Kerry diz que não há lugar para Assad no futuro da Síria
Kerry vai liderar a delegação dos EUA nas negociações de paz entre o governo sírio e os rebeldes na próxima semana na Suíça. Grupos de oposição sírios estão reunidos em Istambul para votar se vão participar ou não do encontro.
"Acho que, no início do processo de Genebra, ficará claro que não existe solução política alguma se Al-Assad não negociar uma transição e se pensa em fazer parte desse futuro. Isso não vai acontecer", disse Kerry disse em entrevista coletiva depois de se reunir com seus colegas mexicano, José Antonio Meade, e canadense, John Baird, no Departamento de Estado.
Kerry tem enfatizado que a reunião na Suíça é um começo do processo para encontrar uma transição política e rejeitou as sugestões de Damasco de que as negociações se concentrariam na cooperação contra o "terrorismo".
"Podem ameaçar, podem protestar, podem gerar distorções, mas a conclusão é que vamos a Genebra para implementar Genebra 1 e, se Al-Assad não aceitar, vai-nos convidar a lhe dar uma resposta maior", afirmou.
Mais de 35 países vão se reunir nas cidades suíças de Montreux e Genebra, a partir da próxima quarta-feira, para negociar a formação de um governo de transição, segundo os termos do acordo firmado em 2012.
Kerry lembrou que o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, concordou no fim de semana passado em Paris que o objetivo da conferência é implementar o acordo de Genebra 1.
"E como a Rússia é um dos principais benfeitores do regime de Assad, achamos que os russos têm um alto interesse em se assegurar que Assad entenda exatamente quais são os parâmetros desta negociação", acrescentou.
Sobre o aumento da presença de extremistas islâmicos na Síria, Kerry alertou que essas denúncias são uma tentativa de "desviar" a atenção por parte de Al-Assad, que está "tentando se transformar no protetor da Síria contra os extremistas".
Kerry se recusa a transformar as negociações de Genebra II em um debate sobre como combater os grupos islâmicos na Síria e acusou Al-Assad de "financiar alguns desses extremistas, inclusive cedendo-lhes território para se mostrar como o único protetor contra seu avanço".
Apesar da pressão de aliados no Oriente Médio, como a Arábia Saudita, para os Estados Unidos assumam um papel mais ativo no conflito sírio, Washington há muito tempo insiste que não há solução militar para a crise.
"Acho que, no início do processo de Genebra, ficará claro que não existe solução política alguma se Al-Assad não negociar uma transição e se pensa em fazer parte desse futuro. Isso não vai acontecer", disse Kerry disse em entrevista coletiva depois de se reunir com seus colegas mexicano, José Antonio Meade, e canadense, John Baird, no Departamento de Estado.
Kerry tem enfatizado que a reunião na Suíça é um começo do processo para encontrar uma transição política e rejeitou as sugestões de Damasco de que as negociações se concentrariam na cooperação contra o "terrorismo".
"Podem ameaçar, podem protestar, podem gerar distorções, mas a conclusão é que vamos a Genebra para implementar Genebra 1 e, se Al-Assad não aceitar, vai-nos convidar a lhe dar uma resposta maior", afirmou.
Mais de 35 países vão se reunir nas cidades suíças de Montreux e Genebra, a partir da próxima quarta-feira, para negociar a formação de um governo de transição, segundo os termos do acordo firmado em 2012.
Kerry lembrou que o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, concordou no fim de semana passado em Paris que o objetivo da conferência é implementar o acordo de Genebra 1.
"E como a Rússia é um dos principais benfeitores do regime de Assad, achamos que os russos têm um alto interesse em se assegurar que Assad entenda exatamente quais são os parâmetros desta negociação", acrescentou.
Sobre o aumento da presença de extremistas islâmicos na Síria, Kerry alertou que essas denúncias são uma tentativa de "desviar" a atenção por parte de Al-Assad, que está "tentando se transformar no protetor da Síria contra os extremistas".
Kerry se recusa a transformar as negociações de Genebra II em um debate sobre como combater os grupos islâmicos na Síria e acusou Al-Assad de "financiar alguns desses extremistas, inclusive cedendo-lhes território para se mostrar como o único protetor contra seu avanço".
Apesar da pressão de aliados no Oriente Médio, como a Arábia Saudita, para os Estados Unidos assumam um papel mais ativo no conflito sírio, Washington há muito tempo insiste que não há solução militar para a crise.