sábado, 28 de dezembro de 2013

LUANDA: Reação ao discurso de fim de ano do Presidente da Republica - Por Raul Diniz

REAÇÃO AO DISCURSO DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE DA REPUBLICA


Fonte: Club-k.net
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
28.12.2013
É espantoso, intrigante e quase inacreditável o que acabamos de ouvir na voz discursiva habitualmente altiva do presidente do regime! É estranho que o presidente precisa-se de permanecer trinta e quatro anos no poder para notificar o país da existência desconfortável de um absoluto abandono e total desrespeito pela constituição atípica que ele mesmo criou para dela se proteger e continuar incólume no poder, pois o primeiro prevaricar da constituição é o próprio presidente que nunca a respeitou.
DE UMA COISA OS ANGOLANOS MAIORITARIAMENTE EXCLUÍDOS SABEMOS DO DESCARAMENTO MENTIROSO DO NOSSO PRESIDENTE VITALICIO, E AFIRMAR ISSO NÃO SIGNIFICA INSULTAR O DITADOR.
De uma coisa posso afirmar, ninguém pode pôr defeito e/ou duvidar do descaramento desavergonhado do nosso presidente, sobretudo a da sua falta de caráter e de vergonha. Essa afirmação justifica-se com a astúcia incrementada pelo presidente, que aleivosamente denunciou descaradamente com precisão e com grande lata a mistura, que a existência irregular da pena de morte que opera clandestinamente a longo tempo no país é uma verdade real, pois saiba também presidente, que essa pena de morte oculta é  injustificadamente imposta pela natureza do seu regime que mata para se defender!

 Mas o mais delirante mesmo foi ouvi-lo falar com todo desplante e com o descaramento que lhe é peculiarmente conhecido, que é contra a sua própria politica inconsequente de restringir  direitos e ainda afirmar que é contra a  existência do desrespeito das autoridades pela diferença religiosa, politica e da condição social de cada cidadão! Claramente aqui fica demonstrada mais uma colossal mentira ousada do chefe falacioso do regime déspota!
É claro que aqueles que como eu, que se opõem a governação desastrosa de JES e do seu MPLA ficaram tão de boca aberto quanto eu e muitos outros camaradas do MPLA atentos! Pois para o presidente chegar a essa conclusão bastava olhar os privilegiados que garbosamente se assentaram em torno da sua mesa na festa natalícia! Aí querido presidente de alguns angolanos cegos perceberia de imediato, que o pais vivencia uma profunda crise existencial de identidade provocado pela desregular governação, e por consequência o povo  vive entristecido com a sua vida miserável e sobretudo com as praticas desafiantes do nepotismo presidencial, da corrupção que graça e com  a roubalheira da sua família e as dos seus mais diretos assistentes que graça em todo país.
OS HABITUAIS DISCURSOS DE EDUARDO DOS SANTOS NÃO NOS LEVARAM A LUGAR NENHUM, E COM CERTEZA QUE O POVO NÃO ENCHE A BARRIGA NEM OBTERÁ EMPREGO E A SUA LIBERDADE NEM PORÁ FIM DOS ASSASSINATOS DE QUE PADECE O POVO DA ANGOLA PROFUNDA, POR FORÇA DOS DISCURSOS FREQUENTES DO PRESIDENTE VITALICIO ANGOLANO.
O presidente discursista sabe bem que o chefe da casa de segurança militar Kopelipa e seu sobrinho Bento Kangamba, traficante de carne humana feminina para prostituição, dentre outros, ordenaram os assassinatos de  Cassule e Kamulingue e mais tarde o seu  comandado direto, o guarda pessoal do presidente  assassinou friamente o nosso jovem engenheiro Manuel Hilberto Ganga membro da juventude patriótica da CASA-CE , antes porem,  humilharam e aprisionado o pobre adolescente Nito Alves e o transformou em preso politico. A pergunta que não se cala é: Afinal em que planeta vive o presidente da republica? Vive por acaso no incontornável paraíso da ilusão emblemática do país das maravilhas?
É preciso ter estomago para que, depois de trinta e quatro anos no poder o ditador venha agora com discursos alienadores e cheios de considerações descabidas e declara que não existe a pena de morte no país da corrupção, do nepotismo, da fome e dos assassinatos politico seletivos por ter sido abolida na constituinte de 1991! Sabemos todos que não existe sim respeito nenhum pela vida humana no país do pirilampo, e enquanto Eduardo dos Santos continuar no poder os promotores e os executores da pena de morte clandestina  no país de Dos Santos, continuaram ensoberbados na sua triste campanha da morte de angolanos encoberta pela justiça e pelo presidente da republica!
A PERMISSÃO DA PENA DE MORTE É AUTORIZADA PELA CASA DE SEGURANÇA MILITAR DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA SITUADA NO PALÁCIO DA CIDADE ALTA.
A pena de morte pode não constar na constituição de JES, mas no palácio da cidade alta a pena de morte está muito bem patente no cardápio politico de sua excelência o presidente absolutista. Quanto ao blá blá do crescimento da economia angolana, o presidente precisa de em primeiro lugar exonerar os ministros que se coloram ao governo e hoje são tão depreciativamente parecidos com os horrores que a fome e a miséria que o regime impôs voluntariamente ao povo desprotegido, abandonado a sua existencial sorte sofrida.
Segundo, o presidente precisa de  se aconselhar com pessoas que tenham de facto alguma coisa para aconselhar, se o presidente quer alterar a sua imagem junto de toda a sociedade nacional, devera de imediato retirar de sena aqueles que não possuem nada mais para acrescentar de bom para a governação do país,  que não seja a corrupção, o nepotismo e a bajulação. Presidente mande os economistas bajuladores para os quintos do inferno e coloque ao seu serviço verdadeiros tecnocratas bem pagos para conduzirem o país rumo a fonte da verdade econômica para que o país cresça e engrandeça o povo com o bem estar social, e isso só aparece com muito trabalho e nunca com a intriga, a violência, a bajulação e muito menos com a mentira politica.
TORNA-SE CADA VEZ MAIS INCONTORNÁVEL A IMPORTÂNCIA NECESSIDADE DE DIALOGO FRONTAL, LIVRE E ABERTO NO INTERIOR DO MPLA E EM TODO PAÍS HUMANO.
Sei que conselho fosse bom não se dava, vendia-se e a bom preço, mas ainda assim vou teimosamente dar-lhe um conselho presidente: O país precisa  dialogar urgentemente com os donos do poder absolutista que está sobre sua liderança, presidente o país que é de todos nós e não seu e muito menos dos seus familiares que pouco ou nada fizeram pela luta de libertação nacional!
 Abra os olhos presidente e  coloque ao seu serviço jovens inteligentes para dialogarem seriamente com o país humano. Não envie ninguém do seu embrutecido Bureau politico nem do seu apalermado comitê central nem homens com idade jovem mas completamente envelhecidos e embrutecidos pela pratica das suas ambições desmedidas a exemplo do secretario geral da JMPLA que nada mais faz do que mostrar a sua riqueza e banga de deputado matumbo, arrogante, e miserável mentiroso, que tem  afugentado constantemente os militantes que ajudariam a juventude partidária e não só a ter um eventual crescimento saudável.
O País precisa passar por um momento verdadeiro de dialogo franco e aberto para não sucumbir, de outro modo ninguém mais acreditara em nada e muito menos na morte, pois a Angola profunda precisa de passar por momentos de profundas mudanças para melhorar o seu estado de espirito.
O PAÍS VIVE A BEIRA DE UMA GRAVÍSSIMA IMPLOSÃO SOCIAL
Torna-se verdadeiramente  penoso ouvir o mesmo discurso infundado do presidente a mais de trinta e quatro anos. São sempre as mesmas palavras, os mesmos trocadilhos, em suma os mesmos dizeres e nada de realizações prestáveis para o melhoramento da vida do povo! O país politico é o mesmo, o país econômico em nada se alterou para melhorar diretamente o povo nacional e o país social esta cada vez mais a beira de uma flagrante implosão, ou é mentira camaradas?
O presidente da republica tem de perceber que o povo está cansado do seu habitual monologo discursivo, que em nada acrescenta de verdade para que haja mais cidadania! Na verdade os frequentes discursos do presidente não  evidenciam verdadeiramente a existência de qualquer tipo de  dialogo sério e verdadeiro com o povo.
O povo não quer discursos vazios e sem fundamento algum, o desejo do povo é que o regime deixe de irregularidades de enriquecimento fácil dos governantes e que os dinheiros roubados sejam utilizados para trazer a eletricidade, água potável nem esgotos  que o povo não possui, que as politicas publicas exclusivistas sejam substituídas por uma galopante inclusão social acrescida de horizontes novos que satisfatoriamente tragam riqueza e emprego que ajude o povo a saciar a fome e a cede!
SERÁ QUE O PRESIDENTE NESSES TRINTA E QUATRO ANOS DE PODER ABSOLUTO, NÃO SE DEU CONTA QUE SÃO SEMPRE OS MESMOS SÔFREGOS  OPORTUNISTAS AVENTUREIROS A GOVERNAR A COISA PÚBLICA NACIONAL? E QUE SOMENTE AS PESSOAS LIGADAS AO SEU CIRCULO PESSOAL TÊM RIQUEZA EXAGERADAMENTE ACUMULADA?
Por acaso o presidente ainda não se deu conta que somente as pessoas pertencentes ao seu circulo, e principalmente aqueles que formam o seu elã pessoal têm finanças para viver ricamente no país que Deus deu a todos angolanos?
Precisamos de um governo do qual nos orgulhemos, precisamos de um presidente no MPLA apologista do dialogo e que esteja rodeado de pessoas de bem e com bom caráter. O país precisa urgentemente de começar a a caminhar orgulhosa e seguramente confiante para frente, chega de conversa fiada, a mudança no MPLA faz-se necessária.
No meu entender, faz-se necessário que existe um flagrante embate forte de ideias discordantes no relacionado com o pensamento politico e ideológico no interior do MPLA para engrandecer a independência do pensamento individual de cada membro responsável do partido.
TEMOS QUE COLOCAR URGENTEMENTE UM PONTO FINAL NO DISPENSÁVEL CULTO DE PERSONALIDADE PERSONIFICADO NO PRESIDENTE DO MPLA E DA REPUBLICA! TEMOS DE REPENSAR O MPLA E SOBRETUDO ANGOLA QUE É DE TODOS NÓS.
Chega da exagerada timidez desesperante no relacionamento entre o povo militante do MPLA e o seu presidente, que se ponha um ponto final ao culto de personalidade que não passa de um falacioso embuste organizado na medida certa pelos arautos defensores do totalitarismo militante, para intimidar rigorosamente aqueles que desejam fazer carreira politica aspirando ao cargo mais alto do partido e porque não a de presidente da república.
 Acredito pessoalmente  que essa falsa maneira de engrandecer espiritualmente o líder atual do MPLA tornando-o como quase deus não passa de uma clara malvadez intimidadora para afugentar os eventuais candidatos membros do partido MPLA com ambição legítima de se candidatarem livremente para tentar chegar ao pólio.
Por acaso José Eduardo dos Santos é o único que nasceu com direitos especiais para ser presidente da republica? Sou do MPLA e tenho certeza que no país somos todos especiais e qualquer um de nós poderá ser um bom e respeitável presidente, muito amado, eleito para servir a nação futura com elegância, respeito e plena sabedoria. Valente e abençoado é o povo cujo Deus é o Senhor JESUS.
Raul Diniz


JOANESBURGO: Família de Nelson Mandela exercem pressão sobre Graça Machel viúva do falecido líder Sul Africano

Familiares de Mandela exercem pressões sobre Graça Machel

Fonte: Voanews.com
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
Familiares de Mandela exercem pressões sobre Graça Machel
O jornal sul-africano “South Africa City Press”, anunciou que Graça Machel foi alvo de rejeição e de abusos por parte de familiares do antigo presidente.
A família real à qual Nelson Mandela pertencia apelou aos parentes do falecido presidente que deixem de intimidar ou de tentar afastar a sua viúva, Graça Machel.
Esta tomada de posição surge depois de rumores de que membros da família Mandela pretendem que Graça Machel deixe a casa que partilhava com Nelson Mandela em Joanesburgo.
Segundo o porta-voz da família real, Aba Thembu, a viúva não deve ser submetida a agressões verbais ou ameaças.
No domingo o jornal sul-africano “South Africa City Press”, anunciou que Graça Machel de 68 anos de idade foi alvo de rejeição e de abusos por parte de familiares do antigo presidente durante os últimos 6 meses da sua vida.
A mesma fonte acrescentou que lhe disseram para deixar a casa onde viviam no bairro de Houghton assim que Mandela morresse.
Na sua declaração, Aba Thembu, afirma que Graça Machel está actualmente de luto e que deve ser respeitada. “ A morte de Mandela não pôs termo ao seu empenhamento por ela”, acrescentou o porta-voz da família real.
Graça Machel casou-se com Nelson Mandela a 18 de Julho de 1998 quando o líder da luta anti-aparteid fez 80 anos.
Mandela nasceu no seio da família real Aba Thembu e em 2007 deu o seu aval à escolha do seu neto, Mandla para o cargo de chefe tradicional.
Voanews.com

KEY WEST FLORIDA: Rui Falcãp demonstrou clamente que o clã dos Santos de facto esta isolado dentro do MPLA

Rui Falcão demonstrou Claramente que o Clã dos Santos de facto esta Isolada dentro do MPLA.

Fonte: angola24horas.com
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Rui Falcão demonstrou Claramente que o Clã dos Santos de facto esta Isolada dentro do MPLA.
Numa situação, em que um determinado pais, estejam a viver uma democracia, verdadeiramente vibrante, e absoluta, ou perfeitamente normal, um membro ou figura, do mesmo partido político, discordar, de ideias do outro colega, desse mesmo partido, sem que hajam de forma alguma, tendências malignas, para eventuais ostracismos.
No caso, do MPLA, vozes avisadas, e ou prudentes, como a do compatriota, Rui Falcão, deveriam merecer particular atenção, do partido dos camaradas, com vista a que o MPLA, seja capaz, de ter a necessária coragem política, afim de que os camaradas, intendendam duma vez por todas, de que o Clã, dos Santos, nunca foi não e, e nunca será, o dono do MPLA, e muito menos de Angola.
De facto, o ditado e antigo. Porem, tal continua novinho da Silva:
"Para um bom indendendor meia palavra basta".
Se o compatriota, Rui Falcão, não tem razão, quem são os que Angola, detém as riquezas do pais?
Na verdade, qualquer míope, Angolano, ou estrangeiro, pode imediatamente reconhecer, que e só o Clã dos Santos, e ponto final.
Quem, em Angola, ou no estrangeiro, desavisada mente, declara, que andou por ai, a vender um monte de ovos, e logo no dia seguinte, virou a bilionária Africana?
Naturalmente, qualquer cego, naquele pais, ou cá fora, imediatamente iria responder, que foi a filha do déspota, Jose Eduardo dos Santos, a Isabel dos Santos, que andou por ai dizendo, que ela, só e hoje suposta (bilionária), por haver acumulado, um monte de galinhas por ai, as quais geraram tanto ovo, que fez virar a filha, do tirano da situação, uma autentica (bilionária).
Quem controla a maior fatia financeira de Angola, o chamado Fundo Soberano de Angola?
Em Angola, aqui nos EUA, na China, ou em qualquer parte, de todo planeta, todos os eventuais cegos, de todas estas paragens, poderiam num abrir e fechar dos olhos, responder que e o filho, do déspota da situação, JES, o Jose Filomeno de Sousa dos Santos, Zenu.
Quem são os donos, de todos os Bancos, espalhados por Angola inteira, ou os donos, de quase tudo, que em Angola, gera avultadas somas de dinheiro, e em muitos casos, geram autenticas lavagens de dinheiro?
Naturalmente, e o Clã, da situação, que em Angola, controla e registra, tudo o que de bom, existe naquele pais, tendo verdadeiramente, abandalhado, crucificado e amarado, toda a Angola, profunda pobre, empurrando-o, para este presente calvário.
O compatriota, Rui Falcão, só esta hoje praticamente ostratizado, sendo que como secretario, para a informação, do partido dos camaradas, para actualmente, exercer as minúsculas funções, de governador provincial do Namibe, o camarada Falcão, de facto baixou, injustamente de categoria.
Porque?
Porque, um dia desses, o camarada compatriota Rui, discordou verdadeiramente, com o ditador JES, quando o déspota da situação, impôs ao (seu MPLA), um Manuel Vicente, que nunca teve algum pingo, de talento político que fosse, para hoje, estar a exercer as funções, de Vice-presidente, do tirano, JES.
Mas, JES, jamais poderá calar as vozes sonantes, de cérebros pensantes, do partido dos camaradas, tais como a do compatriota Rui Falcão.
A não serem verdadeiras, as minhas afirmações, porque razão o ditador, JES, esta agora num beco sem saída, dentro do MPLA, quando já não consegue impor aos camaradas, o seu filho Zenu, para que este seja o seu real sucessor, já que MV, afinal, não passa do pombo correio?
Na verdade, por mais tímido, que possa parecer, o certo e que os ventos, da democratização, do partido dos camaradas, já sopram internamente, de vento em popa.
E agora?Que fará JES?Outro 27 de maio?Continuar a envenar, os seus próprios correligionários, só porque o tirano, e verdadeiramente alérgico a democracia, quando JES, só sonha com as nojentas, praticas do Bacuismo, comunista?
Pessoalmente, classificaria com a nota 10, esta corajosa e verdadeiramente necessária, atitude, do camarada, compatriota, Rui Falcão, de dizer que "AS RIQUEZAS DA NOSSA TERRA NAO PODEM SER SO PARA MEIA DUZIA DE PESSOAS".
Por isso, e que tenho dito, que o partido dos camaradas, tem gente pensante que sobra.
Infelizmente, o déspota, JES, procura a todo o custo, ostratizar, tal massa cinzenta pensante, que a muito repousa dentro do MPLA, a favor do vazio, dos Rascovas, João Pintos, Kangambas etc.
E por isso, que Angola, penosamente mergulhou, neste autentico pântano, que só terminara eventualmente, quando JES, fechar os olhos, já que de todas as formas, o déspota, agora já não passa dum autentico morto em pe, por causa da sua doença terminal.
Contas bem feita, agora podemos afirmar que, parece haver já uma luzinha, La no fundo, mas, La mesmo, no fundo do túnel, para que possamos um dia observar um MPLA, verdadeiramente democratizado.
Por isso e que digo:
Mais vale tarde do nunca.
Pedro da Silva
Key West Florida - U S A

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

LUANDA: O rapper Yannick Afroman diz que a Verdade Doi

AFS - Yannick Afroman: "A verdade dói"

AFS
AFSTAMANHO DAS LETRAS
O rapper Yannick Afroman diz que a sua música é de “intervenção social e não é política”.

Falando num animado “Angola Fala Só”, o conhecido músico angolano recusou-se a envolver-se em discussões político-partidárias afirmando que na sua música fala “daquilo que conheço”.

“Não é fácil falar de coisas que não sei,” disse afirmando que quando se fala de assuntos que não se conhece “há sempre o perigo de ser mal interpretado”.

Um dos ouvintes criticou o músico afirmando que “toda a gente em Angola sabe que tudo está mal” pelo que “ não se pode dizer que não se sabe de política”.

Yannick Afroman disse que na sua m´suca procura fazer criticas mas de caracter social “não para criar problemas mas para procurar soluções”.

Um ouvinte instou-o a seguir o exemplo do Brigadeiro Dez Pacotes, um rapper angolano conhecido pela sua música de caracter político mas outro disse que Yannick Afroman deveria continuar com a sua música para “encorajar e alegrar o povo angolano”.

“Eu não faço imitações ou o que está na moda,” disse o rapper para quem a música “não pode ser só alegria e sofrimento”.

“Não vou mudar de estilo,” disse.

Interrogado sobre algumas da suas músicas de caracter mais controverso lhe tinham  causado problemas o rapper respondeu que “a verdade dói”, mas acrescentou:

“Não tenho tido problemas”.

O rapper, que vai dar este Sábado no estádio dos Coqueiro um espectáculo que qualificou de “grandioso” anunciou também uma digressão por várias províncias angolanas.

Yannick Afroman diz que a música angolana na generalidade continua a ter dificuldades em penetrar em mercados estrangeiros, mesmo aqueles de língua portuguesa como Portugal e o Brasil.

Contudo  está a tentar colocar o seu segundo álbum “Terra a Terra” à venda em Portugal.

Embora recusando envolver-se em controvérsias políticas, Yannick Afroman lançou um apelo aos políticos angolanos “para deixarem de lançar pedras uns aos outros” e procurarem em conjunto soluções para os problemas de Angola.

O rapper disse que ele próprio tinha sofrido com a guerra em Angola pois familiares dele tinham morrido durante o conflito mas que a situação em Angola é agora melhor do era.

“O meu filho tem oportunidades diferentes daquelas que não tive,” disse.
“Nem tudo está bem mas nem tudo está mal,” acrescentou para depois apelar a um esforço conjunto dos angolanos

Clique aqui para ter acesso ao arquivo do programa

BISSAU: Ministro da Guiné Bissau acusa presidente português de infantilidade

Ministro da Guiné-Bissau acusa presidente português de infantilidade

Fernando Vaz diz que o incidente com os refugiados sírios foi politizado por Lisboa com a intenção é dar suporte político ao antigo primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior.

Fonte: VOA
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
27.12.2013
Presidente português Anibal Cavaco SilvaPresidente português Anibal Cavaco Silva
Depois de há dois dias um comunicado do ministério português dos Negócios Estrangeiros ter considerado o comportamento do executivo de Bissau de absolutamente inaceitável, agora foi a vez do ministro de Estado e da Presidência guineense reagir.

O ministro de Estado e da Presidência revela, em entrevista à rádio portuguesa TSF, que o incidente com os refugiados sírios foi politizado por Lisboa, e que a intenção é dar suporte político ao antigo primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, deposto em 2012.

Fernando Vaz vai mais longe e acusa o presidente português Cavaco Silva de ter sido extremamente infantil ao dar ouvido a tudo o que se disse em Portugal.

O governante sublinha que o aeroporto de Bissau é seguro e que tem todas as certificações necessárias emitidas por entidades internacionais.

No entanto, o ministro de Estado e da Presidência da Guiné-Bissau reconhece haver culpas partilhadas no incidente e aponta fragilidades no processo de embarque da TAP em Bissau.

LISBOA: Rafael Marques é a personalidade do ano de 2013

Rafael Marques é personalidade do ano 2013

Fonte LusoMonitor
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Foi um ano agitado para os países da comunidade lusófona, mas, para a Lusomonitor, a escolha foi bastante fácil: o jornalista e ativista pró-transparência Rafael Marques de Morais foi a personalidade mais marcante do ano de 2013, pela enorme influência que demonstrou ter nas questões angolanas, dentro e fora do país.
Os processos judiciais movidos por Rafael Marques a figuras do regime angolano em Portugal colocaram em causa, em última instância, as bases das relações entre Portugal e Angola. Mas, na opinião dos jornalistas e consultores da Lusomonitor, este questionamento pode ser clarificador.
Cada vez mais, as relações entre Portugal e Angola – ou pelo menos aquelas que contam – são as de negócios. Por isso, as personalidades que mais espaço ocupa nas páginas dos jornais são aquelas que estão na linha das frente dos mesmos. Acima de todos, Isabel dos Santos, cujo peso na economia portuguesa já anda a par do de figuras de sempre como Belmiro de Azevedo ou Américo Amorim. Em 2013, destacaram-se outras figuras angolanas nos negócios, como António Mosquito, que à construção juntou a comunicação social, com a entrada no capital da Controlinveste, que lhe dá mais poder, influência e prestígio.
Mas a nossa escolha por Rafael Marques decorre exatamente daí. Quer dizer, ou lembrar, que há mais vida para além dos negócios. Que os euros, kwanzas ou dólares são hoje muito importantes, mas que não só a isso se devem resumir os laços entre povos que se conhecem há séculos e que até há algumas décadas faziam parte da mesma nação.
O trabalho de Rafael Marques lembra-nos exatamente que, se queremos ser uma comunidade,  há valores que temos de partilhar. Se queremos ser uma comunidade digna, um desses valores a partilhar é o da honestidade. Outro que tem de estar sempre presente é o da partilha.
Que de façam negócios sim – muitos e cada vez mais. Mas que eles sejam feitos com transparência, por cima da mesa, e com dinheiro de proveniência conhecida. E que a riqueza gerada seja partilhada por aqueles que mais precisam. E são tantos, em países como Angola!
Num Portugal em profunda crise económica, e também moral em muitos casos, oss processos judiciais, e a forma expedita como acabou resolvido depois do “bater de pé” de José Eduardo dos Santos no discurso do Estado da Nação – ameaçando não avançar com a parceria estratégica entre os dois países – faz refletir sobre o estado de subserviência que é associado hoje ao país.
Uma voz incómoda, mas respeitada
Considerado inteligente, com dotes de analista político e coragem invulgar, Rafael Marques adquiriu notoriedade pública, interna e externa, como activista de causas como defesa dos direitos humanos e denúncia da corrupção em Angola.
Em Angola, é provavelmente odiado no chamado círculo presidencial. Os seus detractores dizem que está ao serviço de obscuros interesses estrangeiros, sendo aos EUA e George Soros que é mais frequentemente associado, num discurso tradicionalmente usado pelo regime para atacar os seus adversários.
Por outro lado, a sua acção cívica e política é discretamente apreciada por indivíduos e grupos do regime que têm contas a ajustar com o círculo presidencial. É respeitado ou, pelo menos, apreciado, na chamada sociedade civil angolana, em geral. Mantém ligações pessoais, até políticas, com intelectuais  conotados com a oposição e com os próprios partidos da oposição.
O último caso grave que revelou foi o da negociação da dívida à Rússia, estando apoiado em abalizados elementos de prova. As denúncias têm geralmente repercussão externa e também nesse aspecto o seu contributo no combate à corrupção tem sido importante.
Processos judiciais vão continuar a correr
As autoridades portuguesas abriram um inquérito em que foram investigadas transacções financeiras levadas a cabo pelo vice-presidente Manuel Vicente e várias outras figuras do regime, com base nas denúncias de Rafael Marques e nas de um ex-embaixador daquele país. Segundo estas, empresas portuguesas estariam a ser usadas por altos dirigentes angolanos para lavar dinheiro. O processo acabou arquivado pela Procuradoria-Geral da República portuguesa.
A insistência dos advogados dos visados, junto do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, para que a investigação terminasse, baseou-se em argumentos como o cargo desempenhado por Manuel Vicente, que deveria dar-lhe direito a um tratamento diferenciado relativamente aos restantes suspeitos. Também evocaram “o importante papel de Angola na recuperação da economia lusa”, e ainda o prejuízo que as denúncias estavam a causar “na captação de investimentos angolanos em Portugal”.
O inquérito, em que figuravam também como suspeitos o governador da província de Kuando Kubango, Higino Lopes Carneiro, e ainda a empresa de telecomunicações Portmill , investigada por causa da origem do dinheiro com que comprou parte do BES Angola, acabou mesmo por ser arquivado em novembro. O procurador encarregue do caso disse, no despacho de arquivamento, que a autonomia do Ministério Público e a independência do poder judicial “não são sinónimos de insensibilidade política, económica ou social”. Dizia, porém, no mesmo documento, que se encontra ainda a decorrer “grande volume de perícias financeiras” sobre as transacções alvo de denúncia.
Rafael Marques respondeu pedindo a abertura da instrução do processo em que acusava o vice-presidente angolano e outras figuras do regime de branqueamento de capitais, e que foi recentemente arquivado pela Procuradoria-Geral da República portuguesa. “Há matéria indiciária para levar os suspeitos a julgamento e há matéria de direito que não foi respeitada”, explicou o seu advogado, Duarte Teives, em declarações à Lusa.
LusoMonito
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LUANDA: Cronologia das Manifestações

Cronologia das Manifestações
Fonte:  Maka Angola 
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
 27 de Dezembro, 2013
O Maka Angola está a realizar um projecto de documentação sobre o exercício constitucional do direito de manifestação desde 2011. No princípio do referido ano, alguns jovens, inspirados pela primavera árabe, tentaram emular as mesmas ideias de mudança de regimes autoritários por via de protestos de rua.
Todos quantos queiram contribuir para o projecto podem enviar dados sobre protagonistas e participantes, casos de detenção, tortura e outros actos de violência, incluindo também eventos que tenham ocorrido nas províncias e não tenham sido registados.

2011

7 de Março – Tentativa de manifestação anti-governamental na Praça da Independência, em Luanda, convocada anonimamente por um desconhecido Movimento Revolucionário do Povo Lutador de Angola e assinada com o pseudónimo Agostinho Jonas Roberto dos Santos. A Polícia Nacional (PN) deteve 12 cidadãos, incluindo o rapper Luaty Beirão, a jornalista Ana Margoso, do Novo Jornal.
Cartaz Manif7Marco2011 WEB Cronologia das Manifestações
O dia 7 de Março de 2011 marcou o princípio dos protestos de rua em Angola. Os números da data, 070311, passou a simbolizar o crescente movimento contra o presidente José Eduardo dos Santos.
22 de Abril: O desdobramento de fortes dispositivos policiais forçou o cancelamento de duas manifestações previstas para este dia, uma no actual distrito do Cazenga, em Luanda, e outra em Caxito, na província do Bengo. Os moradores do Cazenga pretendiam protestar contra a insalubridade da zona. No Bengo, professores pretendiam reivindicar melhorias sociais.
3 de Setembro: Agentes da PN, forças de segurança e milícias pró-governamentais, dispersaram violentamente uma manifestação contra o presidente José Eduardo dos Santos em que participavam várias centenas de manifestantes em Luanda. Forças de segurança e membros das milícias atacaram vários jornalistas que faziam a cobertura da manifestação. Apreenderam ou partiram as suas câmaras e outros aparelhos de gravação, na vã tentativa de impedir a cobertura mediática.
Protestos WEB Cronologia das Manifestações
A brutalidade policial foi uma constante das manifestações desde 2011.
3 de Dezembro: Polícias e agentes de segurança à paisana dispersaram violentamente uma manifestação pacífica de cerca de 100 jovens em Luanda e feriram pelo menos 14 pessoas.

2012

27 de Janeiro: Uma manifestação organizada por residentes de Cacuaco exigindo acesso a água e electricidade foi reprimida pela polícia. Foram detidos 12 manifestantes.
3 de Fevereiro: Cerca de 50 manifestantes, que protestavam contra a prisão de cidadãos detidos numa manifestação anterior em Cacuaco, Luanda, foram agredidos por agentes da Polícia Nacional e de Intervenção Rápida. A polícia deteve 10 manifestantes, mas libertou-os no mesmo dia sem acusação.
4 de Fevereiro: Em Cabinda, a polícia deteve 21 grevistas do sindicato dos trabalhadores da saúde, incluindo dois dirigentes sindicais. Os trabalhadores da saúde , em greve desde o dia 30 de Janeiro, reclamavam melhores condições de trabalho e o pagamento de subsídios em atraso.
10 de Março: No bairro do Cazenga, em Luanda, cerca de 40 manifestantes foram atacados por uma dúzia de agentes da PN, à paisana, armados com bastões, facas e pistolas. Um dos líderes dos protestos, Luaty Beirão, foi ferido, bem como dois outros manifestantes. Três jornalistas que cobriam o evento – um da Voz da América, outro da Rádio Despertar e um jornalista freelancer – e os manifestantes procuraram refúgio em residências privadas nas proximidades para escaparem à violência. Nessa tarde, membros das milícias atacaram violentamente o secretário-geral do Bloco Democrático, Filomeno Vieira Lopes, com barras de ferro. Teve de ser submetido a intervenções cirúrgicas no exterior do país.
luaty 10Marco 2012 Cronologia das Manifestações
Luaty Beirão, um dos líderes dos protestos, foi ferido numa manifestção a 10 de Março de 2012.
Dois dias depois, a Televisão Pública de Angola (TPA) deu amplo espaço a um suposto “Grupo de Cidadãos Angolanos pela Paz, Segurança e Democracia na República de Angola” que reivindicou os ataques e prometeu mais actos de violência contra todos aqueles que se manifestem contra o regime.
Em Benguela, a polícia destacou unidades de intervenção rápida, brigadas caninas e carros de jato de água por toda a cidade. Polícias fardados e à paisana, armados com pistolas, dispersaram um grupo de cerca de 60 manifestantes pacíficos e detiveram três activistas: Hugo Kalumbo (um dos organizadores do protesto), Jesse Lufendo (membro da organização de direitos humanos Omunga) e um motorista de táxi que estava a assistir aos acontecimentos.
31 de Março: Marcha de cerca de quatro mil veteranos das ex-FAPLA (Forças Armadas Populares de Libertação de Angola) e simpatizantes, na cidade de Menongue, na província do Kuando-Kubango.
19 de Maio: A UNITA realizou uma manifestação pacífica em Luanda com a presença de milhares de apoiantes.
23 de Maio: Um grupo de cerca de 15 indivíduos afectos às milícias pró-governamentais, armados com pistolas, catanas e varas de ferro, atacou o núcleo de jovens que se havia notabilizado na organização de manifestações anti-Dos Santos, desde Março de 2011. O ataque ocorreu na residência de Dionísio “Carbono”, onde vários jovens estavam reunidos. Vários jovens ficaram gravemente feridos.
23Maio2012 Cronologia das Manifestações
O ataque de 23 de Maio de 2012 causou vários feridos.
27 de Maio: Rapto de Alves Kamulingue, 30 anos, quando circulava, ao meio-dia, na baixa de Luanda. Kamulingue dirigia-se a uma manifestação que deveria ter juntado antigos membros da Unidade de Guarda Presidencial (UGP) e antigos combatentes, para a reclamação de pensões. A 29 de Maio, o seu companheiro Isaías Cassule, 34 anos, um dos organizadores da manifestação, também foi raptado.
7 de Junho: Cerca de 3,000 veteranos de guerra saíram à rua, em Luanda, em protesto pelo atraso no pagamento das suas pensões.
ManifDesmobilizados 7Junho2012 WEB Cronologia das Manifestações
Manifestação de desmobilizados de guerra, 7 de Junho de 2012.
20 Junho: Centenas de desmobilizados realizaram uma manifestação de protesto, em Luanda, que causou pânico na cidade. Um forte aparato da Polícia de Intervenção Rápida e da Polícia Militar dispersou violentamente os manifestantes a cassetete e com gás lacrimogéneo. Os antigos combatentes reclamavam o pagamento das suas pensões, muitas das quais em atraso desde há 20 anos. A Polícia Militar procedeu à detenção de mais de 50 veteranos de guerra.
29 de Junho: Mais de 500 desmobilizados das ex-Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA) concentraram-se no Bairro João de Almeida, na cidade do Lubango, província da Huíla, para uma marcha de protesto em reclamação das pensões que lhes são devidas há 20 anos. O Fórum Independente dos Desmobilizados de Guerra de Angola (FIDEGA), responsável pela iniciativa, cancelou a marcha na hora, após um encontro com o Comando da Região Militar Sul no dia anterior.
14 de Julho: Dois jornalistas (Coque Mukuta, correspondente do serviço em língua portuguesa da Voz da América, e Isaac Manuel, jornalista da estação de televisão RTP), foram detidos em Luanda numa manifestação anti-governamental impedida de se realizar pela polícia. No total, além dos jornalistas, foi confirmada a detenção de mais 10 pessoas.
3 de Agosto: Um forte dispositivo combinado da Polícia de Intervenção Rápida (PIR), agentes da ordem pública e dos Serviços de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE), dispersaram, de forma violenta, uma concentração de veteranos de guerra que se preparava para realizar uma manifestação na cidade do Lubango, província da Huíla.
25 de Agosto: Manifestação organizada pela UNITA, em Luanda, contra a fraude eleitoral.
22 de Dezembro: Manifestação do Movimento Revolucionário para exigir da polícia uma explicação sobre o desaparecimento de Isaías Cassule e Alves Kamulingue.

2013

2 de Fevereiro: Mais de 700 professores saíram à rua na cidade do Lubango para exigir melhores condições laborais e o pagamento de dívidas em atraso.
MarchaProfessoresHuila WEB Cronologia das Manifestações
Manifestação de professores, Huíla. O Sindicato Nacional de Professores (SINPROF) tem vindo a organizar vários protestos em diferentes pontos do país.
30 de Março: A Polícia Nacional deteve cerca de 20 pessoas durante uma tentativa de manifestação em Luanda sob o tema “Direito à Vida e Liberdade para Quem Pensa Diferente”, em protesto pelo desaparecimento de Isaías Cassule e Alves Kamulingue.
27 Maio: Agentes da Policia Nacional dispersaram à bastonada os manifestantes que participavam na vigília convocada para esta tarde, em Luanda, pelo Movimento Revolucionário, em protesto pelo desaparecimento, há um ano atrás, de Isaías Cassule e Alves Kamulingue. Um dos manifestantes, Raúl Lindo “Mandela”, de 27 anos, foi brutalmente espancado. Um outro, Emiliano Catumbela, foi detido durante quase um mês e torturado sob ordens directas da comandante provincial da Polícia Nacional, Comissária Elizabeth “Bety” Rank Frank.
Manif27Maio2013 WEB Cronologia das Manifestações
Tentativa de manifestação, 27 de Maio de 2013.
15 de Junho: Mais de 15 mil pessoas saíram à rua em protesto contra a onda de homicídios de camponesas, na localidade diamantífera de Cafunfo, município do Cuango, província da Lunda-Norte.
ManifestacaoCuango 15Junho2013 WEB Cronologia das Manifestações
Manifestação em Cafunfo, Lunda Norte, de repúdio à onda de violência contra camponesas.
14 de Setembro: Cerca de 5 mil professores aderiram a uma marcha de protesto no Lubango, província da Huíla. A marcha foi convocada pelo Sindicato Nacional de Professores (SINPROF), reivindicando melhores condições de emprego.
19 de Setembro: Uma manifestação de protesto contra as injustiças sociais em Angola, organizada pelo Movimento Revolucionário, foi mais uma vez violentamente reprimida pela Polícia Nacional, em Luanda. Foram detidos 23 manifestantes. Por acaso, o secretário nacional do Bloco Democrático e vice-presidente do Sindicato Nacional dos Professores, Manuel de Victória Pereira, que se encontrava a distribuir boletins informativos do seu partido, na sua área de residência, também foi detido como manifestante. Vários manifestantes declararam ter sido agredidos por agentes policiais.
A cobertura noticiosa da manifestação foi também fortemente reprimida pela polícia que ordenou aos jornalistas estrangeiros que abandonassem o local, sob ameaça de serem também detidos. Coque Mukuta, jornalista da Voz da América, foi brevemente retido por agentes da polícia quando tentava apurar o nome de um manifestante detido junto ao cemitério da Santana.
20 de Setembro: Menos de meia hora após terem sido libertados, sob termo de identidade e residência, a Polícia de Intervenção Rápida (PIR) deteve sete membros do auto-denominado Movimento Revolucionário, que organizara uma manifestação anti-governamental, reprimida pela polícia no dia anterior. Adolfo António, Adolfo Campos, Amândio Canhanga “Sita Valle”, Joel Francisco, Quintuango Mabiala “Dimas Roussef”, Pedro Teka “Pedrowski”, Roberto Gamba “Pastor”, concediam entrevistas aos jornalistas Alexandre Solombe, Coque Mukuta e Rafael Marques de Morais quando foram detidos, incluindo os jornalistas. Estes foram violentamente agredidos e os seus materiais de reportagem foram apreendidos e destruídos pelos agentes da PIR. Depois de várias horas, os jornalistas foram libertados mas os manifestantes permaneceram detidos. Dias depois foram libertados sob caução, fixada em um milhão e 520,000 kwanzas (US $15,400).
SeteMagnificos WEB Cronologia das Manifestações
Alguns dos jovens manifestantes, exibindo as ordens de soltura do tribunal, no dia 20 de Setembro, momentos antes de terem sido novamente detidos por agentes da PIR.
23 de Novembro: Um militante da CASA-CE, Manuel de Carvalho Hilberto Ganga, foi morto a tiro nas primeiras horas da madrugada por um agente da Unidade de Segurança Presidencial (USP). O malogrado foi detido enquanto colava cartazes nas paredes do Estádio dos Coqueiros, levado para a unidade da USP, junto à presidência, onde foi morto com um tiro nas costas.
Uma manifestação convocada pela UNITA, em protesto pelas notícias recentes dando conta da execução dos activistas Isaías Cassule e Alves Kamulingue, foi violentamente reprimida com disparos sobre os manifestantes, canhões de água quente e granadas de gás lacrimogéneo. Foram registados vários feridos, incluindo o presidente da UNITA. Quase três centenas de pessoas foram detidas em todo o país, a maioria militantes da CASA-CE, que se tinham antecipado à manifestação com actos de colagem de cartazes nas ruas.
27 de Novembro: A marcha funerária de Manuel de Carvalho Hilberto Ganga, militante da CASA-CE assassinado por operativos da USP a 23 de Novembro, foi impedida de prosseguir na Avenida Deolinda Rodrigues, nas imediações do Jumbo. O cortejo, que juntava centenas de pessoas, muitas envergando camisolas com os dizeres “Exigimos Justiça”, foi bloqueado por um forte dispositivo policial, que incluiu o uso de helicópteros, Polícia de Intervenção Rápida, Polícia Montada, duas viaturas com canhões de água e disparos de gás lacrimogéneo. O funeral prosseguiu após mais de uma hora de impedimento.
FuneralManuelGanga 12 Cronologia das Manifestações
Marcha funerária de Manuel de Carvalho Hilberto Ganga, militante da CASA-CE assassinado por operativos da USP a 23 de Novembro.