quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

LUANDA: As Finanças e a Perda de Confiança Externa em JES

As Finanças e a Perda de Confiança Externa em JES

Fonte: Makaangola.org/Rui Verde, doutor em Direito 10 de Fevereiro de 2016

O presidente José Eduardo dos Santos é cada vez menos credível na arena internacional.
Dois acontecimentos internacionais na esfera económica e financeira têm colocado muitas dúvidas sobre a credibilidade e a confiança que os mercados e autoridades financeiras internacionais podem ter em José Eduardo dos Santos (JES).
O primeiro é a história da garantia presidencial prestada ao Banco Espírito Santo Angola (BESA) e que depois foi retirada. Conta-se rapidamente: Em 31 de Dezembro de 2013, JES assinou o papel que garantia soberanamente US $5.7 biliões, que abrangiam mais de dois terços dos empréstimos que o BESA tinha concedido. Essa garantia colocava então os empréstimos de elevado risco do BESA sem risco; simultaneamente, o empréstimo de mais de três biliões de euros concedido pelo Banco Espírito Santo (BES) ao BESA passava a ser um empréstimo formalmente sem risco. Assim, com um coelho tirado da funda cartola de JES, BES e BESA ficaram solventes e fortes. Eis senão quando… por alguma razão premonitória, o Banco de Portugal não considera fiável a garantia de JES e obriga o BES à resolução no Verão de 2014. Dois dias depois Angola revoga a garantia prestada ao BESA. Contudo, aparentemente, no dia 1 de Abril de 2014, o ministro da Finanças de Angola, Armando Manuel, tinha enviado uma nota à KPMG (auditora do BESA e do BES) confirmando que a garantia soberana era firme, definitiva e irrevogável. Uma garantia irrevogável em Abril foi revogada em Agosto. Há demasiada nébula neste assunto, quer no comportamento português, quer no comportamento angolano, mas o certo é que uma garantia presidencial anunciada internacionalmente como irrevogável foi revogada.
Tal atitude gera uma completa falta de credibilidade do Estado perante os operadores financeiros internacionais.
Uma outra atitude tem a ver com a compra à Cobalt, empresa norte-americana, por parte da Sonangol, da exploração petrolífera que aquela possuía em Angola, pelo valor de US $1.75 biliões. Essa compra terá sido contratada em Agosto, e estava dependente de autorização do Presidente para ser efectuada até finais de 2015. Parece que os investidores americanos confiavam que, sendo a Sonangol dependente de JES e estando o contrato assinado, a sua autorização seria uma mera formalidade. O certo é que não há, até ao momento, notícia de que esse contrato tenha sido concretizado. Isto é, de que o dinheiro tenha sido pago. Entretanto, a cotação da Cobalt tem perdido bastante valor na bolsa.
Estes negócios trazem ao de cima dois problemas.
Por um lado, o incumprimento sistemático, por parte dos dirigentes angolanos, das obrigações que assumem. Não se pode confiar neles.
Por outro lado, com um carácter bem mais complexo, a existência de uma teia de interesses obscuros de negócios e finança que estiveram e estão na base do poderio de JES e que têm implicações noutros países - Estados Unidos, Brasil ou Portugal - demonstrando uma forma de agir opaca, obscura e perigosa. Todos leram sobre as confusões do Banco Espírito Santo e do Grupo Espírito Santo (GES), todos leram sobre as confusões da Cobalt, Nazaki, que levaram o Bureau Federal de Investigação (FBI) dos Estados Unidos  a abrir uma investigação, agora arquivada. Todos percebem que há sempre confusão, para usar linguagem simples.
O facto é que há negócios angolanos intrigantes que estão a trazer sérios problemas aos seus sócios internacionais, com absurdas perdas de valor.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

LISBOA: Juiz do Caso dos Revús Rejeita Notificar Membros do MPLA


Juiz do caso revús rejeita notificar membros do MPLA

Lisboa - O deputado do MPLA Jose Aníbal Rocha e o ex- governador de Luanda, Jose Maria Ferraz dos Santos, são os únicos nomes integrados no fictício governo de Salvação Nacional (GSN) que o juiz Januário José Domingos não notificou para responderem como declarantes no processo dos presos políticos. Outro ausente da convocatória de Januário Domingos é o pastor José Jolino Kalupeteka, o Presidente da República do GSN.
 Fonte: Club-k.net
10/02/2016
Januário Domingos  notificou apenas elementos  críticos ao regime 
Os restantes como ex-Primeiro Ministro Marcolino Moco, Rafael Marques de Morais, Justino Pinto de Andrade, Reginaldo Silva e etc, foram convocados através de edital no Jornal de Angola e pela TPA, para comparecerem este semana na 14 seção da sala dos crimes comuns do Tribunal Provincial de Luanda (TPL).


A lista do GSN é no entender da acusação a prova de que os 15 + 2 pretendiam dar um Golpe de Estado ao Presidente José Eduardo dos Santos e substituir os órgãos do poder instituídos.

A não notificação dos dois membros activos do MPLA, para a descoberta da verdade material, está a dar azo a especulação de que o juiz Januário José Domingos agiu de forma parcial de modo a evitar a exposição dos nomes dos dirigentes do regime citados na lista do GNS, elaborado pelo jurista Albano Pedro, nas redes sociais.

LUANDA: Processo dos Revús é Uma Autentica Carnavalização da Justiça, Afirmou o Antigo Primeiro Ministro Marcolino Moco


Processo dos “Revús” é “carnavalização da Justiça”

  •  -10/02/2016

Processo dos “Revus” é “carnavalização da Justiça”


Rafael Marques, Ngola Kabango, Justino Pinto de Andrade e Marcolino Moco: com testemunhos de notáveis angolanos, a Justiça parece apostada em dar ainda mais relevo ao processo dos 17 jovens acusados de rebelião. Contudo, Moco diz que não foi notificado e recusa participar no que qualifica de “carnavalização da Justiça”.
Por Paulo Guilherme | AM
O julgamento dos “Revus”, suspenso desde 27 de janeiro, deverá retomar hoje em Luanda. Na última sessão, os mais de 50 declarantes convocados não compareceram, afirmando não ter sido notificados. O julgamento tinha já sido suspenso a 12 de janeiro, por falta de comparência das testemunhas, tendo o tribunal de Luanda procedido a nova notificação.
O tribunal anunciou entretanto que pretende o antigo primeiro-ministro Marcolino Moco como declarante, por este integrar uma lista de um suposto governo de salvação nacional. Entre os 40 declarantes estão ainda Ngola Kabango e Justino Pinto de Andrade, antigo primeiro-ministro, bem como o jornalista e ativista Rafael Marques.
Para Moco, a convocatória é “abusiva e manipulada”, para “se arrastar o sofrimento de pessoas que foram detidas ilegalmente, tiveram uma série de dias em prisão preventiva com ilegalidades sucessivas e encontram-se agora em prisão domiciliária atípica, como muitas coisas atípicas que têm acontecido no nosso país, alguns anos para cá”. Sugere que os outros notificados também se recusem a ser parte de um processo que “pouco tem de judicial mas mais de injustamente político”.
“Não estou disposto a participar na `carnavalização da justiça´ que temos vivido, sobre tudo quando está em jogo o sofrimento de pessoas, em tempo de paz e democracia para as quais tenho contribuído”, afirma em texto publicado no seu site.
Os 17 ativistas estão acusados, em coautoria, de atos preparatórios para uma rebelião e um atentado contra o Presidente angolano, entre outros crimes menores, incorrendo numa pena de três anos de cadeia. Quinze dos acusados passaram a prisão domiciliária em dezembro.
Numa lista do suposto governo de salvação nacional, que circulou no Facebook, Marcolino Moco surge como presidente do Tribunal Supremo de Angola. O jurista angolano Albano Pedro já admitiu publicamente a autoria da lista. A pretensão de ouvir apenas o autor da lista foi recusada pelo tribunal.
Marcolino Moco afirma que soube por um jornalista do jornal O País que o seu nome consta de um edital publicado no Jornal de Angola de que deveria apresentar-se hoje no Tribunal de Luanda. Além de, afirma, não estar hoje em Luanda e, não aceitaria este modo de notificação sem serem esgotados “os meios apropriados”, o que não foi feito na sua residência ou escritório.

LUANDA: Desabafo de Alguém farto do MPLA no Poder, Mas também não Confia na UNITA para Governar Angola

Desabafo de alguém farto de ver o MPLA no poder , mas também não confia na UNITA para governar Angola
Fonte: angola-connection.net/Sónia Robalo
6 Fevereiro 2016
      
Li por aqui, o desabafo de alguém, que dizia que estava farto do MPLA no poder mas que também não confiava na UNITA para governar Angola.

Compreendo de verdade este estado de espírito, este desânimo.
Este é o estado a que chegámos. E depois existe o caminho que todos fizemos para chegar até aqui.
Numa primeira abordagem parece que é a mesma coisa. Mas não é bem assim

Há uma questão recorrente, que não altera o estado em que estamos, mas é imperativo que entendamos e esclarecêramos o silencioso trajecto que fizemos até chegarmos a este ponto.

Chegámos a uma bifurcação do nosso futuro próximo. Temos dois caminhos. Ou temos a coragem de mudar, ou continuamos como estamos...correndo grandes riscos de piorarmos

Esta decisão é de inteira e exclusiva responsabilidade de cada um de nós...de forma individual antes de ser colectiva.

A expiação das faltas e as dores do passado não são o suficiente para nos aliviar das dores presentes. A relevância de tal exercício é dúbio e questionável, tendo em conta que estamos como estamos.
Há sempre a tendência de sobrevalorizar o passado quando o presente tem pouco ou nada para oferecer e o futuro se assume sisudo no horizonte.

Consigo entender que seja feito um exercício de passa culpas, mas questiono-me o seguinte?
- De quem é a responsabilidade do que se está a passar neste momento em Angola?

Falo nos dias de hoje. O que se está a passar hoje. Sim, porque o que aconteceu lá atrás não pode ser responsável eternamente pela incompetência no presente.

Quando leio algo como "Hoje estamos melhor do que no tempo da guerra..." fico realmente preocupada com o futuro.

Não acho que se deva estar constantemente a falar do passado, porque temos que viver no presente. Muito do argumentário construído em torno de Angola tem por base uma visão direccionada para o pretérito em busca de responsáveis pelo presente

Angola precisa de um olhar no agora para que os problemas no futuro sejam minimizados. Precisa de utilizar esse tão sobrevalorizado pretérito para retirar as lições daquilo que não se poderá repetir. Isto sim, será fazer bom uso do passado.

Apesar de todos estarmos conscientes de todas as dificuldades e das ameaçadoras "muralhas" que cercam o nosso país, apesar de tudo, vive-se a esperança. Uma esperança que só a mudança poderá nos proporcionar.
Podemos não ter a certeza de algo...mas entre a dúvida e a certeza devemos escolher o que?
A dúvida pode-nos surpreender.

Mais do que carpir mágoas, o tempo é de se tratar do presente e alavancar o futuro. Chegou a hora que o presente e o futuro assumam os devidos lugares nas nossas prioridades. Vamos viver para sempre no passado, ou vamos ter coragem de resolvermos o presente para acreditarmos no futuro?

Quando a repetição excessiva de algo, insiste no mesmo tipo de abordagem e essa mesma abordagem é dilacerante para a maioria, a MUDANÇA, é o único caminho a seguir... mesmo que se tenham dúvidas. É que podemos não saber o que queremos, mas temos a obrigação de ter a certeza do que não queremos.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

LUANDA: Há Juiz Mas Falta Juízo no Julgamento dos 15+2

Há Juiz Mas Falta Juízo no Julgamento dos 15+2

Fonte: Makaangola/Rui Verde, doutor em Direito07 de Fevereiro de 2016
O réu Benedito Jeremias, de pé, protesta contra a brincadeira de julgamento no seu uniforme prisional.
No final de Dezembro de 2015, quando a temperatura estava quente e o descrédito das instituições angolanas era notícia por todo o mundo devido à farsa judicial em que se tinha transformado o julgamento dos 15+2, este foi oportunamente adiado para Janeiro, criando uma descompressão significativa. O regime suspirou de alívio. Os media mundiais foram espreitar outras novas crises e actos repressão noutros locais do planeta. Luaty Beirão e os companheiros começaram a ser esquecidos.
Em Janeiro recomeçou o julgamento. Mas na verdade não recomeçou: as sessões têm sido sistematicamente adiadas por falta de comparência dos declarantes que fazem parte do imaginário governo de salvação nacional, criado no Facebook, por uma brincadeira do advogado Albano Pedro e seus seguidores na referida rede social. Apenas um dos 53 apareceu.
O próprio Albano Pedro, que na lista aparece com o cargo de presidente da Assembleia Nacional, nunca foi chamado para depor durante a instrução processual. Caso contrário, teria esclarecido a sua brincadeira. Mas o regime precisava disso para mentir, para construir a sua teoria de conspiração, para criar medo, para ameaçar e para mostrar que tem serviços de segurança, de investigação e uma procuradoria-geral competentes. Realmente, é preciso mentor com grande competência para provar que uma brincadeira alheia é um plano de golpe de Estado de outrem.
Escusado será dizer que o Meritíssimo Juiz tem poderes no Código de Processo Penal para não permitir esta brincadeira de marcações sucessivas e adiamento de audiências. Mais do que isso, tem o dever de evitar estes acontecimentos, uma vez que, para todos os efeitos, os 15 continuam presos (prisão domiciliária é prisão). O processo é urgente e tem de ser encarado dessa forma.
Não se pode andar a adiar sessões de julgamento como se se estivesse perante um caso de furto de múcuas. Está-se perante um caso que tem 15 pessoas detidas!
Vejamos. Já em 2016, o julgamento começou por ser suspenso a 12 de Janeiro, por falta de comparência das testemunhas.
Os 15 dias de suspensão serviriam para que o tribunal de Luanda procedesse a nova notificação das testemunhas. Chega-se a 25 de Janeiro e o julgamento é novamente adiado para 8 de Fevereiro.
Se não aparecessem 20 ou 30 das 50 testemunhas, seria natural. Ouviam-se umas, esperava-se por outras. Não aparecer nenhuma é estranho. Terão sido notificadas? Por que meios foram notificadas?
Há realmente prova que as notificações das testemunhas foram enviadas e recebidas? Ou foram enviadas para moradas inexistentes? Ou desviadas pelos correios ou alguma mão invisível interessada no atraso do julgamento?
No governo fictício do Facebook, que o regime procura desesperadamente usar como prova das intenções golpistas dos jovens, há vários deputados reais que podem ser directamente notificados na Assembleia Nacional. São os casos dos deputados do MPLA, Aníbal Rocha (ministro da Construção e Obras Públicas); da UNITA, Mihaela Webba (vice-presidente da República), Abílio Camalata Numa (ministro da Defesa), Fernando Heitor (ministro do Interior), Liberty Chiaka (secretário de Estado para a Comunicação).
Há ainda jornalistas conhecidos, como William Tonet (presidente do Tribunal Supremo Militar), Carlos Rosado de Carvalho (ministro da Economia), Reginaldo Silva (ministro da Comunicação Social) e Luísa Rogério (secretária de Estado para os Direitos Humanos), João Paulo Ganga (ministro da Juventude), que confirmam não terem sido notificados até à data.
O juiz já ameaçou tomar medidas coercivas contra os faltosos, mas como podem ser faltosos os declarantes que nunca foram notificados? Angola gasta anualmente mais de US $500 milhões com as forças de segurança. Como acreditar que o regime não saiba onde vivem políticos e activistas tão conhecidos como Marcolino Moco (MPLA – presidente do Tribunal Supremo) Justino Pinto de Andrade (vice-presidente da República), e Alexandra Simeão (presidente colegial com o Kalupeteka e o académico Fernando Macedo). Tem o juiz poderes para ameaçar tomar medidas coercivas contra deputados?
Há um exemplo que demonstra o espírito jocoso do poder político-judicial neste caso. O jornalista Rafael Marques de Morais, suposto ministro da Justiça e dos Direitos Humanos do governo fictício criado no Facebook, tem um caso no mesmo Tribunal Provincial de Luanda, onde foi condenado em Maio passado. Certamente têm o seu endereço.
É ainda estranho que a imputação desta brincadeira aos 15 não esteja a ser devidamente analisada. Nenhum grupo, em parte nenhuma do mundo, prepara um golpe de Estado para entregar o poder a outros. Por norma são os cabecilhas do golpe que assumem o poder. Dos 15, Albano Pedro e os seus amigos do Facebook apenas escolheram o rapper Luaty Beirão para um cargo relevante, o de procurador-geral da República. Luaty estudou gestão e economia. Não é um homem de Direito.
Por sua vez, o jornalista Domingos da Cruz, considerado pelo regime como o mentor do grupo, é o escolhido para inspector-geral do Estado. Outra figura destacada do grupo, Afonso Matias “Mbanza Hamza”, faz de secretário de Estado da Cultura.
Poder-se-ia argumentar com a falta de meios do tribunal para distribuir 50 notificações. Ora, o regime disponibilizou 150 agentes policiais e os meios correspondentes, novos, para a guarda domiciliária dos 15. A celeridade do processo certamente libertaria esses homens e os meios necessários à manutenção da ordem.
É tudo muito estranho, só se pode pensar que há um desejo deliberado, criminoso, inconstitucional, de prolongar o julgamento, de aborrecer, maçar, fazer esquecer. No fundo, de evitar a pressão que aconteceu na segunda metade de 2015, pressão que mostrou quão frágil era o regime e como meia dúzia de empenhados podiam assustá-lo.
A grande lição destes adiamentos é que o regime está com medo. Teve medo de cair em Dezembro. Agora, tem medo de que o clamor público volte a ameaçá-lo e de não mais conseguir resistir.

LUANDA: Nito Alves Condenado a Seis Meses de Prisão Fonte: LUSA

Nito Alves Condenado a Seis Meses de Prisão

Fonte: LUSA09 de Fevereiro de 2016

Nito Alves regressa à cadeia para cumprir pena efectiva de seis meses.
O réu Manuel Chivonde Baptista Nito Alves, do grupo de activistas angolanos, em prisão domiciliária, acusados de actos preparatórios de rebelião, foi hoje condenado sumariamente a seis meses de prisão efectiva, pelo crime de injúrias aos magistrados.
O juiz da causa, Januário Domingos, condenou ainda o réu ao pagamento de 50 mil kwanzas de taxa de justiça, por "ofender, depreciar ou tratar pejorativamente o tribunal".
"Não temo pela minha vida, este julgamento é uma palhaçada", foi expressado por Nito Alves durante a sessão de julgamento do caso dos 15 jovens activistas, em prisão domiciliária, e duas outras rés, que respondem em liberdade, às acusações de actos preparatórios de rebelião e de atentado contra o Presidente da República.
As palavras foram proferidas por Nito Alves no momento em que era questionado o declarante Fernando Baptista, pai do réu, se tinha ou não sido ouvido na fase de instrução preparatória ao que negou.
Face à resposta o representante do Ministério Público pretendeu confrontar o declarante com os autos do interrogatório, ao que Nito Alves "tomou irreverentemente a palavra", declarou o juiz para proferir "factos graves imputados gratuitamente ao tribunal com o propósito de o denegrir e o injuriar".
A defesa pediu ponderação e uma pena correctiva, atendendo à pressão a que está submetido o réu, mas o juiz decidiu pela sua condenação à pena de seis meses de prisão efectiva, atenuada pelo facto de o réu nunca ter sido condenado.
Nito Alves regressa à cadeia depois de 51 dias de prisão domiciliária, após a entrada em vigor da nova Lei de Medidas Cautelares em Processo Penal, a 18 de Dezembro de 2015.
Antes esteve detido durante seis meses em prisão preventiva.

LUANDA: José Eduardo dos Santos é Responsável pelo Genocídio do povo Ovimbundo


José Eduardo dos Santos é responsável pelo genocídio do povo Ovimbundo - Raul Diniz



Luanda - O assassinato massivo de autóctones no Huambo obedece a uma estratégia do regime de proliferar o terror a escala nacional. Em obediência as diretrizes da casa de segurança cada vez mais militarizada, todos aqueles que se encontrem na contra mão das politicas totalitaristas de exclusão incrementadas a rigor pelo regime devem ser esmagadas sem contemplação.

Fonte: Club-k.net/Raul Diniz
09/02/2016
OS ANGOLANOS ACORDARAM COM MAIS UM BANHO DE SANGUE PERPETRADO PELO REGIME CONTRA O POVO AUTÓCTONE DO HUAMBO. DE UMA VEZ POR TODAS O PRESIDENTE DA DITADURA JES, DEVERIA VIR A PUBLICO PEDIR DESCULPAS PELOS CONSTANTES ATROPELOS A LEI E A CONSTITUIÇÃO PELOS BÁRBAROS ASSASSINATOS REALIZADOS CONTRA ANGOLANOS INDEFESOS, EM 36 ANOS, DOS SANTOS NUNCA ASSUMIU RESPONSABILIDADES DE NENHUM DOS CRIMES PERPETRADOS CONTRA OS SEUS OPOSITORES POLÍTICOS E MORAIS, TÃO POUCO SE DEMONSTROU QUALQUER ARREPENDIMENTO PELAS INÚMERAS CHACINAS EM MASSA ORDENADAS POR ELE.


Pessoas desajustadas como o general da segurança Kundi Payama sem educação politicas e humanísticas nenhumas não conseguem visualizar nem o bem nem o mal, eles são seres autômatos sem sentimentos, e programados apenas para fazer o mal quando chegam ao poder. O general Kundi Payma a muito se dedica com entusiástico afinco a assassinar sadicamente o povo Ovimbundo do qual nasceu. Os angolanos a muito perceberam que a dinâmica do regime é amedrontar mordazmente ao extremo, o pacifico cidadão indefeso com agressões gratuitas e assassinatos desnecessários. O governador nomeado para o Huambo não passa de um joguete nas mãos do presidente do regime, ainda veremos um dia JES a descartar-se do sinistro governador do Huambo carrasco do povo do Sul de Angola.


AGORA TODO ANGOLANO TEM CONHECIMENTO DAS INÚMERAS REVOLTAS EM CABINDA HUAMBO E UM POUCO POR TODO PAÍS DAS QUAIS O MPLA PARTIDO DA SITUAÇÃO NÃO TEM SABEDORIA PARA LIDAR DEMOCRATICAMENTE COM ELAS.
Com toda certeza pode-se afirmar que Kundi Payama não representa o sentimento do cidadão angolano autóctone do Sul de Angola, e de uma forma geral, esse carcereiro arregimentado do mal não goza de nenhum crédito junto da sociedade civil inteligente do país. Não quero tratar aqui de situações conflitantes entre os povos que compõem ao tecido social da nossa angolanidade ancestral, de igual modo não me resigno a ver ouvir e calar sobre as tenebrosas atrocidades cometidas pelo meu partido o MPLA contra os povos do Sul, Leste, de Cabinda e M’banza Congo, que de resto a muito ultrapassou a linha limite do razoável.


O MPLA PARTIDO DA SITUAÇÃO ESTA DESFALCADO DE HOMENS CORAJOSOS QUE AJUDEM A FRENAR O IMPETO ASSASSINO DE KOPELIPA E PARES, TÃO POUCO O PRESIDENTE POSSUI AUTORIDADE MORAL PARA FAZÊ-LO PARAR, AMBOS TÊM CULPAS DA INEBRIANTE CAMINHADA DESASTROSA SEGUIDA PELO ANACRÔNICO REGIME DITATORIAL.
A atitude macabra da policia em assassinar friamente cerca de 800 pessoas na província do Huambo só se pode considerar como um autêntico suicídio politico do partido da situação, do governo e denuncia a ausência de valores morais democráticos do regime, que não tem soluções para anular a sua falta de protagonismo democraticamente aceitável para ordenar caminhos viáveis a seguir. O regime criou um enorme impasse com esses inaceitáveis assassinatos acontecidos na província do Huambo, por outro lado, torna-se imperceptível entender essa confusão rocambolesca de tentar assacar responsabilidades desses desoladores atos imprestáveis a UNITA, quando na verdade esse partido sequer se encontrava no teatro das operações militares engendradas pela ala militar da policia dita nacional. Toda carnificina acontecida na província do Huambo demonstra taxativamente a falta de argumentos políticos da parte de quem se autodenomina arquiteto da paz, para dar uma veemente resposta de dialogo franco e aberto sobre os destinos do país. Faz-se necessário e urgente a abertura de dialogo entre a sociedade civil e castrense com os donos do regime, pois essa questão de dialogo com o país no seu todo é de facto imprescindível. O país não pode continuar aprisionado a costumes incivilizados, nem pode mais continuar a ser governado selvaticamente por dispositivos militaristas do passado, estamos no século XXI e o regime vive aprisionado ao medo assombroso de deixar de ser poder!


EM ANGOLA O MERCADO DA MORTE É COMPENSATÓRIO PARA OS ARAUTOS DEFENSORES DA DEMOCRACIA DO REGIME CRIMINOSO DE JES.
O MPLA tem-se comportado como um refinado abutre que não come mais carne putrificada, ele mata suas presas e deixa que a terra se encarregue de sugar o sangue de seus próprios filhos, apenas ele precisa do espirito das almas para consagra-las aos seus rituais feiticistas e da magia negra, abrangente a toda extensão do poder em Angola. Infelizmente para os angolanos distraídos, que não desaperceberam ainda que toda essa trama obedece a um complô urdido espiritualmente por lúcifer, satanás o diabo, esse anjo caído tomou as rédeas da vida dos dirigentes ávidos de riqueza e poder, e agora exigi-lhes sangue muito sangue de tempos em tempos, ele tem necessidade de atos sacrificiais para que a sua ação em Angola não seja congelada. Na verdade a arte de fazer politica se esgotou a muito no interior do MPLA agora o que interessa para o presidente da republica é o poder pelo poder e nada mais. O MPLA é useiro e vozeiro quando se trata de falar de modernidade como se modernidade politica significa-se maltratar e roubar o povo, como um partido moderno aceita conviver com costumes mordazes?


SÓ UM REGIME ALTIVO NÃO PERCEBE A NECESSIDADE DE DIALOGO FRANCO E ABERTO QUE O PAÍS PRECISA O MPLA PERDEU A PERSPECTIVA E QUASE JÁ NINGUÉM ACREDITA QUE O TIMONEIRO DA PAZ ASSASSINA TEM CAPACIDADE PARA CONDUZIR O PAÍS E UM POVO QUE NÃO O CONHECE E, SOBRETUDO NÃO ACREDITA NELE NEM NO SEU REGIME.
O regime do MPLA enganou-se quando acreditou e /ou deduziu que o país pertenceria apenas a uma reduzida casta de quimbanguleiros oriundos do norte assumidamente privilegiados enquadrados oportunisticamente nas hostes do Partido que sustenta o regime déspota instalado no país. Nada justifica o que aconteceu no Huambo independentemente de estar envolvida uma sita até pouco tempo protegida pelo regime, que inclusive lhe dava cobertura noticiosa conforme o club-k. net noticiou. Na Angola construída pelo MPLA, sempre existiram focos de tensão mais ou menos localizada em todo território nacional, são confusões domesticas, algumas desproporcionais, porem todas de solução imediata sem que para tal fosse necessário ensombrar o país com astronômicas carnificinas como a que aconteceu na Província do Huambo. Porém o mais engraçado nessa situação e ver o camarada Kundi Payama incompreensivelmente responsabilizar o partido UNITA como autor responsável dos assassinatos massivos ali acontecidos, quando se sabe, que a policia nacional é uma organização partidarista. O governador do Huambo disse que a ocorrente confusão criada por ele próprio tem características idênticas as do modus operandi da UNITA, isso é de um cinismo refinado próprio de um feiticeiro psicopata, amante da magia negra! Ora façam-nos o favor de calar essa figura de gente chamada Kundi Payma.


ATESE DEFENDIDA PELO REGIME DE ADUZIR INACREDITAVELMENTE RESPONSABILIDADES A UNITA POR UM ATO DA ESTRITA RESPONSABILIDADE DO REGIME É UM SACRILÉGIO E UMA AFRONTA À INTELIGÊNCIA DE TODOS ANGOLANOS, NEM MESMO KAFKA TERIA COMO EXPLICAR OS DESEQUILÍBRIOS MENTAIS EXAGERADAMENTE TRESLOUCADOS ENUNCIADOS PELO REGIME.
Essa perspectiva analiticamente vista a olhos nus, não passa de uma tragicomédia apesar de trazer consigo outros dados não menos abonatórios para o regime, que empurram ainda mais José Eduardo dos Santos para o funil daqueles que praticam crimes contra a humanidade, é aqui onde a porca torce o rabo, senão vejamos: Todos os atos de um regime que se transformam pela sua natureza massiva como o ocorrido no Huambo transforma-se automaticamente num ato de barbárie, ou mesmo num crime de lesa pátria. As responsabilidades dessa tipicidade de crimes são em toda escala da inteira responsabilidade do presidente da república, o caso é José Eduardo dos Santos o responsável sem a exclusão das partes implicadas é claro.


NÃO SE PODE ESQUECER QUE TANTO O MPLA QUANTO O PRÓPRIO PRESIDENTE DA DITADURA TÊM RESPONSABILIDADES ACRESCIDAS NA NOMEAÇÃO DO GENERAL DA SECRETA KUNDI PAYAMA PARA GOVERNAR UMA ÁREA TÃO NEVRÁLGICA E SENSÍVEL COMO É A PROVÍNCIA DO HUAMBO, ESSA PROVÍNCIA A SUL DO PAÍS FOI POR DIVERSAS VEZES SACRIFICADAS DURANTE OS CONFLITOS MILITARES TRAVADOS ENTRE IRMÃOS DESAVINDOS. KUNDI PAYMA NÃO TEM SENTIDO DE ESTADO, ELE SEQUER TEM CONSCIÊNCIA POLITICA E MUITO MENOS CONHECE A ARTE DE SER MILITAR NEM NUNCA ESTEVE ENVOLVIDO EM NENHUMA DAS ÁREAS DO CONFLITO COMO MILITAR ANGOLANO. KUNDI PAYMA É UM ENIGMÁTICO AGENTE DA MORTE, E ELE SABE-O BEM QUE NÃO PASSA DISSO E NADA MAIS DO QUE ISSO.
O general Kundi Payama chegou aonde chegou por uma ordem de fatores alheios a competência, trata-se de apenas sorte, pois competências nenhumas se lhe conhece, na verdade ele não possui competência nem qualificação nenhuma em área alguma, senão na da corrupção, peculato perseguição e prisão de muitos nacionalistas dos quais muitos constam na sua lista de assassinatos políticos seletivos. A sorte bateu-lhe a porta ainda nos idos de 1979, quando o Sul estava numa situação indefinida e insegura, é aí que surge Kundi Payma ladeado pelo veterano Julião Paulo “Dino Matross” então seu chefe no sinistro Ministério da segurança de Estado, onde coabitavam ambos com o velho Diandengue então secretario de estado da segurança a muito falecido, mais tarde juntou-se lhes o Nandó. Tudo isso apenas para dizer que o partido MPLA nunca teve momentos imperturbáveis desde a sua existência, essa é a principal razão da qual não conseguir até hoje assumir as responsabilidades criminosas da sua atuação é essa razão que o faz nunca pedir perdão ao povo por ele escravizado. Chegou a hora de dizer adeus e deixar o povo escolher a seu caminho e com quem quer a seu lado nessa, JES chegou ao fim da linha, apenas lhe resta ou morrer ou futuramente ser amarrado preso julgado e condenado juntamente com aqueles que pela arrogância e petulância não aceitam mudar o rumo de suas vidas, todos mudam somente não muda que não quer, ou quem é demasiado estúpido.