ONU denuncia uso de menores como soldados no Sudão do Sul
Em entrevista à imprensa em Juba, o alto responsável da ONU afirmou que durante sua visita às cidades de Bentiu e Bor descobriu que os dois grupos cometeram "assassinatos coletivos de civis".
Simonovic acrescentou que relatórios de associações de direitos humanos locais demonstram que também foram efetuadas detenções indiscriminadas, abusos sexuais e exploração de menores como soldados.
"A vida em Bentiu, capital do Estado de Unidade, foi destruída e a cidade se transformou em uma cidade fantasma", lamentou.
Estas ações fizeram com que milhares de pessoas deixassem seus lares e cerca de 70 mil a buscar refúgio na sedes da ONU, pelo menos 30 mil na de Juba.
Simonovic advertiu que o conflito explodiu como uma crise política, causada pela rivalidade entre o presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, e o ex-vice-presidente Riek Machar, mas tomou uma dimensão étnica.
Com relação a isso, um relatório da Human Rights Watch (HRW) divulgado na quinta-feira (16), aponta que tanto as forças governamentais como as rebeldes perpetraram ataques contra civis e massacres por motivos étnicos.
O grupo, que entrevistou 200 vítimas e testemunhas de Juba e Bor, indicou que ocorreram massacres generalizados de homens da tribo Nuer pelas mãos do Exército sul-sudanês na capital.
Machar pertence aos Nuer e é acusado pelas autoridades de tentativa de golpe de Estado em 15 de dezembro.
Um dos fatos mais sangrentos aconteceu em 16 de dezembro no bairro de Gudele, quando entre 200 e 300 homens foram executados pela polícia em um quarto no qual tinham sido fechados.
Um sobrevivente contou a HRW que caiu ao solo ferido quando a polícia começou a disparar e que se escondeu entre os corpos das vítimas.
Alguns homens do Nuer denunciaram, além disso, ter sido torturados por soldados das forças de segurança para que revelassem informações sobre o paradeiro de Machar.
Quanto a Bor, capital do estado de Jonglei, os rebeldes atacaram civis da tribo Dinka, do presidente Kir, e inclusive incendiaram casas com idosos em seu interior, acrescenta HRW.
Sobre a situação no país, o porta-voz do Exército sul-sudanês, Phillip Aguer, disse hoje à rádio da missão da ONU que é estável salvo nas cidades de Bor e Malakal, onde há enfrentamentos entre ambos os grupos.
Aguer assinalou que suas tropas estão avançando rumo a Bor e negou que Malakal tenha caído nas mãos rebeldes, como afirmaram esta semana os insurgentes, embora tenha reconhecido que não têm notícias dessa cidade desde ontem devido aos problemas com as comunicações.
As negociações de paz entre Governo sul-sudanês e os rebeldes em Adis-Abeba acordaram parte dos detalhes de um cessar-fogo, apesar de persistem outros pontos de atrito como as condições para colocá-lo em andamento.
Simonovic acrescentou que relatórios de associações de direitos humanos locais demonstram que também foram efetuadas detenções indiscriminadas, abusos sexuais e exploração de menores como soldados.
"A vida em Bentiu, capital do Estado de Unidade, foi destruída e a cidade se transformou em uma cidade fantasma", lamentou.
Estas ações fizeram com que milhares de pessoas deixassem seus lares e cerca de 70 mil a buscar refúgio na sedes da ONU, pelo menos 30 mil na de Juba.
Simonovic advertiu que o conflito explodiu como uma crise política, causada pela rivalidade entre o presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, e o ex-vice-presidente Riek Machar, mas tomou uma dimensão étnica.
Com relação a isso, um relatório da Human Rights Watch (HRW) divulgado na quinta-feira (16), aponta que tanto as forças governamentais como as rebeldes perpetraram ataques contra civis e massacres por motivos étnicos.
O grupo, que entrevistou 200 vítimas e testemunhas de Juba e Bor, indicou que ocorreram massacres generalizados de homens da tribo Nuer pelas mãos do Exército sul-sudanês na capital.
Machar pertence aos Nuer e é acusado pelas autoridades de tentativa de golpe de Estado em 15 de dezembro.
Um dos fatos mais sangrentos aconteceu em 16 de dezembro no bairro de Gudele, quando entre 200 e 300 homens foram executados pela polícia em um quarto no qual tinham sido fechados.
Um sobrevivente contou a HRW que caiu ao solo ferido quando a polícia começou a disparar e que se escondeu entre os corpos das vítimas.
Alguns homens do Nuer denunciaram, além disso, ter sido torturados por soldados das forças de segurança para que revelassem informações sobre o paradeiro de Machar.
Quanto a Bor, capital do estado de Jonglei, os rebeldes atacaram civis da tribo Dinka, do presidente Kir, e inclusive incendiaram casas com idosos em seu interior, acrescenta HRW.
Sobre a situação no país, o porta-voz do Exército sul-sudanês, Phillip Aguer, disse hoje à rádio da missão da ONU que é estável salvo nas cidades de Bor e Malakal, onde há enfrentamentos entre ambos os grupos.
Aguer assinalou que suas tropas estão avançando rumo a Bor e negou que Malakal tenha caído nas mãos rebeldes, como afirmaram esta semana os insurgentes, embora tenha reconhecido que não têm notícias dessa cidade desde ontem devido aos problemas com as comunicações.
As negociações de paz entre Governo sul-sudanês e os rebeldes em Adis-Abeba acordaram parte dos detalhes de um cessar-fogo, apesar de persistem outros pontos de atrito como as condições para colocá-lo em andamento.