomeação de um dos membros da comissão da greve para o cargo de vice-director da instituição.

Os agentes da PIC aproveitaram o debate do OGE para 2014 e enviaram à Assembleia Nacional uma petição exigindo o cumprimento da lei que estabelece o pagamento dos subsídios de risco e de piquete aos polícias de investigação criminal.

O primeiro-ministro Gabriel Costa diz não ter condições financeiras para satisfazer as reivindicações dos agentes mas o Secretário-Geral da UGT-STP (União Geral dos Trabalhadores de São Tomé e Príncipe) Costa Carlos desvaloriza os fundamentos do primeiro-ministro e acusa o governo de falta de interesse em encontrar uma solução para a greve.

BISSAU: Ministro dos Negócios Estrangeiros demite-se

Guiné-Bissau: Ministro dos Negócios Estrangeiros demite-se

Na carta, o ministro responsabilizou "gente ligada à imigração e segurança" e avisou que o caso dos sírios não foi o único motivo que o levou a tomar a decisão.
Presidente Serifo NhamadjoPresidente Serifo NhamadjoFonte: VOA Lassana CassamáDivulgação: Planalto De malanje Rio Capôpa13.12.2013
TAMANHO DAS LETRAS 
O ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação Internacional da Guiné-Bissau apresentou ao presidente do Governo de Transição Serifo Nhamadjo o seu pedido de demissão, na sequência do caso dos 74 sírios levados que viajaram na TAP para Lisboa no passado 10 de Dezembro.

Entretanto, Fernando Delfim da Silva explica que o incidente da TAP não foi a única coisa que o levou a tomar esta decisão, mas que foi o final para ele: "Foi provocar um dano enorme à diplomacia guineense e não posso ficar calado, como se nada tivesse acontecido", revela.
 
O ministro responsabilizou "gente ligada à imigração e segurança, estão relacionados com isto".

"Para aquela gente passar aqui uns dias e depois ir para Lisboa como foi, é porque houve cumplicidade entre pessoas que tinham a obrigação de proteger o país e não protegeram", acrescenta.

Delfim da Silva afirma ainda que o incidente arruinou os esforços feitos para o país reconquistar a confiança internacional.

"Estávamos menos mal, estava tudo bem encaminhado e provocaram um dano grande na diplomacia guineense", reforçou.
 

LUANDA: UNITA quer coligação eleitoral da oposição - Disse Isaías Samakuva

Angola Fala Só - UNITA quer coligação eleitoral da oposição - Isaías Samakuva

AFS
Fonte: AFSDivulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa

A UNITA quer alargar a cooperação com outros partidos da oposição a uma possível coligação eleitoral, disse o líder da UNITA Isaías Samakuva.

O presidente do maior partido da oposição angolana  comentava no  programa Angola Fala Só o recente anuncio de uma plataforma política da oposição que  inicialmente vai incidir sobre aspectos pontuais

Samakuva disse que a UNITA tem trabalhado “ no sentido de alcançar essa plataforma” eleitoral.

“Até aqui só temos conseguido faze-lo quando temos um propósito comum a defender mas nós queremos definitivamente avançar para uma plataforma do tipo que temos procurado constituir,” acrescentou o dirigente da UNITA.

“Portanto o que foi alcançado foi um bom passo, um passo positivo e vamos continuar para ver se conseguimos alcançar o nosso objectivo,” disse.

Num programa muito concorrido pelo ouvintes da Voz da América as perguntas feitas ao líder da UNITA cobriram uma vasta gama de assuntos desde o estado da democracia em Angola, ao direito á manifestação e à situação em Cabinda.

Isaías Samakuva abordou também em resposta a vários ouvintes recentes declarações do deputado do MPLA João Pinto recordando alegados crimes cometidos pela UNITA durante a guerra.

O presidente da UNITA disse que no passado todos os lados cometeram erros e abusos.

“Não nos devemos preocupar com aqueles que se preocupam com o passado,” disse o dirigente da UNITA.

“Aqueles que se preocupam com o passado não tem planos para o futuro,” acrescentou Samakuva para quem o passado “ é de todos os angolanos”, sendo agora  importante perspectivar o futuro.

Interrogado sobre os casos do desaparecimento e morte dos activistas Isaías Cassule e Alves Kamulingue, o líder da UNITA disse que os casos foram investigados devido ás pressões sobre o governo.

“Não há duvidas que foi preciso uma pressão a nível interno e internacional  para que a procuradoria se pronunciasse,” disse Isaías Samakuva que acrescentou contudo que “há outros casos que não estão a ser investigados”.

O líder da UNITA mencionou o assassinato de dois activistas de base da UNITA em Luanda em que a família viu os assassinos mas cujo caso não foi investigado pela polícia.

Para Samakuva “ vai ser preciso mais pressão” para que outros casos de assassinatos de natureza política sejam investigados.

Vários ouvintes abordaram também a questão dos ex militares que continuam sem receber pensões afirmando que de momento “não vimos nenhuma luz ao fundo do túnel”.

Samakuva disse que a responsabilidade desta situação “lamentável” é do governo.

“É responsabilidade do governo aplicar os acordos de paz,” disse Samakuva.

“É também o seu dever governar,” acrescentou o dirigente da UNITA que afirmou que há urgência em resolver esta questão que “ se pode transformar numa questão explosiva”.

Interrogado por um ouvinte de Cabinda sobre a situação nessa província o dirigente da UNITA disse que para se alcançar a verdadeira paz no território  é preciso negociar “com todas sensibilidades”.

“É preciso escutar aqueles mais representativos,” disse
 

WASHINGTON: EUA E Coreia do Sul condenam execução de tio do ditador Kim Jong-Un

EUA e Coreia do Sul condenam execução de tio de Kim Jong-un

Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
TAMANHO DAS LETRAS 
Os Estados Unidos e a Coreia do Sul condenaram veementemente a execução de tio do líder norte-coreano Kim Jong-un, enquanto a China, aliada de Pyongyang, demonstrou que a medida não iria afectar as relações entre os dois países.

Jang Song-thaek, o número dois do regime comunista, foi acusado de traição e chamado de “pior do que um cão”, segundo a agência de notícias estatal KCNA.

“Se confirmado, este é mais um exemplo da brutalidade extrema do regime norte-coreano. Estamos acompanhando de perto os acontecimentos na Coreia do Norte e consultando os nossos aliados e parceiros na região”, disse a Casa Branca.

O governo sul-coreano, por sua vez, expressou “profunda preocupação”. Um porta-voz do governo disse que o país está “preparado para todas as possibilidades”, numa aparente referência à possível instabilidade na região que poderia resultar com a sentença de morte de Jang Song-thaek.

LISBOA: Regime norte coreano executa tio de líder Kim Jong-Un

Regime norte-coreano executa tio do líder Kim Jong-Un 

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=0FiuTJuFJf8#t=0

Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa

O tio do número um da Coreia do Norte, Kim Jong-Un, foi executado hoje, depois de ter sido condenado à morte por um tribunal militar especial, anunciou a agência noticiosa norte-coreana KCNA, que o qualifica de «traidor».
A Coreia do Norte tinha confirmado oficialmente na segunda-feira a demissão, por praticar «atos criminosos» e dirigir «uma fação contrarrevolucionária», do influente Jang Song-Thaek, tio de Kim Jong-Un e considerado até há pouco como a segunda figura do regime.

LISBOA: Os guerrilheiros não são terroristas, referência a delapidação e transferência do erário publico angolano para ajudar Portugal a sair da crise em detrimento do bem estar dos angolanos

Os guerrilheiros não são terroristas

Esclareceu o Presidente português que “as autoridades de Angola estão informadas e sabem que, nos termos da Constituição Portuguesa, os nossos tribunais gozam de independência. Agora não podemos é permitir que as instituições portuguesas possam ser usadas como instrumentos da luta política em Angola”.
O recado à Procuradoria-Geral da República, embora não assumido, parece claro: devem ser desconsideradas as denúncias criminais contra dirigentes angolanos, quando a sua promoção tenha origem em cidadãos angolanos, para não permitir que a Justiça portuguesa seja instrumentalizada ao serviço de qualquer dos intervenientes na luta politica interna de Angola. Qualquer pessoa, minimamente informada sobre estas realidades, não pode deixar de pensar imediatamente em Rafael Marques, o jornalista e activista dos direitos humanos que tão incómodo se tem revelado para o poder politico em Angola.
Rafael Marques ainda há pouco mais de um mês recebeu, em Berlim, o Prémio Integrity, atribuído pela Transparency International, justificado pelo "trabalho incansável e corajoso na investigação e denúncia de casos de corrupção em Angola", tarefa que, recorde-se, já lhe valeu diversas estadias nas prisões angolanas.
É evidente que, ao apresentar ou acompanhar queixas criminais em Portugal contra actuações de dirigentes angolanos, Rafael Marques está a travar o seu combate político angolano. Mas também parece evidente que tal facto deve ser irrelevante para as autoridades portuguesas, que só têm de decidir se são competentes ou não para investigar os crimes denunciados e, em caso afirmativo, de obedecer a critérios de objectividade e de legalidade na condução das investigações e na análise das provas apuradas.
Sucede que, nesta complexa sociedade globalizada em que vivemos, as fronteiras entre os países são, cada vez mais, ficções, ao mesmo tempo que se assiste a um brutal reforço do poder dos Estados, em detrimento dos direitos dos cidadãos. A actuação de pessoas como Rafael Marques ou Edward Snowden ou, ainda, Julian Assange é, assim, cada vez mais essencial para garantir espaços de liberdade, para além daqueles que os omnipotentes e omniscientes Estados entendem dever conceder aos cidadãos.
Estas personagens são verdadeiros guerrilheiros globais, mas não podem ser confundidos com terroristas. Não utilizam tácticas de destruição, mas de desocultação. Permitem-nos conhecer aquilo que nos é vedado saber, nacional ou internacionalmente. E mesmo quando, perante a evidência da importância e gravidade daquilo que revelam, os Estados se vêem obrigados a reconhecer as ilegalidades e arbitrariedade praticadas, nem por isso deixam de perseguir e de tentar silenciar estes cavaleiros andantes da nossa época digital.
Em Inglaterra, o comportamento do primeiro-ministro, David Cameron, tentando silenciar o jornal The Guardian, que tem vindo a revelar as informações coligidas por Edward Snowden, a que se veio somar um intimidatório inquérito parlamentar, permite-nos perceber que o facto de um regime ser democrático não garante o respeito dos direitos dos seus cidadãos ou de cidadãos estrangeiros, nomeadamente no que concerne ao direito à privacidade ou à informação quando confrontados com os interesses do Estado definidos de uma forma secreta e, quantas vezes, ilegítima, por meia dúzia de pessoas que dirigem o poder politico executivo em cada Estado ou mesmo um mero departamento ou organização estatal.
Vivemos numa época em que por causa da necessidade da luta contra o terrorismo, as possibilidades tecnológicas, a complexidade e falta de transparência do poder, os pantagruélicos interesses económicos e a inevitável natureza humana levam os Estados, democráticos ou não, a assumir comportamentos profundamente violadores dos direitos humanos, quando não terroristas.
Acresce que, a par e passo com estes novos domínios onde o poder do Estado passou a ser exercido de forma desmesurada, continuam a existir as mesmas práticas de há séculos no que respeita à definição e defesa de interesses vitais dos Estados, nomeadamente territoriais, independentemente da vontade ou desejos dos cidadãos.
No Egipto, a realidade veio demonstrar o acerto das posições radicais: aos partidos islâmicos, não vale a pena jogar no terreno da democracia porque, mesmo que democraticamente eleitos, serão afastados manu militari do poder, com a conivência dos Estados democráticos. E na Ucrânia, por maiores que sejam as manifestações, é evidente que a Rússia não permitirá grandes veleidades.
Abençoados sejam, assim, os Assanges, os Snowdens, os Marques.