domingo, 4 de maio de 2014

LUANDA: Partidos da Oposição Em Angola reconhecem falta de unidade

Partidos da Oposição em Angola reconhecem falta de unidade

Fonte: Voanews
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
Partidos da Oposiçao em Angola reconhecem falta de unidade
Partidos da Oposição em Angola reconhecem que falta de unidade entre si tem sido um obstáculo à alternância do poder. Porém, acusam o partido do governo de aproveitamento político e de incentivar os dissabores no seu seio dos oposicionistas.
Oposiçao não se entende
A ausência de uma estratégia comum entre as forças políticas na oposição, bem como as intrigas internas no seu seio, alegadamente fomentadas pelo MPLA, constituem um "iceberg" para os partidos da oposição em Angola se afirmarem como alternativa ao poder.
N´donda N´zinga Porta-voz da FNLA valoriza o desempenho da oposição, mas salienta que se precisa o essencial, "uma plataforma de concertação permanente que deve existir entre os partidos para enfrentar o gigante chamado MPLA".
O partido no poder segundo a oposição política angolana tem posto a sua mão invisível nos dissabores internos de muitas forças políticas da oposição.
A UNITA, segundo Adalberto da Costa Júnior, deputado pela bancada parlamentar do Galo Negro, tem tomado várias iniciativas que visam a unidade e a definição de estratégias comuns para alternância política da liderança da governação do país.
As fragilidades levam a que muitos partidos se deixam corromper e se subverter, "nós tivemos na legislatura anterior o caso mais engraçado, e este eu vou apontá-lo, da Nova Democracia, que se assumia como um partido da oposição, mas comutava permanentemente com o partido do «regime» com todas as consequências que isto tem". Um mau exemplo, de acordo com Adalberto da Costa Júnior para o caminho da democratização que se pretende fazer.
O deputado da UNITA aponta ainda como exemplo de iniciativas do seu partido o «Novo contrato social» apresentado recentemente ao Presidente da República durante a audiência que manteve com o líder do Galo Negro.
O Vice-presidente da CASA-CE, Convergência Ampla de Salvação de Angola-- Coligação Eleitoral, Manuel Fernandes, pensa que o problema da oposição não consiste na falta de coesão, mas sim  na pobreza extrema que torna os militantes de algumas forças políticas vulneráveis a aliciamentos.
Para o político estratégias do género, supostamente gizadas pelo MPLA, dão a imagem de uma oposição política fragilizada, contrariamente aquilo que é real.
Joaquim Nafoya Secretário Nacional para Informação do Partido de Renovação Social, PRS, ressalta igualmente o alegado aproveitamento político do MPLA da pobreza material da oposição aliada ao oportunismo de muitos políticos.
A oposição carece de inteligência para contornar as estratégias do partido governante.
A FNLA pensa que a oposição enquanto alternativa para governação do país precisa saber contornar o jogo estratégico do partido governante. “Se fizermos o jogo do partido no poder a oposição vai continuar fragilizada".
A vaidade política de algumas formações partidárias tem sido um obstáculo à criação de uma plataforma política que trabalhe em comum para se encontrar uma alternativa para o país. Joaquim Nafoya Secretário Nacional para Informação do PRS pensa que falta nos partidos da oposição mais inteligência para um trabalho em conjunto, que visa à unidade e a criatividade no sentido de forçar o partido governante a fazer o melhor.
"A oposição se não faz mais não é porque o regime não deixa, mas, é porque nós próprios não temos sido inteligentes".
O Porta-voz da FNLA é igualmente a favor de uma maior inteligência da oposição para gerir os seus problemas preservando a contenção na linguagem. "a oposição não deve levar a vida a distrair-se com ataques entre si porque quem ganha com isto é o partido no poder", assegurou N´donda N´zinga.
A CASA-CE tem uma visão diferente sobre o estado e o papel desempenhado pelas forças oposicionistas em Angola.
Para Manuel Fernandes as acções positivas da oposição têm sido ofuscadas, sobretudo pela imprensa. Trata-se de uma estratégia da comunicação social estatal para detratar a imagem da oposição política angolana. "Infelizmente este é tipo de comunicação social que temos", ressaltou o também líder dos POC´s, Partidos da Oposição Civil.
Oposição defende coesão ventre si para alternância do poder nas autarquias e nas eleições gerais de 2017.
A CASA_CE entende que se precisa desenvolver uma unidade de acções de toda oposição para reduzir a alegada «máquina da fraude» dos processos eleitorais.
"Toda uma máquina tendente a inverter a vontade popular diante dos resultados eleitorais pode ser feita, pode ser maquina se a oposição não estiver unida", afirmou Manuel Fernandes, deputado à Assembleia Nacional e vice-presidente da CASA-CE.
A Frente Nacional para Libertação de Angola é a favor da realização de um estudo profundo para estancar as alegadas fraudes eleitorais. Para o Porta-voz da FNLA, N´donda N´zinga apesar das boas iniciativas da oposição a maioria do MPLA não permite a sua valorização no parlamento. "Tem que se inverter este quadro", disse o político.
Pelo andar da carruagem e pela acomodação da oposição política com 45 deputados na Assembleia Nacional, o Secretário Nacional para Informação do PRS mostra-se céptico. Joaquim Nafoya entende que a existência de partidos políticos satélites pode dificultar o trabalho da oposição. "Os 45 lugares da oposição no seu todo na assembleia Nacional não resolve o problema do povo".
Joaquim Nafoya Secretário Nacional para Informação do PRS.
Em Novembro de 2013 por iniciativa da UNITA foi realizada uma «mega» manifestação de protesto em todo país, alguns partidos da oposição abraçaram a causa do Galo Negro, mas outros, por sinal a maioria, preferiram distanciar-se deste acção.
Durante a manifestação a polícia lançou gás lacrimogénio, efectuou disparos e socorreu-se da brigada canil e da cavalaria, além de outros meios bélicos para travar a manifestação que resultou em um morto e vários feridos.
Os protestos terminaram em tragédia, um militante da CASA-CE foi morto a tiro supostamente por um militar afecto à guarda presidencial angolana.
Até a data presente não há qualquer concertação comum entre as forças políticas da oposição no sentido de pressionar os órgãos de direito a esclarecerem o crime e julgar o autor dos disparos que levaram à morte Wilbert Ganga, jovem de 29 anos de idade que militava na CASA-CE.
Voanews.co
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sexta-feira, 2 de maio de 2014

MALANJE: Angola: Anarquia Politica Institucional - Por Raul Diniz

ANGOLA: ANARQUIA POLITICA INSTITUCIONAL

Fonte: Planalto De Malanje Rio Capôpa
03.05.2014
Se considerarmos os partidos políticos como uma pessoa jurídica coletiva socializante, então podemos exigir deles a prestação prioritária de serviço publico social desinteressado, que enalteça de sobremaneira toda população que neles se reveem. Mesmo se consideramos os partidos como organizações filantrópicas prestadoras de serviço público voluntarioso, essa situação em nada alteraria o objeto social dos partidos políticos, que na sua maioria são completamente ineptos e impróprios para consumo.
O PAÍS PRECISA MUDAR DE VIDA, NÃO SE PODE CONTINUAR A ADORNAR POLÍTICOS DE TIGELA E MEIA NO CONTROLO DAS INSTITUIÇÕES DE ESTADO.
 Pena é que se encontra em todas as vertentes politicas aqui na banda, pessoas partidarizadas ao extremo na nossa politica doméstica que projetam eternizar-se no poleiro e assim vivem prognosticando fazer dos cargos politico na administração publica do estado as suas dinásticas profissão.
Infelizmente os nossos políticos não conhecem a palavra alternância do poder, tanto ministros quanto diretores nacionais passando pelos empoleirados nos cargos da superestrutura dos partidos políticos, todos sem exceção, transformaram em caciques, e em apaniguados adeptos fieis da politica insana de cabrítismo desenfreado desencadeada no nosso país pelo soba principal, o chefe preto velho JES. Aliás, JES implantou tudo que empobrece por completo a natureza benigna de qualquer ser humano por excelência.
Do meu ponto de vista, os partidos políticos deviam assumir compromissos estratégicos, e ter em conta compromissos abertamente de inclusão nas politicas publicas consensuais e ter como prioridade lutar para garantir e ampliar os direitos suprimidos a toda sociedade.
Torna-se desgastante e triste, deparamo-nos todos os dias com os nossos políticos completamente adestrados e atarantados com as facilidades, que o preto velho JES lhes concede de tornarem-se facilmente riquíssimos. O oportunismo tomou conta dos seus egoísmos e a apetitosa ganancia de tornarem-se milionários faz deles apelativos burgueses com comportamentos constrangedoramente animalescos.
PRETO VELHO SABE COMO DOMESTICAR OS SEUS CAPANGAS E APANIGUADOS AMIGOS INDECENTES DE GAMANÇO!
 Esses políticos foram transformados em cabritos domesticados por um maquiavélico domador de jacarés, JES domou todos os seus sagazes delinquentes comparsas de mãos leves com determinação, conseguindo fazer deles autênticas esfinges. O povo da nossa republica dinástica não acredita na capacidade dessas decorativas bonecas para exercer os cargos de responsabilidade que ocupam! Esses políticos iníquos comportam-se com extrema malvadez, e, de maneira nenhuma respeitam o povo nem mesmo analisam com sensatez a precariedade de suas origens. Quem os vê com seus fatos e gravatas do ultimo grito da moda, nem percebe que essas interpostas pessoas criminosas são provenientes do baixo estrato social do nosso povo. Na verdade eles não passam de endiabrados carneirinhos cobardes ao serviço do preto velho!
Os partidos da oposição e toda sociedade politica nacional, não podem continuar a mitigar os inúmeros desmandos imorais precedidos mortalmente do regime contra o povo e contra a economia já de si bastante deficiente e instável sua desestruturada estrutura, nem podemos deixar adensar os constantes ataques mortais levianamente lançados contra as populações indefesas, nem podemos esconder os sistemáticos abusos desses abutres contra aos cofres do estado. Não se pode continuar a fingir que nada se passa no país e que tudo vai bem obrigado, todos angolanos acompanham diariamente indignados à continuada delapidação das nossas riquezas, que a cada instante desaparecem velozmente dos cofres do país, onde sorrateiramente e até mesmo às claras, são exportadas, para os muitos paraísos fiscais, existentes no nosso paradisíaco planeta eivados de injustiças várias.
A CORRUPÇÃO, O PECULATO, A GANANCIA, O NEPOTISMO E O ASSASSINATO TEM QUE SER BANIDO JUNTAMENTE COM O REGIME DO PRETO VELHO.
O país em todas as vertentes sociais não pode continuar a ignorar a ferocidade do nepotismo e a corrupção desenfreada que graça em todo país, todos sabem que o único culpado da expropriação da nossa riqueza é da responsabilidade de uma só família, a família do insano preto velho, o larapio e soba maior responsável da nossa desgraça nacional.
Temos um país politico adverso com situações inusitadas, do qual não devemos nem podemos mais ignorar, não podemos compadecer-nos com a exagerada concentração de poder nas mãos de um único homem! Também não é em nada cordata a ideia de ser um só partido escangalhar o país a sua bel prazer. Todo poder esta nas mãos do totalitarista miserável gatuno JES, tudo mesmo, desde o poder executivo ao poder judiciário passando pelo poder legislativo e mesmo as forças castrenses do país estão controladas pelo ditador e sua trupe de bandidos assanhados. Pior que tudo é termos um país que circula a uma só velocidade.
Assiste-se em todo país a uma escalada virulenta de uma constrangedora situação que o país vivencia, não podemos conviver mais com a figura de ditador que representa o kota preto velho na pretérita instituição de presidencial republicana! Angola e os angolanos precisam policiar-se muito mais, o país precisa de outra casta de políticos decentes e mais capazes de levar esse barco angolano forçadamente atracado em águas turbulentas a mais de trinta e quatro anos.
PRECISAMOS DE NOVOS POLÍTICOS QUE FAÇAM A DIFERENÇA NA ADMINISTRAÇÃO DA COISA PÚBLICA NACIONAL, QUE COLOQUE DEFINITIVAMENTE O PAÍS NOS TRILHOS DA DEMOCRACIA E DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO. TEMOS QUE DAR UM BASTA A GATUNAGEM DESENFREADA, QUE GRAÇA INFELIZMENTE POR TODO PAÍS.
 Angola carece de novidades, não podemos mais continuar com essa massa encefálica de políticos apodrecidos e envelhecidos. O país precisa de novos políticos, ou seja, de outros políticos, não me refiro a políticos inexperientes nem tão poucos a lideranças mais jovens, refiro-me a politico com outras características visionarias, que abertos ao dialogo com todas as partes interessadas em levar o país para outros voos mais ousados rumo ao desenvolvimento, políticos que se permitam ser controlados criticados e fiscalização em todas as suas vertentes. Os políticos precisam fazer uma leitura diferenciada com visão acerca do país. Queremos políticos provenientes praças e de outras colheitas não viciantes e astutamente promíscuos, nem estejam comprometidos com a visão sobre a Angola do preto velho.
O tempo de validade do preto velho como presidente da republica está terminantemente esgotado, ele não serve mais para nada, precisamos em Angola políticos que o substitua e aos seus apaniguados bandidos escroques telecomandados provenientes da pocilga que se transformou o nosso MPLA.
QUAL É A RAZÃO QUE LEVA JES A CASTIGAR TODO POVO COM A SUA PRESENÇA SINISTRA NA PRESIDÊNCIA DA DITADURA SANGUINÁRIA QUE (DES) GOVERNA O PAÍS TODO?
Qual é a razão que temos para sacrificar os angolanos ainda mais por outro lado, qual o motivo que encontramos para aceitar no nosso seio políticos dementes como JES e seus comparsas, que se escondem todo tempo fugindo do povo? Não podemos protelar mais a situação vivida na nossa terra, e vivermos assim com medo daqueles que deveriam ter respeito e amor pelos seus iguais que hoje são tão diferentes como distancies deles. Nunca devíamos aceitar os resultados eleitorais fraudulentos a todos os níveis. Se assim tivéssemos agido, a muito tínhamos expurgado do nosso seio a fome miserável que vem corroendo a vida do povo, essa fome miserável tem-se transformado velozmente num surto epidêmico em toda extensão do país. Esses políticos escravocratas, a muito renderam-se incondicionalmente a corrupção institucionalizada no país pelo preto velho e sua família. Eles igualmente esqueceram-se do seu dever fundamental de servir desinteressadamente o povo, eles bandearam-se, lá para as bandas do império do preto velho, o inquilino vitalício da cidade alta.
Temos de dar uma competente resposta inequivocamente forte a esses filhos bastardos da democracia universalista, terá de ser um tremendo e fortíssimo basta que estremeça essa cambada de gangster. Chega de poucas vergonhas, temos de impedir que essa escumalha que comanda o país provoque estragos ainda maiores, que aqueles que já existem. O país não aguenta mais as trapaças frequentes desses imprestáveis filhos do alheio, e muito menos consegue conviver mais com essa estranha figura de presidente que temos a mais de trinta e quatro anos como ditador! Porque teremos de ter um presidente da republica que se pugna em ser um antirrepublicano por excelência? Como podemos ter um presidente que foge do seu povo como o diabo foge da cruz?
JES É UM POLITICO IMPOSTOR E PRESIDENTE DE TODOS OS GOVERNOS IMPRESTÁVEIS E INCOMPETENTES QUE EXISTIRAM EM ANGOLA DURANTE O SEU CONSOLADO DE TRINTA E QUATRO DESGASTANTES ANOS.
Angola um presidente impostor, que pratica de arbitrariedades, o presidente angolano que temos tem praticado compulsivamente todo tipo ilegalidades possíveis e imaginárias contra o estado que se quer democrático e de direito. Um homem que comete adultério eleitoral é no mínimo um batoteiro inescrupuloso, pratica da batota eleitoral torna-o numa pessoa presidenciável no mínimo desleal, emocionalmente instável e despreparada para jogo democrático. Angola precisa rapidamente de ter na presidência da republica uma pessoa cordata, que seja eleito pelo voto direto, e, que seja indulgente e aja com elevação perante o povo, o país e o mundo democrático.  Na nossa terra ninguém vê de perto o tal de presidente, este presidente que temos somente se aproxima das nossas múltiplas riquezas e nada mais do que isso!  Que angolano deseja ter no país um presidente que consegue ultrapassar a sinistralidade obtusa do grande ditador Augusto Pinochet? Como aceitar um presidente que nunca o vimos sentado a almoçar cordialmente num qualquer restaurante dos muitos que existem no país, nem mesmo no restaurante francês detido por sua filha ladra estrangeira Isabel dos Santos alguma vez o povo viu-o sentado às vistas de todos quantos o quisessem cumprimentar!
EM QUALQUER PAÍS, JES E SUA FILHARADA A MUITO ESTARIAM A MOFAR NA CADEIA PRESOS!
O presidente JES, a muito deveria estar preso a responder pelos muitos crimes praticados contra o povo e contra o erário publico nacional. O ditador gasta abusivamente abastadas somas em dinheiro pertencente a todos nós em proveito próprio.
O PRETO VELHO COMO DITADOR MALANDRO QUE É, QUER A TODO CUSTO PASSAR-NOS UM ATESTADO DE INCOMPETÊNCIA POR NÃO HAVER NENHUMA OPOSIÇÃO QUE LHE DÊ UMA RESPOSTA CABAL E CONTUNDENTE EM RESPOSTA AOS SEUS MUITOS DESMANDOS.
 Angola possui um presidente abusador que não respeita nada nem ninguém, ele basta-se a si mesmo, e pensa que o país lhe foi deixado por herança pela sua já falecida mãe santomense. Só para se entender melhor, esse imprestável cidadão, gasta cerca de quatro milhões de dólares americanos em segurança com helicópteros e caças vigiando o espaço aéreo de toda a capital dos pais, só para deslocar-se até o Cazenga! Por favor, façam-me o favor, o país está mesmo transformado numa republica da mãe Joana e do pai banana, senão vejamos; para o presidente apátrida deslocar-se a Franca e ao país do vaticano, o ditador gastou mais de usd 30 milhões de dólares americanos do nosso dinheiro, pode!
Raul Diniz



quarta-feira, 30 de abril de 2014

LUANDA: OS maus lençóis do Banco Espirito Santo Angola

Os Maus Lençóis do Banco Espírito Santo Angola

Fonte: Maka AngolaDivulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa30 Abril de 2014
O Banco Espírito Santo Angola (BESA) enfrenta actualmente graves problemas financeiros causados por créditos malparados na ordem dos US $6.5 biliões (mil milhões em Portugal), incluindo US $1.5 bilião em juros, apurou o Maka Angola junto de fontes fidedignas.
Durante a gestão de Álvaro Sobrinho, na qualidade de presidente da comissão executiva (2002-2013), o BESA dedicou-se a distribuir créditos de valores astronómicos, maioritariamente a conhecidas figuras do regime angolano, incluindo vários membros do Bureau Político do MPLA. Desde, 2013, o presidente do Conselho de Administração do BESA é um membro do Bureau Político do MPLA, António Paulo Kassoma, que já exerceu os cargos de primeiro-ministro e presidente da Assembleia Nacional.
Segundo informações acedidas pelo Maka Angola, os créditos do banco destinados ao próprio Álvaro Sobrinho, como principal beneficiário, ascendem a perto de US $200 milhões. O banco quer agora recuperar esse empréstimo.
Por sua vez, Eugénio Neto “Geny Neto”, vice-presidente da Espírito Santo Commerce (Escom) em Angola, é apontado como tendo sido o “facilitador” na concessão de empréstimos à cúpula do MPLA. Contas feitas, também recebeu empréstimos do BESA no valor de US $500 milhões.
Os empréstimos concedidos pelo BESA a altas figuras do regime são actualmente considerados como “activos tóxicos”, pela elevada improbabilidade de serem pagos. A extensão do buraco financeiro criado por Álvaro Sobrinho apenas se tornou conhecida, mesmo pela sede do Banco Espírito Santo (BES) em Portugal, após o termo do mandado do então presidente da comissão executiva.
Recentemente, para evitar o colapso do banco, o governo angolano teve de conceder uma garantia soberana ao BESA destinados à cobertura dos créditos concedidos à nomenklatura
Tanto a administração do BESA como o seu accionista maioritário, o BES (com 51.94%),, têm estado a gerir a referida crise e o escândalo que ela envolve com um certo secretismo. Há o receio de que uma fuga de informação possa comprometer, a nível internacional, a já frágil imagem do Banco Espírito Santo.
A exposição pública desta actual crise do BESA pode igualmente afectar a credibilidade do Banco Valor, recentemente adquirido por Álvaro Sobrinho, após ter saído da presidência do BESA. O bancário, segundo apurou Maka Angola, encontra-se a viajar pelo estrangeiro em busca de eventuais parceiros para a sua nova empreitada.
Para evitar a degradação da imagem externa da banca nacional, à qual está indexada a actividade da sua unidade de supervisão, o Banco Nacional de Angola também tem recorrido ao secretismo para lidar com o caso BESA.

Em Portugal, Álvaro Sobrinho é arguido num processo intentado pelas próprias autoridades angolanas, por alegada cumplicidade no desvio de US $137 milhões do Banco Nacional de Angola.
Álvaro Sobrinho detém, além disso, investimentos significativos na comunicação social. Em Portugal, é proprietário do jornal Sol ede 15% da Cofina, por sua vez proprietária do Jornal de Negócios e do Correio da Manhã. O bancário detém ainda acções na Impresa, proprietária da estação televisiva SIC e do semanárioExpresso. Em Angola, Álvaro Sobrinho é dono dos semanários Novo Jornal e Agora, entre outros bens.
Nos últimos anos, Álvaro Sobrinho tem procurado projectar-se na arena internacional como um grandehomem de negócios e filantropo africano.
Por exemplo, é co-fundador e presidente do PlanetEarth Institute, uma organização filantrópica que conta entre os seus trustees com o lorde Paul Boateng ,membro da Câmara dos Lordes da Grã-Bretanha, e comSir Christopher Edwards , presidente do Chelsea & Westminster Hospital e do Fundo do Sistema de Saúde Nacional da Grã-Bretanha.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

LUANDA: Angola que não Sonhei - Por Raul Diniz

Angola que não sonhei - Raul Diniz

    Luanda - Quando tomei a decisão de voluntaria de participar na luta de libertação de Angola para liberta-la do império colonial fascista em 1974, sinceramente nunca sonhei que o país descarrila-se um dia para o horripilante abismo em que estamos sitiados a mais de trinta e nove anos! É estranho, mas hoje fazendo uma introspectiva avaliação de toda caminhada que a minha mente processou até aqui, reconheço que fomos divinamente agraciados pela mão protetora de Deus por ainda estarmos vivos!

Fonte: Planalto de Malanje Rio Capôpa
29.04.2014
EXISTE UMA NARRATIVA PROFÉTICA PROFERIDA PELO PRIMEIRO PRESIDENTE ANGOLANO, O MÉDICO, O DR ANTÓNIO AGOSTINHO NETO, QUE SE CUMPRE NOS NOSSOS DIAS. DIZIA O VELHO EX-PRESIDENTE, QUE OS ABUTRES DEBICAM CADA UM O SEU QUINHÃO DE CARNE PUTRIFICADA, HOJE ESSA PROFECIA CONTINUA VALIDA, E DE QUE MANEIRA CONTINUA. COMO CONTINUA.

Rastos de carne humana continuam a ser espalhadas por todo país, essa carniça toda é proveniente dos muitos assassinatos de angolanos cometidos pelos abutres que embriagados na sua loucura assassina dizimam o povo sem receio nem temor pelas contas que lhes serão endossadas pelo Criador. Embarrigados essa espécie ruim de irascíveis canibais não conseguem debicar toda podridão de carne putrificada espalhada em toda Angola.

 É estranho, mas hoje fazendo uma introspectiva avaliação de toda caminhada de luta dos angolanos desde 1974, sinceramente reconheço o falhanço que fora o sonho de liberdade sonhado por toda nossa angolanidade hoje completamente desestruturada e estuprada as suas convicções. A situação atual em nada se diferencia daquela vivenciada por todos no passado recente da nossa histórica luta pela libertação do povo angolano do colonialismo tuga, porque na verdade o povo continua aprisionado. Porem, em relação à pobreza, a situação deu um enorme mergulho em direção a profundeza de um  abismo ainda maior e mais obscuro do que aquele que vivenciamos no tempo do colono branco.

Hoje não estaríamos aqui se não fora a mão protetora do Deus misericordioso que garantiu a nossa permanência ainda vivos aqui, para denunciarmos a fúria incontida da conduta imoral dos assassinos ao serviço do exército privado do (preto velho) presidente da republica, comandada pelo líder das matanças de angolanos, o general Manuel Helder vieira dias “Kopelipa”.  É verdadeira a afirmação que diz termos hoje em angola outro colono mais astuto, e muito mais perigoso que o antigo colono branco.

JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS VIVE DENTRO DE UMA REDOMA DE VIDRO, POR ISSO ELE NÃO TEM COMO VISUALIZAR NEM COMO VIVENCIAR A VERDADEIRA REALIDADE QUE O PAÍS ATRAVESSA.
O (preto velho) chefe da oligarquia angolana não conhece a verdadeira face do estado de miséria lastimável que o povo vive. Como poderia ele conhecer a situação que o povo vive se o ele afastou-se voluntariamente do povo que o sustenta até agora no poder! Preto velho agora vive rodeado de um falso elã, que igualmente não conhece o pensamento nem o sofrimento do povo autóctone que padece de fome e miséria na nossa terra!

Na verdade, a classe dirigente evadiu-se das suas origens naturais, e, bandeou-se lá para os lados da oligarquia primitiva que governa desastrosamente a nossa terra. Essas interpostas pessoas chamadas de governantes, não têm mais nenhuma ligação umbilical com a autoctonia da nossa angolanidade bantu, esses dirigentes políticos escolheram aportar nas estações socioculturais longínquas estranhas a nossa cultura ancestral.

É pena, mas não podemos mais permitir-nos esconder-nos por detrás da mentira explicita de um suposto desenvolvimentismo que não passa de um crescimento iníquo, em que o país econômico estranhamente se afundou profundamente! Não podemos mais continuar a escamotear a excelência da verdade dos factos existenciais, nem podemos mais permitir que as muitas nações que compõem o tecido nacional do povo angolano continuem excluídos de usufruir das nossas muitas riquezas produzidas em solo nacional. É permissivo deixar o povo caminhar erradamente como tristes peregrinos vagabundos sem rumo e sem destino certo na  terra de seus ancestrais.

O DITADOR NÃO SÓ TRAIU O PROGRAMA MAIOR PRESCRITO NO IDEÁRIO DO MPLA, COMO TRAIU DA MESMA FORMA O POVO E A CONSTITUIÇÃO ATÍPICA CRIADA A SUA IMAGEM E SEMELHANÇA. ELE DECIDIU UNILATERALMENTE VIVER LONGE DOS DONOS DA TERRA.
Foi o preto velho JES, que escolheu ficar do lado da riqueza material, ele decidiu ficar do lado do petróleo e dos diamantes, JES preferiu roubar o povo a ficar do seu lado, sabemos todos da apetência de JES e sua família pela ganancia de enriquecerem facilmente, essa ganancia leva-o a roubar todos proventos financeiros derivados da venda do petróleo, dos diamantes e dos USD dólares americanos provenientes dos muitos negócios estranhos realizados pelas suas filhas e filhos e demais familiares diretos e amigos igualmente estranhos, nacionais e estrangeiros.

O presidente trocou o bem estar do povo pelo seu próprio bem estar pessoal e dos seus filhos e familiares. Ele escolheu a riqueza material e assim dessa maneira optou em maltratar, perseguir, prender corromper e assassinar todos aqueles que se opõem ao seu projetado saque de nossas riquezas. JES abandonou o povo a sua sorte, mesmo sabendo que a verdadeira e mais excelente riqueza nacional é o povo angolano que um dia lhe deu crédito e o asilou entre ele.

A mente de JES circunda hoje por conveniência pessoal em torno de uma redoma de vidro, assim, ele pode esconder-se da vergonha por não ter conseguido em trinta e quatro anos de poder totalitarista trazer a alegria e a bonança prometida ao povo sofrido. Tão pouco conseguiu materializar o programa maior do MPLA que é o de trazer o bem estar e a felicidade para todo povo angolano, JES não só traiu o ideário do MPLA como traiu povo todo e a sua precária constituição atípica feita a sua imagem e semelhança.

JES ESTÁ RODEADO DE FALSO E CÍNICO ELÃ, QUE SE ENCONTRA EM TOTAL DICLÍNIO, UM ELÃ QUE FALSEIA A VERDADE E SE COMPORTA COMO ANIMADOS DONOS DA VERDADE.
Depois de trinta e nove longos anos de termos sido tutelados por dois exímios ditadores, como é possível ainda estarmos resignadamente gratos por nos maltratarem? Como aceitamos pacificamente que homens nossos iguais nos amordaçam e menosprezem completamente a nossa vontade de querermos participar na fiscalização da administração publica do estado sem reagirmos? Mesmo depois de muitos filhos de famílias em redor de toda Angola ter sido sacrificada no dia 27 de Maio de 1977, apenas e só para que o sonho de Agostinho Neto e de seus pares se realizasse! Mesmo tendo nós o conhecimento de que uma nomenclatura ativada pela cultura da violência e do assassínio de seus adversários é completamente avessa em aceitar os preceitos validos de um estado democrático e de direito.

Ainda assim nós continuamos a falar de pacifismo acadêmico fingindo não ver o terror impregnado nos olhos dos violentados anônimos provocados pelos constantes assassinatos de almas viventes de nossos irmãos, ainda assim nós continuamos calados a sete chaves, qual a verdadeira razão para que esse medo se instale no nosso coração.
TEMOS EM ANGOLA UM REGIME DOENTIO E NECRÓFILO POR EXCELÊNCIA.
O regime não pode continuar a subsistir a custa do sofrimento do povo nem através dos cadáveres dos seus adversários políticos assassinados nas frentes politicas anti regime, desencadeadas em todo território nacional. O regime implantado em Angola é taxado como degradante e macabramente necrófilo por excelência. Pergunto a mim mesmo, como tem sido possível continuamos a coabitar com um regime tão depreciativamente mentiroso, gatuno, torturador e assassino como o de Kopelipa e JES, que mandou chacinar por puro sadismo os nossos irmãos Bacongos na chamada semana sangrenta de 1992.

Não podemos ficar mais calados sem nada fazermos para reabilitar a memoria dos nossos irmãos assassinados que tombaram numa guerra desigual imposta pelo regime de Kopelipa e JES! Não podemos esquecer os assassinatos de Cassule, Kamulingue, Ganga e todos os demais anônimos que tombam todos os dias no limite territorial das nossas muitas periferias do território assombrosamente ensanguentado! O dever de todo angolano é o de obrigatoriamente reagir em conformidade para por fim a essa escalada de guerra silenciosa, mas muito mortal, e que nos é imposta pelo governo totalitarista de Kopelipa e JES.

TEMOS QUE LEVAR A MENSAGEM AO NOSSO EX-CAMARADA JES PARA PARAR COM O EXTERMÍNIO DE ANGOLANOS POVO NOSSO, CHEGA DE ESTUPRAR A VERDADE DESGASTADA DO NOSSO PAÍS! A SITUAÇÃO NÃO PODE CONTINUAR COMO ESTA NEM MAIS UM SEGUNDO. TEMOS DE LEVAR O REGIME AO TRIBUNAL DE HAÍA URGENTEMENTE.

Se o senhor presidente ditador quiser continuar a matar, então que comece a matar os membros da família dele, pode muito bem começar a ensanguentar a sua própria casa começando pelos seus filhos bandidos e gatunos, passando pelas suas filhas infelizes ladras, os seus netos e genros estrangeiros por aí. O ditador deve urgentemente frenar o seu prazer pela matança, depois não venha amanhã dizer que não foi alertado do verdadeiro estado de sitio escabroso que os seus colaboradores instalaram ilegalmente em todo país! Para ir mais longe ainda, pergunto como foi possível sobrevivermos às matanças acontecidas de um e de outro lado da barricada aquando da sangrenta luta de libertação falsificada de Angola logo após a independência?

Nessa epopeia de contornos turbulentos interrogo-me com mais relutância, afinal o que nos falta para derrubarmos a soldadesca do ditador José Eduardo dos Santos e o apearmos definitivamente do poder? Que mais falta para apontarmos o dedo aos corruptos sem medo? O que falta para acusarmos internacionalmente o ditador e os seus cúmplices e os processarmos junto do tribunal internacional em Aia?

Desde o compulsivo regime retrogrado de partido único até chegarmos ao atual regime que nem se sabe que tipo de regime se trata, apenas sabemos que se trata de uma ditadura sangrenta disfarçada de socializante, seja qual for o nome que deem a esse regime déspota, apenas sabemos que estamos todos paiados e mal pagos se nada fizermos para inverter essa situação degradante que todos observamos a olhos nus. Sempre pensei que o aterrador momento social que vivenciamos em Angola fosse apenas acontecimentos da ficção cenográfica produzida em películas realizadas pelos melhores diretores de cinema em Hollywood City!
INTERROGAÇÃO NUCLEAR
Outra interrogação que faço a mim mesmo relaciona-se com a fatalidade de sermos tão cobardes quanto medrosos e mesquinhos, quando temos um passado de provas de coragem dadas por termos combatido o colonialista branco, e no decorrer desse tempo todo após a independência resolvemos ter medo de combater o colono preto velho Zé Dú para neutralizar as constantes injustiças praticadas contra o povo ao qual nascemos e pertencemos!
 
Sinceramente não entendo hoje a facilidade como aceitamos todas essas atrocidades praticadas pelo regime contra a nossa natureza humana! Como é possível suportar essa barbárie torturante, próprias de um regime despótico? Como podemos aceitar essas sinuosas perseguições tortuosas composta de assassinatos imemoráveis contra o nosso povo continuem? Como é possível assistirmos a tudo isso, sem nos propormos corajosamente em lutar frontalmente contra essa selvajaria adversa, para destruir o viveiro de bandidos corruptos que violam constantemente os nossos direitos constitucionais e o nosso direito a vida?
Apesar de sabermos que o comando dessa selvajaria é terminantemente valido a partir do laboratório central da masturbação politica situado na casa de segurança militarizada, nada se fez até agora para conter o ímpeto desta pratica animalesca de chacinar o negro angolano.

Sabemos que os generais e oficias operativos provenientes das secretas e do SIM, nada mais sabem fazer do que matar e mandar matar os incautos cidadãos angolanos sem nenhuma razão aparente! Esses generais corruptos e assassinos que matam sem pestanejar para manterem-se incólumes no poder, nos seus corações apenas se processa o sentimento de ódio e raiva por todos quantos se levantem, falem e lutem pela liberdade do povo e do país.
 
VERDADEIRAMENTE SONHEI COM UMA OUTRA ANGOLA MAIS JUSTA E EFICIENTE. NÃO SONHEI COM ESSE REGIME QUE REINA HÁ 39 ANOS NA MINHA TERRA!
Eu sonhei com uma Angola que possua uma agenda estratégica de desenvolvimento e crescimento econômico e social. Eu sonhei com uma angola idônea e sensata, sonhei com uma Angola solidaria, nobre e altruísta.  Eu sonhei com uma Angola defensora de politicas coerentes de sustentabilidade ambiental.

Eu sonhei com uma angola mais justa e tolerante. Eu sonho ainda com uma Angola que tenha uma balança de pagamentos ajustada a realidade que vivemos no país, Sonhei com uma Angola exitosa, desenvolta, que gere capitais de sustentação cambial externa e nos permita adequar o nosso programa de crescimento econômico e social com verdadeira realidade. Eu sonho com uma Angola onde todos tenham direitos e oportunidades iguais, onde exista de facto o direito de liberdades de ir e vir e de expressão, onde o medo seja extinto do nosso vocabulário politico e ninguém seja preso ou morto por motivos políticos.

Eu sonhei com uma Angola itinerante, moderna, pacifica benemérita onde a escravocracia seja extinta do nosso meio social. Eu sonhei com uma Angola sem exploradores nem explorados, sem fomentadores da fome, miséria nem pobreza. Eu sonhei com uma Angola que defenda e respeite os direitos humanos, que não persiga, nem prenda, não torture e muito menos assassine os seus filhos por posicionamentos politicas desencontrados. Eu sonhei com uma Angola onde o presidente ame e seja amado pelo povo.

O que não quero para Angola é a continuidade desse sinistro desconhecido presidente e da sua família de gatunos feitos empresários com a nossa bufunfa. Não desejo nem quero mais uma Angola onde a família de degenerados generais corruptos, gatunos e assassinos governem disfarçadamente os destinos dos angolanos já de si bastantes controlados. Em suma quero uma Angola sem Kopelipa, Zé Maria, Cândido Van-Dunem "Candinho" e o sinistro chefe de fila Zé Dú e o sempre e eternamente teleguiado general para toda obra Leopoldo do Nascimento "Dino".

O ATO DE CONTRIÇÃO OU A MINHA MEA CULPA, TANTO FAZ O IMPORTANTE MESMO É REPOR A VERDADE.
Um dia despertei, e soube que já era tarde para voltar atrás, mas reconheci que a Angola da qual me bati e dei a minha vida era apenas uma miragem! Reconheço a minha grande falha e com isso faço a minha “mea culpa” por ter ajudado a instalar em Angola o regime que viria a dividir o povo em angolanos, em angolanos de primeira e angolanos de segunda, regime esse que decidiu agora perseguir-m e que a todo custo ver-me morto por discordar com as suas praticas assassinas.
O sonho apenas foi atrasado, pois nunca deixei de acreditar na liberdade do meu povo, nunca deixei de sonhar com uma nação angolana uma e indivisível, onde não exista nunca mais a figura do ditador nem a do colono preto.

Hoje a maioria do povo foi mergulhada numa situação de miséria compulsiva galopante, enquanto uma só família munida de estranhos hábitos completamente desconectados das nossas realidades desnudam todos os dias o país por eles sequestrado! Sem qualquer remorso completamente determinados, açambarcam tudo que de valor o país possui. Essa cambada de bandidos do colarinho branco feitos gângsteres malvados, são dotados de uma perigosa ambição incomensurável, e sem dó nem piedade delapidam juntamente com seus amigalhaços nacionais e aliados estrangeiros toda riqueza que o país produz.

N'DALATANDO: Professores do Kwanza Norte ameaçam entrar em greve

Professores no Kwanza Norte ameaçam entrar em greve

Centenas de professores manifestaram-se nas ruas de Ndalatando no fim-de-semana.

TAMANHO DAS LETRAS
 
Fonte: VOA/Isaías Soares
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
Os professores na província do Kwanza Norte poderão entrar em greve para pressionar por melhores condições de  trabalho e salários.

Centenas de professores do município do Cazengo, província do Cuanza Norte, manifestaram-se no sábado último nas ruas de Ndalatando reivindicando o aumento do número de vagas de acesso aos testes de aptidão para a mudança de categoria.

Os professores tinham-se concentrado para efectuarem os testes mas recusaram-se a fazê-lo manifestando-se em seguida pelas ruas da cidade

Os manifestantes que marcharam da Escola Superior Politécnica local à nova sede do governo do Kwanza-Norte exigem tambem melhores condições de trabalho, salários justos e a solução de todos os problemas que a classe enfrenta.

Para o representante da manifestação Mariano Francisco, o segundo trimestre deste ano lectivo poderá ser interrompido com uma greve geral no ensino geral em toda a província.

“O único apelo que eu gostaria de fazer às entidades superiores é que procurassem resolver os nossos problemas no curto espaço de tempo possível, tudo porque nós cumprimos com os nossos deveres e, certamente, gostaríamos de ver também os nossos direitos a serem resolvidos”, disse.

Mais à frente, Francisco diz que se os problemas não forem resolvidos "poderemos comprometer o curso normal das aulas a partir do segundo trimestre, (...), não estou a dizer outra coisa, senão mesmo uma greve”, concluiu.

 A VOA sabe de fonte segura que o recorrido pelas artérias da cidade de Ndalatando não foi concertado com o Sindicato Nacional de Professores, nem ouve uma comunicação prévia para as autoridades governamentais ou policiais.

WASHINGTON: Rússia poderá sentir pulso firme de Obama

Rússia poderá sentir "pulso forte" de Obama

TAMANHO DAS LETRAS 
O Presidente dos Estados Unidos Barack Obama anunciou nesta segunda-feira, 28, que os Estados Unidos vão impor novas sanções contra a Rússia, atingindo cidadãos e empresas, na sequência da crise na Ucrânia, uma medida que deve ser seguida pela União Europeia.

Obama disse que as novas sanções vão restringir as
exportações militares de alta tecnologia da Rússia e alertou que uma próxima fase pode representar sanções "sectoriais" mais amplas contra a economia russa, atingindo sectores como o bancário e o de defesa, se Moscovo continuar com a "agressão" contra a Ucrânia.

As sanções visam punir o Governo do Kremlim por não cumprir o acordo para reduzir a tensão na Ucrânia, onde separatistas pró-Rússia tomaram diversos prédios do Governo ucraniano.

LUANDA: O Estado e o Islão em Angola - Por Rafael Marques

O Islão é Ilegal em Angola

Por: Rafael Marques de MoraisFonte: Maka AngolaDivulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa 27 Abril, 2014
A proibição de realização de cultos por crentes do Islão e de dezenas de seitas em Angola gerou considerável polémica internacional em finais de Novembro. A mídia internacional chegou a considerar Angola como o primeiro país, no mundo, que baniu o Islão.

Um total de 194 denominações religiosas, incluindo a Comunidade Islâmica de Angola, e seitas e associações de cariz religioso, viram os seus pedidos de legalização indeferidos pelo Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos. O despacho, datado de 28 de Outubro, informou o público que “a continuação das actividades destas confissões religiosas incorrem na prática de crime de desobediência qualificada a todos os que nela persistirem”.Desde a entrada em vigor, em 2004, da Lei sobre o Exercício da Liberdade e de Consciência, de Culto e de Religião, o governo angolano não reconheceu qualquer igreja ou seita religiosa. O Estado angolano exige, para o reconhecimento jurídico de uma denominação religiosa, que esta apresente registos notarizados de um mínimo de 100,000 fiéis.O Ministério da Justiça procedeu, pela última vez, em 2000, através do Decreto Executivo nº74/00, o reconhecimento de confissões religiosas. As beneficiárias foram a Igreja do Nazareno Internacional de Angola, Igreja Messiânica Mundial, Centro de Devoção Rainha Santa Isabel de Luz e a Igreja Evangélica Avivamento Bíblico.Angola tem mais de 18 milhões de habitantes e, estima-se, o número de muçulmanos no país não ultrapassa os 50,000, e a maioria são estrangeiros oriundos da África Ocidental.Todas as 86 igrejas e seitas religiosas reconhecidos pelo governo são cristãs. O Estado angolano não reconhece o Islão.Muçulmanos, em várias partes do mundo, manifestaram-se indignados com o indeferimento, pelo governo, do pedido de reconhecimento da comunidade islâmica. A comunidade internacional reagiu, desdobrando-se em contactos diplomáticos com o governo e este, por sua vez, prestou esclarecimentos. No entanto pouca informação substancial tem sido revelada ao público sobre a relação do Estado com o Islão no país.
O Islão como Ameaça
Maka Angola procedeu a uma breve investigação sobre os debates, ao nível dos órgãos de soberania, em torno do Islão, cujo registo de implantação, no país, data de 1978. Esta investigação inclui, em texto separado, a compilação de vários actos administrativos de autorização, encerramento, proibição de cultos e demolição de mesquitas.O Islão, por ser uma religião praticada maioritariamente por oeste-africanos, em Angola, constitui, por ora, um elemento que ainda escapa ao controlo do poder político. Também se apresenta como alvo fácil de estereótipos como a sua conotação, no país, como uma porta de entrada à imigração ilegal de africanos. Referências públicas na imprensa e em algumas intervenções públicas associam o Islão a eventuais actos de terrorismo, escravatura e outros males que “agridem” a ainda indefinida cultura angolana. Esses estereótipos têm servido, de um modo geral, de factores de entendimento político entre o governo, oposição, sociedade civil e igrejas cristãs, na exclusão de um suposto mal comum.A propósito desses estereótipos é notória a falta de cultura de debate, na sociedade angolana, como veículo privilegiado para a melhor formação da opinião pública. Isso permitiria, à partida um esclarecimento público básico sobre a necessidade de se separar a fé dos actos de um indivíduo.Com recurso à lei, as tentativas políticas de limitação ou proibição da prática de cultos por certas denominações e seitas religiosas, após a consagração da liberdade religiosa na Lei Constitucional de 1992, datam de 1998, através da Circular nº 4/98, do Ministério da Cultura. A referida circular informava todos os governos provinciais que deveriam proibir o exercício de actividades religiosas por parte das igrejas não reconhecidas.Em Novembro de 1999, o então ministro da Justiça e actual Provedor de Justiça, Paulo Tchipilica, enviou um memorando confidencial ao Conselho de Ministros com propostas de estancamento da implantação do Islão em Angola. O semanário Angolense respigou, na altura, o conteúdo do memorando, no qual o ministro reiteirava que o Islão era uma confissão religiosa, de cariz fundamentalista, e não reconhecida pelo governo. Segundo o Angolense, o ministro instou o governo a dissolver as associações que davam cobertura às actividades islamitas, a responsabilizar criminalmente os seus responsáveis e, como sanção acessória, “a demolição das mesquitas”. Na altura, segundo o semanário, o grupo técnico do Conselho de Ministros emitiu um parecer contrário que impediu a implementação da proposta de Paulo Tchipilica. O jornal escreveu que “esse grupo [do Conselho de Ministros] nega considerar as actividades do islamismo em Angola como dotadas de qualquer fundamentalismo”.A Lei sobre o Exercício da Liberdade de Consciência, de Culto e de Religião (Lei nº 2/04), aprovada em 2004, estabelece, de forma inequívoca, o exercício de culto por parte dos cidadãos e confissões religiosas.Segundo a lei, “é lícita e facultativa a reunião de pessoas para a prática cultou ou outros fins específicos da vida religiosa”. A mesma lei estabelece que “não carecem de autorização oficial nem de participação às autoridades competentes, as reuniões promovidas pelas confissões religiosas referidas no número anterior, desde que se realizem dentro de templos ou em locais apropriados (...)”.O legislador foi omisso quanto ao destino reservado às confissões religiosas cujos pedidos de reconhecimento são recusados pelo Estado. A situação de limbo jurídico tem criado um quadro de argumentos e ambiguidades que facilitam a arbitrariedade dos actos do governo. O limbo serve também para o governo adaptar-se à qualquer situação, sem assumir responsabilidades pelas consequências dos seus actos.A 15 de Março de 2007, com o surgimento de vários grupos representativos do Islão, no país, o Ministério da Justiça promoveu um encontro destinado a congregar, num só órgão, os crentes muçulmanos.Segundo o presidente do Centro Islâmico de Documentação, António Pedro Mussidi, que participou do encontro, os 21 representantes muçulmanos concordaram sobre a fusão dos cinco grupos existentes. Entretanto, discordaram sobre a constituição da sua liderança. Foram a votos, ali mesmo no Ministério da Justiça. Um total de 14 representantes votou a favor da nomeação, pelo governo, do líder islâmico em Angola. Os restantes sete elementos opuseram-se.“A culpa foi nossa, dos representantes muçulmanos presentes no encontro, que votámos para o governo indicar-nos um líder. A Constituição não permite ao governo imiscuir-se nos assuntos internos das confissões religiosas”, disse António Pedro Mussidi.Durante um encontro com deputados da Assembleia Nacional, a 31 de Março de 2009, a ministra da Cultura declarou publicamente a visão oficial do governo sobre o Islão em Angola. "A nossa preocupação prende-se com a expansão do islamismo e as consequências que podem provocar na organização e estrutura da sociedade angolana", disse a ministra.Na sequência de uma série de pronunciamentos oficiais que visavam o Islão como uma religião perniciosa e estranha à cultura angolana, a 5 de Outubro de 2009, o presidente da República, José Eduardo dos Santos, estabeleceu a Comissão Interministerial para o Estudo e Tratamento do Fenómeno Religioso, através do Despacho Presidencial nº 32/09.O estudo incidia sobre o Islão. Maka Angola soube que o presidente nunca respondeu, com orientações, ao relatório produzido pela referida comissão.Entretanto, a 10 de Fevereiro 2010, os imãs angolanos decidiram resolver o impasse, gerado pelo silêncio do governo, sobre a nomeação do líder muçulmano em Angola. Decidiram eleger um angolano, Mateta Zola Khamis, para o efeito e de forma imediata.Os imãs estrangeiros, liderados por Diakité A’dama, segundo soube o Maka Angola, boicotaram a iniciativa. Mantiveram a sua posição de aguardar pela nomeação de um líder por parte do governo. Dados empíricos indicam os cidadãos da Guiné Conacry como sendo o maior grupo de muçulmanos no país, seguidos de malianos, mauritanianos e senegaleses. Em números reduzidos encontram-se comunidades de somalis, egípcios, argelinos e burkinabes.Como medida cautelar, o presidente, conhecido pela criação inconsequente de incontáveis comissões, exarou, a 31 de Dezembro de 2012, o Despacho Presidencial nº 14/2012. Esta decisão criou a “Comissão Interministerial para o Estudo, Tratamento e Implementação das Medidas Tendentes ao Controlo e Acompanhamento do Fenómeno Religioso”.Fazem parte desta comissão o secretário do Presidente da República para os Assuntos Sociais, um representante do ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República e nove ministros, nomeadamente os da Administração do Território, Justiça e Direitos Humanos, Interior, Cultura, Assistência e Reinserção Social, Comércio, Juventude e Desportos, Família e Promoção da Mulher. A comissão integra ainda representantes do Serviço de inteligência e Segurança de Estado (SINSE), Serviço de Inteligência e Segurança Militar (SISM) e Serviço de Inteligência e Segurança Externa (SISE). O secretário de Estado da Cultura, Cornélio Caley, coordena o grupo técnico da comissão interministerial.A referida comissão foi também encarregue de estudar, de forma interligada, a questão da imigração ilegal e de propor medidas ao seu combate.
Em Fevereiro passado, o grupo técnico realizou a sua primeira reunião. Segundo informações fidedignas a que o Maka Angola teve acesso, o grupo técnico avaliou o exercício da liberdade religiosa no país como “alarmante” e “um risco para a soberania nacional”. A reunião considerou ainda a consagração das liberdades religiosa e de consciência, na Constituição aprovada em 2010, como um acto infeliz. “Na matéria religiosa ou de práticas de consciência, não terá sido feliz, dada a situação de vulnerabilidade em que se encontra a maioria do nosso povo”, descobriu o grupo técnico.A Constituição estabelece que “a liberdade de consciência, de crença religiosa e de culto é inviolável” (Art. 41º, 1º).A religião islâmica mereceu investigação singular. A comissão teve um orçamento de 80 milhões de kwanzas (US $800,000) apenas para a análise do Islão. Ao estudo das outras seitas, em conjunto, foram atribuídos apenas 21.5 milhões de kwanzas (US $215,000).
Indiferimentos
O diário estatal Jornal de Angola publicou, a 8 de Novembro de 2013, a lista das 94 confissões religiosas, seitas e associações estabelecidas por crentes, cujos pedidos de legalização foram indeferidos pelo Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos.A lista juntou os muçulmanos a seitas como a Igreja Missão Internacional da Restauração das Almas em Angola, a Congregação do Exército Invencível, a Igreja Sangue Precioso, a Igreja de Vigia Carismática Renovada em Angola e a Igreja dos Cristãos da Filadélfia.Uma semana depois, a 19 de Novembro, a ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, explicou aos deputados da Assembleia Nacional a ligação que o governo faz entre o seu estudo do fenómeno religioso e as suas políticas de migração.“O fenómeno religioso envolve várias componentes, nomeadamente o controlo do fluxo migratório ilegal e o reconhecimento/legalização das denominações religiosas, razão pela qual é necessário o engajamento de todos”, disse a ministra, citada pela Angop.Segundo a agência de notícias estatal, a ministra revelou os planos do governo para “combater ‘cerradamente o surgimento de congregações cujos cultos são contrários aos hábitos e costumes da cultura angolana”.

“Relativamente ao islão, cujo processo de legalização foi indeferido pelo Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, a ministra avançou que à semelhança das demais na mesma situação, os seus templos serão encerrados até novas ordens”, escreveu a Angop.
A 26 de Novembro, o director nacional da Administração da Justiça, Vitorino Mário, concedeu uma entrevista exclusiva à Rádio Nacional de Angola na qual transmitiu o ultimato do governo para as confissões religiosas não reconhecidas encerrarem os locais de culto.

Segundo o alto funcionário do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, as confissões cujos pedidos foram indeferidos pelo seu órgão e que “já têm locais de culto têm que encerrar, isto é muito claro”.

Vitorino Mário recordou o despacho ministerial que determina o encerramento dos locais de culto e cessação de toda a actividade religiosa, sob pena de “incorrerem no crime de desobediência qualificada”. O dirigente também foi claro em afirmar, sobre a punição aos infractores, que “não se vai prender uma igreja num todo”, mas serão responsabilizados criminalmente os líderes.

“Estamos à espera que as próprias igrejas tomem a iniciativa de encerrar os templos, os locais onde praticavam as suas actividades à margem da lei”, mais disse o director da administração da Justiça. Este oficial manifestou a possibilidade de diálogo, com os indeferidos, como orientação presidencial, mas após a cessação de toda a actividade religiosa.

O jurista reconheceu, por um lado, o estabelecimento legal sobre o exercício de culto como lícito e facultativo, sem necessidade de autorização governamental para abertura de local de culto. No entanto, apresentou uma interpretação diferente da lei. “O que há é a obrigação legal de só se abrir um local de culto se a igreja tiver o devido reconhecimento”.

Essa interpretação é problemática uma vez que, sem locais de culto, as confissões religiosas não podem juntar fiéis para congregar os números requeridos para a sua legalização. O próprio processo de angariamento de fiéis passa, com essa leitura, a ser também um acto contrário à lei. Ou seja. Não há mais espaço para o reconhecimento de confissões religiosas no país.

Victorino Mário esclareceu também que as confissões religiosas com pedidos indeferidos verão, na prática, os seus novos pedidos rejeitados dada a severidade dos requisitos exigidos.

Sobre o Islão, o representante do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos frizou que “este assunto tem sido tratado com os devidos cuidados e com uma abordagem bastante acutilante e já especializada”.

De acordo com o seu depoimento:

  • “o problema do Estado angolano, é preciso frisar, não é o Islão, é uma série de problemas acoplados a esta religião que não são adequados para o quadro constitucional que existe em vigor no nosso país. E este tratamento teve a devida abordagem do ponto de vista constitucional, do ponto de vista legal, e vamos esperar que aquilo que vier a ser decidido, em função dos estudos que foram feitos e das propostas que estão a ser produzidas no nosso quadro legislativo interno nos permita tomar decisões muito directas”.

Victorino Mário foi claro em afirmar que “nunca, em momento nenhum, foi reconhecida a religião islâmica em Angola. Consequentemente, toda a actividade religiosa ligada ao islão em Angola decorre à margem da lei”.

Desmentido ou Contradição?

Os protestos de muçulmanos, em várias partes do mundo, que se seguiram à publicação de notícias segundo as quais o governo de Angola foi o primeiro país do mundo a banir o Islão, obrigou à emissão de um desmentido oficial, a 29 de Novembro.

Esse desmentido ocorreu três dias depois do governo, na voz de Victorino Mário, ter afirmado o Islão como confissão religiosa praticada ilegalmente no país.
A ministra também disse que o governo não baniu o Islão“O governo da República de Angola, em conformidade com a Constituição e demais legislação em vigor e com o direito internacional, respeita o Islamismo, bem como as demais confissões religiosas”.No comunicado oficial, de 29 de Novembro, o governo esclarece que cidadãos estrangeiros de confissão islâmica, em situação migratória ilegal, praticam actividades económicas ilegais em armazéns construídos sem licença das autoridades competentes que, por conveniência e para obstar a acção das autoridades de fiscalização usam estas instalações como alegados locais de culto, à margem da lei.
A cronologia elaborada pelo Maka Angola demonstra que os islamistas solicitaram, em várias ocasiões, autorização para construção de mesquitas. Algumas destas foram destruídas apesar da construção ter sido autorizada para o efeito.Sobre a imigração ilegal, o semanário Novo Jornal, na sua edição nº 308, de 13 de Dezembro, revelou o quanto custa entrar, de forma clandestina, no país. Segundo a reportagem do jornal, a entrada ilegal em Angola, através da fronteira Norte, custa entre 2,000 a 10,000 kwanzas (entre US $20 a US $100), de acordo com dados prestados pela própria Polícia Nacional. Esta instituição, citada pelo semanário, acusa as comunidades locais de facilitarem a imigração ilegal. A população, por sua vez, aponta o dedo aos agentes da Polícia de Guarda Fronteiras como facilitadores.A pobreza local e a corrupção destacam-se como as causas principais que escancaram as fronteiras de Angola por um almoço.
Conclusão

O governo tem assumido múltiplos discursos e medidas contraditórios entre si, que servem a todas as audiências, mantendo apenas o traço comum de serem todos baseados na retórica da defesa do primado da lei. Essa incoerência permite às autoridades a arbitrariedade que é a característica fundamental do seu poder.

É ilegal a prática do Islão em Angola. Angola é o único país do mundo que não reconhece o Islão.Por outro lado, a estratégia de ligação do Islão ao combate à imigração ilegal, e à suposta “preservação” de valores culturais nacionais, resulta de um artifício político simplista.Falta vontade política para se combater corrupção que, com a pobreza e o desgoverno, são algumas das principais causas de desordem que se verifica ao longo da fronteira, tanto da parte das comunidades como das autoridades locais.O governo tem estado a tentar encobrir a falta de controlo sobre a imigração ilegal massiva de centenas de milhar de cidadãos chineses, portugueses, brasileiros e vietnamitas. Os asiáticos enquadram-se, na sua maioria, no sector da construção civil, em parceria ou como empregados de grupos económicos ligados ao regime. Por sua vez, os portugueses e brasileiros engrossam o sector da economia formal e servem, na sua maioria, a negócios ou empregos com participação e protecção de figuras do Estado.Os muçulmanos em Angola são, maioritariamente cidadãos oeste-africanos (Guiné-Conakry, Mali, Mauritânia, Gâmbia, Senegal, etc.) estão a servir de bodes expiatórios para um problema estrutural muito mais profundo. Regra geral, os oeste-africanos mantêm-se à margem da economia formal, dedicando-se ao comércio precário de venda retalhista, cantinas e armazéns nos bairros periféricos. Nas Lundas, servem de compradores de diamantes para cidadãos israelitas e libaneses, maioritariamente.Há vários factores a ter em conta na política do governo de busca de escapatórias. Há poucas oportunidades de emprego para a maioria dos jovens angolanos, contrariamente às facilidades que vários grupos de imigrantes encontram. A iniquidade salarial, entre nacionais e expatriados, tem exacerbado sentimentos de xenofobia, que colocam em causa as credenciais patrióticas do MPLA e a sua legitimidade como movimento nacionalista.No ano passado, segundo dados oficiais, o governo expulsou mais de 37,000 africanos, 300 asiáticos e 20 europeus. Do total de africanos expulsos, apenas na Lunda-Norte, o governo repatriou 16,000 congoleses. Em várias ocasiões, os congoleses foram acusados de adulteração da “matriz cultural angolana” e danos à economia nacional, entre outras acusações destinadas a torná-los em bodes expiatórios de crises internas. Mas este tipo de prática deixou de ter efeitos junto da população.As políticas abertas de expulsão e maus-tratos de congoleses causaram retaliação, em 2009, quando a República Democrática do Congo expulsou mais de 50,000 angolanos que se encontravam radicados naquele país, muitos há mais de 30 anos.Desta vez, os oeste-africanos, associados ao Islão, pareciam ser a desculpa perfeita. É um grupo que não afecta os interesses económicos dos círculos ligados ao poder e cujos países não têm qualquer influência junto do governo.A ignorância política de muitos governantes, que permitiram o uso do Islão nessa estratégia leviana, falou mais alto. Não calcularam as consequências de um ataque ao Islão.